ATENÇÃO INATIVOS DA PMPR!!!



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Transcrição:

1 ATENÇÃO INATIVOS DA PMPR!!! ACÓRDÃO DO TJPR. PARIDADE SUBSÍDIO. DO PESSOAL INATIVO COM O PESSOAL DA ATIVA NA PMPR. A APRA- Associação de Praças do Estado do Paraná gostaria de informar aos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Paraná, em especial aos militares da inatividade, sobre o hodierníssimo ACÓRDÃO DO TJPR, em que um Major da PM da inatividade conquista paridade de subsídio com o mesmo posto da ativa, ou seja, o E. Tribunal de Justiça garante paridade e isonomia dos proventos do militar inativo com o pessoal da ativa, conforme tabela de subsídio definido em lei. Desta forma, estamos compartilhando o ACÓRDÃO de forma precursora, como forma de propalar a decisão para outros militares que estão na inatividade buscarem seus direitos, prevalecendo o interesse da classe, independente de graduação ou posto. Também aproveitamos o presente comunicado, para demonstrar que somos independentes e não coadunamos com apoios políticos ou postagem com candidatos ao governo [representantes que colaram a bolachinha no peito de candidato ao governo que está destruindo os direitos da classe], somos uma entidade que vem trazer a luz do direito e um novo pensar como associação. Segue recorte do ACÓRDÃO: APELAÇÃO CÍVEL Nº 1256215-5, DE FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA APELANTE: TREVILLE SERPA SÁ APELADOS: ESTADO DO PARANÁ PARANAPREVIDÊNCIA RELATOR: DES. ROBERTO PORTUGAL BACELLAR APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MANDAMENTAL DE REENQUADRAMENTO DE POLICIAL MILITAR INATIVO. SENTENÇA DENEGANDO A ORDEM. APELAÇÃO ALEGANDO A APLICAÇÃO DO NOVO QUADRO PREVISTO NA LEI 17.169/2012 - OBSERVÂNCIA DO ART. 40, 8º DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECONHECIMENTO DE VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. POSICIONAMENTO EXARADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE O TEMA NO JULGAMENTO DO RE 606.199/PR - EXTENSÃO DAS MUDANÇAS DEFERIDAS AOS SERVIDORES ATIVOS. CRITÉRIO OBJETIVO - TEMPO DE SERVIÇO - ORIENTAÇÃO DO STF - APLICABILIDADE DO ART. 40, 8º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, COM A REDAÇÃO DADA

PELA EC 20/98, NOS TERMOS DO ART. 7º DA EC 41/2003 - SERVIDOR APOSENTADO ANTES DA EC 41/03. SENTENÇA INTEGRALMENTE REFORMADA. PLEITO DE TUTELA RECURSAL ANTECIPADA - INDEFERIDO. SERVIDOR QUE VEM RECEBENDO SEUS PROVENTOS AINDA QUE EM VALOR NÃO INTEGRAL - AUSENTE O PERIGO DA DEMORA. RECURSO PROVIDO. 2 VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 1256215-5, de Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba - 1ª Vara da Fazenda Pública, em que é Apelante TREVILLE SERPA SÁ e Apelado ESTADO DO PARANÁ. I - RELATÓRIO 1. Trata-se de recurso de apelação interposto pelo impetrante Treville Serpa Sá em face da sentença (seq. 81), proferida na Ação Mandamental nº 0003137-97.2012.8.16.0179, no seguinte sentido: "(...) Ante o exposto, com fulcro no art. 269, I, do Código de Processo Civil, julgo o presente feito extinto com a resolução de seu mérito, denegando a segurança pleiteada na inicial e revogando expressamente a liminar concedida. Condeno a parte impetrante ao pagamento das custas processuais. Sem honorários advocatícios - art. 25 da Lei n.º 12.016/2009 e Súmulas STF n.º 512 e STJ n.º 105. (...)" 2. Foram opostos embargos de declaração (seq. 91.1), e rejeitados (seq. 95). 3. Irresignado, o autor apresentou recurso de apelação (seq. 105), aduzindo, em síntese, que: a) a Lei 17.169/2012 alterou a sistemática utilizada em relação a remuneração passando a realizar o pagamento dos militares estaduais em uma parcela única, denominada subsídio, prevendo em seu artigo 14 que a nova Lei seria aplicada aos militares da reserva, assim como aposentou-se com 5 (cinco) quinquênios entende fazer jus a referência 6 do cargo de major; b) não poderia o magistrado de primeiro grau ter fundamentado sua decisão com base no art. 157 da Lei 1.943/52, uma vez que revogada pela Lei vigente; c) a tabela de valores do subsídio faz distinção entre aquela que ocupa cargo de major e é transferido para a reserva remunerada com 25 (vinte e cinco ) anos e aquele que se aposenta com 30 (trinta) anos; d) a

Constituição da República em seu artigo. 40, 8º, garante aos servidores aposentados a revisão dos proventos nos moldes dos servidores em atividade; e) a não aplicação da Lei 17.169/2012 viola os princípios da paridade e da isonomia. Ao final requereu a concessão da tutela antecipada recursal, pois presentes os requisitos da verossimilhança das alegações e o receio de dano irreparável ou de difícil reparação. 3 4. Foram apresentadas contrarrazões às seqs. 118.1 e 120.1 5. Encaminhados os autos à Procuradoria Geral de Justiça (fls.15/22tj), o Procurador Mauro Mussak Monteiro opinou pela não intervenção no feito. 6. É o relatório. II - VOTO E SUA FUNDAMENTAÇÃO 7. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação. 8. O apelante pleiteia o reenquadramento nos moldes do consignado nos anexos II e III, da Lei 17.169/2012, bem como que seja afastada a regra de proporcionalidade por tempo de serviço sobre o subsídio, disposta no art. 157, 4º, II, da Lei Estadual 1943/54. 9. Narra, ainda, que com o advento da Lei 17.169/2012, o valor dos proventos dos policiais militares passou a ser fixado em parcela única denominada de subsídio, revogando a parte da Lei 1943/54 que versa sobre remuneração. 10. Assim, entende que por ter passado para a reserva remunerada em 22 maio de 2003, com 25 (vinte e cinco) anos de serviço, ou seja, 5 (cinco) quinquênios de efetivo exercício na corporação, deveria estar percebendo o valor de R$ 16.121,12 (dezesseis mil, cento e vinte e um reais e doze centavos), nos moldes do descrito na Lei 17.169/2012, anexos I e III, Referência 6, do posto de Major. 11. Com razão. 12. Incontroverso que a Lei 17.169/2012 alterou a forma de remuneração dos Policiais Militares Estaduais da reforma e da reserva remunerada, in verbis: "Art. 14. Aplica-se aos militares da reforma, reserva remunerada e aos geradores de pensão o disposto nesta Lei.

4 1º O valor do subsídio dos militares da reforma, reserva remunerada e dos geradores de pensão será estipulado conforme a tabela constante do Anexo I, na referência correspondente ao número de adicionais por tempo de serviço na data da inativação ou do fato gerador da pensão. 13. A Lei Estadual 1943/54 (Código da Polícia Militar do Estado do Paraná), estabelece em seu art. 157 a fórmula de cálculo da remuneração dos servidores que passarem a reserva remunerada, in verbis: "Artigo 157. Será transferido para a reserva remunerada compulsoriamente, o oficial que conte ou venha contar com 35 (trinta e cinco) anos de serviço público, ou que atingir a idade limite estabelecida nesta Lei e o que permanecer afastado da atividade militar policial por mais de 8 (oito) anos contínuos ou não. (...) 4º. Poderá ser transferido a pedido para a reserva remunerada o militar que conte mais de: I - 30 anos de serviço público, na forma do artigo 158 da Constituição Estadual, independentemente de inspeção de saúde e com os proventos integrais. (...) III - 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, 15 (quinze) pelo menos prestado ao Estado do Paraná, com proventos proporcionais de 1/30 avos...vetado...do vencimento do posto ou graduação da atividade e por ano de serviço." 14. Assim, considerando que a referida Lei não foi revogada, deve ser interpretada de forma integrativa com as regras contidas na Lei 17.169/2012. 15. Contudo, verifica-se pela nova forma de remuneração do Policial Militar do Estado do Paraná, que foi criado um quadro (anexo III da Lei 17.169/2012) que a depender do número de quinquênios de efetivo exercício na corporação irá o Militar perceber o subsídio correspondente ao posto de referência que atingir. 16. No caso dos autos o apelante laborou 25 (vinte e cinco) anos, assim faria jus pela nova lei, ao posto referência 6. 17. Note-se que ao aplicar a Legislação vigente não há qualquer afronta a fórmula de cálculo de remuneração

disposta no art.157, da Lei Estadual 1943/54, uma vez considerando que o apelante passou para a reserva remunerada em 22.05.2003, ou seja, antes da Emenda Constitucional 41/03, aplica-se a ele a paridade. 5 18. Ademais, recentemente o Superior Tribunal de Justiça, no Julgamento do Recurso Extraordinário 606.199/PR, visando assegurar aos servidores inativos, com fundamento na garantia da paridade, o direito de ter seus proventos ajustados em condições semelhantes às dos servidores da ativa, desde que amparadas em critérios objetivos, como tempo de serviço e titulação, a serem apuradas até a data da aposentadoria, nos termos do voto do Ministro Luís Roberto Barroso: "(...) Se, de um lado, é legítimo ao Estado modernizar sua estrutura funcional, podendo estipular critérios de progressão e de promoção baseados no mérito e na eficiência, de outro, não se pode permitir que a lei aproveite o ensejo para, por via transversa, alijar servidores inativos dos efeitos remuneratórios que lhes são garantidos pela Constituição quanto a vantagens concedidas aos ativos. A regra constitucional da paridade, repito, não garante aos inativos somente o direito à irredutibilidade do valor nominal dos proventos e à revisão remuneratória geral dada aos ativos, mas sim às vantagens decorrentes de quaisquer benefícios posteriormente concedidos aos ativos, desde que baseados em critérios objetivos. Realmente, logo após o enquadramento inicial isonômico, a lei paranaense previu a possibilidade de rápido desenvolvimento de carreira para os servidores ativos. Dos três critérios escolhidos para permitir a progressão, a antiguidade, a titulação e a avaliação de desempenho, dois possuem requisitos extensíveis a aposentados, diante de sua natureza objetiva: a titulação e o tempo de serviço. Nesse sentido, dou parcial provimento ao recurso, para reformar em parte a decisão objeto do RE, aplicando interpretação conforme a Constituição nos artigos 8º/11 e 26/27, garantindo aos aposentados antes da vigência da Lei Estadual 13.666/02 e, por consequência, a seus pensionistas, a possibilidade de ter acesso a vantagens concedidas aos servidores ativos fundadas nos critérios objetivos de tempo de serviço e de titulação. Assim, os servidores inativos devem ter a mesma oportunidade que os ativos de ver reconhecidos pela Administração os títulos

e o tempo de serviço auferidos até a aposentadoria, com os efeitos remuneratórios decorrentes, por paridade. 6 Quanto à progressão por titulação, o servidor aposentado pode apresentar os certificados e diplomas de cursos concluídos até o ato de inatividade. Em relação à progressão por tempo e à promoção, os inativos têm direito à consideração do efetivo tempo de serviço computado até a aposentadoria, recebendo o mesmo tratamento previsto para os servidores em atividade nos atos regulamentares posteriores ao reenquadramento inicial." 19. Deste modo, preenchido o requisito do tempo e titulação faz jus o apelante a perceber o subsídio constante no anexo III e I, referente ao posto 6, de major, nos mesmos moldes do policial militar da atividade, nos termos do art. 40, 8º, da Constituição da República (com a redação dada pela Emenda Constitucional 20/98), segundo o disposto no art. 7º, da Emenda Constitucional 41/2003: "Art. 40. 8º Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei." 20. Sobre o tema. "APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇA DE APOSENTADORIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CONFIGURAÇÃO. JULGAMENTO ANTECIPADO DO FEITO. POSSIBILIDADE. EXEGESE DO ART. 330, I DO CPC. NULIDADE DA DECISÃO.INOCORRÊNCIA. CONFISSÃO NÃO VERIFICADA.LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INEXISTÊNCIA. MÉRITO.REENQUADRAMENTO DE POLICIAL MILITAR INATIVO EM RAZÃO DO TERMPO DE SERVIÇO.ENQUADRAMENTO EM REFERÊNCIA CONFORME O ANEXO III DA LEI N.º 17.169/2012. POSSIBILIDADE.ATENÇÃO À PARIDADE. INATIVAÇÃO ANTERIOR À EC N. 41/03. OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS OBJETIVOS DE TITULAÇÃO E TEMPO DE SERVIÇO QUANDO DA INATIVAÇÃO (RE 606.199/PR).

POSSIBILIDADE DE REENQUADRAMENTO EM REFERÊNCIA DIVERSA DAQUELA ADOTADA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÃO QUE NÃO CONFERE AO SERVIDOR INATIVO PRETENSÃO DE DIREITO ADQUIRIDO. PROGRESSÃO DE REFERÊNCIA EM RAZÃO DO TEMPO DE SERVIÇO EXISTENTE NO MOMENTO DA INATIVAÇÃO OU APOSENTADORIA.SENTENÇA REFORMADA. DIFERENÇAS DEVIDAS.ART. 1.º - F DA LEI N. 9.494/97. INCIDÊNCIA QUANTO AOS JUROS DE MORA. ALTERAÇÕES CONTIDAS NAS ADI'S 4357 E 4425.INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA DA TAXA REFERENCIAL PARA FINS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. POSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO DOS EFEITOS NA FASE DE EXECUÇÃO (AgRg no REsp 1.417.699/SC). CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICAÇÃO DO INDEXADOR INPC (AgRg REsp 1.263.644/PR). JUROS DE MORA DEVIDOS DESDE A CITAÇÃO.CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DE CADA PRESTAÇÃO VENCIDA. INVERSÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA PARANAPREVIDÊNCIA PELOS PAGAMENTO DA CONDENAÇÃO. OCORRÊNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N.º 17.435/2012. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO." (TJPR - 7ª C.Cível - AC - 1260660-9 - Região Metropolitana de Londrina - Foro Central de Londrina - Rel.: Victor Martim Batschke - Unânime - J. 10.04.2015, 05.05.2015). 7 21. Da análise dos autos a sentença deve ser integralmente reformada, para que seja implantado aos proventos do apelante o importe percebido pelo Policial Militar da ativa na Referência 6 do posto de Major, em observância a paridade a que faz jus. 22. Por fim, deixo de conceder a tutela antecipada, considerando que ausente um dos requisitos essenciais para a concessão da medida, qual seja, o perigo da demora, tendo em vista que o apelante encontra-se percebendo seus proventos, ainda que de forma parcial. 23. Assim, não se encontra presente o requisito do perigo da demora para deferimento da tutela antecipada pleiteada no recurso. 24. Pelo exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso do autor. III - DECISÃO

Acordam os Desembargadores da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso de apelação, nos termos do voto do Relator. 8 Presidiu o julgamento o Desembargador Prestes Mattar, com voto, dele participando o Desembargador Renato Lopes de Paiva. Curitiba, 14 de julho de 2015. Des. ROBERTO PORTUGAL BACELLAR Relator A APRA já definiu os encaminhamentos para os interessados em ingressar no Poder Judiciário com os advogados parceiros da Entidade, sendo que iremos postar a forma de encaminhamento para e demais orientações necessárias. Para isso entre via contato email juridico@aprapr.org.br Curitiba, 01 de agosto de 2015. Orélio Fontana Neto, Presidente. Na vida temos duas opções; levantar a cabeça e lutar, ou se trancar em si mesmo e esperar que outros lutem por você. por Jayr Ribeiro Junior