6 o ano TECENDO LINGUAGENS LÍNGUA PORTUGUESA MANUAL DO PROFESSOR

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Transcrição:

TECENDO LINGUAGENS LÍNGUA PORTUGUESA TANIA AMARAL OLIVEIRA Formada em Letras, Pedagogia e Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora de educadores nas áreas de Língua Portuguesa e de Comunicação. Professora do Ensino Fundamental das redes pública e privada de ensino de São Paulo. ELIZABETH GAVIOLI DE OLIVEIRA SILVA Bacharel e licenciada em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos. Autora de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Professora do Ensino Fundamental da rede particular de ensino de São Paulo. CÍCERO DE OLIVEIRA SILVA Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduando em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Autor de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Educador em projetos sociais nas áreas de Comunicação e Educação para a Cidadania. LUCY APARECIDA MELO ARAÚJO Bacharel e licenciada em Língua Portuguesa e Linguística pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestranda em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora do Ensino Fundamental da rede particular de ensino de São Paulo. ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA MANUAL DO PROFESSOR 6 o ano 4 a edição São Paulo 2015 pnld2017_miolo_6tl_p3_u00_18ago15.indd 1 8/19/15 17:56

Coleção Tecendo Linguagens Língua Portuguesa 6 o ano IBEP, 2015 Diretor superintendente Diretora adjunta editorial Gerente editorial Coordenadora editorial Editora Assistente editorial Revisora técnica Coordenadora de revisão Revisores Secretaria editorial Assistentes de secretaria editorial Coordenadora de arte Assistentes de arte Coordenadora de iconografia Assistentes de iconografia Ilustradores Produção gráfica Assistentes de produção gráfica Processos editoriais e tecnologia Projeto gráfico e capa Imagens da capa Diagramação Jorge Yunes Célia de Assis Maria Rocha Simone Silva Fabiana Panhosi Marsaro Karina Danza Márcia Chiréia Helô Beraldo Beatriz Hrycylo, Cássio Dias Pelin, Luiz Gustavo Bazana, Salvine Maciel, Sheila Saad, Thiago Dias Fredson Sampaio Carla Marques, Karyna Sacristan, Mayara Silva Karina Monteiro Aline Martins, Gustavo Prado Ramos, Marilia Vilela, Thaynara Macário Neuza Faccin Bruna Ishihara, Camila Marques Victoria Lopes, Wilson de Castilho Jótah e Renato Arlem Ary Lopes Elaine Souza, Eliane M. M. Ferreira Elza Mizue Hata Fujihara Departamento de Arte IBEP Fabio Colombini, Lisa F. Young/Shutterstock Bertolucci Estúdio Gráfico Os textos e as imagens reproduzidos nesta coleção têm fins exclusivamente didáticos e não representam qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) ou da editora. 4 a edição São Paulo 2015 Todos os direitos reservados. Av. Alexandre Mackenzie, 619 Jaguaré São Paulo SP 05322-000 Brasil Tel.: (11) 2799-7799 www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 2 5/7/15 10:43 AM

APRESENTAÇÃO Caro aluno e cara aluna, Não sabemos quem vocês são, mas imaginamos que estejam curiosos para saber o que lhes trazem as páginas deste livro. Por isso adiantamos algumas respostas. Esta obra foi escrita especialmente para vocês que gostam de fazer descobertas por meio de trabalhos individuais ou em grupo e de se relacionar com as pessoas ao seu redor. Para vocês que gostam de falar, de trocar ideias, de expor suas opiniões, impressões pessoais, de ler, de criar e escrever, foram preparadas atividades que, certamente, farão com que gostem mais de estudar Língua Portuguesa. Estão duvidando disso? Aguardem os próximos capítulos e verão que estamos certos. Este livro traz algumas ferramentas para tornar as aulas bem movimentadas, cheias de surpresas. Vocês terão oportunidade de ler e interpretar textos dos mais variados gêneros: causos, mitos e lendas do Brasil e de outras regiões do planeta, textos teatrais, poemas, textos retirados de revistas e jornais, textos instrucionais, histórias em quadrinhos e muito mais. Mas não estamos rodeados apenas de textos escritos. Vivemos em um mundo em que a imagem, o som e a palavra falada ou escrita se juntam para construir atos de comunicação. Por isso, precisamos desvendar o sentido de todas essas linguagens que nos rodeiam para melhor interagir com as pessoas e com o mundo em que vivemos. Assim, descobriremos os múltiplos caminhos para nos comunicar. Acreditem: vocês têm uma capacidade infinita e, por isso, a responsabilidade de desenvolvê-la. Pesquisem, expressem suas ideias, sentimentos, sensações; registrem suas vivências; construam e reconstruam suas histórias; sonhem, emocionem-se, divirtam-se, leiam por prazer; lutem por seus ideais e aprendam a defender as suas opiniões, oralmente e por escrito. Não sejam espectadores na sala de aula, mas agentes, alunos atuantes. Assim, darão mais sentido às atividades escolares, melhorarão seu desempenho nessa área e, com certeza, descobrirão a alegria de aprender. Um abraço! Os autores pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 3 5/7/15 10:43 AM

CONhEÇA SEu livro Para começo de conversa Momento inicial de cada capítulo, que propõe uma discussão prévia sobre o gênero ou o tema a ser estudado. Prática de leitura Momento de ler textos verbais e não verbais e desenvolver a competência leitora. ANTES DE LER Momento de explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado tema ou gênero, levantar hipóteses e fazer inferências. POR DENTRO DO TEXTO Momento de verificar se o texto e as informações que ele apresenta foram compreendidos e de interpretar também aquilo que não está escrito. TROCANDO IDEIAS Momento de discutir oralmente sobre os aspectos apresentados pelo texto e de dividir com os colegas o que cada um compreendeu, as hipóteses e as opiniões. CONFRONTANDO TEXTOS Momento de comparar os textos já lidos ou esses textos e outros apresentados na seção. TEXTO E CONSTRUÇÃO Momento de organizar a aprendizagem sobre os textos, sua construção, forma, seus conceitos e sua definição. pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 4 5/7/15 10:43 AM

TEXTO E CONTEXTO Momento de ampliar a leitura e estabelecer relações entre texto e contexto. Momento de ouvir Momento em que o professor fará a leitura de textos para a turma. De olho na ortografia Momento de conhecer os aspectos ortográficos da língua e aprender a escrita correta das palavras. Reflexão sobre o uso da língua Momento de estudar e refletir sobre os aspectos gramaticais da língua escrita e oral. DE OLHO NO VOCABULÁRIO Momento de conhecer os aspectos semânticos da língua e de usar o dicionário. APLICANDO CONHECIMENTOS Momento de colocar em prática aquilo que foi estudado. APRENDER BRINCANDO Momento de fixar os novos conhecimentos por meio de atividades lúdicas variadas. pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 5 5/7/15 10:44 AM

Hora da pesquisa Momento de aprender de maneira mais autônoma por meio de pesquisas orientadas. Atividade de criação Momento de produzir colagens, ilustrações e pequenos textos. Na trilha da oralidade Momento de analisar questões próprias da língua oral. Produção de texto Momento de produzir textos orais e escritos. \ pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 6 5/7/15 10:44 AM

Projetos em ação Momento de realizar um conjunto de atividades que resultam na elaboração de um produto final comum à turma ou a um grupo de alunos. importante SABER Momento de organizar, ampliar e sistematizar os conhecimentos. PARA você QuE É CuRiOSO Momento de ler curiosidades e informações interessantes sobre os gêneros ou os temas abordados no capítulo. leia mais Momento de conferir sugestões para ampliar as leituras feitas no capítulo. Preparando-se para o próximo capítulo Momento de realizar atividades que exploram o tema do capítulo seguinte. pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 7 5/7/15 10:44 AM

SuMáRiO unidade 1 SER E descobrir-se 13 Capítulo 1 QuEM É você?... 14 XXPara começo de conversa... 14 TROCANDO IDEIAS... 15 XXPrática de leitura... 15 Texto 1 Tela... 15 (Velázquez, 2000, Rodrigo Cunha) POR DENTRO DO TExTO... 15 XXPrática de leitura... 17 Texto 2 Romance (fragmento)... 17 (O menino no espelho, Fernando Sabino) POR DENTRO DO TExTO... 18 MOMENTO DE OuVIR... 19 XXReflexão sobre o uso da língua... 20 Substantivo Substantivos próprio e comum APLICANDO CONHECIMENTOS... 22 APRENDER BRINCANDO... 23 XXAtividade de criação... 23 Meu nome XXPrática de leitura... 23 Texto 3 Crônica... 23 (De quem são os meninos de rua?, Marina Colasanti) TROCANDO IDEIAS... 25 POR DENTRO DO TExTO... 25 TExTO E CONSTRuçãO... 25 CONFRONTANDO TExTOS... 26 XXReflexão sobre o uso da língua... 27 Substantivos simples e composto, primitivo e derivado, concreto e abstrato DE OLHO NO VOCABuLáRIO... 30 APRENDER BRINCANDO... 31 XXPrática de leitura... 31 Texto 4 Retrato falado... 31 (Projeto UpDown) POR DENTRO DO TExTO... 32 XXNa trilha da oralidade... 33 Entrevista XXReflexão sobre o uso da língua... 34 Flexão do substantivo (gênero, número e grau) XXProdução de texto... 35 Retrato falado XXLeia mais... 36 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 36 Capítulo 2 POETA APRENdiz... 37 XXPara começo de conversa... 37 XXPrática de leitura... 38 Texto 1 Conto... 38 (A incapacidade de ser verdadeiro, Carlos Drummond de Andrade) POR DENTRO DO TExTO... 39 TExTO E CONSTRuçãO... 39 DE OLHO NO VOCABuLáRIO... 39 XXPrática de leitura... 41 Texto 2 Poema... 41 (Ouriço, ulisses Tavares) POR DENTRO DO TExTO... 41 XXPrática de leitura... 42 Texto 3 Poema... 42 (Identidade, Pedro Bandeira) TROCANDO IDEIAS... 43 POR DENTRO DO TExTO... 43 TExTO E CONTExTO... 44 TExTO E CONSTRuçãO... 45 APLICANDO CONHECIMENTOS... 45 XXProdução de texto... 46 Poema XXReflexão sobre o uso da língua... 47 Adjetivo APLICANDO CONHECIMENTOS... 48 APRENDER BRINCANDO... 48 XXAtividade de criação... 49 Poema ilustrado XXPrática de leitura... 50 Texto 4 Poema... 50 (O poeta aprendiz, Vinicius de Moraes) POR DENTRO DO TExTO... 50 TExTO E CONSTRuçãO... 51 XXReflexão sobre o uso da língua... 53 Locução adjetiva APLICANDO CONHECIMENTOS... 55 XXNa trilha da oralidade... 57 Entonação XXPrática de leitura... 59 Texto 5 Trovas populares... 59 ( Fui ao mato..., Vera Aguiar) TExTO E CONSTRuçãO... 59 XXProdução de texto... 60 Livros de poemas da turma pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 8 5/7/15 10:44 AM

Trova XXPrática de leitura... 62 Texto 6 Poema visual... 62 (Xadrez, Sérgio Capparelli e Ana Gruszynski) POR DENTRO DO TExTO... 62 CONFRONTANDO TExTOS... 63 XXProjetos em ação... 63 Dia da poesia XXLeia mais... 64 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 64 unidade 2 SER E CONvivER 65 Capítulo 1 da ESCOlA QuE TEMOS à ESCOlA QuE QuEREMOS... 66 XXPara começo de conversa... 66 POR DENTRO DO TExTO... 67 XXPrática de leitura... 67 Texto 1 Crônica... 67 (Na escola, Carlos Drummond de Andrade) POR DENTRO DO TExTO... 70 TExTO E CONSTRuçãO... 70 TExTO E CONTExTO... 72 CONFRONTANDO TExTOS... 72 TROCANDO IDEIAS... 73 DE OLHO NO VOCABuLáRIO... 73 XXReflexão sobre o uso da língua... 74 Variedade linguística Níveis de linguagem: formal e informal XXDe olho na ortografia... 76 Por que, porque, por quê, porquê APLICANDO CONHECIMENTOS... 77 XXPrática de leitura... 78 Texto 2 Romance (fragmento I)... 78 (Infância, Graciliano Ramos) POR DENTRO DO TExTO... 79 TROCANDO IDEIAS... 79 XXPrática de leitura... 79 Texto 3 Romance (fragmento II)... 79 (Infância, Graciliano Ramos) POR DENTRO DO TExTO... 81 APLICANDO CONHECIMENTOS... 83 XXReflexão sobre o uso da língua... 83 Artigo APLICANDO CONHECIMENTOS... 84 XXMomento de ouvir... 86 XXPrática de leitura... 86 Texto 4 Romance (fragmento)... 86 (Gabriel Ternura, Edson Gabriel Garcia) POR DENTRO DO TExTO... 88 CONFRONTANDO TExTOS... 88 TExTO E CONSTRuçãO... 88 XXAtividade de criação... 89 Descrição XXPrática de leitura... 90 Texto 5 Relato de memórias... 90 (Sua presença em minha vida foi fundamental, Ziraldo) POR DENTRO DO TExTO... 91 TExTO E CONTExTO... 92 CONFRONTANDO TExTOS... 93 XXProdução de texto... 93 Relato de memórias XXPrática de leitura... 95 Texto 6 Romance (fragmento)... 95 (A bolsa amarela, Lygia Bojunga) POR DENTRO DO TExTO... 96 XXReflexão sobre o uso da língua... 97 Numeral APLICANDO CONHECIMENTOS... 99 APRENDER BRINCANDO... 101 XXLeia mais... 101 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 102 Capítulo 2 NOSSOS RElACiONAMENTOS... 103 XXPara começo de conversa... 103 XXPrática de leitura... 104 Texto 1 Charge... 104 (Rede social, Ivan Cabral) POR DENTRO DO TExTO... 104 CONFRONTANDO TExTOS... 105 XXPrática de leitura... 107 Texto 2 Letra de canção... 107 (Loadeando, Marcelo D2) POR DENTRO DO TExTO... 108 TROCANDO IDEIAS... 110 XXNa trilha da oralidade... 111 Marcas de conversação DE OLHO NO VOCABuLáRIO... 112 XXPrática de leitura... 112 Texto 3 Classificado poético... 112 (Agenda poética, Telma Guimarães) POR DENTRO DO TExTO... 113 XXPrática de leitura... 114 Texto 4 Classificado de imóvel... 114 (Apartamento amplo e reformado) CONFRONTANDO TExTOS... 114 XXAtividade de criação... 115 Classificado poético XXPrática de leitura... 115 Texto 5 Página de agenda... 115 (A agenda de Carol, Inês Stanisiere) pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 9 5/7/15 10:44 AM

Por dentro do texto... 117 trocando ideias... 117 texto e construção... 117 XXreflexão sobre o uso da língua... 119 Pronomes pessoal e possessivo aplicando conhecimentos... 123 XXPrática de leitura... 125 Texto 6 Poema... 125 (Bilhete ao pai adotivo, haydée s. hostin lima) Por dentro do texto... 125 trocando ideias... 126 confrontando textos... 126 XXatividade de criação... 126 diário íntimo XXPrática de leitura... 127 Texto 7 romance (fragmento)... 127 (O pequeno príncipe, antoine de saint-exupéry) Por dentro do texto... 130 texto e contexto... 131 trocando ideias... 132 texto e construção... 132 XXatividade de criação... 133 diálogo XXreflexão sobre o uso da língua... 134 Pronomes pessoal do caso reto e de tratamento (revisão) aplicando conhecimentos... 135 XXreflexão sobre o uso da língua... 137 formação de palavras sufixo XXde olho na ortografia... 138 Palavras terminadas em -oso/-osa... 138 XXPrática de leitura... 139 Texto 8 conto... 139 (Uma lição inesperada, João anzanello carrascoza) Por dentro do texto... 141 trocando ideias... 141 XXreflexão sobre o uso da língua... 141 Verbo (i) aplicando conhecimentos... 143 XXPrática de leitura... 144 Texto 9 Verbete... 144 (Taj Mahal, um palácio oriental) Por dentro do texto... 145 texto e construção... 146 texto e contexto... 147 XXPrática de leitura... 147 Texto 10 capa de revista... 147 (revista Toda Teen) Por dentro do texto... 147 texto e contexto... 147 trocando ideias... 148 XXPrática de leitura... 148 Texto 11 depoimento... 148 (Garotos contam: quando o virtual se torna real?, capricho) Por dentro do texto... 149 texto e construção... 149 XXreflexão sobre o uso da língua... 150 Pontuação XXatividade de criação... 151 depoimento pessoal XXPrática de leitura... 151 Texto 12 texto didático-científico... 151 (O primeiro amor é vivido em fantasia, flávio Gikovate) Por dentro do texto... 152 texto e contexto... 153 XXatividade de criação... 155 Poema XXProjetos em ação... 155 exposição sobre a história do bairro XXleia mais... 156 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 156 unidade 3 aprendendo Com a sabedoria popular 157 Capítulo 1 histórias que o povo Conta... 158 XXPara começo de conversa... 158 XXPrática de leitura... 159 Texto 1 causo... 159 (Num rancho às margens do Rio Pardo, equipe xico da Kafua) Por dentro do texto... 160 de olho no Vocabulário... 160 XXna trilha da oralidade... 161 linguagem oral e escrita XXreflexão sobre o uso da língua... 163 Verbo (ii) aplicando conhecimentos... 164 XXmomento de ouvir... 166 XXPrática de leitura... 167 Texto 2 causo... 167 (O defunto vivo, revista Dr Eco e Companhia) confrontando textos... 167 XXreflexão sobre o uso da língua... 168 Verbo (iii) aplicando conhecimentos... 169 XXPrática de leitura... 169 Texto 3 causo... 169 (Aquele animal estranho, mário Quintana) Por dentro do texto... 171 texto e contexto... 171 de olho no Vocabulário... 171 pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 10 5/12/15 3:14 PM

XXNa trilha da oralidade... 171 Contação de causo XXProdução de texto... 172 Causo XXLeia mais... 173 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 173 Capítulo 2 histórias QuE ENSiNAM... 174 XXPara começo de conversa... 174 XXPrática de leitura... 174 Texto 1 Fábula... 174 (A cigarra e as formigas, Esopo) POR DENTRO DO TExTO... 175 TExTO E CONTExTO... 175 TROCANDO IDEIAS... 176 XXPrática de leitura... 177 Texto 2 Cordel... 177 (A cigarra e a formiga, Severino José) CONFRONTANDO TExTOS... 177 XXReflexão sobre o uso da língua... 179 Verbo (IV) APLICANDO CONHECIMENTOS... 180 XXAtividade de criação... 181 Versão para o final de uma fábula XXPrática de leitura... 181 Texto 3 Fábula... 181 (Quem tem razão? A lebre ou o leão?, Estadinho) POR DENTRO DO TExTO... 183 XXNa trilha da oralidade... 186 Debate regrado XXReflexão sobre o uso da língua... 187 Verbo (V) APLICANDO CONHECIMENTOS... 188 XXDe olho na ortografia... 189 Acentuação das oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas APLICANDO CONHECIMENTOS... 190 APRENDER BRINCANDO... 191 XXMomento de ouvir... 191 XXProdução de texto... 191 Fábula XXProjetos em ação... 193 XXColetânea de histórias que o povo conta Sarau literário XXLeia mais... 194 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 194 unidade 4 NATuREzA E CulTuRA EM CANTOS E imagens 195 Capítulo 1 CONSTRuiNdO um MuNdO legal... 196 XXPara começo de conversa... 196 XXPrática de leitura... 197 Texto 1 Tira em quadrinhos... 197 (Tem alguma coisa babando embaixo da cama, Bill Watterson) POR DENTRO DO TExTO... 198 XXReflexão sobre o uso da língua... 198 Interjeição APRENDER BRINCANDO... 199 XXPrática de leitura... 200 Texto 2 História em quadrinhos... 200 (Yukon Ho!, Bill Watterson) POR DENTRO DO TExTO... 200 TExTO E CONSTRuçãO... 201 TROCANDO IDEIAS... 201 XXReflexão sobre o uso da língua... 202 Verbo (VI) APLICANDO CONHECIMENTOS... 203 XXPrática de leitura... 204 Texto 3 História em quadrinhos... 204 (Ecologia em quadrinhos, Luca Novelli) POR DENTRO DO TExTO... 205 TExTO E CONSTRuçãO... 206 TROCANDO IDEIAS... 207 XXNa trilha da oralidade... 207 Exposição oral XXPrática de leitura... 209 Texto 4 Tiras em quadrinhos... 209 (Papa-Capim e Chico Bento, Mauricio de Sousa) POR DENTRO DO TExTO... 209 TExTO E CONSTRuçãO... 209 XXPrática de leitura... 210 Texto 5 Tira em quadrinhos... 210 (Toda Mafalda, Quino) POR DENTRO DO TExTO... 211 XXPrática de leitura... 211 Texto 6 Charge... 211 (Ipad? Ai fome!, Erasmo) POR DENTRO DO TExTO... 212 CONFRONTANDO TExTOS... 212 pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 11 5/7/15 10:44 AM

XXProdução de texto... 214 História em quadrinhos (HQ) XXLeia mais... 216 XXPreparando-se para o próximo capítulo... 216 Capítulo 2 O POvO CANTA A ARTE E A CulTuRA... 217 XXPara começo de conversa... 217 XXPrática de leitura... 219 Texto 1 Letra de canção... 219 (Avião avuadô, Carlos Farias e Coral das Lavadeiras) POR DENTRO DO TExTO... 220 XXNa trilha da oralidade... 220 Marcas de oralidade XXPrática de leitura... 221 Texto 2 Letra de canção... 221 (Sabiá de Melão, Vavá Machado e Marcolino) POR DENTRO DO TExTO... 221 XXNa trilha da oralidade... 222 Variação linguística XXPrática de leitura... 222 Texto 3 Partitura... 222 (Princípio da Marcha Turca (opus n. 11), Mozart) TExTO E CONSTRuçãO... 223 XXDe olho na ortografia... 224 Acentuação das oxítonas APLICANDO CONHECIMENTOS... 225 XXPrática de leitura... 226 Texto 4 Letra de canção... 226 (Reisado, Teddy Vieira) POR DENTRO DO TExTO... 227 XXHora da pesquisa... 228 Músicas preferidas da turma XXPrática de leitura... 229 Texto 5 Letra de canção... 229 (Manguetown, Chico Science, Lúcio e Dengue) POR DENTRO DO TExTO... 230 DE OLHO NO VOCABuLáRIO... 230 XXReflexão sobre o uso da língua... 231 Pronome demonstrativo APLICANDO CONHECIMENTOS... 232 XXPrática de leitura... 233 Texto 6 Letra de canção... 233 (Rapaz caipira, Renato Teixeira) POR DENTRO DO TExTO... 233 TExTO E CONSTRuçãO... 234 XXReflexão sobre o uso da língua... 234 Frase APLICANDO CONHECIMENTOS... 235 XXPrática de leitura... 236 Texto 7 Letra de canção... 236 (Três cirandas de Pernambuco, Domínio público) POR DENTRO DO TExTO... 236 CONFRONTANDO TExTOS... 237 XXProdução de texto... 238 Verbete XXProjetos em ação... 239 HQ sobre o meio ambiente Campanha informativa A natureza é da gente Quem conhece um artista popular? XXApêndice... 241 XXGlossário... 267 XXIndicações de leituras complementares... 269 pnld2017_miolo_tl_p3_u00.indd 12 5/7/15 10:44 AM

Unidade 1 Ser e descobrir-se Às vezes, você se sente corajoso(a), às vezes, um(a) grande medroso(a)? Pois saiba que é assim com todo mundo. Nas próximas páginas, você vai pensar e discutir sobre isso com seus colegas. Poderá se apresentar, falar sobre seus desejos, seus sentimentos. Você ainda terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre seus colegas e, assim, quem sabe, fazer novas amizades. Você gosta de desvendar charadas? E de participar de jogos? Então prepare-se para fazer tudo isso. Depois da leitura dos textos desta unidade, você vai refletir sobre vários aspectos do funcionamento da língua. E que tal conhecer melhor as características de um texto poético? Lendo muitos poemas, observando o ritmo, o trabalho especial com as palavras, os sons, você ficará com uma ideia mais clara do que sejam os poemas, aprenderá a apreciá-los e poderá até mesmo escrever alguns. Existe ainda um estudo sobre trovas populares, poesias cantadas pelo povo Brasil afora. Prepare-se para se emocionar e, quem sabe, descobrir que você também é um poeta. Que a alegria de aprender seja a sua companheira! Bom trabalho! 13 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 13 5/7/15 8:40 AM

capítulo 1QUeM É VocÊ? Para começo de conversa Você já ouviu falar no Menino Maluquinho? O que sabe sobre ele? Resposta pessoal. Professor, se necessário, informe aos alunos que o Menino Maluquinho é uma personagem criada pelo escritor e cartunista Ziraldo Alves Pinto, em 1980, e protagoniza um livro com seu nome. A obra apresenta histórias de um menino alegre e sapeca que caiu no gosto dos brasileiros, e serviu de inspiração para uma peça teatral, filmes, histórias em quadrinhos e uma série de TV. Uma das principais c aracterísticas dessa personagem é usar uma panela como chapéu. Veja mais informações sobre Ziraldo no Manual do Professor (de agora em diante, referido apenas como Manual). Leia a seguinte história em quadrinhos e divirta-se com as invenções da personagem. Ziraldo ZirALDO. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. Professor, sugerimos que as atividades a seguir sejam respondidas pelos alunos organizados em duplas ou em pequenos grupos. 1. A personagem principal dessa história vive um conflito. Qual é ele? Tem dificuldade para escolher um visual para sair. 2. O Menino Maluquinho, ao escolher o boné, acaba optando por um visual mais antigo ou mais moderno? Por que você acha que ele fez essa opção? Resposta possível: Ele opta por um visual mais moderno. Provavelmente, porque bonés são muito usados pelos garotos de sua geração. 3. Ao usar o boné por cima da panela, o que a personagem mostra? Resposta possível: Mostra que, mesmo usando um visual novo, ele não deixa de ser quem é, ou seja, afirma sua identidade. 4. No texto, a mãe do Menino Maluquinho emite uma opinião sobre as escolhas do filho. a) Transcreva do texto o(s) trecho(s) em que a mãe dá sua opinião. Graças a Deus ele vai deixar de andar por aí feito um maluco! b) De acordo com o que você entendeu do texto, o Menino Maluquinho se deixou influenciar pela opinião da mãe? Como você concluiu isso? Não, porque, mesmo a mãe demonstrando um incômodo com a maneira diferente de ser do menino, Maluquinho mantém o seu comportamento e gosto pessoal. 14 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 14 5/7/15 8:40 AM

5. Em sua opinião, Maluquinho gosta de ser quem é? Por quê? Resposta possível: Sim, pois, apesar de querer inovar um pouco o visual, não deixou de lado aquilo que já é sua marca, que já faz parte de sua identidade, aquilo que também o torna o Menino Maluquinho. 6. Observe com atenção os gestos e as expressões faciais de Maluquinho nos seis primeiros quadrinhos. O movimento dos braços se altera? O que a posição dos braços e das mãos sugere sobre a personagem? Explique. Sim, a cada quadrinho os braços e as mãos se encontram em uma posição diferente. As diferentes posições sugerem que a personagem está em dúvida sobre alguma coisa. 7. As expressões faciais do garoto combinam com o que ele está dizendo? Explique sua resposta com base no que acontece em um dos quadrinhos. Sim. Uma das mãos na boca (2 o e 3 o quadrinhos) significa que a personagem está refletindo sobre o seu visual, Maluquinho observa atentamente o que vê no espelho. 8. Para construir esse texto, o autor usou imagens e palavras. Em sua opinião, se as imagens fossem retiradas, o texto transmitiria as mesmas ideias? Por quê? Não. Apenas as falas das personagens não alcançariam o sentido que a história completa transmite. Por exemplo, quando Maluquinho se refere ao visual, dizendo que não está bom, não seria possível saber a que visual ou mesmo a que personagem a história se refere. 9. Um leitor que ainda não conhece o Menino Maluquinho consegue identificar, pelo texto, o nome da personagem? Por quê? Sim, pois o nome da personagem aparece como uma espécie de título, do lado esquerdo dos quadrinhos. TROCANDO IDEIAS 1. Às vezes você também se sente como o Menino Maluquinho? Por quê? 2. Como os adultos costumam tratá-lo? 3. Como você reage ao receber esse tratamento dos adultos? 4. Observando a si mesmo e aos colegas, que conflitos você considera comuns na sua faixa etária? Respostas pessoais. Professor, estimule a turma a compartilhar suas vivências. Aproveite esse momento para conversar com os alunos sobre questões relacionadas à transição da infância para a adolescência e sobre a passagem do 5 o para o 6 o ano, que costuma ser uma fase bastante delicada para alguns deles. Prática de leitura Texto 1 Tela ANTES DE LER Professor, os alunos terão mais elementos para fazer a dedução se antes forem levantadas, com eles, outras palavras que comecem com o prefixo auto. Sugerimos que esse levantamento seja feito oralmente em sala de aula antes que respondam à questão 2. 1. Para você, o que é uma obra artística? Dê exemplos de uma obra de arte que você conhece. Resposta pessoal. 2. Você sabe o que é um autorretrato? Sabe o que significa essa palavra? Resposta pessoal. Coleção Particular 1. Resposta possível: A imagem de um rapaz refletida no espelho e a parte inferior do seu corpo, com uma das mãos segurando uma caixa com tintas; há outros elementos que compõem a cena, como latas de tinta embaixo do espelho, um copo de água e um livro do pintor Velázquez sobre um móvel, o chão de madeira. Professor, incentive os alunos POR DENTRO DO TEXTO a observar os detalhes da tela, pois são importantes para compreender o sentido da imagem. 1. O que você vê na imagem da tela? 2. É possível saber como é a pessoa que está com o suporte de tintas na mão? O que você acha que ela está fazendo? Sim, pois a sua imagem está refletida no espelho. Ela está pintando a si própria. 3. Para você, o que representa a imagem na tela? Expresse sua opinião e procure saber o que pensam seus colegas de turma. Resposta possível: Esse quadro poderia ser uma tela em um cavalete no qual o artista pinta seu autorretrato ou um espelho. Velázquez, 2000 (1976), de rodrigo Cunha. Acrílica sobre tela, 202 cm 143 cm. 15 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 15 5/7/15 8:40 AM

IMPORTANTE SABER Autorretrato é o retrato que uma pessoa faz de si mesma em forma de desenho, pintura, gravura ou descrição escrita ou oral. Como o autorretrato é a representação que o artista faz de si mesmo, ele registra a seu modo como se vê ou como gostaria de ser visto. 4. É possível afirmar que essa tela é um autorretrato? Por quê? Sim. Porque revela a imagem de um artista pintando a si próprio. 5. Pela imagem, podemos deduzir se o artista está sério ou bem à vontade, se é jovem, triste, calmo etc.? Que expressões ele transmite? 6. Na imagem, há elementos estáticos, parados, e elementos que revelam movimento, atividade. Quais são? Resposta possível: Há elementos estáticos (os que estão ao redor do espelho), que contrastam com a atividade, o movimento do artista pintando a tela. 7. Que impressões ou sensações sugerem a você as cores escolhidas pelo artista? 8. O artista se preocupou em apenas retratar a sua imagem na tela? Ou ele quis mostrar o ambiente em que se encontra? Ele quis mostrar também o ambiente de trabalho dele, a sua própria atividade e como ele a realiza. 9. Na tela aparece parcialmente o nome de outro pintor: Velázquez. identifique o objeto presente no ambiente da tela que faz referência a esse pintor. O livro, que está sobre um móvel e tem o título Velázquez. 10. Você sabe quem foi Velázquez? Leia o próximo texto. Resposta possível: Sim, a imagem revela um artista jovem, que demonstra estar calmo e à vontade, pintando seu autorretrato. A tela não revela sentimentos de tristeza ou alegria. Resposta pessoal. Diego Rodríguez de Silva Velázquez (1599-1660) Pintor barroco, nascido em Sevilha, Espanha, manifestou desde muito cedo seu talento para a pintura. Velázquez é considerado um pintor de grande maestria técnica. Ele ganhou prestígio como um mestre pintor de retratos e influenciou outros pintores que vieram depois dele. As meninas é considerada sua obra mais importante. Autorretrato (1640), de Diego Velázquez. Óleo sobre tela, 45 cm 38 cm. real Academia de Bellas Artes de San Carlos de Valencia 11. Para responder às questões seguintes, releia as informações apresentadas na legenda e no crédito da tela do texto 1. a) O segundo nome que aparece refere-se ao pintor da tela. Copie-o no caderno. Rodrigo Cunha. b) A expressão acrílica sobre tela traz uma informação sobre a pintura. Qual? A expressão refere-se à técnica usada na pintura: a tinta acrílica sobre tela. c) Você sabe em que lugares costumam ser expostas as telas dos pintores? Em museus ou galerias de arte. d) Pelas informações, a tela está exposta em algum desses lugares? A quem pertence essa obra? Pelas informações do texto, a tela não está exposta nesses lugares, é de coleção particular, mas não se revela o nome do proprietário. 12. E você, já observou a sua imagem no espelho durante algum tempo? Por que você acha que muitos jovens se preocupam em fazer isso? Resposta pessoal. 16 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 16 5/7/15 8:40 AM

13. Você se vê da mesma forma que as pessoas o enxergam? Por quê? Resposta pessoal. IMPORTANTE SABER Você observou que o texto O Menino Maluquinho e o texto 1 foram nomeados, respectivamente, de história em quadrinhos e tela? O Menino Maluquinho apresenta imagens e palavras. Já o texto 1 não apresenta palavras, só imagem. Embora eles sejam diferentes, foi possível interpretar o que cada um deles quis transmitir. Por esse motivo, podemos dizer que fizemos uma leitura da história em quadrinhos e também da tela. Quando um texto possui imagens e não possui palavras, dizemos que ele é um texto não verbal ou visual. Quando possui apenas palavras, é chamado texto verbal. O texto composto de imagens e palavras ao mesmo tempo é chamado verbal e não verbal ou icônico-verbal. 14. responda: a) Que texto lido anteriormente é apenas visual? A tela. b) Qual é o texto verbal e não verbal lido até agora? A história em quadrinhos. Prática de leitura Texto 2 romance (fragmento) ANTES DE LER 1. Observe as características do próximo texto. Ele é um texto verbal, visual ou ambos? Explique. Ele apresenta apenas palavras; então, é um texto verbal. 2. Leia apenas o título do próximo texto e faça sua hipótese: De que assunto a história vai tratar? Que personagens você supõe que ela irá apresentar? Resposta pessoal. Professor, neste momento o objetivo é apenas fazer o levantamento de hipóteses dos alunos. Elas serão retomadas durante a leitura. O menino no espelho Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também. Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito. Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho. Como era de se esperar, ele ao mesmo tempo vem com a sua mão esquerda, encostando-a na minha. Sorrio para ele e ele para mim. Mais do que nunca me vem a sensação de que é alguém idêntico a mim que está ali dentro do 17 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 17 5/7/15 8:40 AM

renato Arlem espelho, se divertindo em me imitar. Chego a ter a impressão de sentir o calor da palma da mão dele contra a minha. Fico sério, a imaginar o que aconteceria se isso fosse verdade. Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou absolutamente sério? Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois ele ainda está sorrindo, e sinto o contato de sua mão na minha, seus dedos aos poucos entrelaçarem os meus. Puxo a mão com cuidado, descolando-a do espelho. Em vez da outra mão se afastar, ela vem para fora, presa à minha. Afasto-me um passo, sempre a puxar a figura do espelho, até que ela se destaque de todo, já dentro do meu quarto, e fique à minha frente, palpável, de carne e osso, como outro menino exatamente igual a mim. Você também se chama Fernando? pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos. Odnanref responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. Odnanref? Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante. [ ] SABINO, Fernando. O menino no espelho. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. Professor, dados biográficos sobre Fernando Sabino podem ser encontrados no Manual. POR DENTRO DO TEXTO 1. O que o menino vê no espelho? Vê a sua imagem, o seu reflexo. 2. É normal que um espelho reflita imagens invertidas? Sim. 3. Um dos parágrafos do texto revela que o espelho reflete a imagem de maneira invertida. Localize esse parágrafo e transcreva no caderno um trecho que comprove essa afirmação. [...] um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito.. 4. releia o trecho a seguir: [...] Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou absolutamente sério? 18 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 18 5/7/15 8:40 AM

a) O que foi narrado no trecho anterior acontece normalmente? Ou seja, quando alguém está sério diante do espelho o reflexo o mostra sorrindo? Não. b) Esse fato surpreende o menino? Por quê? Sim, porque não se trata de algo que acontece normalmente, as imagens do menino que ele vê refletido não acompanham os movimentos que ele faz diante do espelho. c) Transcreva do texto um trecho que mostre o estranhamento do menino diante do outro que está dentro do espelho. Como, se agora estou absolutamente sério?. 5. No texto, o fato de a imagem do espelho ser a sua própria, mas agir de outra maneira, possibilita uma relação entre o menino e o outro que está dentro do espelho? Sim, conforme o que é narrado no final do texto, ele e a imagem do espelho conversam. 6. Mesmo agindo de maneira diferente, o outro que está dentro do espelho é o próprio menino. Na vida real, não é possível conversarmos conosco da maneira como o texto propõe. Nessa história, porém, o menino pode fazer isso. a) O texto narra um fato que pode acontecer na realidade ou é uma ficção, criada pela imaginação do autor? É uma ficção, pois, na realidade, é impossível que uma imagem do espelho converse com alguém. b) Em sua opinião, o fato de o menino poder conversar consigo próprio no espelho, como se estivesse conversando com outra pessoa, fez com que ele pudesse se ver de uma maneira diferente? Por quê? Resposta pessoal. c) O que você achou da ideia de uma personagem conversar com a sua imagem refletida no espelho? Você já conhecia uma história assim? Resposta pessoal. 7. Copie em seu caderno a afirmativa que responde à seguinte questão: Qual foi a intenção do texto ao dar à personagem uma possibilidade que não existe na vida real? Alternativa b. a) Mostrar que todos podem conversar consigo mesmo no espelho. b) Mostrar que é possível alguém se ver de uma maneira diferente. c) revelar que as coisas são vistas sempre do mesmo jeito. 8. releia este diálogo do texto: Você também se chama Fernando? pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos. Odnanref responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. Odnanref? Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante. Ao ver sua imagem no espelho, o menino percebe que ela conversa com ele. Embora os diálogos aconteçam entre pessoas diferentes, o menino se reconhece no outro que está no espelho. Que trecho do diálogo confirma isso? Momento de ouvir [...] e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. Professor, você encontra no final do Manual uma coletânea de textos, separados por unidades e capítulos. Leia ou conte essas histórias para os alunos, ou escolha outros textos para desenvolver essa prática. Crie ou recrie esse costume de ouvir histórias, tão apreciado pelos alunos. Depois de ler a continuação de O menino no espelho que está no Manual, faça perguntas aos alunos, estimulando manifestações espontâneas. Por fim, é interessante incentivar os alunos a ler o livro completo de Fernando Sabino. Você quer conhecer um pouco mais sobre Fernando, o menino que se vê no espelho? Seu professor vai ler a continuação da história. Preste bastante atenção à leitura. Aproveite a oportunidade para desenvolver a sua habilidade de ouvir. 19 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 19 5/7/15 8:40 AM

Substantivo Reflexão sobre o uso da língua 1. Leia o trecho a seguir, extraído do texto: Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também. Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. a) Localize e copie do trecho acima o que o menino faz diante do espelho. Levantava e perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também.. b) Que partes do corpo dele são citadas nesses parágrafos? Pernas, braços e orelhas. c) As palavras que você citou no item b são nomes ou ações? São nomes. 2. releia o mesmo parágrafo sem algumas palavras: Levantava a, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os e ele fazia o mesmo. Coçava a, e ele também. Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a direita, ele coçava a esquerda. a) E agora, é possível saber por completo o que o menino faz? Por quê? Não, porque não é possível saber o que ele levantava, abria e coçava. b) As palavras que faltam são importantes para construir o sentido do texto? Por quê? Sim, porque trazem informações essenciais ao leitor. A falta dessas informações prejudica a compreensão e trunca o sentido do texto. 3. Localize no texto e anote em seu caderno: a) As palavras e expressões que dão nome aos elementos do corpo do menino. Perna, braços, orelha, mão, palma da mão, espinha, pele, dedos, carne, osso, olhos. b) A palavra que dá nome ao menino que está diante do espelho. Fernando (ou Odnanref, nome escrito de trás para frente). c) As palavras que dão nome ao que faz parte da blusa do menino. Escudo, bolsinho. d) A palavra que dá nome ao local da casa em que o menino está. Quarto. e) Seria possível compreender o texto sem as palavras que você anotou em seu caderno? Por quê? Não, porque elas identificam tudo aquilo que é citado no texto, inclusive o nome da personagem principal, que tem uma relação fundamental com o que a história conta. f) Você sabe como são chamadas as palavras que dão nome a esses elementos? Resposta pessoal. IMPORTANTE SABER A palavra que dá nome a algo ou a alguém é chamada substantivo. O substantivo nomeia pessoas, animais, ações, sensações, sentimentos, ideias, desejos etc. 20 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 20 5/7/15 8:40 AM

Substantivos próprio e comum Há substantivos que dão nome a seres ou coisas que são identificados por traços de semelhança. Por exemplo, quando dizemos gato, estamos nos referindo a um animal mamífero, que tem pelos, bigode, rabo, quatro patas, além de outros traços que o diferenciam de outro animal. Todos os gatos poderão ser identificados por essa palavra. Mas, se alguém quiser diferenciar o seu gato de outro gato, dará a ele um nome próprio. Veja como a mãe de Franjinha se refere a ele e ao seu cachorro, Bidu. Nesse caso, a mãe do menino se referiu a ele pelo nome próprio: Franjinha. Mas, ao se referir a Bidu, usou o nome comum: cachorro. Veja, na tira a seguir, os nomes Bidu e Floquinho. Mauricio de Sousa Produções Mauricio de Sousa Produções Professor, se for necessário, explique o que é tira: história em quadrinhos (ou fragmento dela), com dois ou mais quadros, apresentada em jornais ou revistas em uma só faixa horizontal. Nessa tira, foram usados os nomes próprios Bidu e Floquinho para identificar os dois cachorros e diferenciá-los de outros cachorros. Da mesma forma, na tira anterior, foi usado o nome Franjinha para identificar um menino entre outros meninos. IMPORTANTE SABER As palavras Bidu, Floquinho e Franjinha são substantivos próprios. As palavras c achorro e menino são substantivos comuns. Para escrever nomes próprios, como Bidu, Floquinho e Franjinha, usamos letra maiúscula no início das palavras. Veja mais exemplos sobre esse assunto consultando o Apêndice. 4. Volte ao texto O menino no espelho e responda: a) Que nomes retirados do texto e copiados em seu caderno foram escritos com letra inicial maiúscula? Fernando e Odnanref. b) Explique por que essas palavras foram escritas com letra inicial maiúscula. Porque são nomes próprios, nomes de pessoas. 21 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 21 5/7/15 8:40 AM

APLICANDO CONHECIMENTOS 1. Observe o trecho a seguir: Você também se chama Fernando? pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos. A palavra em destaque é um nome de pessoa. Como você já sabe, ela faz parte de um grupo de palavras que recebe o nome de substantivo. Observe mais um trecho: Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois ele ainda está sorrindo, e sinto o contato de sua mão na minha, seus dedos aos poucos entrelaçarem os meus. a) As palavras em destaque no trecho anterior também são substantivos? Por quê? Sim, elas são substantivos porque dão nome a uma sensação (calafrio) e ao ato de imaginar (imaginação). b) Qual é a diferença entre as palavras destacadas no primeiro e no segundo trecho? A palavra Fernando, do primeiro trecho, é um substantivo próprio. Já as palavras calafrio e imaginação, do segundo trecho, são substantivos comuns. 2. Leia a seguinte tira de Angeli: Angeli ANGELi. Chiclete com banana. Folha de S.Paulo, São Paulo, 22 jul. 2005. a) Copie da tira todos os substantivos próprios. Alancastro, Belnário, Dedé Zambini, Corriola. b) Copie todos os substantivos comuns. Artes, advogado, curso, paisagismo, flanelinha. c) Por que os substantivos próprios são importantes nesse texto? Porque identificam, dão nome às pessoas. d) E os comuns, por que são importantes? Porque são nomes que identificam a área profissional em que as três primeiras personagens estão se formando. No caso da quarta personagem, o substantivo flanelinha indica a atividade profissional em que ela atua. e) Com letras maiúsculas: Alancastro, Belnário, Dedé Zambini, Corriola. Com letras minúsculas: artes, advogado, curso, paisagismo, flanelinha. Professor, é possível que os alunos tenham copiado um dos substantivos comuns com maiúscula por se tratar da primeira palavra que aparece no início da resposta: nesse caso, vale a pena esclarecer aos alunos que eles foram escritos dessa maneira por causa da sua posição na frase. e) Que substantivos da tira você copiou com letra maiúscula no início? E com letra minúscula? Justifique por que você usou letra maiúscula ou minúscula para escrever esses substantivos. 3. Em seu caderno, escreva o nome e a profissão de cinco pessoas que você conhece. Depois, grife os substantivos próprios e circule os substantivos comuns. Em seguida, confira se usou letra maiús cula ou minúscula de maneira adequada. Resposta pessoal. 22 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 22 5/7/15 8:40 AM

APRENDER BRINCANDO Forme um grupo com mais dois colegas para fazer uma leitura dramatizada. Enquanto um aluno lê o texto O menino no espelho, os outros interpretam a leitura por meio de gestos e expressões faciais. Em seguida, façam uma avaliação da atividade. A leitura dramatizada tornou mais claro o sentido do texto? Por quê? Que sensações e ideias o texto despertou em vocês? Respostas pessoais. Meu nome Atividade de criação Professor, sugerimos que as atividades 1 e 2 sejam respondidas oralmente. 1. Você gosta do seu nome? Sabe o que ele significa? 2. Você sabe quem lhe deu esse nome? 3. Apresente-se à turma, ilustrando e colorindo seu nome em uma folha em branco. Procure criar ilustrações com as letras que o compõem. Utilize cores e formas que possam expressar um pouco do seu mundo, sem que, para isso, você necessite utilizar palavras. Se preferir, brinque com o seu nome, escrevendo-o de trás para a frente, como o menino do espelho. Depois de apresentar seu trabalho à turma, divulgue-o no mural da sala ou da escola, de acordo com a orientação do professor. Prática de leitura Texto 3 crônica Professor, o gênero crônica será explorado em profundidade em outro momento. A escolha do texto teve como finalidade principal a exploração do tema. ANTES DE LER Não são apenas os gostos pessoais que revelam a identidade de uma pessoa, mas também a condição social, a maneira como vive, aquilo que aprende, as opiniões e decisões. Na sequência de atividades a seguir, você lerá dois textos que têm em comum a infância como temática. Leia os títulos destes textos: De quem são os Meninos de Rua? Esta é a minha vida Agora que você leu os títulos, escreva em seu caderno o que você espera encontrar em cada um dos textos. Resposta pessoal. Professor, se preferir, realize a atividade oralmente. De quem são os Meninos de Rua? Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua. É assim que a gente divide. Menino de Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino de Rua. Menino de Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. 23 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 23 5/7/15 8:40 AM

AFNr/Shutterstock Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe, os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono. Na verdade, não existem Meninos de Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê. No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças superprotegidas. São filhos únicos resultantes da campanha Cada Casal um Filho, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho único, por receber afeto em demasia, torna- -se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos únicos. O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os métodos ainda não foram desenvolvidos. Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos, filhos de pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem, talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos de Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono. Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos crianças abandonadas subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência enquanto tratamos, isso sim, de cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que nos pertencem. Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas. COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. Na verdade, não existem Meninos de rua. Existem meninos NA rua.. 24 pnld2017_miolo_tl_p3_u01c01.indd 24 5/7/15 8:40 AM