AVANÇO TECNOLÓGICO DAS REDES SOCIAIS NO MUNDO CORPORATIVO



Documentos relacionados
Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

O Papel Estratégico da Gestão de Pessoas para a Competitividade das Organizações

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

Blog da House Comunicação entre a Agência Experimental e acadêmicos de Publicidade e Propaganda da FURB 1

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

Novas Tecnologias no Ensino de Física: discutindo o processo de elaboração de um blog para divulgação científica

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft.

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO. Prof.: Daniela Pedroso Campos

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL


Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

Teoria Geral da Administração II

Introdução à Teoria Geral da Administração

Profissionais de Alta Performance

Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

Módulo 4: Gerenciamento de Dados

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / / sebraego.com.

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Mídias sociais como apoio aos negócios B2B

Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

*Todos os direitos reservados.

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Trilhas Técnicas SBSI

GESTÃO DA DIRETORIA DE MARKETING ATRAVÉS DE UMA DIVISÃO ESTRATÉGICA: OTIMIZANDO PROCESSOS E CAPACITANDO PESSOAS PRÁTICA INTERNA. Temática: Marketing

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Publicitária

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

E-BOOK [TÍTULO DO DOCUMENTO] Matrix [NOME DA EMPRESA] [Endereço da empresa]

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Opção. sites. A tua melhor opção!

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

O guia completo para uma presença. online IMBATÍVEL!

1. Introdução. 1.1 Apresentação

PlusPixel Marketing Digital SOMOS MAIS SOCIAIS DO QUE NUNCA

Portfolio de cursos TSP2

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS


Outside On-Line LTDA Telefone: +55 (19) (19) (claro) carlos@outside.com.br

Blogs corporativos: uma inovação na Comunicação Organizacional 1

PLANO DE EXPANSÃO COMERCIAL DA ÁREA COMERCIAL EMPRESA XYZS

INTRODUÇÃO A PORTAIS CORPORATIVOS

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS.

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Gestão e Tecnologia da Informação - Turma 25 20/03/2015. Big Data Analytics:

Sistemas de Informação I

SISTEMÁTICA WEBMARKETING

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Gestão da informação na SDC: uma proposta de mudança tecnológica, motivação, comprometimento e trabalho coletivo.

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Respostas da Lista de Exercícios do Módulo 2: Vantagem Competitiva. Resposta do Exercício 1

gestão, inovação e liderança com atitude


2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

PHC dteamcontrol Externo

Gestão Plano de Trabalho. Colaboração, Renovação e Integração. Eduardo Simões de Albuquerque Diretor

Prof Elly Astrid Vedam

Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo

Resenha. Inovação: repensando as organizações (BAUTZER, Daise. São Paulo: Atlas, 2009.)

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Conrado Adolpho. Certificação 8Ps do Marketing Digital Edição Rio Introdução ao Marketing Digital

Redes sociais no Terceiro Setor

Programa de Capacitação

Transcrição:

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVANÇO TECNOLÓGICO DAS REDES SOCIAIS NO MUNDO CORPORATIVO Ana Carolina Silva Coelho Professor Orientador Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011

2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVANÇO TECNOLÓGICO DAS REDES SOCIAIS NO MUNDO CORPORATIVO Ana Carolina Silva Coelho Monografia apresentada à diretoria da Universidade Cândido Mendes como requisito para a obtenção da aprovação na Pós- Graduação em Gestão Estratégica de Vendas e Negociação, sob a orientação do Professor Jorge Vieira. Rio de Janeiro 2011

3 Ana Carolina Silva Coelho AVANÇO TECNOLÓGICO DAS REDES SOCIAIS NO MUNDO CORPORATIVO Jorge Vieira Prof. Orientador: Nota Rio de Janeiro, 31 de Janeiro de 2011.

4 DEDICATÓRIA Ao meu grande amigo e noivo Marcelo que sempre me impulsionou para que eu buscasse o melhor. A este grande companheiro que está ao meu lado e que, em momentos de desânimo, sempre tinha palavras e atitudes de incentivos.

5 AGRADECIMENTOS A Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho Nele. Aos meus pais, irmãos, meu noivo que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Ao professor Jorge Vieira pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. A todos os professores da que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia. Pelo convívio, pela força, pela compreensão e pela amizade. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constantes.

6 SILVA COELHO, Ana Carolina. AVANÇO TECNOLÓGICO DAS REDES SOCIAIS NO MUNDO CORPORATIVO. 2011. Trabalho de Conclusão do Curso Gestão Estratégica de Vendas e Negociação Universidade Cândido Mendes UCAM, Rio de Janeiro, 2011. RESUMO Este trabalho tem o propósito de analisar os aspectos que envolvem os benefícios das redes sócias para as empresas, considerando as redes existentes atualmente como Orkut, Facebook, Twitter, Formspring, blogs, entre outros, a fim de manter um relacionamento forte e satisfatório entre clientes e empresa, sendo possível assim aumentar a rentabilidade da empresa e obter um posicionamento competitivo no mercado. Elaborou-se uma fundamentação teórica sobre o assunto, baseada em uma pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico e artigos documentais, através de um plano de leitura para obter um conhecimento mais amplo e poder assim, desenvolver o estudo aqui presente. O referencial teórico levantado através da pesquisa identifica que o conteúdo gerado pelo usuário em redes sociais permite que as empresas estreitem o relacionamento com seus consumidores, sendo possível incluí-los no processo de desenvolvimento de campanhas publicitárias, assim como identificar problemas nos produtos, objetivando a identificação rápida para o desenvolvimento de uma solução eficaz. Palavras-chave: Redes sociais, empresas, conteúdo gerado pelo usuário.

7 SILVA COELHO, Ana Carolina. THE TECHNOLOGICAL ADVANCE OF THE SOCIAL NETWORKS IN THE CORPORATE WORLD. 2011. Completion of Course Work Management Strategic Sales and Trading University Cândido Mendes UCAM, Rio de Janeiro, 2011. ABSTRACT This work is meant to analyze the aspects involving the benefits of partner networks for businesses, whereas currently existing networks such as Orkut, Facebook, Twitter, Formspring, blogs, among others, in order to maintain a strong relationship and satisfactory between clients and company, and can thus increase company profitability and gain a competitive positioning in the market. Elaborated a theoretical substantiation on the subject, based on an exploratory research with bibliographic and documentary articles through a reading plan for a broader knowledge and can therefore develop the study here. The theoretical raised through the research identifies that user-generated content on social networks enables companies to narrow its relationship with its consumers, being able to include them in the process of developing advertising campaigns, as well as identify problems in products, aiming for fast identification for developing an effective solution. Keywords: businesses, social networks, user generated content.

8 S U M Á R I O 1. INTRODUÇÃO... 09 2. DESENVOLVIMENTO... 10 2.1. ORGANIZAÇÕES... 10 2.1.1. Conceito... 10 2.1.2. Histórico das organizações... 12 2.1.3. Características das diversas organizações... 14 2.1.4. As organizações no momento atual... 16 2.2. INTERFACE DIGITAL... 19 2.3. REDES SOCIAIS... 21 2.4. OS BENEFÍCIOS DAS REDES SOCIAIS PARA AS ORGANIZAÇÕES... 25 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 31 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 32

9 1. INTRODUÇÃO As empresas, preocupadas com sua sobrevivência no mundo globalizado e com a concorrência decorrente, não têm medido esforços para se adaptar às novas exigências do mercado. Assim sendo, cada vez mais as organizações procuram satisfazer as necessidades de seus clientes, buscando o fortalecimento da questão de seu relacionamento, utilizando o desenvolvimento dos recursos de informática. A tecnologia vive um momento extraordinário no mercado, onde seu crescimento no ambiente organizacional contribui para o aumento da comodidade e tranqüilidade dos clientes, exigindo das empresas a implantação de ambientes e estruturas que visem potencializar os fatores tecnológicos. Com isso, as empresas podem redirecionar suas atividades apoiando-se nos avanços tecnológicos proporcionando a seus clientes e a si mesmo vantagens através da utilização da ferramenta de marketing via internet. Dessa maneira, o conteúdo gerado pelo usuário nas redes sociais surge como um conceito capaz de melhorar a relação existente entre empresas e consumidores, sendo utilizado também através de redes sociais virtuais, uma vez que qualquer pessoa no mundo altamente globalizado pode ter acesso a internet e suas inúmeras ferramentas de fortalecer a troca de experiências. Baseado neste princípio, este artigo possui o objetivo de demonstrar a importância do conteúdo gerado pelo usuário e sua repercussão em redes sociais, a fim de desenvolver estratégias de relacionamento e com isso manter um relacionamento duradouro e lucrativo para as empresas e principalmente para seus consumidores. A metodologia deste estudo será realizada através de uma pesquisa exploratória de caráter bibliográfico, visando levantar referenciais teóricos, a fim de obter um maior conhecimento sobre os diversos assuntos contidos nos tópicos apresentados por meio deste trabalho.

10 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. ORGANIZAÇÕES Os objetivos de uma organização são constituídos pela inclusão de pessoas que exercem suas funções de acordo com as atividades organizacionais que estão direcionadas às gestões políticas de cada empresa. Os membros que compõem uma organização podem ser caracterizados por duas categorias: operacional e gerente, sendo que no sistema operacional estão incluídos os funcionários que desempenham diretamente uma atividade não se submetendo a atividade de monitorar outros setores; e o sistema de gerência envolve pessoas com poder de administração maior, responsáveis por monitorar e gerenciar outros funcionários. 2.1.1. Conceito As organizações formam um conjunto de pessoas, como uma equipe, que desempenham tarefas a fim de atingir os objetivos desejados pela empresa. Assim é preciso elaborar um planejamento estratégico para que o conjunto de funcionários esteja corretamente estruturado visando o exercício dessas tarefas. Então, o conceito de organizações refere-se a grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento de produtos e serviço. (MAXIMIANO, 2004; p. 27) Nota-se que o grupo formado entre setores operacionais e gerenciais estabelece uma definição onde juntos são designados a colocar em prática o principal objetivo de uma organização, o posicionamento estratégico de mercado.

11 São elaboradas normas para serem seguidas por todos os trabalhadores, incluindo o nível mais elevado de gerência, otimizando assim os recursos disponibilizados pela empresa a fim de atingir a concretização de um bom serviço, de acordo com a hierarquia existente. Administrar uma organização requer a compreensão em lidar com processos de qualificação e aprendizagem em relação aos funcionários em um empenho coletivo, porém mantendo um conhecimento individual. A gestão da empresa envolve a comunicação com seus colaboradores para gerar oportunidades podendo monitorar as mudanças direcionadas a melhoria da dinâmica utilizada para estes fins. Portanto, uma organização deve ter pleno conhecimento de seus objetivos para assim desenvolver estratégias consistentes, designando determinadas funções aos seus funcionários, para que os mesmos através dos métodos disponibilizados pela empresa possam concretizar a realização organizacional de cada gestão imposta, já que as empresas bem-sucedidas fazem o máximo para criar esquemas compartilhados de referências. Elas se esforçam para enxergar a empresa pelo ângulo dos seus clientes. (ALBRECHT e BRADFORD, 1992, p. 19). A coordenação dos recursos humanos deve focar suas estratégias na motivação dos funcionários para alcançar sua satisfação pessoal interferindo positivamente em suas atividades, atingindo seus objetivos específicos. Para os objetivos serem cumpridos com excelência e eficiência, o trabalho, considerado um processo complexo, deve ser dividido em uma série de tarefas baseada na produção de serviço, sendo que cada setor terá que realizar suas funções de acordo com suas necessidades através da qualificação exigida no momento da contratação entre empresa e trabalhador. Para FOX (1980), organização é todo grupo de indivíduos que através de métodos padronizados interagem uns com os outros para atingir um fim comum. Cada empresa possui seus papéis organizacionais constituídos pelos comportamentos dos membros que fazem parte das organizações, referente ao nível de coordenação exercida. Com a expansão da divisão do trabalho, o crescimento de várias áreas de especialização surge, necessitando cada vez mais

12 de pessoas dispostas a gerenciar determinado setor, permitindo que estes gerentes desenvolvam atividades de liderança atingindo o patamar máximo de competência. Os sistemas de relacionamentos criados por cada comportamento do funcionário em relação às suas tarefas formam a estrutura organizacional de uma empresa. Assim, é preciso de um ou mais responsáveis para supervisionar as mudanças, melhorias e dificuldades que a forma de agir dos trabalhadores oferece a empresa, considerando que estes profissionais devem usufruir de seus cargos de chefia para tomar decisões ligadas a coordenação e motivação do grupo de trabalhadores. De acordo com o BILHIM (2006) uma organização corresponde a uma entidade social que mantém sua consciência coordenada usufruindo de todas as oportunidades delimitadas que funcionam numa base relativamente contínua, levando em consideração a concretização dos objetivos comuns entre todas as partes envolvidas no grupo que constitui uma empresa. Sendo assim, a combinação dos esforços individuais realizados pelos funcionários e os propósitos definidos pela empresa, torna-se possível atingir metas a fim de cumprir a missão de cada organização. 2.1.2. Histórico das organizações CHIAVENATO (1983) afirma que durante o século XXI, as organizações enfrentaram três fases caracterizadas a seguir: - Era da Industrialização Clássica: estabelecida no período de 1900 e 1950, sendo influenciada pelos princípios taylorista referentes às organizações. Nesta época, as pessoas eram consideradas um bem responsável apenas por produzir. Apesar de a Revolução Industrial ter despertado o interesse pela luta pelos direitos do trabalhador, os manifestos ainda permaneciam em processo de expansão lenta. Com o crescimento das organizações, o número de trabalhadores aumentava consideravelmente, necessitando da criação de níveis hierárquicos para

13 um melhor gerenciamento dessas pessoas, no entanto os cargos de chefia geravam um afastamento em relação aos demais trabalhadores, provocando conflitos referentes aos objetivos de ambas as partes elevando a complexidade das atividades de gestão de pessoas. Com isso, foi desenvolvido um novo método de gerenciamento pessoal que recebeu o nome de Relações Industriais, visando mediar às funções desempenhadas pela empresa e seus trabalhadores, minimizando os conflitos e aumentando as soluções para os mesmos. GIL (1994) afirma que o monitoramento de pessoal nesta fase era de caráter legal, disciplinador, punitivo e paternalista. - Era da Industrialização Neoclássica: foi marcada com o término da Segunda Grande Guerra Mundial, sendo estabelecida no período de 1950 a 1990. As transformações foram intensas e rápidas, aumentando a competitividade entre as organizações, formando um novo conceito de trabalhador, considerando as pessoas como bens de valores e recursos vivos. As mudanças se concretizavam cada vez mais rapidamente e com dimensões a fim de atingir o mercado global. A década de 50 ficou marcada com o crescimento das indústrias de natureza química, farmacêutica, siderúrgica e petrolífera, além das automobilísticas que representaram boa parcela de expansão. De acordo com GIL (1994) foi nesta fase que os obstáculos organizacionais se expandiram desproporcionalmente, gerando grandes oportunidades de emprego, porém com um nível de qualificação maior que o da Era Clássica. Os sindicatos trabalhistas surgiram com o intuito de analisar as condições dos trabalhadores e expandir notoriamente a politização da classe de trabalhadores, concretizando conflitos entre as organizações e funcionários pelo desacordo relacionado à qualidade de vida no trabalho. Com isso, foi necessário designar uma pessoa com cargo de chefia para coordenar os fatores que mais geravam insatisfação dos funcionários. Assim, criou-se um departamento de Relações Industriais com um gerente que tinha a função de controlar essas situações dentro de cada organização. Durante a década de 80, a tecnologia enfrentou uma série de mudanças focadas no desenvolvimento influenciando o comportamento das organizações e de seus funcionários.

14 - Era da Informação: se iniciou em 1990 e está sendo presenciada até os dias atuais com características inovadoras, imprevisíveis e inesperadas. Com a globalização e a evolução tecnológica, as informações são encontradas na internet e está sendo possível o desenvolvimento de novas soluções voltadas aos problemas organizacionais enfrentados pelas empresas no mercado competitivo. Assim, as pessoas passaram a exercer papel fundamental para a formação de uma organização, conceituadas como elementos dotados de alto conhecimento, grandes habilidades e capacidades cada vez mais perceptivas. Todos esses fatores estão focados nas necessidades e expectativas dos clientes, a fim de oferecer serviços e produtos com excelência em qualidade. CHIAVENATO (1997) a firma que nesta fase surgiu uma nova abordagem de gerenciamento de recursos humanos, sendo conceituado como gestão de pessoas, considerando os trabalhadores, seres com capacidades grandiosas para assumir responsabilidades e desempenhar um papel fundamental na organização. O papel do empreendedor também apresenta relevância para a formação da sociedade, pois suas funções estão relacionadas com planejar e implementar mudanças do serviço, estimular mudanças, resolver problemas através da introdução de mudanças, identificar melhorias que possam ser introduzidas no serviço. (DIAS, 1991, p. 19) 2.1.3. Características das diversas organizações Geralmente, as atividades focadas no gerenciamento das funções por uma organização são dividas em três estágios que visam articular o trabalho de forma a melhorar os métodos administrados, são eles: - Nível Político ou Institucional: neste estágio são elaboradas as estratégias da empresa, envolvendo os principais administradores da organização em relação ao alto poder de decisão por eles impostos. Possui uma ligação direta com o ambiente interno e externo, sendo necessário lidar com questões referentes a

15 soluções de problemas e conduzir corretamente todos os interesses da empresa, visando superar as expectativas de todas as partes envolvidas no ambiente organizacional. As estratégias direcionadas às atividades do dia a dia de uma organização através de programas consistentes dos níveis operacionais são monitoradas por sistemas eficientes que desempenham funções relacionadas à tecnologia utilizada pela empresa, programas de gerenciamento e técnicas de prestação de serviço. - Nível Intermediário: analisa todas as estratégias desenvolvidas no nível político e verifica quais as melhores técnicas para a concretização dessas estratégias, elaborando táticas de acordo com o público alvo estratégico. É responsável por integrar todos os programas que gerenciam as atividades da empresa de forma a manter a excelência na estrutura organizacional, pois uma empresa é formam por diversas partes que devem se relacionar em tempo real, visando soluções rápidas para seus problemas. - Nível Operacional: colocam em prática as atividades elaboradas no nível político através de programas indicados pelo nível intermediário. Possui a função de monitoramento das atividades realizadas a fim de identificar possíveis falhas existentes no período de aplicação, para assim desenvolver novas soluções que atendam as necessidades básicas. Portanto, a sustentabilidade do sistema de gestão utilizado pela organização varia com o grau de interesse da empresa em disponibilizar recursos para a aplicação dos mesmos, sendo que serão analisados os interrelacionamentos, padrões de mudanças e recursos estruturais compostos pelo ambiente organizacional. Segundo MINTZBERG (2001), as organizações podem ser classificadas em diferentes tipos, chamadas por ele de configurações. Essas configurações são caracterizadas de acordo com seu potencial estrutural e elementos de contingência, entre elas: - Organização Empreendedora: é constituída por uma estrutura simples, possuindo alguns gerentes que tem como função liderar e monitorar o restante dos funcionários, a fim de cumprirem com as suas tarefas. Esta instituição

16 possui um comportamento formal com pouco tempo utilizado para o desenvolvimento de planejamentos e treinamentos de funcionários. - Organização Maquinal: apresenta uma estrutura muito bem equipada de instrumentos e ferramentas que permitem alto potencial operacional. Geralmente essa estrutura é encontrada em empresas que possuem um sistema de logística que atende toda a sua demanda. Essas atividades são realizadas de forma padronizadas. - Organização Profissional: possui um grupo de apoio muito qualificado que permite a consistência das atividades relacionadas com o trabalho. Apresenta suas funções de forma padronizadas de acordo com sua especialização profissional. - Organização Diversificada: é formada por várias instituições independentes, na maioria das vezes conhecidas como divisões sendo separadas em seções, onde cada seção possui seu próprio padrão estrutural. - Organização Inovadora: apresenta atividades baseadas em seu caráter inovador, estabelecendo uma integração das equipes de funcionários a partir de elementos criativos de forma harmoniosa. MINTZBERG (2001) definição este tipo de organização de adhocracia. - Organização Missionária: estabelece um valor ideológico que faz com que toda a organização compartilhe experiências, valores, culturas, visando a padronização das regras, a fim aumentar o nível de socialização entre o escopo de funcionários. - Organização Política: não apresenta nenhum tipo de dominância, pois não possui coordenadores, assim não possuindo estabilidade nas centralizações ou descentralizações de suas atividades. 2.1.4. As organizações no momento atual

17 Para uma organização alcançar a sobrevivência de mercado através de um bom posicionamento estratégico, necessita responder com eficiência os obstáculos impostos pelo mercado, mantendo elevado padrão de flexibilidade para se adaptar às transformações e inovações das tendências, juntamente com as informações sobre os desejos e as necessidades dos consumidores que servirão de apoio no momento de desenvolver as estratégias. Para as empresas o assunto qualidade deve ser compreendido como uma filosofia empresarial, SHOLTES (1998) diz que para isso a organização pode se basear em seis princípios identificados a seguir: - Preocupar-se com o cliente externo, já que ele é quem se beneficia com o produto adquirido. É necessário compreender suas necessidades básicas, tais como suas expectativas em relação ao produto. - É necessário administrar os sistemas responsáveis pela execução das atividades direcionadas aos consumidores, geralmente esse monitoramento é realizado pelos cargos de chefia. - As informações sobre clientes devem ser colhidas e analisadas de maneira eficiente. - É preciso entender as pessoas de forma a tratá-las bem e contribua para um bom relacionamento. - Deve-se aprender com cada erro, sendo que a empresa deve estar disposta a mudar sempre, pois o mercado muda constantemente. - As estratégias devem ter direção e foco, se concentrando no público alvo correto. Os consumidores atuais estão buscando melhor qualidade de produtos e serviços e fatores que sejam capazes de suprir suas necessidades básicas e até mesmo aquelas direcionadas ao status, lazer, entretenimento focado nos desejos do consumidor. As empresas estão se posicionando de forma competitiva no que diz respeito à qualidade dos produtos. Porém, a qualidade competitiva está se tornando uma característica padrão para a entrada de um produto no mercado, exigindo que as empresas direcionem seus esforços ao desenvolvimento de outros diferenciais.

18 Geralmente, além de oferecer a qualidade percebida pelo cliente, as organizações estão procurando minimizar custos a fim de utilizar esses recursos para outras estratégias necessárias pela empresa. Pode-se afirmar que a procura pela qualidade, desenvolve atividades de planejamento, envolvendo todos os funcionários da empresa a fim de criar uma nova cultura organizacional a favor do bem estar dos consumidores e conquista dos objetivos da empresa. As organizações são compostas de elementos organizacionais que são integrados entre si para permitirem que as atividades da empresa sejam padronizadas de acordo com o ambiente externo e interno da organização. Sendo assim essa padronização desenvolve os produtos e serviços exigidos pelo mercado. Os funcionários, as ferramentas e os recursos são considerados elementos organizacionais. Os funcionários de uma organização são considerados uma fonte de valor, onda a empresa concentra seus esforços em aumentar seu desempenho a partir de estratégias de motivação, visando atingir sua satisfação pessoal. Já as ferramentas englobam os diferentes recursos disponibilizados pela organização, podendo ser utilitários e instrumentais. Os Recursos Utilitários são aqueles usados no desenvolvimento das funções, geralmente no setor produtivo, como caminhões, gôndolas, carros, entre outros. Os Recursos Instrumentais permitem que os ouros recursos sejam acessados. Com a diversidade de recursos presentes em uma organização, a mesma deve estar atenta às constantes mudanças que os fatores tecnológicos exigem da empresa. Com ao ambiente corporativos cada vez mais atrativos devido a globalização, os funcionários também precisam estar preparados para atenderem as diferentes formas de gestão que poderão surgir. Hoje, uma organização busca a qualificação de seus funcionários visando não só a lucratividade, porém busca-se a troca de experiências como desenvolvimento humano colaborando com seu crescimento profissional e pessoal.

19 2.2. INTERFACE DIGITAL A interface tem a função de melhorar e facilitar o contato entre o homem e a máquina. Para os usuários comuns de computadores, uma interface é a forma de apresentação de programas ou sistemas. Com o avanço na capacidade de processamento das máquinas, aconteceu uma mudança profunda na interface dos programas e sistemas. Uma interface está diretamente ligada à funcionalidade ou comportamento do sistema. O termo interface tornou-se popular na terminologia computacional devido a GUI (Graphical User Interface) desenvolvida pela Xerox PARC nos anos 70 e difundida pela Apple nos anos 80. Uma interface é sempre uma fronteira entre dois meios, tais como pessoas e aparatos; ela divide e conecta dois mundos muito diferentes: o mundo dos sujeitos criativamente ativos [...] e o mundo das máquinas e programas (Zielinski 2002). Uma interface digital capaz de promover o encontro de dois mundos separados de um lado, componentes construtivos com seus parâmetros de aplicação e, de outro, usuários com seus desejos. Tal maleabilidade e mutabilidade é o ideal almejado para um ambiente digital de produção autônoma de moradias. O primeiro indicador de flexibilidade do ambiente digital aparece nos anos 80, quando o computador começa a ser usado como meio em si mesmo, e não apenas como instrumento para armazenar e manipular dados a serem impressos. No desenho de interfaces, é necessário explorar tanto a capacidade de diálogo do ser humano, quanto à capacidade da máquina de fornecer material para esse diálogo, considerando sempre que o agenciamento só acontecerá na própria interação. A interface homem máquina é o canal de comunicação entre o homem e o computador, através do qual interagem, visando atingir um objetivo comum, sendo então considerado o conjunto de comandos de controle do usuário juntamente com as respostas dadas pelo computador. Para que a relação homemmáquina ocorra, é indispensável o uso das interfaces e da interatividade, tornando

20 todas as relações do homem com o computador mais fácil, para que ocorra de forma mais agradável, divertida, funcional e/ou eficiente. A relação homem-máquina faz parte das interfaces, dos diversos tipos de interatividade e da realidade virtual. A Internet tem revolucionado a comunicação humana, e graças a ela, o termo homem-máquina passou a ser mais discutido e amplamente estudado. Através dela o homem se relaciona com o computador no sentido real da palavra. Dentro desse processo as grandes empresas perceberam aí um grande canal para chegar aos seus clientes; e conseqüentemente os clientes, a empresa. Tudo isso fez com que a Internet se tornasse um meio de comunicação indispensável para qualquer empresa. Uma empresa que não está no mundo "virtual", de algum modo, não pode sobreviver no mundo "real" por muito tempo, e dentro deste mundo virtual, devem buscar sempre as melhores formas de conquistar e atrair seus clientes para dentro de suas páginas. Para isso, é necessário alta tecnologia e um sério estudo sobre seu público, para que a relação entre o cliente e a empresa seja proveitosa para ambos os lados. A necessidade de comunicação imediata, velocidade e tecnologia fazem das máquinas o melhor amigo do homem. Através do modem é possível fazer verdadeiros milagres, onde qualquer coisa passa a ser resolvida somente através dele.

21 2.3. REDES SOCIAIS As redes sociais estão sendo usadas de maneira significativa pelos usuários com o intuito de aumentar o conhecimento sobre outras pessoas, como é o caso do Orkut, blogs, fotologs, entre outros. As redes sociais, segundo Marteleto (2001, p.72) são definidas como sendo [...] um conjunto de participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados. Nas redes sociais, cada indivíduo tem sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede. De acordo com a temática da organização da rede, é possível a formação de configurações diferenciadas e mutantes. (TOMAÉL; ALCARÁ; DI CHIARA, 2005, p. 93) Com a chegada do século XXI, novas ferramentas online foram criadas com o intuito de fortalecer o convívio entre pessoas, fortalecendo a exposição de idéias. Segundo Bursztyn (2008), para se formar uma rede social por meio dos serviços da internet, é necessária a apresentação de três primitivas básicas, como: - a criação de um campo de perfil para cada usuário determinar sua própria pessoal virtual, a qual poderá ou não estar disponível para visualização de outros usuários. - permitir a organização de lista de usuários amigos. - permitir a elaboração de comentários, que também poderão estar disponíveis para todos os usuários, ou pelo menos para os que compõem a lista de amigos. [...] na era da informação na qual vivemos as funções e processos sociais organizam-se cada vez mais em torno de redes. Quer se trate das grandes empresas, do mercado financeiro, dos meios de comunicação ou

22 das novas ONGs globais, constatamos que a organização em rede tornouse um fenômeno social importante e uma fonte crítica de poder. (CAPRA, 2002, p. 267) Com a evolução da tecnologia sem fio e a inclusão de dispositivos móveis cada vez mais sofisticados no mercado, os usuários podem acessar suas redes sociais em qualquer lugar do mundo, mantendo sempre seus perfis atualizados e disponíveis para a comunicação. Para Boyd e Ellison (2007) as redes sociais permitem que os usuários construam um público de acordo com o perfil desejado, além de articular uma lista de outros usuários para estabelecer uma conexão e navegar pela lista de perfis que fazem parte do seu público. Isto significa que os usuários na maioria das vezes se relacionam na web com pessoas que possuem mais afinidades, com os mesmos interesses, área de trabalho, amigos em comuns e outros fatores que influenciam o indivíduo a incluir ou não o usuário na lista de contatos. Para muitos usuários, as redes sociais auxiliam significativamente no processo de procura de amigos que não podem ser encontrados para conversar pessoalmente, seja por morar em outro país, ou por não possuir horários flexíveis, entre muitos outros motivos que impedem o encontro. Dessa maneira, no que se refere às redes sociais, verifica-se que elas favorecem os intercâmbios sociais, pois possibilitam aos sujeitos vivenciar relações para além das suas comunidades locais. (SANTANA, 2007, p. 05) Assim, formam um conjunto de comunidades virtuais em que são produzidos e espalhados os saberes, porém estes conhecimentos não são comparados com os conhecimentos científicos. Uma vez que na maioria dos casos, os relacionamentos on-line possuem o intuito de colocar em prática ações de lazer. Para tanto, esses sistemas funcionam com o primado fundamental da interação social, ou seja, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação e, portanto, podem ser utilizadas para forjar laços sociais. (RECUERO, 2004.p 3)