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Transcrição:

PROCESSO Nº: 0803860-22.2015.4.05.8100 - APELAÇÃO RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR - 4ª RELATÓRIO O Exmº. Sr. Desembargador Federal EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR (Relator): Trata-se de apelação interposta pela União em face de sentença que, deferindo a tutela antecipada, julgou procedente o pedido inicial, determinando que a União se abstenha de realizar descontos nos vencimentos do autor referentes ao abono de permanência. Em suas razões recursais, alega, em síntese, que não houve qualquer ilegalidade por parte da Administração Pública em determinar a restituição dos valores recebidos indevidamente, independentemente de boa-fé, uma vez que pautada no princípio da legalidade e na vedação do enriquecimento sem causa, pois é dado o direito de rever seus atos quando eivados de vícios que os torem passíveis de revogação ou anulação. Contrarrazões (ID 4058100.1060671). É o relatório. PROCESSO Nº: 0803860-22.2015.4.05.8100 - APELAÇÃO RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR - 4ª VOTO O Exmº. Sr. Desembargador Federal EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR (Relator): Cinge-se a matéria recursal na análise acerca da possibilidade de restituição ao erário através de descontos na remuneração de servidor público, de valores recebidos a título de abono de permanência, o qual restou suprimido em sede de revisão administrativa. Com efeito, os atos administrativos são dotados de presunção de legitimidade, gerando no administrado confiança digna de proteção e, por isso, a boa-fé dos servidores/autores se presume. Para afastá-la, seria necessário restar devidamente caracterizada a utilização de artifícios pelo servidor para induzir ou manter a Administração em erro.

No caso concreto, o autor teve deferido seu pedido administrativo de implantação de abono de permanência em 13/05/2009 pelo Diretor de Gestão de Pessoal. Posteriormente, em revisão administrativa datada de 05/08/2014, foi determinada a notificação do autor para ciência de desconto em seu contracheque do valor de R$ 56.426,56 (cinquenta e seis mil, quatrocentos e vinte e seis reais e cinquenta e seis centavos) a título de reposição ao erário, sob o argumento de averbação errônea de tempo fictício na concessão do abono. Alega o ente público que se trata de erro material, de operação interna da administração, e que, pela supremacia do interesse público e vedação do enriquecimento sem causa, devem os valores ser devolvidos, independentemente de boa-fé do servidor. Entretanto, verifica-se que a situação fática se trata de alteração de interpretação da administração pública acerca da inclusão de tempo fictício na contagem do tempo de serviço, e não de mero erro operacional, uma vez que houve o deferimento administrativo inicial do pedido de abono, levando em consideração o citado período. Cumpre registrar que no tocante à quaestio iuris envolvendo desconto ou repetição de verbas remuneratórias recebidas por servidor e pagas pela Administração por força de erro da Administração, a jurisprudência desta Corte Regional está, reiteradamente, inclinada de forma favorável ao servidor, nas hipóteses em que não restou demonstrado que o mesmo agiu desamparado da boa-fé. Além disso, repercute a natureza alimentar da verba perseguida e a sua irrepetibilidade, uma vez que se destina à sobrevivência daqueles que a recebem, não servindo de fonte de enriquecimento ilícito. Nessa linha, confiram-se os seguintes julgados deste Regional: ADMINISTRATIVO. SUPRESSÃO. VPNI - IRRED. REM. ART. 37, XV-CF. LEI 11.784/2008. DEVOLUÇÃO AO ERÁRIO. BOA-FÉ DO RECEBEDOR. I. A VPNI em exame começou a ser paga no mês de junho de 2008, momento em que deixou de ser paga a rubrica denominada "COMPLEMENTO SAL. MINIMO - A", conduzindo à conclusão de que fora instituída em substituição ao aludido complemento salarial, em razão da edição da Medida Provisória n. 431/2008, em maio de 2008, convertida na Lei n. 11.784/2008. II. Assim, o pagamento da referida vantagem tinha arrimo no art. 40 da Lei 8.112/90, que estabelecia que nenhum servidor poderia receber vencimento básico inferior ao salário mínimo. Depois, a Lei 11.784/2008 revogou o parágrafo único do referido artigo e passou a inserir o parágrafo 5º do art. 41 do mesmo diploma legal, restando vedado que o servidor público viesse a receber, a título de remuneração, valor inferior ao salário mínimo. III. O servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico, pelo que correta a suspensão do pagamento da referida VPNI, porquanto fundada em dispositivo legal revogado. Ademais, o entendimento do Supremo Tribunal Federal é pacífico no sentido de que "não há infringência ao princípio da irredutibilidade de vencimentos quando preservado o valor nominal dos vencimentos dos servidores, ao ensejo da mudança de cálculo das gratificações que os integram" (STF, AgRg no RE 364.387/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 09/05/2003). IV. "A restituição ao Erário, nos moldes do art. 46 da Lei n. 8.112/90, de valores indevidamente pagos a servidor público, descabe se ele os percebeu de boa-fé, entendida esta como a ausência de conduta dolosa que tenha contribuído para a ocorrência do fato antijurídico, presunção não desqualificada por provas em contrário." (Precedente: TRF5, AC 511447, Primeira Turma, Rel. Des. José Maria Lucena, DJe

13/01/2011). V. Apelações e remessa oficial improvidas. (APELREEX23341/SE, DESEMBARGADORA FEDERAL MARGARIDA CANTARELLI, Quarta Turma, DJE 26/07/2012) ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EXPEDIÇÃO DE RPV. VALORES RECEBIDOS INDEVIDAMENTE. PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ. INCABIMENTO DA REPOSIÇÃO AO ERÁRIO. APELO IMPROVIDO. 1. Observa-se que, in casu, a União Federal busca o ressarcimento de valores pagos a maior, no montante de R$ 18.104,98 (dezoito mil, cento e quatro reais e noventa e oito centavos) aos embargados, tendo o MM. Magistrado sentenciante entendido, em suas razões de decidir que "é presumível a boa-fé dos exequentes quanto ao recebimento das importâncias constantes da aludida RPV" (fls. 330). 2. Contudo, é pacífico na jurisprudência o entendimento de que, constatada a boa-fé do servidor, não devem ser devolvidos ao erário os valores pagos a maior pela Administração Pública, em razão de equívoco na interpretação ou erro a ela imputável 3. Não se aplica, no caso, o art. 46, da Lei nº 8.112/90, que trata das hipóteses de reposição de valores recebidos indevidamente, nos casos de improbidade administrativa ou concessão de vantagens ilícitas, em respeito ao princípio da boa-fé. 4. Ademais, a Suprema Corte (STF) tem chancelado a manutenção do status quo ante, relativamente às verbas percebidas pelos funcionários de boa-fé (RE 80.913-RS; RE 88.110/78-RJ; RE 76.055/73-MA; Reclamação 67.315/73-SP, rel. Min. Aliomar Baleeiro - fls. 66/67). 5. Apelo improvido. (AC541997/AL, DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT, Primeira Turma, DJE 09/08/2012) Vale salientar ainda que a decadência, fundamento em que também se lastreou a decisão que julgou procedente o pleito autoral, não foi sequer combatido pelo ente público em seu apelo, não sendo assim a matéria devolvida a esta Corte, razão pela qual merece ser mantida a sentença a quo. Por tais fundamentos, nego provimento à apelação. É como voto. PROCESSO Nº: 0803860-22.2015.4.05.8100 - APELAÇÃO

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR - 4ª EMENTA ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DEVOLUÇÃO AO ERÁRIO. ABONO DE PERMANÊNCIA. CONTAGEM DE TEMPO FICTÍCIO DEFERIDO ADMINISTRATIVAMENTE. REVISÃO. MUDANÇA DE INTERPRETAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO POR DESCONTOS. OFENSA À SEGURANÇA JURÍDICA. PRECEDENTES. IMPROVIMENTO. 1. Cinge-se a matéria recursal na análise acerca da possibilidade de restituição ao erário através de descontos na remuneração de servidor público, de valores recebidos a título de abono de permanência, o qual restou suprimido em sede de revisão administrativa. 2. Alega o ente público que se trata de erro material, de operação interna da administração, e que, pela supremacia do interesse público e vedação do enriquecimento sem causa, devem os valores ser devolvidos, independentemente de boa-fé do servidor. 3. Entretanto, verifica-se que a situação fática se trata de alteração de interpretação da administração pública acerca da inclusão de tempo fictício na contagem do tempo de serviço, e não de mero erro operacional, uma vez que houve o deferimento administrativo inicial do pedido de abono, levando em consideração o citado período. 4. Cumpre registrar que no tocante à quaestio iuris envolvendo desconto ou repetição de verbas remuneratórias recebidas por servidor e pagas pela Administração por força de erro da Administração, a jurisprudência desta Corte Regional está, reiteradamente, inclinada de forma favorável ao servidor, nas hipóteses em que não restou demonstrado que o mesmo agiu desamparado da boa-fé. Precedentes. 5. Apelação improvida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos do processo tombado sob o número em epígrafe, em que são partes as acima identificadas, acordam os Desembargadores Federais da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em sessão realizada nesta data, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas que integram o presente, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do voto do Relator. Recife (PE), 19 de janeiro de 2016 (data do julgamento). rtp