Orientações sobre o Conselho de Classe



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Transcrição:

Orientações sobre o Conselho de Classe A Secretaria da Educação do Estado da Bahia com o propósito de contribuir com a melhor estruturação do Conselho de Classe propõe refletir a temática na Agenda de Subsídio à organização do trabalho pedagógico. Esta agenda pretende parametrizar ainda mais o Conselho de Classe, como momento formativo de avaliação, auto-avaliarão do ensino, da aprendizagem, do planejamento e possibilitar que o coletivo da escola, apresente proposições para fortalecer as aprendizagens em todas as áreas do conhecimento. Nesta perspectiva, este documento sugere recomendações para construção de ações coletivas em cada escola da rede estadual. O que é o Conselho de Classe? O Conselho de Classe é um órgão colegiado, consultivo e deliberativo da gestão, configurando-se como uma assembleia de discussões coletivas a respeito de toda a dinâmica escolar, contando com representantes dos atores/atrizes envolvidos/as nessa dinâmica. Constitui-se como uma atividade por excelência avaliativa, como momento de leitura crítica que permite a discussão e análise coletiva do processo do ensino e da aprendizagem em curso. Assim, torna-se um instrumento indispensável ao planejamento educacional, uma vez que dinamiza o processo de avaliação por intermédio das múltiplas análises de seus participantes, bem como a corresponsabilização das decisões tomadas e dos seus resultados. Objetivos Refletir de forma coletiva e democrática, a construção do processo do ensino e da aprendizagem, no qual todos/as avaliam e se auto-avaliam em busca de melhores alternativas, com diferenciadas estratégias pedagógicas. Dessa forma o sucesso da escola, torna-se um elemento básico para a integração das relações na Unidade Escolar. Nesse sentido consolida-se o Projeto Político Pedagógico, como documento norteador das diretrizes e da identidade da Unidade Escolar, além de garantir a sustentação de uma ação integradora e transformadora.

Sensibilizar a equipe pedagógica e gestores/as, pais, estudantes e professores/as sobre o significado, o sentido e a responsabilidade de todos/as, diante do cenário que a Unidade Escolar apresenta acerca dos índices de aprovação/ reprovação/frequência/ abandono/distorção idade-série, de modo a reverter os resultados críticos apresentados pela Unidade Escolar. Base Legal No Sistema Estadual de Educação da Bahia, o Conselho de Classe está normatizado pela Portaria Nº 5.872, de 15 de julho de 2011 que aprova o Regimento Escolar das Unidades Escolares integrantes do Sistema Público Estadual de Ensino e dá outras providências, no Capítulo I, Seção III - Do Conselho de Classe. Caracterização e sugestão de organização dos Conselhos de Classe Caracteriza-se por chegar à solução do problema depois de diagnosticado, culminando na assinatura de um termo de compromisso (ata do Conselho de Classe), resultante das tomadas de decisões, no qual os/as participantes, deverão ser coresponsabilizados pela concretização do mesmo. A sugestão é que contemple em sua organização, a participação de: representantes de pais, todos/as os/as professores/as da respectiva turma, gestor/a, coordenador/a pedagógico e secretário/a. Para tanto, faz-se necessário: mobilizar a comunidade escolar; conscientizar a equipe pedagógica e gestora, bem como pais, estudantes e professores/as sobre a responsabilidade de todos/as diante do processo participativo; discutir previamente com os professores/as sobre a realidade de cada turma, cabendo aos gestores/as e coordenadores/as organizar os Conselhos de Classe nos primeiros e últimos horários, a cada unidade didática dispostos a mediar conflitos e conduzir a reunião com bom senso e de forma democrática.

Justificativa Considerando a organização de Conselhos de Classe que contempla a participação do coletivo da escola é possível observar o quanto esta atividade favorece a integração entre os professores/as, estudantes e família, possibilita a implementação de uma avaliação mais dinâmica, processual e sistêmica. Além disso, permite um desenvolvimento progressivo da ação educacional, sensibiliza o aluno quanto a sua atuação dividindo responsabilidades, observa as áreas afetivas, cognitivas e psicomotoras. Nesse sentido, o referido Conselho, contribui para identificar e elencar, instrumentos e critérios que permitam caracterizar os diferentes domínios do comportamento humano, em função do desenvolvimento integral dos sujeitos. Vale salientar que a reflexão e conscientização quanto aos objetivos do ensino e da aprendizagem, volta-se mais para o desenvolvimento integral, do que para o conhecimento pontual, oferecendo melhores condições de motivação para uma aprendizagem significativa e duradoura que potencializa o diálogo entre todos os envolvidos no processo educacional, evitando uma avaliação, cujo objetivo esteja fundamentado apenas em identificar e determinar lacunas, sem observar possibilidades e potencialidades de todos os envolvidos no processo educacional junto à escola. Benefícios do Conselho de Classe no processo do ensino e da aprendizagem Constituem-se aspectos que podemos identificar como contribuição do Conselho de Classe ao processo do ensino e da aprendizagem: Possibilidade de redimensionar a participação e postura do/a professor/a frente ao processo do ensino e da aprendizagem; Estabelecer a coerência entre prática pedagógica e a proposta do Projeto Político Pedagógico da escola; Oportunizar maior diálogo e melhor relacionamento entre professor e estudante; Valorizar o estudante frente à comunidade escolar; Identificar se há coerência entre critérios de avaliação adotados pela Unidade Escolar;

Possibilitar a avaliação e auto-avaliação da atuação do estudante, do docente e demais profissionais da escola. Periodicidade da realização do Conselho de Classe e as intervenções propostas pelo coletivo da escola Recomendamos que os Conselhos de Classe possam ser organizados pelos gestores e/ou coordenadores pedagógicos a cada unidade didática com o intuito de assegurar um acompanhamento pedagógico sistemático ao longo do ano letivo. Além disso, caberá a realização de um Conselho de Classe ao término do ano letivo (Conselho Final) para avaliação e encaminhamentos necessários ao fechamento do ciclo do ano letivo, referente às ações desenvolvidas pela comunidade escolar. Portanto, o Conselho de Classe permitirá o encaminhamento de intervenções coletivas e processuais, tais como: Intervenções da Coordenação Pedagógica juntamente com a Gestão escolar, em sala de aula ou individualmente com estudante/s e/ou professor/es, de acordo com as necessidades diagnosticadas no momento da realização do Conselho, ressaltando que tais abordagens se darão em casos especiais, uma vez que se deve primar pela tomada de decisão coletiva no próprio Conselho; (Re)planejamento didático-pedagógico dos componentes curriculares, tomando como referência as dificuldades do ensino e da aprendizagem diagnosticadas durante o Conselho de Classe em prol do fortalecimento das aprendizagens; Mediação de conflitos entre professores/as/estudantes e professores/as/estudantes estimulando o diálogo entre os mesmos; Redimensionamento da avaliação do ensino e da aprendizagem pelo/a professor/a e incorporação dos procedimentos da recuperação paralela; Monitoramento das ações dos sujeitos envolvidos para co-responsabilização dos mesmos em relação às deliberações do Conselho, contemplando as ações a serem executadas no Plano de Intervenção; Fortalecimento da prática institucional na realização da Atividade Complementar (AC) na escola para a formação continuada dos professores/as.

REFERÊNCIAS BAHIA. Portaria Nº 5.872, de 15 de julho de 2011. Aprova o Regimento Escolar das Unidades Escolares integrantes do Sistema Público Estadual de Ensino e dá outras providências. Salvador, 2011. MOURA, Ismeni Lima de. Conselho de Classe. Disponível em: http://orientaseduc.blogspot.com.br/p/conselho-de-classe.html Acesso em 21 de out. 2013 SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra /DC Luzzatto, 1995. VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995.