VISTOS, relatados e discutidos estes autos.

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1 - 50 V PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA ACÓRDÃO 445ç. n ( Remessa Oficial n /001, da Comarca de Santa Rita. Relator: Dr. Leandro dos 'Santos-- Juiz Convocado. Autora: Rosa Alexandre da Silva, advogando em causa própria. Réu: O Município de Santa Rita, representado por seu Prefeito constitucional. Advogado: José Clodoaldo Maximino Rodrigues. Remetente: A Exma. Dra. Juíza de Direito da Comarca de Santa Rita. 111 SERVIDOR PÚBLICO. Redutibilidade salarial. Afronta ao art.37, XV, da CF/88. Inobservância ao art.5, XXXV, CF. Desprovimento da Remessa. VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACORDAM, em sessão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, negar provimento à remessa, nos termos do voto do relator, integrando o julgamento a súmula de fls RELATÓRIO 41! Rosa Alexandre da Silva moveu ação ordinária de cobrança contra o Município de Santa Rita, ao argumento de que laborou para o Município no período compreendido entre 07/05/1980 a março de 2001, ocupando o cargo de Assessora Jurídica, quando foi aposentada pelo Instituto de Previdência do Município. (04*.

2 g PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAIBA»mim 1 RO Alega a autora que, em 25 de março de 1998, quando ainda estava na ativa, a autora requereu ao chefe do Poder Executivo Municipal a implantação de verba de representação de 50% aos seus vencimentos, efetivamente implantada em seu contracheque ainda no mês requerido, onde seus vencimentos passaram de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais) para R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). Todavia, segundo narra, o pagamento com o reajuste só perdurou até junho daquele ano, quando, por ato da coordenadora de Administração, seus vencimentos básicos foram reduzidos para R$ 400,00 (quatrocentos reais) e a verba de representação incorporada aos seus ' da vencimentos passou de R$ 300,00 (trezentos reais) para R$ 200,00 (duzentos reais), bem como foram minorados os adicionais por tempo de serviço. Diante disso, a autora requereu as diferenças salariais retroativas a julho de 1998, totalizando o valor de R$ ,00 (vinte e quatro mil reais). Contestação às fls. 67/78. Impugnação à contestação (fls. 84/85). O juiz julgou procedente o pedido, condenando a Edilidade ao pagamento das diferenças entre as quantias percebidas e a atual remuneração da autora, no período de outubro/98 a fevereiro /03, com a correção e a atualização, utilizani os índices oficiais do INPC e honorários advocatícios à base de 10% sob" e o valor da condenação. Não houve recurso voluntário, subindo os autos a este Tribunal, por força do art. 475, I, do CPC. 2

3 .11. r'.. `. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAiBA R l I" 11 A Procuradoria emitiu o parecer de fls. 98/100, opinando pelo desprovimento da remessa. I. 11K /4. VOTO r Não merece reparo o bem lançado provimento judicial. 1. o art. 5, XXXV, da Constituição Federal, textua: - "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;" Partindo dessa premissa constitucional, é induvidoso o direito da autora, em receber as diferenças salariais pagas a menor, não tendo o que argumentar em relação à sua admissão sem concurso, uma vez que o art. 19, do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias discorre: "Os servidores públicos civis dg União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das funções publicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há,:,elo moas cinco anos continuados, e que não tenham sido demitidos orma regulada no art.37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público". 4-, Demais disso, é consabido que a irredutibilidade dos vencimentos é principio consagrado constitucionalmente, consoante disposição do o art. 37, XV, in verbis: "o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos - 3

4 ; PC: PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAIBA t RO públicos são irredutíveis, ressalvado o dispositivo nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, 11,153, 2,I." 44- Desta forma, a própria Edilidade reconheceu o direito da promovente, uma vez que implantou no seu contracheque a postulada gratificação. Não obstante seja possível à administração declarar nulos seus próprios atos, quando eivados de vícios e ilegalidade, como proclama a Súmula n. 473, do STF, não pode dispensar obediência aos princípios básicos que norteiam a atuação administrativa. Por essas razões, a Câmara negou provimento à remessa oficial, mantendo a sentença em todos os seus termos. Sala das sessões da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 19 de julho de 2005 (data do julgamento). João Pessoa, 20 de julho de Dr. Lek rifrg ro os Santos Juiz Convocad4,, - Relator 4

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