JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO RELATÓRIO

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licitatório em epígrafe identificado.

Transcrição:

JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO PROCESSO Nº 228113/2011 PREGÃO PRESENCIAL Nº 006/2011 RECORRENTE: BARANJAK COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA ME RELATÓRIO Trata-se de Pregão nº 006/2011/AGECOPA, cujo objeto é a contratação de empresa especializada em Locação e/ou execução de serviços de palco, som, luz, cortinas e telas de tecnologia led, para atender aos eventos promovidos pela AGECOPA, na capital e no interior (Região Metropolitana, Rondonópolis, Tangará da Serra). A sessão de abertura foi realizada no dia 02 de agosto de 2011, onde foi realizado o credenciamento de três empresas: SETTE LOCAÇÃO DE SOM E LUZ E PALCO LTDA, BARANJAK COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA ME e PROTEGE SISTEMA DE PROTEÇÃO ATMOSFÉRICA LTDA ME, tendo sido desclassificada a empresa SETTE LOCAÇÃO DE SOM E LUZ E PALCO LTDA por não atender ao item 17.1 do Edital. Após a etapa competitiva, obteve o menor preço a empresa BARANJAK COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA ME, entretanto, após a análise da documentação de habilitação, a mesma foi julgada inabilitada em virtude de não atender ao item 18.3, c do Edital e o item 11 do Termo de Referência (Anexo I). Na seqüência, foi aberto o envelope da habilitação da empresa 2ª colocada, PROTEGE SISTEMA DE PROTEÇÃO ATMOSFÉRICA LTDA ME. Verificando a documentação, observou-se que a Página 1 de 7

licitante comprovou registro no CREA do engenheiro indicado como responsável técnico, bem como contrato de prestação de serviços a fim de comprovar o vínculo, porém não restou comprovado a vinculação do profissional à empresa no CREA, uma vez que a certidão do Conselho datada de 01/08/2011, da empresa não consta o nome do referido engenheiro, tendo o representante da empresa alegado que a razão de não ter constado se deu em virtude de trâmites burocráticos do CREA. Diante disso, a Pregoeira optou por suspender a sessão a fim de diligenciar junto ao CREA para dirimir a dúvida, tendo as empresas SETTE e BARANJAK se manifestado e motivado a intenção de recorrer. A empresa BARANJAK COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA ME apresentou, tempestivamente, Recurso Administrativo contra decisão da Pregoeira proferida durante sessão do Pregão Eletrônico em epígrafe, que a inabilitou por não atender ao item 18.3, c, do Edital e item 11 do Termo de Referência (Anexo I). Conforme previsão do Edital, item 19.3, os demais licitantes saíram intimados da sessão, para apresentar contra razões no prazo de 3 (três) dias, a contar do término do prazo do Recorrente. Após o decurso do prazo, nenhum licitante apresentou contra-razões. Alegou, em síntese, ambigüidade/desnecessidade da exigência de atestado de capacidade técnica dos profissionais da licitante, requer a inabilitação da empresa PROTEGE SISTEMA DE PROTEÇÃO ATMOSFÉRICA LTDA ME, bem como que a diligência determinada seja cancelada. É o relatório. DO MÉRITO Analisando as argumentações apresentadas pela Recorrente, verifica-se que esta não assiste com razão em nenhum aspecto. Visando comprovar o afirmado, passa-se a efetuar as seguintes considerações: Quanto à alegação da recorrente referente à cláusula editalícia ambígua, critério irrelevante e impertinente para o certame licitatório, temos a ressaltar que o instrumento convocatório foi disponibilizado no site: www.cuiaba2014.mt.gov.br desde o dia 21/07/2011. O Edital, no seu item 11.5, prevê a possibilidade de impugnação, e o artigo 41 da Lei de Licitações e Contratos nº 8.666/93 prevê como legitimados a impugnar o edital de licitação: o cidadão ( 1º) e o licitante ( 2º), in verbis: Edital Item 11.5 - Impugnação do Edital - A impugnação dos termos do edital deverá ser apresentada até 02 (dois) dias úteis antes da data de inicio da licitação e Página 2 de 7

deverá ser dirigida a Srª. Pregoeira e protocolada na Gerência de Aquisições da AGECOPA, no endereço indicado no Preâmbulo deste Edital. Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 1 o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no 1 o do art. 113. 2 o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). (grifos nosso) Frise-se que não houve manifestação da Recorrente quanto aos termos do edital, no prazo previsto e permitido por Lei, tendo decaído o direito de se manifestar quanto às cláusulas editalícias após a abertura do certame, restando à Recorrente obediência ao mesmo. Nesse sentido, resta ao licitante o atendimento integral ao previsto no item 18.3 e suas alíneas, no que tange à qualificação técnica, conforme segue: 18.3 QUALIFICAÇÃO TÉCNICA a) Apresentar Atestados de Capacidade Técnica em nome da licitante fornecido por pessoa jurídica de direito público ou privado que já tenha executado serviços similares, compatível em características ao objeto deste edital. NOTA: Em caso de atestados de capacidade técnica emitidos por pessoa jurídica de direito privado, os mesmos deverão ter reconhecimento de firma em cartório. b) A licitante deverá apresentar registro junto ao CREA. c) Comprovação de o licitante possuir na data prevista para a entrega da proposta, profissional detentor de atestado de capacidade técnica ou certidão de acervo técnico pro execução de serviço de características semelhantes ao do objeto do edital d) Declaração de que a empresa proponente possui todos os equipamentos necessários a realização do serviço objeto da licitação. Página 3 de 7

Não tem razão a Recorrente ao afirmar que por constar o atestado de capacidade técnica da empresa, alínea a, já tem força suficiente para provar a capacidade técnica dos seus profissionais, alínea c. A exigência em nenhum momento é duvidosa, infundada ou descabida como alega a Recorrente, pois o atestado de capacidade técnica apresentado pela empresa, não faz menção aos profissionais da área de engenharia apenas consta como responsável técnico o técnico em eletricidade Sr. Nicola Baranjak. Ora, o Edital, em seu Anexo I, Termo de Referência nº 019/2011, item XI DOS REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, b, é claro ao estabelecer que: A Licitante deverá apresentar Registro junto ao CREA, entidade profissional competente, para serviços de montagem de palco (engenheiro civil), som e iluminação (engenheiro elétrico), consoante exigência do art. 30, incisos I e II da Lei 8.666/93. Quanto ao argumento de que a Certidão do CREA apresentada pela empresa comprova o registro da empresa e de seus profissionais, com razão a Recorrente, entretanto, não é esse o motivo da sua inabilitação, uma vez que não comprovou que os responsáveis técnicos já executaram serviços de características semelhantes ao do objeto do edital, conforme exigência alínea c do item 18.3. Tal documento apenas comprova que a empresa encontra-se devidamente registrada no CREA e que a mesma tem em seu quadro profissionais da área, ou seja, atendeu somente à exigência constante da alínea b. O edital solicitou a comprovação de que os profissionais registrados na empresa já executaram os serviços objeto do certame, fato que não foi comprovado, já que não foi apresentado o Acervo técnico ou atestado de capacidade técnica dos profissionais. Ressalte-se que se a alegação da Recorrente de que o atestado técnico apresentado pela empresa comprovasse quem eram os responsáveis técnicos pela execução, atenderia a alínea c) do item 18.3 do edital. Página 4 de 7

Pórem, o atestado de capacidade técnica emitido pela Prefeitura Municipal de Barão de Melgaço deixa claro que o responsável técnico pela execução foi um técnico em eletricidade e não engenheiro eletricista e um engenheiro civil, e o atestado emitido pela Prefeitura de Cáceres sequer faz referência ao profissional responsável, portanto permanece o não atendimento das exigências Editalícias, não procedendo as alegações constantes do recurso administrativo interposto. Aduz o Recorrente ainda, que o edital levava a pensar, como efetivamente o fez, todavia, tal alegação é inconsistente, pois consta claramente no edital em seu Anexo I, Item XI DOS REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, página 27, a exigência dos profissionais da área de engenharia. Assim, considerando que o Recorrente apresentou Declaração de que o licitante conhece todo o conteúdo do edital e que cumpre plenamente todos os requisitos de habilitação e experiência na execução do objeto contratado. (Anexo - VI), se houve erro de interpretação do edital, foi da Recorrente, tanto que os demais participantes do certame entenderam a exigência e assim o fizeram ou tentaram fazer. Quanto à alegação de que o edital não prevê qualquer sanção para a licitante que não fez a impugnação do edital, realmente não há nenhuma sanção, porém decai o direito de questionar as cláusulas editalícias posteriormente conforme prevê o dispositivo legal. Frise-se, ainda, que o motivo da inabilitação da empresa BARANJAK, não foi somente de não comprovar que possuía profissional detentor de atestado de capacidade técnica ou acervo técnico para execução de serviço de características semelhantes ao do objeto do edital, como também foi inabilitada por não apresentar Atestado de Capacidade Técnica, quanto locação de equipamentos de cortinas e telas de tecnologia led, conforme o objeto do certame. Fato este que não foi abordado pela Recorrente, todavia também foi decisivo para sua inabilitação, não restando em nenhum momento dúvida quanto ao não cumprimento do Edital. A Recorrente afirma que a diligência a ser efetuada quanto ao contrato apresentado pela Empresa PROTEGE, junto ao CREA é ilegal, porém o edital é claro em seu item 18.20, quando faculta ao pregoeiro, no caso de dúvida, realizar diligências. Nesse caso específico, ficou a dúvida de que o contrato acostado foi devidamente apresentado ao CREA conforme alegação da licitante, de que não constou na certidão do CREA devido a um problema burocrático do Conselho. A dúvida foi exatamente se existe esse trâmite burocrático no referido Conselho, portanto, nada há de ilegal com a decisão tomada durante o certame. Se a diligência realizada comprovar qualquer indício de erro, bem como de divergência de datas, a empresa PROTEGE será inabilitada. Página 5 de 7

Insta esclarecer que em nenhum momento houve favorecimento à empresa PROTEGE, como quer fazer crer a Recorrente, uma vez que não haveria inserção de novo documento, pois constava no envelope DA HABILITAÇÃO, conforme se verifica nos autos, inclusive com visto do representante da empresa Recorrente, a comprovação do registro do profissional no CREA (fls. 393), bem como a comprovação do vínculo com a empresa através do contrato de prestação de serviços (fls.394/5). Portanto, a intenção da diligência determinada foi única e exclusivamente para dirimir dúvida. Portanto, a diligência procedida por esta Pregoeiro transcorreu dentro dos ditames legais, previstos tanto no parágrafo 3º do artigo 43 da Lei 8.666/93 quanto no Edital da licitação, a seguir transcrito: 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta. (grifo nosso) Esclarece-se que todos os documentos apresentados serão revisados pela Pregoeira e equipe, antes do resultado final do certame, que será divulgado com a sua devida motivação. No que tange à solicitação da Recorrente quanto à aplicação do artigo 48, 3º da Lei 8.666/93, esclarecemos que a inexistência de licitante habilitada para o certame, não obriga a AGECOPA a atender o que reza o mencionado artigo, pois a Administração poderá abrir ou não o prazo, trata-se de um poder discricionário do órgão, senão vejamos: Art. 48. Serão desclassificadas: 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) (grifo nosso) Por fim, cumpre registrar que a AGECOPA presa pela legalidade, transparência, isonomia, impessoalidade, igualdade, ética, vinculação ao instrumento convocatório, e demais princípios que norteiam a Administração Pública, não ferindo, em nenhum momento os mesmos, conforme alega a Recorrente, visando apenas atender aos interesses da Administração, sempre com fulcro na legislação pertinente. Página 6 de 7

Nos termos da fundamentação supra o Recurso deve ser conhecido e julgado improcedente, mantendo inalteradas as decisões tomadas na abertura do certame. Em atenção ao Art. 112, inciso IV, do Decreto 7.217/06, encaminham-se os autos ao Senhor Diretor Presidente, para sua análise e decisão. Cuiabá/MT, 11 de agosto de 2011. Thays Karla Maciel Costa Pregoeira da AGECOPA 1. De acordo. 2. Julgo o Recurso Administrativo impetrado pela licitante BARANJAK COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA ME improcedente. 3. Comunique-se à Recorrente a decisão tomada, bem como às demais interessadas no certame. Cuiabá/MT, 11 de agosto de 2011. Eder de Moraes Dias Diretor Presidente Página 7 de 7