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Transcrição:

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTALINA GABINETE DO PREFEITO JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO Processo: Concorrência nº 001/2014 Objeto Construção da UPA 24 horas Porte I Recorrente: Construir Construções e Projetos Ltda Trata-se de Recurso Administrativo interposto por CONSTRUIR CONSTRUÇÕES E PROJETOS LTDA com o escopo de reformar o julgamento da fase de habilitação proferido nos autos da licitação na modalidade Concorrência nº 001/2014, que declarou a habilitação da empresa Bom Service Construtora e Prestadora de serviços Eireli. Alega em suas razões que a habilitação da mencionada empresa/licitante não procede, tendo em vista que sua documentação não atendeu às exigências do edital, no que diz respeito à qualificação técnica. Prossegue alegando que a licitante Bom Service Construtora e Prestadora de serviços Eireli apresentou no processo o Atestado de Capacidade Técnica emitido por pessoa física, quando o edital exige declaração expedida por pessoa jurídica de direito público ou particular; assim como porque a Certidão de registro e Quitação emitida pelo CREA-GO apresenta capital social diferente do capital social indicado o contrato social da empresa, o que a tornaria nula. inabilitação da empresa impugnada. Ao final, requer seja da provimento ao recurso para declarar a Procedida a intimação das demais licitantes para impugnar o presente recurso administrativo, todas as empresas quedaram inertes, transcorrendo o prazo in albis.

Conheço do presente recurso administrativo por ser próprio e tempestivo, assim como por preencher aos requisitos de admissibilidade. Passo a decidir. Pretende a Recorrente a reforma do julgamento da fase de habilitação quanto a declaração de habilitação da empresa Bom Service na licitação na modalidade Concorrência nº 001/2014, tendo em vista que a mesma não atendeu ás exigências do edital. Para tanto alega que a capacidade técnica é feita pela comprovação de atestado de capacidade técnica emitido por pessoa jurídica pública ou privada, porém a empresa impugnada (Bom servisse) apresentou um atestado técnico emitido por pessoa física. Continua sua alegação afirmando que a Certidão de Registro e Quitação, item 7.1.3, a do edital, apresentada pela empresa Bom Service Construtora e Prestadora de Serviços Eireli não está válida, como se diz na alínea b da referida certidão: A presente certidão perderá a validade, caso ocorra qualquer modificação posterior dos elementos nela contidos e desde que não represente a situação correta ou atualização do registro. A Recorrente prossegue alegando que a empresa em questão alterou dados contratuais e não o regularizou junto ao CREA, como mostra na documentação apresentada, onde o contrato social apresenta um capital social diferente do informado na certidão do CREA. Analisando as razões recursais apresentadas, faço as seguintes considerações para motivar o julgamento adiante proferido. No item 7.1.3 a do Edital dispõe que a licitante deverá apresentar o Registro ou inscrição (1) da empresa e (2) do responsável técnico no Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA, com jurisdição sobre o domicílio da licitante (l. 8.666/1993, art. 30, I). No tocante a esse item verifico que a licitante (Bom Service) apresentou a Certidão de Registro e Quitação nos termos do Edital, não havendo nenhuma irregularidade no tocante a esse documento. Verifico que a referida certidão foi apresentada com prazo de validade em vigência (até 22/08/2014), assim como observando-se todas as exigências legais. Acerca da alegação de que o referido documento indica capital diferente do capital indicado no contrato social, verifico que tal alegação é improcedente, tendo em vista que tanto o contrato social quanto a Certidão de Registro e Quitação do CREA-GO informam o mesmo valor, qual seja a importância de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). No entanto, quanto a alegação de que a empresa Bom Service Construtora e Prestadora de Serviços apresentou documentação de qualificação técnica em desacordo com as exigências do edital, verifico que esta assertiva merece ser acolhida, vejamos: O edital no item 7.1.3, b dispõe claramente que as licitantes deverão comprovar sua aptidão técnica da seguinte forma: A licitante deverá apresentar pelo menos 01 (um) atestado de capacidade técnica EMITIDO POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO, em benefício da licitante, comprovando a execução de serviços compatíveis, de características semelhantes e de complexidade operacional equivalente ou superior ao presente objeto (L. 8.666/93, art. 30, II e 1º e º 3º). Em que pese a exigência editalícia, a documentação apresentada pela licitante Bom Service foi emitida por pessoa física, contrariando a regra do certame, de forma a justificar a inabilitação da licitante impugnada pela Recorrente.

Tomando-se por referência os princípios legais que norteiam a licitação, tem-se que deve ser observado o princípio da vinculação do certame ao instrumento convocatório (EDITAL DA LICITAÇÃO), que faz lei entre as partes envolvidas no processo administrativo. Por isso é mister expor que aceitar a documentação (atestado de capacidade técnica) apresentada pela licitante ora impugnada viola o direito ao devido processo legal, o princípio da legalidade e ao direito de igualdade entre os licitantes. Verifico que todas as demais licitantes (20 empresas) que participaram da licitação na fase de habilitação tiveram o cuidado de apresentar seus comprovantes de aptidão técnica por meio de documentos emitidos por pessoa jurídica de direito público ou privado, não se admitindo dar tratamento diferenciado para a empresa infratora. Frisa-se também que a empresa impugnada neste Recurso apresentou Declaração de Sujeição aos Termos do Edital (Anexo II do Edital), onde atesta expressamente que está de pleno acordo com os termos estabelecidos e o procedimento adotado. Além do mais a declaração firmada pela empresa impugnada implica na aplicação imediata no disposto no item 15.14 do Edital: A participação no certame implica na aceitação integral e irretratável dos termos e condições expresso no presente instrumento e seus anexos.. Esclarece ainda que caso a referida empresa não concordasse com qualquer das condições do edital, a mesma deveria tem apresentado impugnação ao ato convocatório dentro do prazo fixado para esse mister. Ocorre que a licitante quedou-se inerte e deixou o prazo transcorrer sem exercer seu direito, de tal forma que não cabe discutir essa questão nesta fase do procedimento administrativo.

Destarte, verifico que a alegação da Recorrente no tocante a presente alegação deve ser acolhida visto que a documentação apresentada pela empresa impugnada é contrária ao disposto no item 7.1.3, b do Edital. Por todo o exposto, julgo o presente recurso provido para reformar o julgamento proferido pela Comissão Permanente de Licitação, declarando a inabilitação da empresa Bom Service Construtora e Prestadora de Serviços Eireli em face ao descumprimento do previsto no item 7.1.3, b do edital. Pontalina, 21 de julho de 2014. MILTON RICARDO DE PAIVA Prefeito