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Transcrição:

Relatório Anual 2002

2002 Relatório Anual Há mais de 100 anos construindo com aço o desenvolvimento sustentado.

Gerdau anuncia a evolução de sua estrutura de governança corporativa, que passa a ser formada pelos novos Conselho de Administração e Comitê Executivo, o qual é responsável pela gestão das cinco operações siderúrgicas do Grupo. Três membros externos passaram a integrar o Conselho de Administração, ampliando as práticas de transparência. Fusão das operações no Canadá e nos Estados Unidos com a siderúrgica Co-Steel resulta em uma nova empresa: a Gerdau AmeriSteel Corporation, com ativos de US$ 1,6 bilhão e capacidade de produção de 6,6 milhões de toneladas métricas de aço bruto, destinadas a atender ao mercado da América do Norte. Faturamento total do Grupo evolui 57,5% e chega a R$ 11,1 bilhões. Participação na siderúrgica Açominas, localizada em Ouro Branco (MG), cresce para 78,9% do capital social e garante maioria qualificada no acordo de acionistas. Em 2002, a usina passou a operar em ritmo de 3 milhões de toneladas anuais de aço líquido com a recuperação dos regeneradores do altoforno e ampliou sua linha de produtos com o lançamento dos perfis estruturais laminados de abas paralelas. Neste mesmo período, a Açominas encerrou o exercício com lucro líquido pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito desde o início de suas operações, em 1986. Investimentos do Grupo em ampliação, atualização tecnológica e participações societárias alcançam US$ 463,8 milhões. Destaques Vergalhões Estratégia de agregar valor aos produtos destinados à construção civil é reforçada com a expansão do serviço de corte e dobra de aço no Brasil, no Chile e no Uruguai. Entrada no Latibex, índice de empresas latinoamericanas da Bolsa de Valores de Madri, aumenta visibilidade junto ao mercado de capitais europeu. Gerdau estende tag along para os acionistas minoritários detentores de ações ordinárias e preferenciais. Em eventual alienação do controle da companhia, têm o direito de receber 100% do valor pago aos controladores. O benefício é, em percentual e abrangência, superior ao previsto pela Lei das S.A., que estabelece o pagamento de 80% do valor destinado aos controladores somente aos acionistas ordinários.

Índice 6 8 10 12 Perfil Mensagem do Conselho Visão Estratégica Governança Corporativa 14 16 24 28 34 38 42 46 48 Tecnologia de Gestão Finanças Produção Vendas e Mercados Investimentos Pessoas e Equipes Gestão Ambiental Comunidade Administração

Perfil Líder na produção de aços longos nas Américas

Maior produtor de aços longos nas Américas, o Grupo Gerdau começou a traçar sua trajetória de expansão há mais de um século. A partir do Brasil, ampliou suas bases para o Uruguai, o Canadá, o Chile, a Argentina e os Estados Unidos, alcançando, em 2002, um lucro líquido de R$ 821 milhões, 49% a mais que no período anterior. Seus negócios, divididos em regiões geográficas e linhas de produtos, atendem aos setores da construção civil, da indústria e da agropecuária. Exportado para todos os continentes, o aço Gerdau possui uma infinidade de aplicações. Integra a estrutura de pontes, viadutos, rodovias, hidrelétricas, prédios e residências. Está presente na fabricação de máquinas agrícolas, estruturas metálicas, peças para a indústria automotiva e redes de transmissão de energia e telefonia, entre outros. Participa ainda do trabalho no campo com arames e acessórios para cercas. Com uma estratégia de mercado orientada para alcançar os melhores níveis de eficiência econômica, o Grupo desenvolveu logística e avançadas tecnologias de gestão em siderurgia. Possui usinas, centros de serviços, unidades de transformação e canais distribuidores estrategicamente posicionados junto aos principais pólos de consumo. Busca aprimorar constantemente suas práticas de governança corporativa e está presente em importantes centros financeiros por meio de três companhias abertas: a empresa operacional Gerdau S.A., a holding Metalúrgica Gerdau S.A. e a Gerdau AmeriSteel Corporation, subsidiária na América do Norte. Suas ações são negociadas diariamente nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque, Toronto e Madri (Latibex). O Grupo Gerdau segue os princípios de responsabilidade social e acredita que o desenvolvimento de uma empresa está diretamente relacionado à evolução das comunidades onde atua. Dentro desta visão, construiu uma cultura empresarial fundamentada em valores éticos, no respeito às pessoas e ao meio ambiente. BRASIL Um total de 10 siderúrgicas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste atendem ao mercado interno e às demandas de exportação com aços longos, aços especiais e semi-acabados. O fornecimento dos principais insumos metálicos é realizado por uma rede localizada estrategicamente em todo o País, a qual inclui também uma usina produtora de ferro-gusa e oito unidades de coleta e processamento de sucata. Nove centros de serviços de corte e dobra de aço Armafer, quatro unidades de transformação e uma participação societária na Monteferro América Latina para o fornecimento de guias de elevadores permitem transformar o aço Gerdau em produtos com maior valor agregado. Na área de distribuição, a Comercial Gerdau, maior fornecedora de aços longos e planos no País, desempenha um importante papel no atendimento aos clientes finais com produtos fabricados pelas unidades do Grupo e pelas demais siderúrgicas nacionais. CANADÁ E ESTADOS UNIDOS A Gerdau AmeriSteel produz aços longos e seções especiais com uma rede de 10 usinas, além de operar no segmento de produtos planos por meio da siderúrgica Gallatin, uma joint venture no Estado do Kentucky (EUA). Possui também 15 centros de serviços de corte e dobra de aços longos e 13 unidades de coleta e processamento de sucata. Na área de transformação, detém nove plantas industriais próprias e participações societárias em duas empresas. Sua localização geográfica permite atender com eficiência os consumidores da Costa-Leste e do Meio-Oeste dos Estados Unidos, além do Canadá. ARGENTINA, CHILE E URUGUAI Unidades próprias no Chile e no Uruguai, além de uma participação societária na laminadora argentina Sipar, contribuem para o abastecimento de aços longos na região. O Grupo Gerdau também oferece o serviço de corte e dobra de aço nas suas operações no Conesul.

Mensagem do Conselho Cultura empresarial baseada no equilíbrio entre crescimento e rentabilidade Cenário mundial Em 2002, a produção mundial de aço alcançou a marca de 887 milhões de toneladas, 6,4% a mais sobre o período anterior. O bom desempenho do setor ocorreu sobretudo pela forte demanda na China, um dos países que mais contribuiu no ano para o crescimento da siderurgia global. No período, a economia apresentou uma expansão de 1,9%, limitada principalmente pelo baixo desempenho da Europa e pela retração do Japão. A performance ainda que superior a 1,2% verificada no exercício anterior confirma um ritmo de crescimento mais lento no mundo, segundo os dados dos últimos dez anos do Fundo Monetário Internacional. Desempenho positivo e expansão das operações O Grupo Gerdau acompanhou a tendência do setor e, mais uma vez, encerrou o ano com números positivos. Sua produção chegou a 9,4 milhões de toneladas de aço bruto, volume 28% superior em relação a 2001, e o desempenho financeiro também demonstrou uma trajetória de evolução consistente, que pode ser comprovada pelo aumento no retorno sobre o patrimônio líquido consolidado, de 19% para 22% nos últimos três anos. O lucro líquido consolidado também apresentou expansão expressiva: foi de R$ 406 milhões em 2000 e, neste exercício, alcançou R$ 821 milhões. No Brasil, as unidades atenderam plenamente à demanda interna e alcançaram níveis recordes de exportação, cujos volumes foram embarcados predominantemente para a Ásia. As operações na Argentina e no Uruguai ajustaram suas produções ao consumo local, ainda retraído pela recessão da economia na região. O Chile retomou investimentos em estradas, pontes e viadutos e, como conseqüência, ampliou a demanda pelos produtos da Gerdau AZA. Na América do Norte, o Grupo passou a participar do intensificado movimento de consolidação do setor siderúrgico em 1999, quando assumiu nos Estados Unidos o controle da AmeriSteel, iniciativa fundamentada na capacidade de geração de caixa e de alavancagem das empresas Gerdau no Canadá, as atuais Cambridge e MRM Special Sections. Seguindo a visão de ser uma empresa siderúrgica internacional e de classe mundial, ampliou sua atuação naquele país dois anos depois, com uma

quinta usina, localizada na Geórgia, e neste exercício realizou a fusão de suas operações na América do Norte com as da Co-Steel. conquista de uma verdadeira isonomia competitiva. Também é importante salientar a necessidade de aprimoramento da eficiência do setor público nacional, peça-chave para o desenvolvimento da nação. O negócio, concluído em outubro, resultou na criação da Gerdau AmeriSteel Corporation, segunda maior produtora de aços longos na região. Expandiu a capacidade instalada de aço bruto do Grupo na América do Norte em aproximadamente 90%, para 6,6 milhões de toneladas métricas, além de marcar sua entrada no segmento de aços planos por meio da participação societária na Gallatin Steel. A estratégia seguida combina baixo investimento em capacidade instalada com importante aquisição de participação de mercado. Nova governança corporativa O ano também foi marcado pela implantação da nova estrutura de governança corporativa, para ampliar a eficiência de gestão, a transparência e conduzir o processo sucessório sem perder as experiências acumuladas. O modelo de gestão atual, elaborado dentro da filosofia de transição construtiva, dividiu as atividades do Conselho-Diretor entre o Conselho de Administração e o Comitê Executivo, possibilitando a entrada da nova geração de administradores em postos estratégicos para o negócio. Além disso, três membros externos passaram a fazer parte do Conselho de Administração. Perspectivas: evolução do Grupo Gerdau Os limites para o crescimento mundial em 2003 serão definidos pela capacidade de recuperação da economia. As perspectivas para o Brasil e os demais países da América do Sul onde o Grupo Gerdau opera são melhores do que as de 2002 e, na região, as operações acenam com volumes de entregas crescentes. Na América do Norte, a Gerdau AmeriSteel prossegue na busca por sinergias potenciais entre as unidades de reciclagem, as usinas siderúrgicas e as plantas de transformação. A integração das culturas das empresas tem evoluído de forma rápida, com as equipes engajadas em maximizar a estrutura logística, aumentar a eficiência operacional e ampliar a qualidade dos produtos e serviços. A convicção do sucesso desse empreendimento está baseada também na experiência do Grupo de elevar a produtividade e, conseqüentemente, a lucratividade das empresas em que passa a operar, a exemplo da Gerdau AmeriSteel Cambridge, no Canadá, da Aços Finos Piratini, da Usiba e da Açominas, sediadas no Brasil. Os ganhos futuros, resultantes da maior eficiência e rendimento das unidades da Gerdau AmeriSteel como um todo, deverão se refletir nos próximos balanços da companhia e permitir, posteriormente, novos passos para uma maior consolidação na região. O potencial de aumento de produtividade na empresa indica a possibilidade de atingirmos rentabilidade superior a 15% sobre os investimentos na América do Norte em no máximo três anos, tarefa de evolução progressiva, que será realizada etapa por etapa. Frente ao cenário global, deveremos manter níveis crescentes de produção, com volumes ajustados a cada mercado, e alcançar, em 2003, um ritmo anual de 12 milhões de toneladas de aço, uma expansão que pode ultrapassar em 25% o desempenho do período anterior. As perspectivas positivas refletem a consolidação integral da Co-Steel durante todo o ano e o aumento de produção nas unidades Gerdau. Ao longo de nossa trajetória, procuramos agregar valor aos acionistas, mesmo em situações econômicas adversas, prática que permitiu superar os 100 anos de existência com resultados positivos em todos os exercícios. Entretanto, nosso compromisso não se restringe ao desempenho operacional e financeiro. Contribuímos também para o desenvolvimento econômico sustentável, abrangendo as áreas social e ambiental. Agradecimento Agradecemos a todos aqueles que participaram direta ou indiretamente da construção contínua do Grupo Gerdau: colaboradores, acionistas, investidores, fornecedores e comunidade. Dedicamos uma homenagem especial aos nossos 178 mil clientes, base para a perpetuidade do nosso negócio. No entanto, é imprescindível no Brasil o encaminhamento das reformas nas áreas da previdência e tributária fundamentais para desonerar a economia nacional e propiciar a Jorge Gerdau Johannpeter Presidente Relatório Anual 2002 8 9 Gerdau

Visão Estratégica Ser uma empresa siderúrgica internacional, de classe mundial Área de expedição

Para o Grupo Gerdau, ser uma empresa internacional, de classe mundial, não é apenas estar presente em uma ampla geografia. É pensar como player global em todos os níveis e apresentar desempenhos diferenciados, que atendam aos mais exigentes padrões de qualidade. Atualmente, esse desafio está sendo traduzido em um mapa estratégico com metas e indicadores que, gradativamente, serão relacionados ao trabalho cotidiano de cada um dos 19 mil profissionais Gerdau. O projeto encontra-se em diversos estágios de implantação nas unidades e permite, de um lado, que o Conselho de Administração acompanhe de forma precisa a evolução do planejamento e, de outro, comunique claramente os objetivos do Grupo para toda a organização, visando estimular o engajamento dos colaboradores. Uma peça-chave para alcançar patamares de classe mundial é a filosofia de orientação para o cliente fundamental para a perpetuidade da empresa. Essa política foi reforçada em 2002 com o desenvolvimento de novas ferramentas para estabelecer parcerias que contribuam no crescimento dos negócios dos clientes. O Grupo Gerdau também segue os princípios do desenvolvimento econômico sustentável, refletido no conjunto de valores que acompanha a sua trajetória. Em todas as atividades, tem o compromisso de equilibrar as demandas de curto e longo prazos com as áreas econômica, social e ambiental. Trabalha para proporcionar retorno contínuo acima da média do mercado aos acionistas, sem comprometer o desempenho futuro. Nos novos negócios em que passa a operar, tem como prioridade detectar as necessidades de melhorias que resultem na conquista de níveis de eficácia no menor tempo possível, com o objetivo de consolidar a segurança financeira de suas operações. Na posição de um dos maiores recicladores do mundo, produz aço dentro de uma visão de ecoeficiência, a partir do uso de sucata ferrosa composta por materiais obsoletos para a sociedade e do minério de ferro uma das matérias-primas mais abundantes na natureza. Busca também otimizar a utilização de recursos naturais, além de alcançar taxas de emissões cada vez menores, as quais superem as exigências legais. No campo social, estimula a transmissão de conhecimentos por meio de ações em diversas áreas como educação, saúde, cultura, pois tem a certeza de que não existe desenvolvimento sem qualidade de vida. Relatório Anual 2002 10 11 Gerdau

Governança Corporativa Aplicação de barras e perfis Modelo de gestão alinhado às melhores práticas do mercado

O Grupo Gerdau implantou, em 2002, uma nova estrutura de governança corporativa para ampliar sua eficiência de gestão, aumentar a transparência e conduzir o processo sucessório sem perder as experiências acumuladas. O atual modelo, estabelecido dentro das melhores práticas do mercado, é composto pelos Conselho de Administração, Comitê Executivo, Comitê de Estratégia e Comitês de Excelência. Cada um dos sete participantes presidente e vice-presidentes também responde pelos principais processos funcionais, que atuam horizontalmente em todo o Grupo, como, por exemplo, finanças, contabilidade, recursos humanos, comunicação social, jurídico e planejamento. Seus membros trabalham de forma colegiada, buscando maior sinergia e, individualmente, com foco em cada negócio e nos processos funcionais, essenciais para a maximização dos resultados. Na posição de apoio às operações, o Comitê de Estratégia reúne os integrantes do Comitê Executivo e os responsáveis pelas principais operações para analisar o panorama atual do Grupo e as oportunidades de crescimento, além de definir um foco de longo prazo para o negócio. O Conselho de Administração, formado por oito integrantes, desempenha um papel fundamental na aprovação das decisões estratégicas, das políticas de risco e de crescimento. Como parte da reorganização, três membros externos passaram a participar do processo decisório do Grupo. O Comitê Executivo realiza a gestão dos negócios e representa o elo entre o Conselho de Administração e as cinco operações siderúrgicas, definidas a partir da linha de produtos e/ou da localização geográfica das unidades: Aços Longos (Brasil); Aços Especiais (Brasil); Açominas (Brasil); América do Norte (Canadá e Estados Unidos); América do Sul (Argentina, Chile e Uruguai). A tomada de decisões também foi otimizada a partir da criação dos Comitês de Excelência, suporte aos processos funcionais, cuja função é desempenhar um papel de fórum de debates e de troca de práticas. As companhias de capital aberto no Brasil, a holding Metalúrgica Gerdau S.A. e a empresa operacional Gerdau S.A., contam com Conselhos Fiscais independentes inclusive com a participação de acionistas minoritários, que acompanham as atividades dos administradores e controlam as operações contábeis. Em cada um deles há três membros, eleitos regularmente em assembléia de acionistas realizada no mês de abril. Ao longo de mais de 100 anos de história, a administração dos negócios tem sido realizada a partir de rigorosos critérios profissionais, seguindo os princípios de gerar valor econômico e retorno acima dos custos do capital aos acionistas. Dentro desta política, o Grupo Gerdau possui uma equipe capacitada para buscar níveis crescentes de desempenho em todas as áreas, orientado por diretrizes éticas com parâmetros claros de relacionamento com acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores, concorrência, comunidade e meio ambiente. Conselho de Administração Comitê de Estratégia Comitê Executivo Comitês de Excelência Operações de Negócios Processos Funcionais Clientes Relatório Anual 2002 12 13 Gerdau

Base para a conquista de desempenhos diferenciados Tecnologia de Gestão Laboratório de análise do aço

As práticas de gestão por processos combinam a absorção das melhores best practices internacionais existentes no mercado com a experiência interna das unidades Gerdau e, atualmente, estão sendo consolidadas nos sistemas de gestão do Grupo. Este projeto prevê a definição e a organização de macro-processos do negócio, que irá possibilitar a incorporação dos diferenciais de cada operação ao sistema e replicá-los nas demais. Em permanente evolução, propicia a organização do capital intelectual, a manutenção e a melhoria dos níveis de eficiência, o intercâmbio permanente de conhecimentos e ganhos para o negócio como um todo. O estabelecimento de metas fortes, que promovem a evolução constante dos principais indicadores de desempenho, é realizado com base em benchmarks mundiais. Essas metas estabelecem desafios para as equipes, vencidos pela utilização sistemática do Ciclo PDCA, por meio de suas etapas plan, do, check e act. Os esforços para ampliar as margens de produtividade contaram novamente com um aliado expressivo, o projeto de estabilização de processos. Ele possibilita racionalizar custos, ampliar o rendimento dos equipamentos, melhorar a performance dos colaboradores e, como conseqüência, obter maior previsibilidade de resultados. Nível máximo de domínio de processos, o programa Seis Sigma, teve continuidade neste exercício e resultou na obtenção de ganhos, em alguns casos 20 vezes superiores aos recursos investidos. O Grupo Gerdau também investe no desenvolvimento de novas tecnologias, pois tem a convicção de que a inovação é fundamental para alcançar maior competitividade no mercado. Na área da pesquisa, participa de 20 projetos com universidades, centros de pesquisa e consultorias especializadas com o objetivo de ampliar o desempenho das unidades, a qualidade dos produtos e a reutilização de resíduos siderúrgicos. Para sua permanente atualização, também realiza contratos de transferência de tecnologia com empresas no mundo. Como reconhecimento às suas práticas, as unidades receberam importantes premiações na área da qualidade. A usina siderúrgica AZA, sediada no Chile, conquistou o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade. No Brasil, foi conferido à Aços Finos Piratini (RS) o Prêmio Nacional da Qualidade e, em âmbito estadual, a Açonorte (PE) e a Cosigua (RJ) receberam premiações na categoria prata. No mesmo período, a Gerdau AmeriSteel Cambridge, no Canadá, foi certificada com a ISO 14001. Na área de tecnologia de informação, a plataforma SAP, no Brasil, foi atualizada para ampliar suas funcionalidades nas esferas de gestão e administração de informações, permitindo uma visão mais clara da cadeia de negócios. Outro destaque em 2002 foi a integração do sistema de compras eletrônicas ao ambiente web prática já realizada em vendas e em marketing, o que simplificou o processo de aquisição de materiais, além de otimizar os custos gerados. Relatório Anual 2002 14 15 Gerdau

Finanças RESULTADOS O Grupo Gerdau teve um lucro líquido consolidado de R$ 821 milhões em 2002, valor que superou em 49% o resultado de R$ 550,9 milhões registrado no ano anterior. Os principais fatores responsáveis pelo crescimento foram a expansão da demanda no Brasil, o aumento das exportações e o efeito do câmbio nas operações nos Estados Unidos, no Canadá, no Chile, na Argentina e no Uruguai. A margem líquida, no mesmo período, apresentou redução, passando de 9,36% para 8,96%, devido ao impacto cambial nas despesas financeiras do exercício. Gestão financeira orientada para adicionar valor aos acionistas Lançamento das ações da Gerdau na Bolsa de Valores de Madri (Latibex)

As empresas de capital aberto no Brasil a Metalúrgica Gerdau S.A. e a Gerdau S.A. distribuíram um total de R$ 452,4 milhões em juros sobre capital próprio e dividendos, 88,2% a mais em relação a 2001. Desse total, R$ 186,5 milhões foram destinados aos acionistas da Metalúrgica Gerdau S.A. e R$ 265,9 milhões aos da Gerdau S.A. A distribuição de resultados ao mercado representou um retorno de 16,6% e 7,1%, respectivamente, sobre o preço da ação PN em bolsa. As duas companhias do Grupo no País têm como política remunerar seus acionistas sobre a forma de dividendos ou juros sobre capital com no mínimo 30% do lucro líquido ajustado em cada exercício. O valor distribuído semestralmente passou a ser pago a cada trimestre desde o início de 2003. O EBITDA lucro antes de despesas financeiras, impostos, equivalência patrimonial, depreciação e amortizações totalizou R$ 2,1 bilhões e foi 64% superior a 2001. A margem EBITDA cresceu de 21,78% para 22,95%. O lucro bruto aumentou em quase R$ 1 bilhão, atingindo a marca de R$ 2,6 bilhões, um acréscimo de 58,6%. Durante o ano, os esforços para reduzir custos e melhorar a produtividade compensaram a elevação dos preços de algumas matérias-primas sucata e ferro-gusa, principalmente e permitiram a obtenção de uma margem bruta de 28,63% contra 28,08% em 2001. A receita líquida evoluiu 55,6%, de R$ 5,9 bilhões para R$ 9,2 bilhões. O faturamento bruto seguiu o mesmo ritmo de crescimento, 57,3%, e chegou a R$ 11,1 bilhões. Relatório Anual 2002 16 17 Gerdau

O caixa líquido da atividade operacional foi 36,6% superior, atingindo R$ 1,6 bilhão. Esse valor representa 17,7% da receita líquida de vendas contra 20,1% no ano anterior. Used with permission of NYSE. A desvalorização do real frente à moeda norte-americana teve impacto sobre as dívidas em dólares contratadas no País não cobertas por hedge e resultou em despesas adicionais de R$ 607,1 milhões. Por outro lado, essa mesma variação cambial, somada à fusão das operações na América do Norte, geraram um ganho de R$ 447,5 milhões sobre os investimentos fora do Brasil. Em termos consolidados, o efeito cambial sobre ativos e passivos trouxe perdas de R$ 159,6 milhões. A Açominas encerrou o exercício com lucro líquido pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito desde o início de suas operações, em 1986. O resultado, no entanto, foi de R$ 62,7 milhões, 32,7% a menos que no período anterior, em função principalmente do acidente nos regeneradores do alto-forno da usina, ocorrido em março. Os equipamentos, bem como os lucros cessantes decorrentes do acontecimento, estavam cobertos por apólice de seguro com limite de indenização de US$ 850 milhões. Os trabalhos junto aos seguradores estão evoluindo dentro das expectativas e já foi recebido um adiantamento de R$ 62 milhões do IRB Brasil Resseguros. Used with permission of TSX. ENDIVIDAMENTO Ao final do exercício, a dívida bruta consolidada era de R$ 7,1 bilhões. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 71,3%, decorrente principalmente da consolidação dos passivos da siderúrgica Co-Steel, do pagamento do aumento de participação societária na Açominas e da desvalorização do real frente ao dólar norte-americano. Em contrapartida, os ativos totais cresceram 48,9%, chegando a R$ 14,6 bilhões. Na ordem: Bolsa de Valores de São Paulo, Bolsa de Valores de Toronto, Bolsa de Valores de Nova Iorque e Bolsa de Valores de Madri. A dívida de curto prazo era de R$ 3,7 bilhões e representava 52,4% do total. Estava composta da seguinte forma: R$ 518,5 milhões em moeda nacional, R$ 1,6 bilhão em moeda estrangeira contratada pelas empresas no Brasil e R$ 1,6 bilhão relativo às operações efetuadas no exterior.

A dívida de longo prazo, equivalente a 47,6% do total, alcançava R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão era em moeda nacional, R$ 897,9 milhões em moeda estrangeira contratada pelas empresas no Brasil e R$ 1,5 bilhão referia-se às empresas no exterior. Diversas operações de swap foram realizadas nos últimos dois anos pelo Grupo Gerdau, com o objetivo de se proteger das variações do dólar norteamericano em relação ao real. As dívidas em dólares foram trocadas por reais indexados a 70% do CDI, em média. Em 31 de dezembro de 2002, de um montante de R$ 2,5 bilhões de dívidas contratadas em moeda estrangeira pelas empresas no Brasil, R$ 2 bilhões encontravam-se protegidos dessas flutuações. A expansão da presença no mercado de capitais é decorrente da fusão das suas operações nos Estados Unidos e no Canadá com as da Co-Steel, cuja as ações passaram a ser transacionadas sob o nome da nova empresa, a partir do final de outubro. No mês de dezembro, os acionistas da Gerdau S.A. ganharam mais um centro de liquidez para suas ações: a Bolsa de Valores de Madri. Com a entrada no Latibex, índice de empresas latino-americanas da bolsa espanhola, cada ação negociada naquele mercado gera uma operação no Brasil, porém por lote de mil unidades. A concessão do direito de tag along a todos os acionistas da Metalúrgica Gerdau S.A. e da Gerdau S.A., independente do tipo e da classe das suas ações, foi outro fato importante no ano. Em eventual alienação do controle da companhia, os acionistas minoritários têm o direito de receber 100% do valor pago aos controladores. O benefício é, em percentual e abrangência, superior ao previsto pela Lei das S.A., que estabelece o pagamento de 80% do valor destinado aos controladores somente para os acionistas ordinários. O EBITDA representava 5,9 vezes as despesas financeiras líquidas, excluídas as variações monetária e cambial. Já a dívida líquida, equivalia a 2,7 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses. As disponibilidades e as aplicações financeiras, ao final do exercício, apresentaram um saldo de R$ 1,4 bilhão contra R$ 1 bilhão no ano anterior, uma expansão de 41,5%. Desse total, 65,6%, equivalentes a R$ 931,5 milhões, estavam indexados ao dólar. MERCADO DE CAPITAIS Em 2002, as ações da Gerdau AmeriSteel, empresa responsável pela atuação do Grupo na América do Norte, passaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de Toronto, no Canadá. Relatório Anual 2002 18 19 Gerdau

As ações da Gerdau S.A. movimentaram na Bolsa de Valores de São Paulo R$ 1,4 bilhão, 114,4% a mais que em 2001, o que representa uma média diária de R$ 5,5 milhões. As ações preferenciais apresentaram 73,7% de valorização e, juntamente com as ordinárias, encerraram o ano com 54.716 negócios realizados. A Empresa participa do Nível 1 de Governança Corporativa e do Índice da Bovespa. Os ADRs da Gerdau S.A. na Bolsa de Valores de Nova Iorque alcançaram uma média de negócios de US$ 569,7 mil por dia, somando um total de US$ 144,1 milhões. A Metalúrgica Gerdau S.A. atingiu a marca de 9.759 transações realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo, as quais movimentaram R$ 303 milhões, valor 22,5% superior ao de 2001. No período, a valorização das ações preferenciais foi de 103,1% e houve uma média diária de negócios de R$ 1,1 milhão. O free float, ações que não estão em poder dos controladores, representa 48,5% do capital social da Gerdau S.A. e 73,2% da Metalúrgica Gerdau S.A. Seguindo sua política de transparência, o Grupo Gerdau disponibiliza informações detalhadas sobre as operações no seu website e por meio da área de Relações com Investidores. Realiza reuniões com o mercado de capitais, além de teleconferências transmitidas também pela Internet para comentar os resultados de cada trimestre. Esses eventos, realizados ao longo do ano, abrangeram cerca de 1,5 mil profissionais do Brasil, da América do Norte e da Europa.

GESTÃO DE RISCOS Mercado e Conjuntura O Grupo Gerdau, no Brasil, tem ampliado seus negócios por meio de exportações. Em 2002, foram responsáveis por 20,7% do volume das vendas, o que permitiu manter o nível de atividade da empresa e aumentar o fluxo de divisas para o País. Neste exercício, o período eleitoral trouxe grande volatilidade ao mercado financeiro também impactado pelo clima de incertezas em relação a outras economias do mundo. Como conseqüência, a cotação do real frente ao dólar oscilou 52,3% no ano, enquanto a taxa de juros, gerenciada sob uma visão austera, foi elevada para 25% com o objetivo de manter a inflação sob controle. A desvalorização da moeda brasileira favoreceu o aumento do volume das exportações do Grupo Gerdau em 77%, demanda atendida a partir da maior utilização da capacidade instalada das usinas, mantendo-se, no entanto, primordialmente o atendimento ao mercado nacional. Para 2003, a perspectiva do Banco Central do Brasil é de um crescimento de 1,95% no PIB do País, superando o desempenho de 1,5% em 2002, o que deverá se refletir favoravelmente na demanda por aços longos, segmento no qual o Grupo Gerdau atua predominantemente. Relatório Anual 2002 20 21 Gerdau