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Operador: Bom dia, e obrigado por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Positivo Informática para a discussão dos resultados referentes ao 4T08. Estão presentes hoje conosco os senhores: Hélio Bruck Rotenberg, Diretor Presidente; Ariel Leonardo Szwarc, Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores; e Silvia Emanoele de Paula Sewaybricker, Gerente de Relações com Investidores. Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia; em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando maiores instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a áudioconferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Este evento também está sendo transmitido, simultaneamente, pela Internet, via Webcast, podendo ser acessado no endereço www.positivoinformatica.com.br/ri, onde se encontra a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Positivo Informática, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Positivo Informática e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaria de passar a palavra ao Sr. Hélio Rotenberg, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Rotenberg, pode prosseguir. Bom dia a todos. Vamos divulgar os resultados do 4T08. Com certeza, não são os resultados que esperávamos, mas, mesmo assim, tivemos um ano que acaba bem. Queria ressaltar alguns feitos anuais e explicar o estágio que estamos depois que a crise se instalou. Nós aumentamos consideravelmente o market share no final do ano, atingimos 15,6% do mercado total, 29,8% do mercado de varejo, 30% no de governo e 3,7% no corporativo. No corporativo, crescemos 220%, ou seja, aquela nossa meta de começar a vender no corporativo está se consolidando. Nós batemos recordes históricos de faturamento e de número de unidades vendidas, 1,6 milhão de unidades vendidas e R$2,3 bilhões de faturamento. 1

Apesar do último trimestre, o ano teve um crescimento de 15,5% em unidades vendidas, 98% a mais em notebooks, 86% a mais no governo e 147% a mais no corporativo. Na página seguinte, algumas considerações importantes, que continuamos sendo a marca mais reconhecida no Top of Mind, terceiro ano consecutivo, consolidando nossa liderança. Nós fomos eleitos a empresa que mais respeita o consumidor pela TNS em nosso segmento; nós consolidamos as fábricas de placas de placas-mãe em Curitiba e monitores em Ilhéus; Manaus está funcionando como queríamos. Então, tudo o que havíamos planejado há cerca de um ano, está absolutamente consolidado. Sobre o mercado de computadores, na página seis, lembrando um pouco do nosso mercado, tentar lembrar as coisas boas, a despeito dessa crise que se instalou, que imaginamos que seja passageira; não sabemos em quanto tempo ela passa, mas imaginamos que irá passar. Então, não podemos esquecer que o Brasil é o quinto mercado mundial de computadores, estava no caminho para ser o terceiro, e acredito que deva ser o terceiro em poucos anos. Faz quatro anos que somos líderes absolutos no mercado. Convém sempre ressaltar esse feito. Não existem outros países de destaque no mundo em que uma empresa local vence as multinacionais; aqui, nós continuamos com essa liderança, uma liderança folgada, e fazendo nosso trabalho para mantê-la. Então, o market share no 4T08, atingimos 15,6%, a segunda empresa, 9,2%, a terceira, 7,3%. No mercado oficial, expurgando o famoso grey market, que hoje se transforma em contrabando de notebooks, é o grey market com pequenas modificações, nós atingimos 23,6% do mercado. 13,6% no anualizado; continuamos muito bem, vendendo só no Brasil, em relação à América Latina como um todo, somos o nono no mundo em desktops e décimo quinto em notebooks, vendendo só no Brasil. Esta página sete, talvez eu considere a mais importante da apresentação, onde eu tento explicar o que aconteceu no último trimestre, por que ganhamos market share, por que o nosso lucro não foi bom, por que o nosso EBITDA caiu, por que as vendas caíram. Quais são as bases do crescimento desses últimos anos, desse crescimento estrondoso do mercado de terceiros no Brasil? A queda do preço, ou seja, os computadores se tornaram baratos pela desvalorização do USD; o aumento do crédito, com a entrada do varejo e com abundância de crédito às pessoas físicas; e o aumento de renda da classe C, que permitiu que essas famílias que tinham o desejo de comprar seu primeiro computador, o fizessem. Então, nós tivemos um crescimento médio anual de 27,6% de 2003 a 2007. E o que aconteceu no último trimestre? Nós imaginávamos 25% de crescimento no último trimestre em relação ao ano anterior; o IDC, em janeiro, projetava 36,8% de crescimento, e o mercado decresceu 16,8%. Ou seja, houve um freio enorme. Ele vinha crescendo, cresceu 22% no 3T e de repente cai 17%. Por quê? Motivo um: restrição de crédito ao consumidor. A crise se abateu, a crise real e a crise psicológica. Os varejistas restringiram crédito, os varejistas tiveram dificuldade de captação, o mercado teve dificuldade de captação. Houve uma menor 2

confiança do consumidor, que também não foi comprar; mas mesmo os que iam comprar não tinham crédito aprovado. Uma desvalorização cambial abrupta: passamos de R$1,60, R$1,56, que era o mínimo, para R$2,40 em 45 dias. Não víamos isso desde 2002, antes da eleição do Lula. Uma coisa muito rápida. Mesmo a apreciação do Real foi muito mais lenta ao longo dos quatro anos; nós tivemos 50% de desvalorização muito rápida. Lembrando sempre que os nossos insumos, em sua grande maioria, são dolarizados. Uma abundância de LCDs pelo mundo, os mercados pararam de comprar, despencaram os preços e o produto da vez no Natal, que era para ser o computador, passou a ser a televisão. Televisões de R$1.400, R$1.500, no preço do computador; a televisão foi a bola da vez nos presentes de Natal, embora nós não quiséssemos isso. E convém ressaltar nesse cenário a dificuldade dos players pequenos no mercado nacional, dificuldades maiores que a nossa, só para tentar dar um cenário total. O que nós fizemos? O que aconteceu com a Positivo Informática? Nós estávamos super estocados no final do ano. Por quê? Porque nós havíamos comprado para um crescimento de 25%, e nós decrescemos 10% em número de computadores vendidos. Passamos a ter quase três meses de estoque, porque as compras foram feitas em julho/agosto. Quando compramos para o Natal, tem que vir de navio, tem que ser produzido, tem uma série de compromissos assumidos que não podem mais ser cancelados. Evidentemente, quando notamos a crise, suspendemos de imediato todas as compras. Mas tivemos que nos preocupar em fazer dinheiro. Nossa maior preocupação, a partir de outubro de 2008 até agora, foi constituir reserva de caixa, e o fizemos de maneira muito consistente, tanto é que hoje encerramos o trimestre sem dívida. Vamos encerrar o 1T09 sem dívida. Adequamos nossa estrutura para esse novo patamar, e isso não é feito da noite para o dia. Estamos fazendo as readequações necessárias, tanto na parte fabril quanto na parte administrativa, mas não queremos fazer a readequação à custa de não poder crescer mais. Estamos fazendo o mínimo de readequação possível, mantendo a estrutura básica da Empresa, para retomar o crescimento quando essa crise o deixar. Temos solidez financeira. Captamos dos próprios controladores; tínhamos essa opção de captar do próprio controlador, o que foi muito bom, que nos deu segurança, e já quitamos tudo nesse 1T09. Começamos a fazer promoções, tentamos aproveitar todas as oportunidades de mercado das empresas que ficaram mais frágeis, tanto é que ganhamos muito share, 6,5% de share em um trimestre, é muita coisa. Lançamos uma promoção agora, no 1T09, chamada Viva Melhor com Positivo, com premiações, para desovar o nosso estoque e ocupar os espaços, e estamos indo muito bem nisso. E esse relacionamento com o varejo, conhecimento do mercado que temos nesses anos de liderança, e principalmente a solidez da marca, nos permitiram esse ganho de share. 3

Na página oito, falando um pouco dessa liderança, os 29,8% de share, a segunda com 12,4%, ou seja, 2,4x mais que o segundo colocado, 3,4x maior que o terceiro colocado; ou seja, ocupamos no varejo todos os espaços possíveis, e, sem dúvida, essa nossa solidez permitiu isso. Na página nove, contando um pouco de por que estamos com essa posição sólida, fomos os primeiros a lançar netbooks, a onda do momento no mundo, os netbooks, os computadores ultra-portáteis. Nós fomos os primeiros a lançar, em maio; a segunda colocada lançou em agosto/setembro. Tivemos uma vantagem muito grande, e hoje temos uma linha completa de Mobos, a nossa linha de Mobo, que são os notebooks, que vão de R$799 a R$1.699, ocupando todos os espaços. Lançamos agora o Mobo 3G junto com a Vivo, no varejo; lançamos um produto sensacional, chamado Faces, fruto de muita pesquisa, desenvolvido junto com uma das maiores empresas de design do mundo, que é um desktop personalizável. Nós notamos que as famílias que compram o primeiro computador deixam no centro da sala, então elas podem deixar com a cara que quiser. Vai um software junto, para tirar foto dos filhos e personalizar o computador com a foto da família, com a foto dos filhos. Está fazendo um sucesso único. Lançamos o PC-Okê, lançamos a linha do Pc da Família, na área de notebooks, a linha Black Piano, que fez um sucesso enorme. Acho que fomos muito bem na área de produtos ao longo de 2008. Na página dez, no governo, a nossa liderança se consolidou. Entregamos 86% a mais que em 2007, 319.000 computadores, e entramos em 2009 com uma posição confortável de venda; já temos vendidos 285.000 PCs. Entre eles, cito como exemplo 171.000 PCs e 323.000 monitores, porque é um PC com três monitores para o Ministério da Educação, que começamos a entregar daqui a um mês, dois meses, e será entregue ao longo do ano, talvez uma parte fique para 2010. Ganhamos agora o Notebook do Professor, em São Paulo, com previsão de entrega de até 80.000 notebooks; não deve chegar a isso, porque os professores têm que escolher, e acreditamos que fique em torno de 40.000 a 50.000. Ganhamos o Notebook do Professor também em Brasília, são 28.000 notebooks; em Pernambuco, vendemos cerca de 7.000 notebooks para professores, ou seja, temos aproveitado muito bem a moda de notebooks para professores. Ganhamos o FDE em São Paulo, que é uma licitação de locação de computadores pela primeira vez, uma licitação grande de locação; são cerca de 50.000 computadores a serem entregues ao longo do ano. Ou seja, temos uma posição bastante sólida em governo em 2009. E existem previsões de novas licitações: 250.000 para o Ministério da Educação, 150.000 notebooks para o IBGE, 220.000 PCs para o MINICOM, Ministério das Comunicações. No corporativo, acho que fomos muito bem porque nós colocamos como meta fortalecer isso ao longo de 2008, e realmente o fizemos. Ultrapassamos 100.000 PCs vendidos, estamos hoje com cinco distribuidores para SMB e temos uma marca, 4

Positivo Empresas, muito bem consolidada nesse mercado, atingindo 2,5% de share, ainda com muita chance de crescimento. Temos uma incógnita muito grande de como o mercado corporativo vai reagir este ano. Talvez seja o que mais sofra com a crise, mas não sabemos ainda se as compras estão represadas ou se realmente não irão ocorrer. Passo a palavra para o Ariel, nosso Vice-Presidente Financeiro, para apresentar os números de venda e de lucratividade. Ariel Leonardo Szwarc: Obrigado, Hélio. Bom dia. Quero lembrar a todos que os dados estão sendo apresentados em formato comparável com aqueles apresentados até o 3T, e encontram no site e no press release a reconciliação com os dados finais, com as novas normas contábeis. No que tem a ver com o top line, registramos no ano de 2008 um recorde de 1,6 milhão de computadores, como falou o Hélio, 15% de crescimento; no 4T tivemos uma redução de 8% no volume; no que tem a ver com notebooks, 35% de crescimento no trimestre, quase 100% no ano; desktops, tivemos uma redução no 4T, 22%, e no ano ficou essencialmente flat. A evolução do mix continuou crescendo no que tem a ver com notebooks, tendo atingido 35%. Na página 15, podemos ver a evolução da receita, que já temos compartilhado há aproximadamente um mês e meio, e agora são os dados finais auditados. Houve pequenos ajustes; é importante salientar o crescimento no ano de mais de 9%, o 4T com uma redução de 7%. No que tem a ver com o mix de produtos, podem ver que houve um crescimento ainda maior de notebooks, que foi para cima de 38%. A receita líquida acaba indo no mesmo sentido que a bruta, 5% de redução no trimestre, 12% de crescimento no ano. Notem que hardware corporativo já atinge 8% do faturamento total. Ariel Leonardo Szwarc: Um número realmente significativo. Governo, 18%. Ou seja, realmente estamos capturando todas as oportunidades, estamos muito focados nesses dois segmentos. Continuando com a análise que estava indicando o Hélio, da evolução do mercado, na página 16 podemos ver o que aconteceu com os preços. Inicialmente, tivemos um crescimento em Reais, tivemos a necessidade de transladar os preços, os aumentos que tivemos nos custos, mesmo tratando-se de um momento extremamente complicado do mercado para aumentar preços. Isso permitiu que parcialmente pudessem ser repassados. Então, naquela guerra de preços, podíamos fazer um repasse, porém, só parcial e gradativo de aumento dos custos aos preços. 5

Os efeitos nos níveis globais de estoque nos estão dando algumas oportunidades pontuais de custos de reposição mais baixos, mas sabemos que se trata também, globalmente, de uma indústria extremamente dinâmica. A nossa expectativa é de que vamos terminar de normalizar todos os estoques e preços até o final do 2T09. Já no 1T09, temos uma boa redução no nível de inventário, baseado nas reestruturações das compras que fizemos no final de 2008; se começa a ver resultados significativos. No 4T08, se viu uma parada muito importante no nível de compras, então houve um reflexo parcial ainda no 4T; para frente, vamos continuar vendo aquela tendência. Além de toda essa queda de demanda e todo esse aumento de estoques, realmente fomos muito bem-sucedidos. Todas as promoções que foram efetuadas, que estão sendo efetuadas, a solidez financeira, todo o relacionamento com o varejo são realmente pontos muito fortes, que colaboraram para esse significativo ganho de market share no 4T08, que, estimamos, irá se consolidar no 1T09. Tudo isso nos está permitindo reduzir os inventários. Eu só queria salientar, porque não salientei com toda a clareza, que quem estava estocado não éramos só nós, todo o mercado estava estocado. Isso que não permitiu esse repasse total de preço ao consumidor final, ao varejista, porque como estava todo mundo estocado, todo mundo estava precisando de caixa, foi uma guerra de preços muito grande no trimestre, que continuou nesse início de ano. Agora que vemos um céu azul, estamos conseguindo voltar ao preço normal da mercadoria. Ariel Leonardo Szwarc: Na página 18, podemos ver a evolução do CPV e dos insumos. Especificamente, lembremos que 97% da matéria-prima que compramos é atrelada ao USD, e no 4T08 contra o 3T08, o USD na internalização aumentou 31%. Esse foi o aumento de custos em tudo o que foi internalizado. Podemos ver um reflexo parcial deste aumento na diminuição da margem bruta, que foi para 23,5%. Fizemos precificação de novo, obviamente não foi possível transladar todo este aumento. E no que tem a ver com lucro bruto, fechamos o ano com R$567 milhões, um crescimento de 4%, um número realmente fantástico, considerando a situação de mercado do 4T. Já no 4T, fechamos com R$124 milhões. Na página 19, podemos ver a evolução de outras linhas. No que tem a ver com as despesas de marketing, estão estabilizadas na faixa de 7,6%; dentro das despesas de marketing estamos totalmente estabilizados e até teremos algum tipo de redução para frente. Porém, temos que entender que estamos fazendo importantes investimentos no que tem a ver com as promoções. O restante das despesas com vendas, temos um aumento nas comissões, mas isso tem a ver com o mix de vendas, que está mais para varejo, em patamares totalmente normais, e as despesas com assistência técnica, que tem voltado ao nível normal de 3,3%, um pouco menor que no passado. Lembremos que no 3T08 fizemos um ajuste nas provisões, tínhamos antecipado que ia voltar para este nível. 6

No que tem a ver com as despesas de estrutura, de G&A, elas tinham sido montadas também para suportar o crescimento de volume que tínhamos falado antes. Como disse o Hélio, tomamos medidas, continuamos reestruturando, porém, não queremos destruir essa estrutura, para podermos estar prontos para quando haja a retomada do mercado. De todo modo, estamos ajustando. Vamos saber a reflexão disso no 1T09 e no 2T09. Na página 20, podemos ver o impacto no EBITDA pelo excesso de inventário que havia no mercado como um todo. Obviamente, não foi possível repassar todo o aumento do USD aos preços. A margem líquida foi afetada pelo resultado financeiro negativo por conta da variação cambial nas contas a pagar em USD. Além disso, tivemos captações no período. Nós tivemos uma perda parcialmente compensada por cobertura de hedge, e no que tem a ver com o custo financeiro, já no 1T09 os empréstimos foram totalmente quitados, pelo que teremos uma redução significativa desse custo para frente. Na página 21, no topo podem ver que a geração operacional de caixa do ano foi de R$64 milhões. Especificamente no 4T, foi um prejuízo de R$34 milhões, totalmente normal, vinculado ao aumento de capital de giro, da sazonalidade do nosso negócio. Mesmo assim, poderia ter sido melhor, se não tivéssemos ficado com níveis tão elevados de inventário. Onde está sendo realizado esse inventário e a geração de caixa, como falamos, é no 1T. Lembremos também que, dentro dos valores de movimentação de caixa, tivemos pagamentos de dividendos de R$63 milhões, e investimentos em CAPEX de R$70 milhões. Na página 22, podemos ver a evolução dessa dívida líquida. A integração dos R$80 milhões incluem R$50 milhões com controladores, R$49 milhões com bancos e R$20 milhões de caixa. Os R$100 milhões de dívida foram todos pagos no 1T09. Na página 23, podemos ver a evolução do capital de giro. Como tínhamos antecipado, os estoques tiveram crescimento por ter menores vendas que o planejado. De novo, todo o nível de inventário está sendo readequado já no 1T09, vai continuar no 2T09. O contas a receber tem um comportamento totalmente normal, tivemos cobranças muito boas de governo, como estávamos esperando, e estão totalmente normais as cobranças no varejo, nossa carteira é extremamente sadia. No que tem a ver com contas de fornecedores, é a evolução normal dos ciclos, dependendo de quanto estou comprando no final do ano; justamente, houve uma redução no final do ano. O ciclo de conversão de caixa ficou um pouco acima dos 96 dias de média que tivemos. Estamos voltando para esse nível nos próximos trimestre. Página 24, com referência a todos os investimentos. Nós tínhamos dado uma estimativa de R$72 milhões, fizemos alguns cortes já no final do ano, para proteger o caixa, fechamos com R$70 milhões. Porém, em nenhum momento queremos danificar investimentos que consideramos prioritários, como aqueles que são estratégicos para 7

captura de eficiência, como a implementação do novo sistema de ERP. Além disso, obviamente temos que fazer os investimentos em compliance, em P&D, para obter os benefícios do PPD. Por causa disso que, para 2009, estimamos R$41 milhões de investimento. Uma redução bastante significativa, justamente para proteger nosso caixa. As plantas de Ilhéus e Manaus estão funcionando normalmente, estamos obtendo os ganhos que estávamos esperando; estão indo muito bem as fábricas de placas, onde já começamos a produção de placas para notebooks no 1T09. Estamos cumprindo com o plano. Página 25, para fechar, mercado de capitais. Estamos com uma cotação que só baixou 1% no 4T, bem melhor que o comportamento do Ibovespa. Faremos uma proposta na próxima Assembléia, de distribuir R$17 milhões além daqueles R$24 milhões que já temos distribuído como antecipação, o que daria um dividend yield de 6,9% sobre a cotação que se tinha, de R$6,90, no fechamento do ano. A quantidade média diária de ações, o volume diário realmente teve um crescimento expressivo contra o 3T. Queremos aproveitar a oportunidade também para indicar, para compartilhar que recebemos a premiação como Best Financial Disclosure em escala mundial para empresas de TI, superando até a Intel e a Microsoft, de acordo com o IR Global Ranking. Gostaríamos de agradecer a presença de todos, e estamos disponíveis para a sessão de perguntas e respostas. Gustavo Oliveira, Citigroup: Bom dia a todos. A pergunta é em relação aos ajustes que vocês estão fazendo nos estoques, vocês comentaram bastante sobre as promoções. Teria o mesmo impacto, ou semelhante, para a margem EBITDA, talvez para o 2T ela deva ficar mais ou menos em linha com a do 4T08? É assim que vocês enxergam? Ou esse risco pode ser maior ou menor? Bom dia, Gustavo. Nós não temos ainda o 1T09 fechado, e dentro da nossa política de não-guidance, o que eu posso dizer é que os estoques continuaram altos no 1T, não só nossos como de toda a concorrência. Ainda não apuramos, mas provavelmente tenhamos alguma deterioração de margem EBITDA nesse 1T. Eu acredito que no 2T09 comecemos a melhorar, e voltemos às margens normais somente no 3T09. Gustavo Oliveira: OK. Vocês comentaram também que vocês cancelaram partes das compras que foram feitas para vendas no 4T08, se eu entendi bem da forma que vocês explicaram. Quando vocês acreditam que terão que repor estoques, ou fazer novas compras? Já seria agora, ou não? 8

As compras já começaram a ser feitas em janeiro, porque elas são desequilibradas. As compras aéreas, por exemplo, conseguimos cancelar mais, então começamos a comprar antes o aéreo que o marítimo, mas mesmo o marítimo, em fevereiro já teve encomendas; barebones e notebooks, já começamos a comprar nos volumes normais, por exemplo. Então, as vendas não foram homogêneas no último trimestre, algumas coisas acabaram antes das outras. Então, algumas coisas ficaram mais estocadas, nós não estamos comprando ainda, e outras coisas já estão com compras normais. Gustavo Oliveira: OK. E tem algum hedge? Vocês estão hedgeando o USD? Como está sendo feito? Estamos trabalhando com uma posição bastante conservadora de hedge. Tudo o que a gente precifica e vende está protegido. Com muito medo, também, de comprar um hedge de mais longo prazo, porque não sabemos se vem uma baixa também. Se tivéssemos hedgeado a R$2,40, com o USD a R$2,24 de hoje, já teríamos ficado sem competição. Então, é muito difícil saber o que proteger. A filosofia que adotamos foi proteger aquilo que já está vendido ou já precificado, nada mais que isso. Gustavo Oliveira: Correto. A última pergunta, em relação às vendas para o governo, que vocês estavam falando muitos números. Qual é a estimativa de vendas e entregas para o ano para o governo? Deve ser boa, talvez suplantar o ano passado. Mas existem muitas incógnitas ainda com relação a novas licitações, porque não sabemos como vai ficar o orçamento do governo, se realmente tudo o que está proposto para ser efeutado será efetuado. O que nós temos real são essas 171.000 máquinas, que devemos entregar cerca de 80% disto este ano; dos 80.000 notebooks para professores, acreditamos que entregamos uns 50.000, e mais 40.000 a 50.000 para o FDE. Essas são as coisas reais que devem acontecer, e não sabemos dos novos processos; o que virá e o que não virá, efetivamente. Luciana Leocadio, Ativa Corretora: Bom dia. Acho que nos números do 4T08, realmente vimos que o mercado deteriorou rapidamente no segmento de computadores. Eu queria saber se vocês podem fazer algum tipo de previsão, ou falar de expectativas de consultorias em relação a vendas para 2009. E eu queria saber também se vocês podem traçar algum paralelo com o passado, olhando números um pouco mais antigos; como foram as vendas da Positivo em 9

momentos de desvalorização rápida do Real? O que aconteceu com margens, o que aconteceu com vendas? Bom dia, Luciana. Previsão sobre a crise é a previsão mais difícil que existe hoje. Os institutos de pesquisa não projetam mais nada; eles projetam, mas o grau de confiabilidade hoje é muito ruim. O que vai depender muito é a volta desse crédito e um pouco da estabilização da economia. A gente não sabe quanto desemprego vai acontecer no Brasil e quanto isso vai afetar no mercado, é muito difícil prevermos. O que eu posso lhe dizer é que as vendas no 1T09, dentro desse novo patamar, estão bastante estáveis; deste novo patamar um pouco menor do que 2008. Elas estão nesse patamar na venda de varejo e fixa; governo vendemos mais, e corporativo um pouco menos. Não sabemos como vai ficar, tem semanas que vão muito bem e tem semanas que não vão também. Então, há uma incógnita grande. Eu acredito que se a economia realmente voltar a crescer, retoma muito rápido o computador. É uma questão da percepção da economia como um todo. Ela começou a crescer, o computador vem de uma vez, porque em todas as pesquisas que fazemos, vemos que continua uma vontade muito grande de compra. Se você pergunta para 75% das famílias que não têm computador na classe C, todas querem ter. Então, a vontade de compra continua. Melhorando um pouco o crédito, parando o desemprego, eu acredito que a gente comece a crescer de novo. Mas temos algumas semanas já de março apontando um não-decrescimento em relação ao ano passado, que já ficamos muito felizes; isso no varejo. E o governo, muito bem. Com relação à desvalorização cambial, ela não afeta a venda, porque acabamos fazendo outras configurações. Perdemos um pouco de margem no início, porque você não consegue repassar tudo ao mesmo tempo. Então, não é uma questão de onde o câmbio vai ficar, o problema é ter uma estabilidade de câmbio. Se ele se estabilizar na faixa de R$2,30, vamos conseguir repassar normalmente as margens, porque o mercado equilibra, e vai haver configurações apropriadas para todas as classes sociais. Claro que se ele desvalorizar muito mais e for para R$2,50, R$2,70, R$3, nós teremos dificuldades no entry-level. Mas nós continuamos conseguindo um computador de R$799 no mercado, por exemplo; nós continuamos tendo notebooks na faixa de R$1.300/R$1.400. Então, o consumo continua sendo não-prejudicado pela desvalorização cambial. Luciana Leocadio: OK. Só para esclarecer, quando você fala em vendas estabilizadas, podemos falar de primeiro mês e segundo mês de 2009 em relação a 2008, ou em um patamar já mais baixo do que o que foi observado em janeiro e fevereiro de 2008? 10

Eu tentei dar o máximo de informação que eu posso sem lhe dar um guidance absoluto. Dentro de um patamar um pouco menor, está estável. Isso não quer dizer que no 1T09, compensando governo e tudo, consigamos atingir as vendas do 1T08. Luciana Leocadio: OK. E uma segunda pergunta, só um follow up em relação à questão da desvalorização: no patamar de R$2,30, então, o USD se estabilizando, vocês acham que é possível concluir o repasse cambial para o preço final do produto de vocês e conseguir retornar ao nível de margem que observamos anteriormente, de 12%, 13% de margem EBITDA? Pela primeira vez, falando um pouco de margens futuras, coisa que não é nosso hábito, mas decidimos por falar, o que estou dizendo é o seguinte: a margem do 1T09 está muito afetada por um excesso de estoques de todos os competidores, inclusive nosso. No 2T09, deve começar a voltar à normalidade, ainda com um pouco de excesso de estoques, e eu acredito que no 3T09 voltemos às margens normais, porque não vai ter mais ninguém estocado. Já notamos agora, nesse final de março, uma regularização no preço. Claro que a margem normal sem considerar ganhos cambiais; lembrando sempre que quando o USD baixa, a gente ganha dinheiro com isso, 2 p.p. a 3 p.p.. A gente sempre disse isso, que estávamos ganhamos um pouco pela baixa do USD. Claro que se ele voltar a baixar, se ele tiver uma trajetória descendente, ganhamos um pouco mais, mas se estabilizar em R$2,30 e ficar relativamente constante aí, acreditamos que volte às margens normais, sem aqueles 2%, 3% do ganho cambial. Luciana Leocadio: OK. Obrigada. Allan Cardoso, Ágora Corretora: Bom dia a todos. Na verdade, basicamente tudo o que eu tinha em mente foi respondido, ficou apenas um último ponto: no press release é comentado que a Companhia continuará efetuando alguns ajustes nas despesas gerais e administrativas, para se adequar ao novo patamar de vendas. Tem como quantificar isso um pouco melhor? Que tipo de redução podemos esperar, e quando, nesses ajustes? Ariel Leonardo Szwarc: Bom dia, Allan. Deixe-me dar um par de exemplos concretos: nós tínhamos uma previsão de fechar o ano com 4.300 funcionários ao todo; não estou falando especificamente de G&A, estou falando no total. De 4.300, terminamos o ano com 3.800. Ou seja, aquelas medidas que nós já podíamos ir tomando à medida que víamos que a crise estava instalada no Brasil, obviamente fomos tomando. Inclusive, este número de 3.800 inclui 200 funcionários que reaproveitamos para a fábrica de placas de notebook, que começou a operar agora, em janeiro e fevereiro de 11

2009. Então, até como se fosse um número comparável, tivemos uma redução expressiva de quase 700 funcionários. Este é um exemplo que posso lhe dar. Não podemos agora, neste momento, dar uma indicativa de onde vai ficar o G&A, o que podemos dizer é que estamos reduzindo. Allan Cardoso: Perfeito. Muito obrigado. Luciana Leocadio, Ativa Corretora: Eu tenho mais uma pergunta, em relação a investimento: o que vocês têm programado para 2009? Ariel Leonardo Szwarc: Especificamente, na parte de CAPEX, Luciana, o que estamos fazendo é prosseguir com a implementação do ERP, que vai ter o go life no 4T09. Além disso, estamos com uma parte de P&D que tem que ser feita, que representa a parte mais significativa. Depois, temos outros projetos, mas são menores, são realmente investimentos estratégicos. Um exemplo: completar tudo o que for necessário para poder rodar a nova verticalização de placas-mãe de notebooks. Fora isso, estamos parando, veja que estamos indo a um nível que é quase a metade do ano de 2008, justamente porque estamos privilegiando o caixa. Luciana Leocadio: Este patamar de R$41 milhões, então, podemos considerar quase como um nível de manutenção de vocês? Ariel Leonardo Szwarc: Depende. Na realidade, a metade deste valor tem a ver com a implementação do ERP. O ERP, uma vez implementado, também precisa de uma manutenção, mas não desse nível. E o go life desse ERP deve acontecer em outubro deste ano. Luciana Leocadio: OK. Obrigada. Operador: A sessão de perguntas e respostas está encerrada. Gostaria de passar a palavra para a Companhia, para suas considerações finais. 12

Queria agradecer a todos, levando uma mensagem de otimismo. Acho que a Administração da Empresa foi muito bem; ganhou share, conseguimos capturar todas as oportunidades, decresceu o mínimo que podia, e vamos retomar o crescimento tão logo ele aconteça. Acredito que vamos acabar o ano de 2009 bem, com lucro e com preservação de caixa. Muito obrigado. Operador: O conference call da Positivo está encerrado. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. "Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 13