ACÓRDÃO. 42k +h. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

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1 42k +h 1,.14,1 ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO 0110 APELAÇÃO CÍVEL N /001 - Campina Grande RELATOR: Des. Genésio Gomes Pereira Filho APELANTE: Wilkens Leno Silva de Andrade ADVOGADO: Severino Ramos de Oliveira Júnior APELADO: Tim Nordeste Telecomunicações S/A ADVOGADO: Leidson Flamarion Torres Matos CIVIL E CONSTITUCIONAL Apelação Chiei Ação de Indenização por Danos morais e materias - Plano de Serviço Tim Web Serviço falho Pretensão de dano moral Improcedência Alegação de cerceamento de defesa em razão do indeferimento de prova testemunhal Desnecessidade Cerceamento não configurado Não insurgência quanto ao mérito Impossibilidade de análise - Manutenção na íntegra da sentença - Desprovimento do apelo. O deferimento do pedido de produção de provas está vinculado à livre convicção do magistrado de primeiro grau de jurisdição, na medida em que incumbe ao juiz, de oficio ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias, podendo julgar antecipadamente a lide quando não houver necessidade de produzir prova em audiência, conforme o disposto nos arts. 130 e 330 do CPC, não havendo que se falar em cerceamento ao direito de defesa, quando comprovado nos autos a improcedência do pedido no que tange aos danos morais pleiteados. Se o Juiz monocrático não constatou a necessidade de realização de prova testemunhal para concluir pela improcedência do pedido de indenização por dano moral, e esse entendimento, resta ratificado por esta

2 Corte Superior, não ocorre cerceamento de defesa. VISTOS, relatados e discutidos, os presentes acima descritos. ACORDAM os integrantes da Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça da Paraíba, á unanimidade, negar provimento ao recurso de apelação, nos termos do voto do Relator e da certidão de julgamento de fl. 99. RELATÓRIO Cuida-se de Apelação cível interposta por Wilkens Leno Silva de Andrade insurgindo-se contra r. Sentença que julgou parcialmente procedente o seu pedido de indenização por danos morais e materiais, condenando a Tim Nordeste Telecomunicações S/A a ressarci-lo no valor de R$ 24,25 (vinte e quatro reais e vinte e cinco centavos), cobrado do autor pela realização de um serviço não prestado. Aduz o apelante, em preliminar, cerceamento de defesa, por ter o magistrado sentenciante, indeferido o seu pedido de produção de prova testemunhal. No mérito, não se insurge o apelante. Contrarrazões apresentadas pela ré, ora apelada, pugnando pela manutenção da sentença. A douta Procuradoria de Justiça opinou pela rejeição da preliminar, opinando pela inexistência do cerceamento de defesa alegado. Sobre o mérito, alegou ausência de interesse público. Os É o relatório. VOTO argumentos não merecem amparo. Com efeito, é entendimento jurisprudencial dominante de que convencido o magistrado sentenciante acerca do direito pleiteado pelo promovente, (seja pela procedência, seja pela improcedência), é dispensável a realização de quaisquer outras provas, com a finalidade de comprová-los. Assim, o deferimento do pedido de produção de provas está vinculado à livre convicção do magistrado de primeiro grau de jurisdição, na medida em que incumbe ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias, podendo julgar antecipadamente a lide quando não houver necessidade de produzir prova em audiência, conforme o disposto nos arts. 130 e 330 do CPC, não havendo que se falar em cerceamento ao direito de defesa, quando comprovado nos autos a improcedência do pedido no que tange aos danos morais pleiteados.

3 De igual forma, não vejo cerceamento ao direito de defesa do autor/apelante, pelo fato de ter o MM. Juiz sentenciante indeferido a produção de prova testemunhal, pois, ao contrário do alegado, a produção de ditas provas em nada alterariam o juizo de valor conclusivo de improcedência do pedido indenizatório pelos danos morais que alegou e pretendia o autor em sua inicial. Como bem sintetizou o douto representante do parquet, "no ordenamento jurídico pátrio, vige o princípio do livre convencimento fundamentado do juiz. Sendo assim, não é vedado ao magistrado julgar a lide quando já existem elementos suficientes para o seu convencimento, conforme se extrai dos arts. 130 e 131 do CPC... " Neste sentido: DEVIDAMENTE 411 HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. INDEFERIMENTO PELO JUIZ PROCESSANTE FUNDAMENTADO. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CARACTERIZADO. I. Quanto ao sistema de valoraçào das provas. o legislador brasileiro adotou o princípio do livre convencimento motivado, segundo o qual o juiz, extraindo a sua convicção das provas produzidas legalmente no processo, decide a causa de acordo com o seu livre convencimento, em decisão devidamente fundamentada. 2. Não ocorre cerceamento de defesa nas hipóteses em que o Juiz reputa suficientes as provas colhidas durante a instrução, não estando obrigado a realizar outras provas com a finalidade de melhor esclarecer a tese defensiva das partes, quando, dentro do seu livre convencimento motivado, tenha encontrado elementos probatórios suficientes para a sua convicção. Precedentes desta Corte. (..)1 (HC /PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/11/2007, DJ 17/12/2007 p. 238) Por outro lado, cumpre-me registrar que em não apresentando o promovente razões pelas quais pretende a reforma da decisão que julgou improcedente o seu pedido de dano moral, limitando-se apenas alegar cerceamento de defesa, nem tampouco, impugnando especificamente os termos da r. Sentença, não pode este Tribunal de oficio fazê-lo, sob pena de ferir o principio tantum devolutun quantum appellatum. Por tais motivos, NEGO PROVIMENTO ao apelo, mantendo inalterada a decisão a quo em todos os seus termos. É como voto. l(hc /PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/11/2007, DJ 17/12/2007 p. 238) '2

4 Presidiu a sessão o Exmo. Des. Genésio - Gomes Pereira Filho. Participaram do julgamento, além do Relator, o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho, o Exmo. Dr. José Geraldo Pontes, Juiz Convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos e o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sé e Benevides. Presente ao julgamento o Exmo. Sr. Dr. Alcides Orlando de Moura Jansen, Procurador de Justiça. Sala de Sessões da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, em João Pessoa, aos primeiro de Dezembro de Des. Gen.sio Go eira Filho Rel. ir

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