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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 1ª Composição Adjunta da 4ª Câmara de Julgamento Número do Processo: 44232.161423/2014-51 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CASCAVEL Benefício: 31/605.000.922-1 Espécie: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO Recorrente: LORENI MARASCA - Titular Capaz Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: RESTABELECIMENTO Relator: Relatório Trata-se de recurso em processo administrativo interposto pela segurada LORENI MARASCA, em face da decisão da 27ª Junta de Recursos (EVENTO 15) a qual negou a prorrogação do benefício de auxílio-doença, tendo em vista que os laudos periciais do INSS não constataram incapacidade para o trabalho. Na decisão foram fixadas as seguintes datas: Data Início da Doença (DID) em 01/01/1996, Data Início da Incapacidade (DII) em 20/01/2014 e Data da Cessação do Benefício (DCB) em 28/02/2014. Irresignada, a recorrente, interpôs Recurso Especial a este Colegiado (EVENTO 20), e nas razões sustenta que possui raiva com agressividade, com pensamentos obsessivos, (...) tenho raiva das pessoas, desconfiança. De manhã sinto uma grande tristeza de não ter vontade de viver. Tenho crises de choro, mania de limpeza (...). O INSS nas contrarrazões manteve o indeferimento (EVENTO 22). É o relatório. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 02/06/2015 para sessão nº 0182/2015, de 16/06/2015. Voto EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. ART. 59 A 64. RECURSO ESPECIAL/TEMPESTIVO. AUXILIO DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE. DOCUMENTOS SUFICIENTES PARA DESCARACTERIZAR PARECER MÉDICO DO INSS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO AO SEGURADO O Regimento Interno do CRPS, em seu art. 31, aduz que é de trinta dias o prazo para a interposição de recurso e para o oferecimento de contrarrazões, contado da data da ciência da decisão e da data da intimação da interposição do recurso, respectivamente. A recorrente teve ciência do julgamento da 27ª JR em 17/11/2014 (EVENTO 18) e o recurso especial foi interposto na data de 29/01/2015 (EVENTO 20). Logo, decorreram-se mais de 30 dias entre os atos. Rege o art. 54 da Portaria MPS Nº 548/2011: Art. 54. Constituem razões de não conhecimento do recurso: I - a intempestividade; II - a ilegitimidade ativa ou passiva de parte; III - a renúncia à utilização da via administrativa para discussão da pretensão, decorrente da propositura de ação judicial; IV - a desistência voluntária manifestada por escrito pelo interessado ou seu representante; V - qualquer outro motivo que leve à perda do objeto do recurso; e

V - qualquer outro motivo que leve à perda do objeto do recurso; e VI - a preclusão processual. Não obstante o disposto pelo dispositivo supracitado, a intempestividade pode ser relevada em situações nas quais exista certeza de direito líquido e certo, conforme dispõe artigo 13, inciso II da Portaria MPS nº 548/11. Considerando que o presente caso envolve um benefício por incapacidade, destinado àquele que se encontra impedido de trabalhar e consequentemente de auferir renda por si próprio, relevo a intempestividade do presente recurso, para, preliminarmente, conhecer do recurso apresentado. E no mérito, passo a analisar a seguir: Em 11/04/2013, a segurada requereu a concessão do benefício de auxílio-doença, o qual foi concedido até a data de 31/07/2013. Na oportunidade, a segurada apresentou os seguintes documentos: 1) Atestado médico, datado de 14/03/2013, assinado pelo médico Tiago Rodrigues (CRM/RO 3495), em que consta que a segurada necessita de 15 dias de repouso por motivo de doença, sem identificação de CID10. 2) Atestado médico, datado de 09/04/2013, assinatura ilegível, em que consta que a segurada apresenta lombocitalgia. Com (..) tratamento clínico e fisioterápico. Solicito afastamento. CID10 M54.4 - lumbago com ciática; 3) Atestado médico, datado de 05/08/2013, assinado pelo médico ortopedista Marco Antonio Botini Bastos (CRM 17814), em que consta que a segurada está com (...) lombocitalgia [ilegível]. Tratamento clínico e fisioterápico. Solicito afastamento por tempo indeterminado CID10 M54.4 - lumbago com ciática; 4) Atestado médico, datado de 29/01/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que consta que a segurada (...) encontra-se em acompanhamento psiquiátrico no momento, necessitando de afastamento de suas atividades profissionais (piora clínica atual) CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; 5) Atestado médico, datado de 20/01/2014, assinado pelo médico Marco Antonio Botini Bastos (CRM 17814), em que consta que a segurada é (...) paciente com lombocitalgia + artrose joelho +[ilegível]. Solicito afastamento de 180 dias. - CID10 M54.4 - lumbago com ciática e CID10 M17.5 -outras gonartroses secundárias; 6) Atestado de afastamento, datado de 20/01/2014, assinado pelo médico Marco Antonio Botini Bastos (CRM 17814), em que consta prescrição de afastamento das atividades por 15 dias de 20/01/2014 a 04/02/2014 CID10 M65.9 - Sinovite e tenossinovite não especificadas; 7) Atestado médico, datado de 20/02/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que consta que a segurada (...) encontra-se em acompanhamento psiquiátrico no momento, necessitando de afastamento de suas atividades profissionais CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; 8) Atestado médico, datado de 27/03/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que consta que a segurada (...) encontra-se em acompanhamento psiquiátrico no momento, (...), em função de transtorno obsessivo compulsivo e transtorno depressivo grave. Necessitando de afastamento de suas atividades profissionais, no momento CID10 F42.2 transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com ideias obsessivas e comportamentos compulsivos e CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; 9) Atestado médico, datado de 23/05/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que afastamento de suas atividades profissionais, no momento, em função de transtorno obsessivo compulsivo e transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos. Reforço a gravidade do quadro psiquiátrico atual, em ajuste medicamentoso no momento CID10 F42.2 transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com ideias obsessivas e comportamentos compulsivos e CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; Em sede recursal, a segurada apresentou novos documentos, a saber:

10) Atestado médico, datado de 05/08/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que afastamento de suas atividades profissionais, no momento. Reforço a gravidade do quadro psiquiátrico atual, em ajuste medicamentoso no momento CID10 F42.2 transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com ideias obsessivas e comportamentos compulsivos e CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; 11) Receituário em nome da segurada, datado de 29/01/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 12) Receituário em nome da segurada, datado de 27/03/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 13) Receituário em nome da segurada, datado de 27/04/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 14) Receituário em nome da segurada, datado de 28/05/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 15) Receituário em nome da segurada, datado de 27/06/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 16) Receituário em nome da segurada, sem data, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 17) Atestado médico, datado de 29/01/2015, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa (CRM 16431), em que afastamento de suas atividades profissionais, no momento. Apresentando risco [ilegível] integridade física por instabilidade de humor [ilegível] agressividade intensa e delírios psicóticos. Reforço a gravidade do quadro psiquiátrico atual, em ajuste medicamentoso, no momento CID10 F42.2 transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com ideias obsessivas e comportamentos compulsivos e CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; 18) Receituário em nome da segurada, datado de 20/11/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 19) Receituário em nome da segurada, datado de 18/09/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa 20) Receituário em nome da segurada, datado de 11/12/2014, assinado pela médica psiquiátrica Mônica Horikawa A recorrente, portanto, juntou documentos médicos que atestam que possui doenças de ordem ortopédica e psicológica, sendo-lhe diagnosticado: CID10 M65.9 - Sinovite e tenossinovite não especificadas, CID10 M54.4 - lumbago com ciática, CID10 M17.5 - outras gonartroses secundárias, CID10 F42.2 transtorno obsessivocompulsivo, forma mista, com ideias obsessivas e comportamentos compulsivos e CID10 F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos. No entanto, a avaliação médico pericial do INSS concluiu que não foi constatada a incapacidade para o seu trabalho (fls. 22, 30 e evento 7). Ressalta-se que a recorrente recebeu o benefício de auxílio-doença (NB: 601.361.847-3) até a data de 31/07/2013 (fl.12), tendo sido negado seu pedido de prorrogação em 23/07/2013 [fl.22] e de reconsideração em 01/08/2013 [fl.23], sob a alegação de que a recorrente está apta para trabalhar. Desde então, a recorrente, que se encontra em tratamento

médico, está sem trabalhar e sem receber qualquer benefício. Em que pese a conclusão do laudo médico pericial do INSS indicar a inexistência de incapacidade da recorrente para o exercício de atividades que possam proporcionar sua subsistência, não se pode negar que as condições pessoais da recorrente impedem o exercício de qualquer labor. Tal como atestado pela médica psiquiatra a segurada (...) encontrase em acompanhamento psiquiátrico no momento, (...). Necessitando de afastamento de suas atividades profissionais, no momento, em função de transtorno obsessivo compulsivo e transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos. Reforço a gravidade do quadro psiquiátrico atual, em ajuste medicamentoso no momento. Logo, embora o INSS afirme que a recorrente não possui incapacidade, os dados concretos acerca da realidade da mesma indicam a impossibilidade dessa ocorrência, já que não apresenta boas condições de saúde mental, encontrando-se afastada do trabalho. No momento da avaliação médico pericial no INSS, a recorrente não possuía condições de saúde para a atividade laboral exercida, persistindo a situação até o presente momento, se não, havendo um agravamento de ordem psicológica. Os atestados médicos emitidos, bem como os demais documentos anexos, atestam que a recorrente ainda se encontra completamente incapaz para o exercício de qualquer atividade laborativa. Acresço à fundamentação, ainda, o entendimento da Juíza Federal Ana Carine Busato Daros, na decisão dos autos de n.º 2010.70.50.018864-2/PR: (...) Ao contrário de outros casos, em que se exige apenas um profissional em medicina do trabalho ou mesmo um clínico geral, as particularidades do tema saúde mental demandam conhecimento especializado para um diagnóstico mais exato, de maneira que o exame feito por especialista em psiquiatria é imprescindível, como sugerem vários precedentes da Segunda Turma (autos n.º 2010.70.50.013606-0, rel. Andréia Castro Dias) e da Turma Nacional de Uniformização (autos 2008.72.51.003146-2, rel. Joana Carolina Lins Pereira, 16/11/2009). Embora o laudo pericial tenha força probatória relevante em demandas de benefícios por incapacidade, entendo que o julgador não está adstrito à conclusão do perito quando há elementos probatórios que confrontem substancialmente o laudo pericial. Desta forma, da análise dos documentos acostados aos autos, entendo que os mesmos são suficientes para a comprovação da incapacidade para o trabalho, ensejadora da prorrogação do benefício de auxílio-doença para a recorrente desde a data de sua cessação. Dito isso, tenho que a decisão proferida pela 27ª Junta de Recursos merece reforma, no sentido de conceder a prorrogação de auxílio-doença da segurada. DISPOSITIVO Ante o exposto, VOTO: Conhecer do recurso, por ser tempestivo e, no mérito, dar-lhe provimento. Relator(a) Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). ALICE FRANCISCO DA CRUZ SALLES Conselheiro(a) Suplente Representante dos Trabalhadores Declaração de Voto Presidente concorda com voto do relator(a). ERALDO SERGIO ARAUJO DE MEDEIROS Presidente

Decisório Nº Acórdão: 1988 / 2015 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 1ª Composição Adjunta da 4ª Câmara de Julgamento do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E DAR PROVIMENTO AO RECORRENTE, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participou, ainda, do presente julgamento, o(a) Conselheiro(a) ALICE FRANCISCO DA CRUZ SALLES. Relator(a) ERALDO SERGIO ARAUJO DE MEDEIROS Presidente