Estrutura do SFN. Sistema Financeiro Nacional SFN Problema 2. Sistema Financeiro Nacional SFN Fonte de capital



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Sistema Financeiro Nacional SFN Problema 2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Administração Financeira Mercado Financeiro Prof. Msc Mário Sérgio Trainotti Daniel não tinha conhecimento do SFN e nem dos instrumentos de captação de recursos de curto e longo prazos. 1 2 Aplicação dos Capitais Direitos Ativo Balanço Patrimonial Origem dos Capitais Obrigações Passivo e Patrim. Líq. Sistema Financeiro Nacional SFN Fonte de capital Capital De Giro Capital Técnico Ativo Circulante Caixa e Bancos Aplic. Financeiras Duplicatas a receber Estoques Total AC $ 150 Realizável a longo Prazo Dep. Judiciais Total RLP $ 50 Ativo Permanente (Imobil.) Imóveis Máquinas e equipam. (-) Depreciação Automóveis Total AT $100 Passivo Circulante Emprestimos e Financ. Fornecedores Sálários e encargos IR e Contrib. Social Total PC $ 80 Exigível a longo Prazo Empréstimos e Financ. Total ELP $ 30 Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de reavaliação Reservas de Lucro Lucros acumulados Total PL $190 Capital De Terceiros Capital Próprio "Conjunto de instituições que tem como finalidade manter o fluxo contínuo de recursos entre poupadores e investidores e assegurar a tranqüilidade do Mercado Financeiro, através de normas e procedimentos que visam a coibir o abuso e manter a confiança na moeda. (Mellagi Filho) Total Ativo $300 Total Passivo $300 3 4 FINANCIAMENTO INDIRETO FUNDOS INTERMEDIADORES FINANCEIROS FUNDOS Estrutura do SFN INSTRUMENTOS FINANCEIROS SUPERAVITÁRIOS = POUPADORES: Famílias Firmas Governo Estrangeiros FUNDOS MERCADOS FINANCEIROS FUNDOS DEFICITÁRIOS = PRESTAMISTAS Famílias Firmas Governo Estrangeiros Órgãos Normativos Visam disciplinar o mercado financeiro, colocar em prática a política econômica emanada do Governo Federal. FINANCIAMENTO DIRETO MERCADE DE CAPITAIS FIGURA 1 FLUXO DA DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS E O SISTEMA FINANCEIRO 5 6 1

Estrutura do SFN Funções do Conselho Monetário Nacional: - Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia nacional e seu processo de -desenvolvimento. - Regular o valor interno da moeda prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa. - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamento do País. - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional. - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos. - Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras. - Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa. 7 8 Atribuições Específicas Conselho Monetário Nacional - Autorizar as emissões de papel-moeda. - Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Banco Central. - Fixar diretrizes e normas da política cambial - Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas de operações creditícias. - Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros. - Determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras - Regulamentar as operações de redesconto de liquidez - Autorizar ao Banco Central o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir. - Estabelecer normas a serem requeridas pelo Banco Central nas transações com títulos públicos. - Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam no País. 9 O Conselho Monetário Nacional- CMN, é formado pelos seguintes membros: Ministro da Fazenda - Presidente Ministros: Secretaria do Planejamento Indústria e Comércio Agricultura e do Interior Presidentes: Banco Central do Brasil Banco Nacional de Desenvolv. Econ. e Social Caixa Econômica Federal Banco do Nordeste do Brasil Instituto de Resseguros do Brasil Comissão de Valores Imobiliários Diretor do DECEX Além disso, nove membros nomeados pelo Presidente da República, pessoas que representam a sociedade civil. 10 Instituições Financeiras do SFN Banco Central do Brasil Comissão de Valores Mobiliários - CVM Banco do Brasil - BB Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - - Subsidiárias do BNDES Caixa Econômica Federal CEF Subsistema de Intermediação Financeira Bancos Comerciais Bancos de Desenvolvimento Bancos de Investimentos Sociedades de Crédito, Financ. e Invest. Sociedades Corretoras Sociedades Distribuidoras Sociedades de Arrendamento Mercantil Associação de Poupança e Empréstimo Investidores Institucionais Sistema Financeiro da Habitação Bancos Múltiplos Instituições Auxiliares - Bolsas de Valores Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F 11 12 2

Banco do Brasil - BB Hoje o Banco do Brasil é um banco comercial que opera na prática como agente financeiro do Governo Federal. Além disso, é o principal executor da política oficial de crédito rural e industrial. Conserva, portanto, algumas funções que não são próprias de um banco comercial comum, como o Departamento de Comércio Exterior (Decex), que desempenha funções nitidamente governamentais; a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis; a execução de serviços ligados ao orçamento geral da União; a execução do serviço da dívida pública consolidada; a aquisição de estoques de produção exportável; e a execução da política de preços mínimos de produtos agropecuários. 13 Atribuições: Banco Central do Brasil Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. - Executar os serviços do meio circulante. - Receber recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários - das instituições financeiras e bancárias que operam no País. - Realizar operações de redesconto e empréstimos às instituições financeiras dentro de um enfoque de política econômica do governo ou como socorro a problemas de liquidez. - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais. - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. - Exercer o controle de crédito sob todas as suas formas. - Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário. - Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições financeiras. - Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras privadas. - Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais. - Controlar o fluxo de capitais estrangeiros garantindo o correto funciona mento do mercado cambial. 14 Comissão de Valores Mobiliários - CVM Atribuições: - Regular, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas na lei que a criou e na Lei das Sociedades por Ações. - Administrar registros instituídos pela Lei que a criou: registro de empresas para negociação de suas ações no mercado, registro de oferta pública de ações, registro de auditores independentes e consultores e analistas de valores mobiliários, etc. - Fiscalizar a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; a negociação e intermediação de valores mobiliários, a negociação e o funcionamento das Bolsas de Valores; a administração e custódia de títulos e valores mobiliários; a auditoria das companhias abertas; os serviços de consultor e analista de valores mobiliários; a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem e aos valores nele negociados. - Propor ao CMN limites máximos de preços, emolumentos e qualquer outro rendimento cobrado pelos intermediários financeiros. - Fiscalizar as companhias abertas. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal, sendo a principal instituição financeira de fomento do país. Objetivos básicos: - Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; fortalecer o setor empresarial nacional; - Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção; - Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços; - Promover o crescimento e a diversificação das exportações. O BNDES possui quatro subsidiárias, cujas atuações são descritas a seguir conforme Assaf Neto(1999) 15 16 (BNDES) - Subsidiárias a. FINAME Agência Especial de Financiamento Industrial: Voltada para o financiamento de máquinas e equipamentos industriais e empresas nacionais; b. EMBRAMEC Mecânica Brasileira S.A.: objetiva fundamentalmente impulsionar o processo de substituição de importações de bens de capital, ampliando, como conseqüência, a capacidade de produção instalada no país; c. FIBASA Insumos Básicos S.A., Financiamento e Participações: objetiva desenvolver empreendimentos nacionais voltados à produção de insumos básicos; d. IBRASA Investimentos Brasileiros S.A.: visa reforçar a capitalização da empresa nacional participando, como acionista minoritário, do capital social. O sistema BNDES conta principalmente com recursos provenientes do PIS Programa de Integração Social, Pasep Programa de Formação do Partimônio do Servidor Público, dotações orçamentárias da União, recursos captados no exterior, e recursos provenientes do retornos das várias aplicações efetuadas. Caixa Econômica Federal CEF A Caixa Econômica Federal, equipara-se até certo sentido aos bancos comerciais, pois pode captar depósitos a vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços, embora basicamente dirigidas às pessoas físicas. Pode no crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, e emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio das operações de empréstimos sob penhor de bens pessoais e sob consignação. Tem ainda a competência para a venda de bilhetes das loterias. Atua na centralização do recolhimento do FGTS e sua aplicação em habitação e saneamento básico. 17 18 3

Bancos Comerciais Para financiarem a curto e médio prazo o comércio, a industria, empresas de prestação de serviços e pessoas físicas, este banco pode: abrir contas correntes; descontar títulos; realizar operações de crédito simples ou especiais, inclusive rural, de câmbio e comercio internacional; captar depósitos a vista e a prazo fixo; obter recursos junto a instituições oficiais e externas; efetuar prestação de serviços. Bancos de Desenvolvimento São instituições que operam como repassadores de recursos do Governo Federal e são instrumentos de política de desenvolvimento regional, exemplos: Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. 19 20 Bancos de Investimentos Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital fixo ou de giro das empresas. Não podem manter contas correntes, Captam recursos pela emissão de CDB e RDB ou pela venda de cotas de fundos de investimentos. Em síntese realizam: empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento do capital fixo e de giro; aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários para investimento para investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriting); repasses de empréstimos obtidos no país e no exterior e prestação de garantias de empréstimos. 21 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento Financiam bens de consumo duráveis por meio de crediários ou crédito direto ao consumidor (CDC). Não podem abrir contas correntes e seus instrumentos de captação restringem-se a colocação de Letras de Câmbio (LC, títulos de créditos sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras) junto ao público. 22 Sociedades Corretoras São típicas do mercado acionário, operando com compra e venda de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Operam nos recintos das bolsas de valores e mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; administram carteiras e custodiam valores mobiliários; instituem e organizam e administram fundos de investimentos; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. Compram e vendem títulos do governo. Sociedades de Arrendamento Mercantil Que realizam as operações de leasing, que se assemelha a uma locação, tendo o cliente ao final do contrato as opções de renová-lo, de adquirir o equipamento pelo valor residual fixado em contrato ou devolvê-lo à empresa. Captam recursos através da emissão de debêntures. Sua constituição depende de autorização do Banco Central e o exercício da atividade depende da autorização da CVM. 23 24 4

Investidores Institucionais Podem ser agrupados em fundos mútuos de investimento, entidades fechadas de previdência privada/fundações seguradoras. São estes investidores que atualmente dão liquidez ao Mercado de Ações através da obrigatoriedade de aplicar parte de suas reservas em ações. Bancos Múltiplos Surgiram através da Resolução n. 1524/88, emitida pelo Banco Central por decisão do Conselho Monetário Nacional, a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras. Como o próprio nome diz, permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo grupo, possam constituir-se em uma única instituição financeira com personalidade jurídica própria e, portanto com um único balanço, um único caixa e, conseqüentemente, significativa redução de custo. As carteiras de um banco múltiplo envolvem carteira comercial, carteira de crédito imobiliário, carteira de aceite e carteira de desenvolvimento. 25 26 FINANCIAMENTO INVESTIMENTO - BNDES FINANCIAMENTO INVESTIMENTO - BNDES 27 28 FINEP Financiadora de Estudos e Projetos MERCADO FINANCEIRO MERCADO MONETÁRIO MERCADO DE CAPITAIS MERCADO DE CRÉDITO e MERCADO CAMBIAL 29 30 5

MERCADO FINANCEIRO Segmentos Prazos Finalidade Tipo de intermediação Monetário Curto Controle de liquidez monetária na economia Bancário e não bancário Crédito Câmbio Capitais Curto, médio Curto e à vista Médio, longo Consumo e capital de giro Conversão de moedas Investimentos, capital de giro e operações especiais Bancário e não bancário Bancário e auxiliar Não bancário 31 Mercado Monetário Procura executar a política monetária do Governo * Administrando e controlando de forma ágil e rápida a LIQUIDEZ DA ECONOMIA através de operações de curtíssimo e curto prazo; *Administrando o DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO do governo; e * Administrando as TAXAS DE JUROS BÁSICAS DA ECONOMIA pretendidas pela política econômica das autoridades monetárias 32 Mercado de Capitais Mercado de Crédito É a área financeira relevante no desenvolvimento econômico utilizada pelos agentes de mercado na função de intermediar * A origem de recursos para financiamento e * A aplicação, destes recursos, em investimentos de capital de giro e capital fixo na economia. No Mercado de Capitais os agentes intermediários cobram comissões pela prestação de serviço não assumindo o risco da operação. Mercado de crédito é composto pelo conjunto de agentes e instrumentos financeiros envolvidos em operações de disponibilização de recursos às pessoas físicas e jurídicas a fim de suprir necessidades de consumo ou de capital de giro através de empréstimos e financiamentos. Como intermediários neste mercado surgem principalmente os bancos comerciais, bancos múltiplos e sociedades financeiras, os quais assumem os riscos de intermediação e financiamento. 33 34 Mercado Cambial Caracteriza-se por atuar em operações de compra e venda de moedas estrangeiras conversíveis, englobando os agentes econômicos que realizam operações com o exterior, notadamente importadores, exportadores, instituições financeiras, investidores e financiadores internacionais. Principais Instrumentos do Mercado Monetário LTN = Letra do Tesouro Nacional: LFT = Letras Financeiras do Tesouro Nacional: NTN = Nota do Tesouro Nacional: BBC = Bônus do Banco Central LBC = Letras do Banco Central NBC = Nota do Banco Central 35 36 6

Principais Instrumentos do Mercado de Capitais Títulos Privados ( do âmbito da CVM ) Ações Ordinárias Ações Preferenciais Direto de Subscrição Dividendos Bonificações Juros Sobre o Capital Próprio Debêntures (simples e conversíveis) Ações São títulos privados com valores representativos de uma parcela do capital social das sociedade anônima, negociáveis no mercado. As ações refletem a participação dos acionistas no capital social. As ações conforme a natureza dos direitos e vantagens que conferem aos seus titulares podem ser : Ações Ordinárias Ações Preferenciais 37 38 Ações Ordinárias Ações Preferenciais Concede aos seus proprietários o direito de participarem, com direito à voto, nas assembléias gerais. As ações ordinárias concedem também aos seus proprietários o direito de participar: (*) nos lucros da sociedade, mediante o recebimento de dividendos na proporção de suas ações; (*) das decisões da empresa, tais como: votação das contas patrimoniais; destinação dos resultados; eleição da diretoria; alterações nos estatutos, entre outros. As ações ordinárias poderão ter classes diversas em função de conversibilidade ou não em ações preferenciais e exigência ou não de nacionalidade brasileira do acionista: Não possuem o direito à voto, mas oferecem em contrapartida algumas vantagens ou preferências, tais como: a prioridade no recebimento de dividendos (muitas vezes em percentual mais elevado que as ações ordinárias); preferência no reembolso de capital em caso de dissolução da sociedade. O número de ações preferenciais sem direito a voto não pode ultrapassar a 2/3 do total das ações emitidas. Se a empresa não distribuir aos acionistas preferenciais dividendos mínimos ou fixos pelo prazo de três anos consecutivos, estas ações poderão adquirir direito a voto. 39 40 Direito de Subscrição São direitos inerentes a todo o acionista de adquirir (subscrever) o aumento de capital na proporção das ações possuídas. Como a subscrição não é obrigatória o investidor pode negociar esses direitos no mercado (em bolsa de valores) auferindo um ganho no caso de o preço de mercado apresentar-se valorizado em relação ao preço de subscrição. Dividendos Representam parte dos resultados líquidos de uma sociedade apurados em determinado exercício social e distribuídos em dinheiro aos acionistas, após a sua aprovação em Assembléia Geral dos Acionistas. Os dividendos representam uma espécie de rendimento para o acionista. Os estatutos sociais da empresa podem estabelecer um dividendo mínimo obrigatório como resultante dos lucros líquidos finais do exercício aos acionistas 41 42 7

Debêntures A sociedade anônima a fim de obter recursos pode: - promover aumento de capital por subscrição particular ou pública, - recorrer a empréstimos bancários ou - obter empréstimos a longo prazo, junto ao público. A obtenção de empréstimo a longo prazo pode ser realizada através da emissão de títulos de crédito, com um valor definido, mas dividido em diversas partes iguais, denominadas DEBENTURES. DEBENTURES são títulos privados de crédito, nominativos endossáveis, emitidos exclusivamente por companhias de capital aberto e colocadas no mercado à disposição de investidores interessados. DEBENTURES são títulos com ou sem garantia real, porém com privilégio sobre todos os bens sociais. Os juros são pagos periodicamente. Espécies de Debêntures: - SIMPLES ( ou não conversíveis em ações): quando conferem ao credor (debenturista) um crédito a ser pago periódicamente com juros e correção monetária; - CONVERSÍVEIS em ações: quando conferem aos debenturistas a possibilidade de receber seu crédito, com juros e correção, ou transformá-lo em ações da empresa emissora, tornando-se portanto, seu sócio. * GARANTIAS: - com garantia real: a empresa emissora da debênture oferece em garantia do empréstimo penhor ou hipoteca de bens - com garantia flutuante: a garantia oferecida é composta do total do ativo da emissora - sem garantia: os credores são quirografários, ou seja, não tem garantia nenhuma a não ser o titulo representativo da obrigação 43 44 Juros Sobre o Capital Próprio No Brasil, as empresas podem optar por remunerar os seus acionistas pelo pagamento de juros calculados sobre o capital próprio, em vez de distribuir dividendos com base nos lucros apurados. Esta forma de remuneração traz vantagens fiscais à empresa, dado que estes juros pagos, ao contrário dos dividendos distribuídos, são considerados como dedutíveis para efeitos de imposto de renda. 45 Referências bibliográficas ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro.são Paulo:Atlas, 2001; 4ª. Segunda tiragem., Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo. Atlas, 2003 GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10 ed. São Paulo. Pearson, 2004. Forbes Luiz F. Mercados futuros: uma introdução. São Paulo ; BM&F, 1994. FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro. Rio de Janeiro. Qualitymark Ed. 2000 MELLAGI FILHO, Armando; ISHIKAWA, Sérgio.Mercado financeiro e de capitais. São Paulo: Atlas, 2000; 46 Mercado Primário 1- Emite Ações 2- Colocam as Ações 3- Emitem ordens de venda de ações Mercado Secundário 4- Executa a ordem de venda 5- Executa as ordens de compra e venda 6- Passam ordens de compra e venda 47 Mercado de Futuros Principais características do Mercado Futuro: Enorme possibilidade de alavancagem de resultados; Elevado nível de risco envolvido; Envolvimento de pessoal altamente especializado; Agilidade do processo negocial; Necessidades prementes de informações atualizadas; Atualização constante do estado da arte da teleinformática. 48 8

Mercado de Futuros Exemplo de ajuste: Um aplicador entrou no mercado vendendo um contrato 1000 sacas de soja no futuro a R$ 70 a saca. No mesmo dia, a cotação de fechamento foi de R$ 71, ele teve uma perda de R$ 1mil. No dia seguinte ele terá que cobrir esse valor, estando na posição de vendedor ajustado. Mercado de Futuros 49 50 Mercado de Futuros Contratos/Mercadorias do Mercado Futuro Ouro Disponível ( Spot) Índice de ações: Ibovespa futuro Taxas de juro: DI de um dia futuro Cupon cambial futuro Diferencial DI x dólar futuro Taxas de câmbio: Dólar comercial futuro Dólar flutuante futuro Mercado de Futuros Contratos/Mercadorias do Mercado Futuro Agropecuários: Açúcar cristal futuro Boi gordo futuro Café arábica futuro Milho futuro Soja futuro 51 52 Próximos Slides: Informações Complementares para estudo pessoal 53 Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F O objetivo maior da BM&F é organizar, operacionalizar e desenvolver um mercado de futuros livre e transparente. Um mercado que proporcione aos agentes econômicos oportunidades para a realização de operações de hedge contra a flutuação de preço das mais variadas commodities - produtos agropecuários, taxas de juro e de câmbio, metais, índices de ações e de conjuntura e todo e qualquer produto ou variável macroeconômica cuja incerteza quanto a seu preço futuro possa influenciar negativamente a atividade econômica. 54 9

LTN = Letra do Tesouro Nacional: É um titulo de credito público, de natureza obrigacional, subscrito pelo Tesouro Nacional, emitido para cobertura do déficit orçamentário, bem como, para realizações de operações de crédito por antecipação de receitas, observados os limites impostos pelo Poder Legislativo; LFT = Letras Financeiras do Tesouro Nacional: É um título do Governo Federal emitido para cobertura do déficit orçamentário, bem como, para realizações de operações de crédito por antecipação de receitas, observados os limites impostos pelo Poder Legislativo; 55 56 NTN = Nota do Tesouro Nacional: É um título da dívida pública federal destinado a prover o Tesouro Nacional de recursos necessários para cobertura de seus déficits explicitados no orçamento ou para realização de operações de crédito baseadas em antecipação de receitas Títulos do Banco Central Principais títulos públicos utilizados para a administração da LIQUIDEZ DA ECONOMIA BBC = Bônus do Banco Central LBC = Letras do Banco Central NBC = Nota do Banco Central 57 58 CDB/RDB = CERTIFICADOS DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS e RECIBO DE DEPOSITOS BANCÁRIOS CDB são títulos emitidos por bancos comerciais que tem como lastro depósitos a vista na instituição emissora. Estes recursos são repassados aos clientes em forma de empréstimos Podemos afirmar que os CDB/RDB são os títulos mais antigos de captação de recursos utilizados pelos bancos em geral junto às pessoas físicas ou jurídicas As taxas de juros se modificam diariamente e são cotadas ao ano para um prazo mínimo de 30 dias Os CDB/RDB podem ser prefixados e pós fixados O CDB/RDB pode ser transferido ( resgatado ) antes do vencimento por endosso nominativo ( endosso em preto) desde que respeitado o prazo mínimo Obviamente quando ocorrer a venda antes do prazo final haverá uma perda de rentabilidade, já que o comprador, no caso a instituição financeira exigirá um spread ou deságio para gerar liquidez. 59 CDI/RDI = CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO e RECIBO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO Os CERTIFICADOS DE DEPÓSITOS INTERBANCÁRIOS - CDI são títulos de emissão das instituições financeiras monetárias e não monetárias que lastreiam as operações do mercado interbancário. Os CDI são de negociação restrita ao mercado interbancário e têm funções idênticas às dos CDB. A sua função básica é transferir recursos entre as instituições financeiras, ou seja, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem tem necessidade. O mercado interbancário de reais é o único instrumento capaz de traduzir as expectativas do sistema financeiro. É um mercado privativo dos bancos e brokers que intermediam os compradores e vendedores de dinheiro com lastro em títulos privados. Entretanto, não está isento das influências sazonais do fluxo de recurso mantido entre o governo e o sistema bancário. O custo do dinheiro de um dia negociado no mercado interbancário é muito próximo do custo de troca das reservas bancárias disponíveis lastreadas em títulos federais que ocorrem no mercado aberto através do SELIC, podendo inclusive ser referência para o custo do dia seguinte 60 10

FUNDOS DE INVESTIMENTOS ( ou FUNDO DE APLICAÇÕES) COMMERCIAL PAPERS São investimentos feitos através de aquisição de cotas de aplicações abertas, solidárias, com valorização diária, representativas do patrimônio do fundo. Os fundos de investimentos caracterizam-se como se fossem uma espécie de condomínio de cotas, ou seja, embora os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas num prazo curto, nem todos o fazem ao mesmo tempo. Como conseqüência, fica uma grande soma disponível que o administrador do fundo aplica em títulos mais rentáveis. Os fundos podem ser classificados em fundos de renda fixa e fundos de renda variável de acordo com o grau de exposição de risco que o aplicador pretenda investir variando do mais conservador ao mais agressivo. Os fundos podem ser classificados em : RENDA FIXA = Títulos de Dívida (governos e empresas) = baixa volatilidade, baixo risco. RENDA VARIÁVEL = AÇÕES = alta volatilidade, alto risco. Com o objetivo de obter financiamento de capital de giro as sociedades anônimas podem emitir o título denominado de COMMERCIAL PAPER. Estes títulos têm características semelhantes a uma nota promissória. Estes títulos podem ser adquiridos pelas instituições financeiras a fim de compor a sua carteira própria ou para repasse a clientes investidores. A garantia é o próprio desempenho da empresa emitente Uma das principais vantagens da empresa emissora do COMMERCIAL PAPER é o de obter recursos no mercado a custos inferiores às taxas de juros praticadas no mercado através de outras modalidades de empréstimos bancários e, muitas vezes, até mesmo eliminando a intermediação bancária. 61 62 LETRAS DE CÂMBIO As LETRAS DE CÂMBIO são títulos nominativos emitidos com base em transações comerciais pelo financiado (sacado) de contrato de crédito, com vencimento determinado e com renda fixa. Estes títulos são ACEITOS pelas instituições financeiras. O aceite da letra de câmbio significa a responsabilidade solidária da instituição financeira ao emitente da letra de câmbio. Após o aceite, a letra de cambio é vendida a investidores por meio de mecanismos de intermediação do mercado financeiro 63 EXPORT NOTES São títulos semelhantes aos COMMERCIAL PAPERS e são representativos de uma cessão de crédito proveniente de contratos de exportação. O exportador transfere ao investidor através do EXPORT NOTE seus direitos provenientes da exportação realizada, recebendo em troca o valor correspondente em moeda nacional. 64 Mercado Primário e Secundário O Mercado de Capitais se subdivide em dois outros, o Mercado Primário e o Mercado Secundário. No primário acontece o lançamento primário de ações, no secundário é onde temos as Bolsas de Valores, com a negociação em pregão a viva voz ou eletrônico no Mercado a Vista. 65 Mercado a Vista No mercado a vista a modalidade de operação praticada é a operação a vista, sendo caracterizada pela forma de pagamento (liquidação financeira) que ocorre até três dias após o fechamento do negócio. Nesse intervalo de tempo ocorre o repasse dos títulos negociados ao investidor pela Corretora adquirente, realizando a liquidação física da operação. O mercado a vista da Bolsa de Valores, a compra e venda de ações ocorre conforme as seguintes etapas: 1- O investidor procura uma sociedade corretora de valores mobiliários associada à Bolsa de Valores. 2- O investidor em conjunto com o corretor analisam e especificam quais as ações que representam a melhor oportunidade de investimento. 3- A decisão de compra e tomada emitindo-se uma ordem ao corretor especificando o preço e a quantidade a ser negociada (em lotes de mil ações) 4- A ordem de negociação após autenticada mecanicamente é levada para negociação e execução (pregão). 5- Após a execução da ordem e realizada a cobrança dos custos de corretagem por meio de uma nota de corretagem para liquidação ( no caso de compra) ou para receber o valor de venda. 66 11

Mercado de Opções No mercado de opções a modalidade de operação praticada é a operação com opções, que referem-se a negociações de direitos de compra e venda de ações, a um prazo e preços preestabelecidos. No Brasil este mercado existe desde 1979, inicialmente com opção de compra coberta, mais tarde permitiu-se opções de compra a descoberto, recentemente permitiu-se a emissão de opções de venda. Neste mercado não existe a negociação de ações, mas de direitos sobre elas. No caso da venda a descoberto não existe o depósito do título objeto na Bolsa de Valores e é exigida uma margem de 200% do prêmio (cotação da opção). Os ajustes são diários e calculados pelo preço médio dos últimos 30 minutos do pregão. Terminologia básica 67 Mercado de Opções Terminologia Básica Terminologia básica: Titular: O comprador da opção, ou seja, aquele que adquire o direito de exercer a opção, pagando por isso um prêmio ou preço. Lançador: O vendedor da opção, ou seja, aquele que cede o direito a uma contraparte, recebendo por isso um prêmio. Prêmio: Preço de negociação da opção. ou preço de mercado, ou ainda da cotação da opção em bolsa de valores. Opção de compra: Modalidade em que o titular tem o direito de comprar certo lote de ações a um preço determinado, até certa data. Opção de venda: Modalidade em que o titular adquire o direito de, se assim o desejar, vender ao lançador, até uma data fixada, as ações relativas à opção, por um preço determinado. Preço de exercício: Em opções de compra, é o preço que o titular deve pagar ao lançador por suas ações, se o primeiro exercer o direito de comprar. Em opções de venda, é o preço que o lançador deve pagar ao titular se este exercer seu direito de vender suas ações ao lançador. Vencimento: Data em que cessam os direitos do titular de exercer sua opção. Séries de uma opção: Opções do mesmo tipo (compra ou venda), para a mesma açãoobjeto, e com a mesma data de vencimento. Os prêmios variam conforme os preços de exercício, que diferem de uma série para outra. 68 Mercado a Termo Um contrato a termo é um instrumento pelo qual duas partes se obrigam a comprar e vender, respectivamente, uma certa quantidade de determinado ativo em determinada data futura, por uma preço pré-determinado. A parte que se obriga a comprar é denominada de comprado; e a que se obriga a vender, vendido; o ativo a que o contrato se refere, ativo-objeto (ou, simplesmente, objeto); o preço predeterminado, preço de entrega ou preço a termo; a data em que o comprado se obriga a comprar o objeto e o vendido se obriga a vendê-lo, vencimento do contrato. Dada a caracterização anterior, o lucro do comprado ou do vendido dependerá do preço pelo qual o objeto do contrato esteja sendo transacionado no mercado a vista, no vencimento do contrato. 69 Mercado de Futuros Princípio básico das negociações a futuro contrate agora, acerte depois. Neste mercado é possível comprar sem ter dinheiro e vender sem ter mercadoria. Menos de 2% das operações são liquidadas pela entrega efetiva do bem transacionado (a especulação é imprescindível). Este mercado é altamente alavancado, por exemplo, pode ser negociado uma quantidade de mercadoria, muitas vezes superior à produção do planeta. O mercado de futuros, até recentemente denominado de commodities ( mercadorias), promove a redução do risco financeiro decorrentes de alterações de preços imprevistos, resultantes de quebra de safra, perda de navios, transporte e armazenagem inadequados e fatores econômicos por meio do Hedge. Forbes Luiz F. Mercados futuros: uma introdução. São Paulo ; BM&F, 1994. 70 Continua=> Mercado de Futuros - Continuação Objetivo básico deste mercado: a proteção dos agentes econômicos ( produtores primários, industriais, comerciantes, instituições financeiras e investidores) contra oscilações de preço de seus produtos e de seus investimento em ativos financeiros. No Brasil este mercado é realizado através da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e a Bolsa Brasileira de Futuros ( BBF). Neste mercado encontramos: Os especuladores que assumem os riscos dando liquidez ao mercado buscando resultados financeiros; E os hedgers buscando proteção para seus investimentos, assumindo no mercado futuro posição contrária do mercado a vista ( tem algum vínculo com a mercadoria objeto). 71 12