HEPATITES VIRAIS. Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS

Documentos relacionados
HEPATITE A. Doença viral aguda. Manifestações clínicas variadas. Fulminante (menos 10% casos) Piora clínica de acordo com idade

HEPATITES VIRAIS. Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS

Briefing hepatites. Números gerais da Hepatite casos confirmados

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant

VAMOS FALAR SOBRE HEPATITE

Universidade Federal de Mato Grosso Professora Andréia Ferreira Nery Médica Infectologista

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Febre amarela. Alceu Bisetto Júnior. Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES SOROLÓGICOS DAS HEPATITES VIRAIS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2002 A 2006

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009

Diagnóstico laboratorial das hepatites virais. Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes

Hepatites. Introdução

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

Caio Werneck nº 04 Gabriel Schmidt nº 13 Gabriel Lira nº 14 George Peter nº 15 Lucas Begni nº 23 Rafael Gonçalves nº 31 Paulo Tiago nº 28

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Co-infecção HIV/HBV. Quando e como tratar?

O fundamental é saber fazer o diagnóstico das hepatites: é B crônica? É C aguda? É A curado? Entender a sorologia é muito importante.

Hepatites Introdução as hepatites virais constituem um importante problema de Saúde

Diagnóstico e Tratamento das Hepatites Agudas na Gestação

HEPATITES. Prof. Fernando Ananias HEPATITE = DISTÚRBIO INFLAMATÓRIO DO FÍGADO

[LEPTOSPIROSE]

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

Curso Preparatório para Residência em Enfermagem Hepatites Virais. Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc

OS-SantaCatarina. Um novo modo de pensar e fazer saúde. COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI

NOTA TÉCNICA 12/2014 DIVEP/SVS. Assunto: Definição e atualização internacional de casos.

Enfermagem auxiliando na prevenção da Hepatite B

HEPATITE B - Anti HBs

HEPATITE B: aspectos gerais*

NOTA TÉCNICA NT 01 / DVDTV / /01/2016 DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA

Suely Gonçalves Cordeiro da Silva - Bióloga Laboratório de Sorologia e NAT Serviço de Hemoterapia INCA Hospital do Câncer I Rio de Janeiro

HEPATITE B e HEPATITE C

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

Hepatite A. Género Hepatovírus, Família dos Picornaviridae

HPV Vírus Papiloma Humano. Nome: Edilene Lopes Marlene Rezende

Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN

FUNÇÃO HEPÁTICA. Msc. Danielle Rachel

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7. Profª. Lívia Bahia

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C

FOLHA DE DADOS DE SAÚDE PÚBLICA

O QUE É HEPATITE? QUAIS OS TIPOS?

Vírus Hepatotrópicos A B C D E G TT SEN V -

Microbiologia Vír í u r s

O HPV é um vírus que ataca homens e mulheres. Existem mais de 200 tipos diferentes de

AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS DE FOZ DO IGUAÇU AVENIDA PARANÁ Nº1525 POLO CENTRO- CEM TELEFONE/FAX: (45)

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

deu zika? não abrigue esse problema na sua casa

Encerramentos de Casos de Hepatites Virais no SINAN. Lucia Mardini DVAS

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA NÍVEIS DE PREVENÇÃO I - HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

Hepatites Virais. Carmen Regina Nery e Silva agosto 2011 Regina.nery@aids.gov.br

ABORDAGEM CLÍNICA DAS ARBOVIROSES EPIDÊMICAS E HIPERENDÊMICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DENGUES TIPO 1 A 4, CHIKUNGUNYA E ZIKA

Recomendações da vacinação contra febre amarela, após a declaração da Organização Mundial da Saúde.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006

HEPATITE C: COMPREENDENDO A PATOLOGIA. Cassia Maria Santos Teixeira¹, Paulo José Abruceis², William Diego Ciconha³

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

História Natural da Doença

EBV - Sumário. José Miguel Azevedo Pereira - Virologia Teórica. Características morfológicas e estruturais. Características clínicas (MNI, linfomas)

INSUFICIÊNCIA RENAL NO TRATAMENTO DAS HEPATITES B e C CLÁUDIO G. DE FIGUEIREDO MENDES SERVIÇO DE HEPATOLOGIA SANTA CASA DO RIO DE JANEIRO

MANEJO CLÍNICO DE PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE

Alexandre Naime Barbosa MD, PhD Professor Doutor - Infectologia

Hepatites Virais. O Brasil está atento

Relevância. Grupos / Fatores de Risco. Como lidar com a intolerância medicamentosa no esquema com IV drogas?

Qual é a estrutura típica de um vírus?

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da

Vacinação e sistema imunológico. Maria Isabel de Moraes Pinto Disciplina de Infectologia Pediátrica Universidade Federal de São Paulo

Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb.

HEPATITE VIRAL: ANÁLISE DA SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS NA REGIÃO AFRICANA. Relatório do Secretariado. ÍNDICE Parágrafos ANTECEDENTES...

HEPATITES O QUE VOCÊ PRECISA SABER

TEXTO COMPLEMENTAR. Índice de siglas

HEPATITE B INTRODUÇÃO À PATOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO HOSPITAL DE CLÍNICAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

vacina hepatite B (recombinante)

ALERGIA INTOLERÂNCIA ALIMENTAR. Laíse Souza. Mestranda Programa de Pós Graduação em Alimentos e Nutrição PPGAN / UNIRIO

1 INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL... 5

INFLUENZA A (H1N1) Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da

Qual é a função do cólon e do reto?

Afinal, o. que é isso

Resultados de Exames. Data do Exame: 16/04/2015. GASOMETRIA VENOSA Método: Potenciometria/Amperometria/Espectrofotometria

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Imunizações e Rede de Frio

Diagnóstico Imunológico das Hepatites Virais

Capacitação para a realização do teste rápido Alere para diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina (LVC)

Protocolo de Encaminhamentos de Referência e Contra-referência dos Ambulatórios de Gastrenterologia.

INFORME EBOLA (10/10/2014)

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

Filariose Linfática. - Esses vermes, chamados de filarídeos, não são geo-helmintos. Eles precisam de um vetor (mosquito) para completar seu ciclo.

CASO CLÍNICO 15. Qual é o diagnóstico mais provável? Hepatite aguda, infecção viral ou lesão tóxica, possivelmente exacerbada por uso de paracetamol.

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral

Patogenia das Infecções Virais

Testes sorológicos de triagem para componentes hemoterápicos.

ENSAIOS IMUNOLÓGICOS NAS ENFERMIDADES VIRAIS ANTICORPOS MONOCLONAIS GENÉTICA MOLECULAR CITOMETRIA DE FLUXO

Transcrição:

HEPATITES VIRAIS Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS

HEPATITES VIRAIS 400 a.c. Hipócrates: icterícia epidêmica 1.885 Transmissão via parenteral Lurman (Bremen Alemanha) 1.947 Hepatite A: Icterícia infecciosa Hepatite B: Icterícia de soro homólogo

HEPATITES VIRAIS 1.968 Antígeno Austrália (HBsAg) em soro de pacientes com hepatite B. 1.970 Dane detecta o vírus da hepatite B pela microscopia eletrônica. (partícula de Dane) 1.972 Bancos de sangue: triagem para HBsAg. * Identificado novo tipo de hepatite pós-transfusional. (hepatite não-a e hepatite não-b)

HEPATITES VIRAIS 1989 Hepatite não-a e não-b (pós-transf.) Hepatite C (HCV) 1990 Bancos de sangue: triagem para HCV 1998 Vacina contra hepatite B é introduzida no Programa Nacional de Imunização.

HEPATITES VIRAIS Manifestações clínicas: p Icterícia p Urina marrom (escura) p Dor à palpação do fígado (a percussão revela aumento do fígado) p Hipocolia fecal

HEPATITES VIRAIS Manifestações clínicas: Fadiga, anorexia, náuseas, mal-estar geral e adinamia. As hepatites virais são doenças de notificação compulsória

HEPATITES VIRAIS

HEPATITES VIRAIS p Aminotransferases = lesão hepatocelular! TGP (transaminsase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransferase).! TGO (transaminase glutâmico-oxaloacética) ou AST (aspartato aminotransferase); p Bilirrubinas no sangue e na urina: metabolismo hepático defeituoso.

HEPATITES VIRAIS Exames de biologia molecular São utilizados para detectar a presença do ác. Nucléico do vírus (DNA para hepatite B e RNA para demais hepatites) Técnicas: Polimerase Chain Reaction ou PCR, hibridização, branched-dna, sequenciamento, Transcription Mediated Amplification ou TMA.

HEPATITES VIRAIS Hemograma: p leucopenia (linfopenia e neutropenia) no início da febre; seguida de p linfocitose e monocitose relativas.

HEPATITES VIRAIS

HEPATITES VIRAIS

HEPATITES VIRAIS Casos confirmados de hepatites virais segundo o tipo e faixa etária, 1996 a 2000

HEPATITE A (HAV) p A principal via de contágio do HAV é a fecal oral, por contato inter-humano ou por meio de água e alimentos contaminados. p A transmissão parenteral é rara, mas pode ocorrer se o doador estiver na fase de viremia do período de incubação. p Incubação: 28 dias Um paciente é contaminante no estágio prodrômico, uma a duas semanas antes da doença clínica.

HEPATITE A (HAV) Manifestações clínicas: p Início abrupto, com febre, mal-estar, anorexia e desconforto abdominal seguido por alguns dias de icterícia e urina escura; p Assintomático (90% a 95%). Duração: regressão em 2 a 3 semanas; Evoluções atípicas: hepatite colestática, hepatite fulminante (1%) hepatite recidivante.

HEPATITE A (HAV)

HEPATITE A (HAV) p Cronicidade: não evolui para hepatite crônica ou estado de portador. p Imunidade: Hepatite A somente 1 sorotipo; resposta imune humoral por toda vida; * Aproximadamente 100% das crianças adquirem imunidade.

HEPATITE A (HAV) Imunodiagnóstico: Anti-HAV IgA: hepatite aguda; Anti-HAV IgG: infecção pregressa; Anti-HAV IgM: confirma infecção pelo HAV.

HEPATITE A (HAV)

HEPATITE A (HAV)

Monitorização de alimentos (frutos do mar) HEPATITE A (HAV) Medidas de controle: Melhoria das condições higiênicas Água limpa (beber, cozinhar, lavar) Condições higiênicas de vida Boa higiene pessoal e de educação

HEPATITE A (HAV) Profilaxia: p Imunização ativa: Vacina anti-hepatite A é realizada em dose única aos 15 meses de idade p Imunização passiva: Imunoglobulina sérica 0,02ml/kg até 2 semanas após a exposição ou em caso de viagem para região epidêmica.

HEPATITE A (HAV) Tratamento: p Sem tratamento antiviral específico; p Terapia visa a manutenção do bem-estar e balanço nutricional; p Repouso e dieta; p Abstinência de consumo de álcool.

HEPATITE B (HBV) AgHBs AgHBc AgHBe (solúvel) DNA dupla fita DNA Polimerase Partícula de Dane

HEPATITE B (HBV)

HEPATITE B (HBV) p Transmissão: Horizontal: sexual, parenteral e por solução de continuidade (pele e mucosas) Vertical: durante o parto p Incubação: 15 a 180 dias

HEPATITE B (HBV) Transfusão (sangue e derivados) Transmissão Agulhas e seringas contaminadas Fluidos (sangue, sêmen) HEPATITE B Materno-fetal Criança para criança Orgãos e tecidos transplantados

HEPATITE B (HBV) Manifestações clínicas p Assintomáticas. p Hepatite ictérica aguda (30%). *Hepatite aguda fulminante com falência hepática. p Hepatite crônica.

HEPATITE B (HBV) O risco de desenvolver hepatite crônica pelo HBV é inversamente proporcional a idade em que foi adquirida a doença. >90% >80% 10-30% <10% ~5% neonato 1 ano 5 anos 12 anos adulto

HEPATITE B (HBV) Marcadores sorológicos - ELISA VHB HBsAg anti-hbs IgG HBcAg anti-hbc IgM total HBeAg anti-hbe

HEPATITE B (HBV)

HEPATITE B (HBV) Hepatite crônica - Estágios p Estágio da Hepatite aguda: Duração: 1 a 6 meses Sintomas leves ou ausentes. TGO e TGP aumentados > 10 vezes. Aparecimento de HBsAg e HBeAg.

HEPATITE B (HBV) A hepatite B aguda se resolve em 90% dos pacientes dentro de 12 semanas com o desaparecimento do HBsAg e o desenvolvimento do Anti-HBs.

HEPATITE B (HBV) Hepatite crônica - Estágios p Estágio de Hepatite crônica: TGO e TGP aumentadas > 50% por > 6 meses, pode durar apenas um ano ou várias décadas. Alguns desenvolvem cirrose e insuficiência hepática (30%). HBsAg e HBeAg presentes.

HEPATITE B (HBV)

HEPATITE B (HBV) Hepatite crônica - Estágios p Estágio de Carreador Crônico Maioria saudáveis e assintomáticos. TGO e TGP próximos a normalidade. HBeAg desaparece e surge Anti-HBe. HBsAg cai, mas ainda detectável. Anti-HBs presente: fim do estágio de carreador.

HEPATITE B (HBV) 10% dos adultos e 90% com infecção perinatal se tornam carreadores crônicos. 25% desenvolvem cirrose Alto risco para ocorrência de hepatoma.

HEPATITE B (HBV) Os carreadores do vírus da hepatite B (HBV) devem ser avaliados periodicamente com a determinação dos níveis de alfafetoproteína e ultra-sonografia ou TC do fígado para detectar um hepatoma, caso este esteja presente.

HEPATITE B (HBV)

HEPATITE B (HBV) p Imunização ativa: * RN de mães HBsAg negativas: vacina contra hepatite B (calendário vacinal). * RN de mães HBsAg positivas: Imunoglobulina humana anti-hepatite B e a primeira dose da Vacina contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida. p Imunização passiva: Imunoglobulina humana anti-hepatite B.

HEPATITE B (HBV) Tratamento: p Hepatite aguda: sem tratamento específico, manutenção do bem estar e balanço nutricional p Hepatite crônica: * Interferon * Lamivudina

HEPATITE D (HDV) p A hepatite D (HDV) é causada por um vírus incompleto que necessita da infecção pelo HBV para a sua expressão e replicação. p Frequentemente, o quadro da hepatite D é grave, apresenta mortalidade elevada na doença aguda e estando relacionado com desenvolvimento de cirrose, no caso de doença crônica.

HEPATITE D (HDV) p Os mecanismos de infecção são semelhantes aos do HBV. Pode ser adquirida pela co-infecção ou pela superinfecção num portador crônico pelo HBV. p A profilaxia da infecção pelo HBV com vacina é a forma mais importante de controlar a infecção pelo HDV.

HEPATITE D (HDV)

HEPATITE C (HCV) Envelope Core Glicoproteínas do Envelope RNA Viral (9400 nt 55 65 nm

HEPATITE C (HCV) Estima-se que cerca de 3% da população mundial esteja infectada pelo vírus da hepatite C. Todos os que receberam transfusão de sangue (antes de 1993) ou seus componentes e os usuários de drogas - cocaína inalada - podem estar infectados. Procedimentos odontológicos, médicos, tatuagem, piercing ou acupuntura também constituem fatores de risco.

HEPATITE C (HCV) As altas porcentagens de cronicidade da doença, seu potencial evolutivo para cirrose e hepatocarcinoma, assim como o fato de ser a mais frequente etiologia diagnosticada em casos de transplante hepático, fazem com que constitua grave problema de saúde pública.

HEPATITE C (HCV) Formas de transmissão da hepatite C Drogas EV 60% Sexual 10% Transfusão 10% Ocupacional 4% Outros 1%* Desconhecida 10%

HEPATITE C (HCV) p Incubação: 14 a 160 dias

HEPATITE C (HCV)

HEPATITE C (HCV) Testes sorológicos Marcadores - Diagnóstico Para o diagnóstico, a determinação do anti-hcv revela-se muito sensível e a confirmação se faz pela determinação do RNA-HCV no sangue; o estadiamento da doença e a avaliação da atividade inflamatória pela biópsia hepática.

HEPATITE C (HCV) Os mecanismos responsáveis pela persistência da infecção pelo VHC não foram ainda elucidados. A existência de quasiespecies e a grande capacidade mutagênica do vírus propiciam o constante escape à intensa resposta imunológica desenvolvida pelo hospedeiro. Assim, cerca de 85% dos indivíduos infectados evoluem para a cronicidade.

HEPATITE C (HCV) A infecção crônica pelo VHC, além de evoluir lentamente, em anos ou décadas, costuma apresentar um amplo espectro clínico, desde formas assintomáticas com enzimas normais até a hepatite crônica intensamente ativa, cirrose e hepatocarcinoma.

0 20-30 Tempo (anos) HEPATITE C (HCV) Infecção Hepatite aguda 20% 80% Hepatite Resolução crônica 80% 20% Estável História natural da HVC ~75% Lentamente progressiva Cirrose ~20% Descompensada 1-4% ao ano Carcinoma Hepatocelular

Folha de S.Paulo 3/09/2015

HEPATITE E (HEV) p Principal agente etiológico da hepatite não A e não B transmitida por via entérica. p É uma doença autolimitada. p Não existe tratamento eficaz.

HEPATITE E (HEV)

Fim