DROGAS VASOATIVAS. ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA ADULTO I FACULDADE PITÁGORAS BETIM PROFa DANIELE REZENDE

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Transcrição:

ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA ADULTO I FACULDADE PITÁGORAS BETIM PROFa DANIELE REZENDE

Introdução Drogas vasoativas é a denominação dada aos medicamentos que têm a propriedade de atuar no endotélio vascular das veias ou artérias, podendo causar efeitos vasculares periféricos, cardíacos ou pulmonares, sejam diretos ou indiretos.

Estas drogas apresentam respostas dosedependentes de efeito rápido e curto, atuando por meio de receptores situados no endotélio vascular.

As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o débito cardíado (DC). O principal objetivo na utilização destas drogas é equilibrar a relação entre oferta de O2 e o consumo de O2.

Vasopressores Catecolaminas Também denominadas aminas vasoativas ou simpatomiméticas. São drogas utilizadas para o suporte cardiovascular e vasoconstrição.

Adrenalina Adrenalina ou epinefrina é uma catecolamina endógena. É o principal hormônio do estresse e produz efeitos metabólicos e hemodinâmicos. Quando administrada por via intravenosa, provoca um efeito característico sobre a PA, que sofre rápida elevação até atingir um pico proporcional à dose.

O mecanismo de elevação da PA causado pela adrenalina é triplo: Estimulação direta do miocárdio, que aumenta a força de contração ventricular; Aumento da FC; Vasoconstrição dos leitos vasculares, sobretudo nos vasos de resistência da pele, mucosa e rim.

Adrenalina é um poderoso estimulante cardíaco, atuando diretamente sobre os receptores ß1 miocárdio e das células do marcapasso. Seus efeitos fisiológicos diretos são: aumento da FC e da contratilidade miocárdica, que elevam o débito cardíaco, o trabalho cardíaco e o fluxo coronário.

Esta catecolamina apresenta efeitos importantes na musculatura brônquica broncodilatação, pela interação com receptores ß2 do músculo liso dos brônquios.

A adrenalina é empregada principalmente durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Ela atua como vasoconstritor, desviando o fluxo sanguineo gerado pela massagem preferencial para o coração e melhorando o aporte de oxigênio para o miocárdio e para SNC.

É indicada nos casos de choque que não respondem aos agentes vasoativos tradicionais, em especial ao choque cardiogênio. Nos casos de bradicardia sintomática ou bloqueio cardíaco não responsivo à atropina ou marca-passo. É também utilizada para tratamento inicial de mal asmático, crises de asma intensa e/ou reações anafiláticas com edema de glote e de VAS.

Dopamina É uma catecolamina endógena utilizada na estimulação cardíaca. Em doses baixas, a dopamina ocasiona aumento da taxa de filtração glomerular, do fluxo renal e da excreção de sódio, com aumento do débito urinário.

Em doses intermediárias, a dopamina aumenta a contratilidade miocárdica e o débito cardíaco, com pouca variação da FC e pequena ou nenhuma redução da resistência periférica.

Em doses elevadas, observam-se aumento da FC, da PA e resistência periférica e diminuição do fluxo sanguineo renal.

Indicações: pacientes com disfunção miocárdica e baixo DC. Para o tratamento de falência cardíaca, choque cardiogênico, estados de hipotensão e bradicardia assintomática não responsiva à atropina ou marca-passo. Também é indicada em situações nos quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente.

Mecanismo de ação: é inativada no meio gástrico. Apresenta início e cessação de seus efeitos praticamente imediatos, sua meiavida é de 2 minutos. Os metabólitos são eliminados por via renal.

Dose: a diluição-padrão é de cinco ampolas de dopamina em 200 ml de solução (soro glicosado, fisiológico 0,9%, ringer simples ou lactato). Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, hipotensão arterial sistêmica, cefaléia e dispnéia.

Dobutamina É uma catecolamina sintética que interage com os receptores 1 (vasculatura periférica) e ß1 adrenérgicos (miocárdio). O principal mecanismo de ação da dobutamina deve-se à estimulação dos receptores ß1.

Mecanismo de ação: atua sobre o DC, com resposta hemodinâmica dose-dependente. Tem pouca ação na pressão arterial, no fluxo renal e coronariano. Está associada ao aumento da incidência de arritmia ventricular e mortalidade. Início da ação intravenosa é de 1 a 10 minutos, seu pico de ação entre 10 e 20 minutos, com meia-vida de 2 minutos. A excreção é renal e metabolismo hepático.

Indicação: é indicada em situações nas quais o objetivo é aumentar a contratilidade miocárdica (e consequentemente o DC), sem afetar a resistência vascular sistêmica e com pouca interferência na FC.

É indicada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, tal como ocorre na falência cardíaca, no choque cardiogênico, na disfunção miocárdica induzida pela sepse e no ICC. Efeitos colaterais: aumento da FC, elevação da PA, palpitação, febre, cefaléia, parestesias, náuseas, sudorese.

Dose: medicamento disponível na forma de hidrocloridrato de dobutamina, em ampola de 20 ml com 250 mg da droga. Dilui-se uma ampola em 230 ml de solução (exceto alcalina).

Noradrenalina Noradrenalina ou norepinefrina é o principal neurotransmissor do sistema nervoso simpático. Mecanismo de ação: tem afinidade pelos receptores -adrenérgico e promove vasoconstrição sistêmica e esplâncnica, com aumento da resistência vascular pulmonar.

Dependendo da dose utilizada provoca aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequencia cardíaca e importante vasoconstrição periférica (com elevação da PA). Sua degradação é hepática e a excreção renal.

Indicação: a noradrenalina deve ser empregada para elevar a PA nos pacientes com choque e baixa resistência vascular sistêmica, como no choque refratário à reposição volêmica, sendo considerada a droga de eleição para manutenção da PA e da perfusão tecidual nessa condição clínica.

Dose: habitualmente utiliza-se 5 ampolas (4 mg/ampola) diluídas em 250 ml de solução (soro glicosado ou fisiológico). Efeitos colaterais: tremores, ansiedade, náuseas, hemorragia cerebral, aumento do consumo de O2, insuficiência renal, isquemia de extremidades ou visceral, cefaléia

Vasopressina É um hormônio antidiurético e vasoconstritor. Os efeitos são mediados pela interação do hormônio com dois tipos de receptores: V1 e V2.

Os receptores V1 são encontrados no músculo liso e o V2 nas células principais do sistema do ducto coletor renal. A vasopressina é indicada para a prevenção e tratamento de distensão abdominal pós-operatória, no diabetes insipidus, na hemorragia gastrintestinal, na ressuscitação cardiorespiratória, no choque séptico.

Vasodilatadores São classificados genericamente, de acordo com o local de ação em venodilatadores (nitroglicerina), arteriodilatadores (hidralazina) e de ação mista (nitroprussiato de sódio). Estes fármacos são empregados no tratamento das emergências hipertensivas e como auxiliares no tratamento de choque circulatório.

Nitroprussiato de Sódio (Nipride) É um potente vasodilatador de padrão balanceado arterial e venoso. Mecanismo de ação: esse medicamento é metabolizado pelas células do músculo liso e libera óxido nítrico que é responsável pela vasodilatação das arteríolas e vênulas.

O efeito vasodilatador ocorre tanto nas arteríolas quanto nas vênulas, resultando em diminuição da resistência vascular sistêmica (arteríolas), do retorno venoso, do débito cardíaco e da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (vênulas).

Indicação: É utilizado, principalmente, no tratamento das crises hipertensivas, em situações que é preciso reduzir a pré e póscarga (aneurisma dissecante de aorta, aumento do DC em ICC) e para reduzir sangramento em cirurgias. É o hipotensor ideal em situações clínicas que requerem o controle preciso da PA, visto que seu início de ação é rápido e a meia-vida é extremamente curta.

Dose: nipride é disponível em ampolas de 50 mg que devem ser diluídas em solução (soro glicosado ou fisiológico). As principais reações do nitroprussiato de sódio são secundárias à hipotensão excessiva, que desaparecem se a infusão for mais lenta ou se interrompida temporariamente.

Nitroglicerina (Tridil) A nitroglicerina (trinitrato de glicerina) é um composto peculiar, visto que é um agente explosivo e um medicamento de ação anti-isquêmica.

Mecanismo de ação: atua no sistema venoso, diminui a pré-carga do coração, podendo ocasionar hipotensão e taquicardia reflexa. Eliminação é renal. Seu efeito principal é a vasodilatação, que resulta em ação direta na musculatura lisa vascular.

É indicada para: Pacientes com ICC, que apresentam pressão capilar pulmonar elevada e sinais clínicos de congestão pulmonar associados a IAM; Profilaxia e alívio de angina de peito; Controle da hipertensão durante período perioperatório; Angina instável.

Dose: tem várias apresentações, ou seja, oral, sublingual, EV, transdérmica. A EV é a mais segura, em virtude de seu rápido e de fácil controle. Efeitos colaterais: hipotensão postural, rubor facial, taquicardia, choque, edema periférico, cefaléia, visão borrada, fraqueza muscular.

Lactato de milrinone - Primacor Age relaxando a musculatura lisa vascular, o que pode resultar em redução da resistência vascular sistêmica. Age também aumentando a contratilidade miocárdica.

É indicado para tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, incluindo estados de baixo DC subsequentes à cirurgia cardíaca. Não pode ser administrado na mesma via com furosemida, devido formação de precipitado.

Farmacocinética das Drogas Vasoativas A meia-vida destas drogas é curta, variando de 1 a 20 minutos, podendo ocasionar alterações cardíacas importantes, caso a administração não seja absolutamente controlada.

No início da terapia com drogas vasoativas, as doses são aumentadas até a obtenção do efeito desejado. Quando ocorre interrupção da infusão, pode haver instabilidade cardiovascular. A excreção das drogas vasoativas é renal.

Cuidados na Administração de Drogas Vasoativas O enfermeiro deve entender o objetivo da terapia para cada paciente para que: Possa avaliar a necessidade de administração de medicamentos; Monitorar os efeitos; Propor intervenções que visem minimizar o risco de problemas relacionados aos medicamentos.

As infusões de drogas vasoativas não devem ser interrompidas de forma abrupta, para não ocorrer instabilidade hemodinâmica. Devem ser administradas por meio de bomba de infusão, para ter controle rigoroso da dose. O controle da PA deve ser realizada por meio de cateter arterial.

Em razão da natureza hostil das drogas vassopressoras recomenda-se a administração por meio de cateter venoso central ou cateter central de inserção periférica (PICC). A troca de soluções deve ocorrer a cada 24 horas.

Bibliografia PADILHA, Katia Grillo; KIMURA, Miako. Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. Barueri, São Paulo: Manole, 2010. SALLUM, Ana Maria Calil; PARANHOS, Wana Yeda. O enfermeiro e as situações de emergência. E. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.