ESCATOLOGIA BÍBLICA
O terceiro selo Cavalo Preto 5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. 6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
DENÁRIO Quanto vale um Denário hoje? Um denário equivaleria a um dia de trabalho. O kilo da prata hoje custa 340,00, portanto em Reais R$ 1.336,00 (R$ 3,93 x 340,00 ). Sendo um Denário a décima parte de um kilo, logo o denário valeria hoje R$ 133,60.
Essa seção começa da mesma forma introdutória das anteriores. O que vemos nessa passagem vem de encontro ao que já falamos, que a passagem em curso complementa a anterior. Temos aqui os efeitos da passagem de 6.3,4, que é a guerra civil.
Observe que o cavalo preto, simboliza a tristeza e o lamento causado pela fome e pelo sofrimento que vem depois da guerra. Tal ideia é repetida em 6.12, em que a expressão escureceu como saco de crina faz referência à roupa de luto judaica. Todos os detalhes no versículo 6 se relacionam à fome.
O cavaleiro tem uma balança na mão. Essa balança é exatamente igual ás balanças descritas em textos antigo, um travessão de balança com um prato de cada lado. O propósito da balança no mundo antigo era garantir a justiça (Pv 16.11).
A ênfase aqui está quase certamente nos preços exorbitantes causados pela fome e pelo racionamento do suprimento de comida. Durante a guerra, o exército vencedor vivia dos suprimentos da zona rural, geralmente tomando comida à força e deixando um rastro de terras destruídas e devastadas.
Os dois principais exemplos são dados: - suprimentos de grãos; - suprimentos de azeite e vinho; Eles são introduzidos pelo misterioso, E ouvi uma como voz no meio dos quatro seres viventes. Observe que não é o cavaleiro, mas um ser celestial que dá origem a voz.
O termo entre os seres viventes faz referência, provavelmente, ao trono do próprio Deus. Ele está claramente no controle. Trigo e cevada eram as duas principais fontes de alimento do Império Romano.
Era prática dos líderes romanos darem uma porção gratuita de grãos, anualmente, aos cidadãos pobres da cidade, para obterem seu apoio. O trigo era o melhor grão e o alimento principal, enquanto a cevada era mais barata e menos nutritiva. Os pobres comiam cevada, ao passo os ricos quase sempre comiam trigo.
Um denário era média salarial de um trabalhador braçal. Uma medida de trigo era comida suficiente para uma pessoa por dia e três medidas de cevada mal davam para uma família pequena. Esses eram os preços do período de fome, em que o valor dos produtos aumentam de dez a doze vezes.
Azeite e vinho eram itens importantes, mas não tão importantes quanto o trigo e a cevada. O imperativo é bem enfático não danifiques o azeite e o vinho. No AT o azeite para consumo e o vinho são comidas secundárias.
No ano de 92 d.c., houve escassez de grãos e Domiciano decretou que metade das vinhas, na província da Ásia, fosse derrubada, a fim de se ampliar a produção de grãos. Esse cavaleiro vem derramar essa falta de alimento sobre todos aqueles que se negaram a receber a marca da besta (Ap 13.17). Essa forma de perseguição é também um instrumento na mão de Cristo para o progresso do seu reino, pois o indivíduo oprimido se sente dependente de Deus.