V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

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1 SE AGRAVO DE PETIÇÃO, provenientes da V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de MM. 01ª VARA DO TRABALHO DE PARANAGUÁ - PR, sendo Agravante CEJEN ENGENHARIA LTDA. e Agravado DIRCEU MARINHO PINHEIRO. Inconformado com a respeitável decisão de embargos à execução de fls. 311, proferida pelo Exmo. Juiz do Trabalho José Mario Kohler, recorre a este Tribunal a executada, buscando a reforma do julgado no tocante ao valor da avaliação do bem penhorado. Contraminuta apresentada às fls. 322/ ). Trata-se de execução definitiva (trânsito em julgado à fl. homologados à fl Cálculos apresentados pelo perito às fls. 203/246 e O resumo de fls. 250 contém a discriminação das seguintes verbas, objeto da execução: principal - R$ ,32; INSS empregador - R$ ,69, INSS empregado - R$ 5.026,81, custas processuais - R$ 2.027,98, honorários do calculista - R$ 802,52, totalizando R$ ,32, atualizado até fls.1

2 carta precatória. A execução encontra-se garantida pela penhora de fl. 32, da I. FUNDAMENTAÇÃO 1. ADMISSIBILIDADE Presentes os pressupostos legais de admissibilidade, CONHEÇO do agravo de petição interposto pela executada, bem como da contraminuta do exequente. 2. MÉRITO VALOR DA AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO A executada pretende a reforma da decisão, a fim de que seja designado outro avaliador judicial para avaliar o bem penhorado, argumentando que o valor de R$ ,00 atribuído ao imóvel encontra-se muito abaixo daquele praticado no mercado, equivalente a, no mínimo, R$ ,00. fundamentos (fl. 311): O Juízo da execução rejeitou a pretensão, pelos seguintes "Nas execuções trabalhistas incumbe ao Oficial de Justiça proceder a avaliação de bens penhorados. Não consta qualquer vício no ato de avaliação procedido pela Sra. Oficial de Justiça, pelo que não há que se falar em nulidade ou nomeação de novo avaliador judicial, atribuição que, como visto, incumbe ao Oficial de Justiça." fls.2

3 Não merece reforma. O art. 683 do CPC prevê a possibilidade de nova avaliação dos bens penhorados nas hipóteses de erro na avaliação ou dolo do avaliador; quando se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem; e quando houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem. Todavia, nenhuma dessas situações se verifica na espécie. A certidão do oficial de justiça (fl. 31 da carta precatória) consigna que a avaliação foi realizada após consulta às imobiliárias da região. Não há provas em sentido contrário. Portanto, tem-se que o valor da avaliação guarda coerência com o valor do imóvel, praticado no mercado. Além disso, o sócio da agravante acompanhou a oficial de justiça até o imóvel, estando presente no momento da penhora, sem manifestar qualquer contrariedade quanto ao valor da avaliação. Observa-se, ainda, que a própria agravante ofereceu o terreno à penhora pelo montante de R$ ,50 (fl. 278), valor muito próximo daquele constante no auto de penhora e avaliação: R$ ,00 (fl carta precatória). Desta forma, não há que se falar em erro de avaliação ou dolo do avaliador, até porque nada ficou provado nos autos, neste particular. A documentação juntada pela executada, a fim de comprovar que o imóvel valia mais do que a importância mencionada no auto de penhora, não convence porque não se refere ao terreno em questão. Tratam-se de fls.3

4 anúncios imobiliários de outros terrenos, com características diferentes daquele que foi penhorado nestes autos, não servindo como parâmetro para demonstração da discrepância de valores alegada. Ressalte-se que não existem provas nos autos no sentido de que o valor do imóvel sofreu majoração desde a data da avaliação (21/09/2009). Por fim, como a discussão também não se amolda à hipótese de dúvida sobre o valor atribuído ao bem, nos termos do inciso III, do artigo 683 do CPC, o pedido de reavaliação, neste caso, não encontra amparo legal. porque ausente prova do alegado prejuízo. Não há violação ao preceito contido no artigo 620 do CPC, reforma. Diante do exposto, a decisão agravada não merece NEGO PROVIMENTO. II. CONCLUSÃO Pelo que, ACORDAM os Desembargadores da Seção Especializada do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO, bem como da contraminuta. No mérito, por igual votação, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos da fundamentação. fls.4

5 CLT. Custas pela executada, nos termos do artigo 789-A, IV, da Intimem-se. Curitiba, 08 de novembro de BENEDITO XAVIER DA SILVA RELATOR shb fls.5