Cidadania e Participação: Responsabilidade Social (RS) Introdução RS reflexão ética: conversão a novos valores RS a complexidade dos problemas tomar decisões com base na cooperação RS atitude democrática e republicana: novos papéis para o cidadão/ sociedade e para o Estado RS implica Mobilização, Controle Social, Transparência e Sustentabilidade (K social) Considerações Finais 1
Introdução Cidadania (direitos e deveres) e Participação Social (compromisso com o bem comum) se conjugam em RESPONSABILIDADE SOCIAL: de Governos, instituições outras, empresas, e principalmente de pessoas e grupos sociais. A RESPONSABILIDADE SOCIAL é também, e desde logo, RESPONSABILIDADE PESSOAL: implica cuidar de mim e do outro. "No contexto de nossa nova interdependência, a preocupação com o interesse do outro é nitidamente a melhor forma de interesse pessoal" - Dalai Lama. 2
Responsabilidade Social exige uma reflexão ética uma tomada de posição dentro do mundo, diante dos outros. assumirmos como se tivesse sido estabelecida por nós a lei que cumprimos, e não cumpri-la apenas porque outro a impõe de fora. reconhecer que não estamos condenados a competir com os outros: a ética do cuidado simbiose da solidariedade com a cidadania. perceber as dificuldades de nossa cultura política em relação ao associativismo necessidade de educação para a civilidade. 3
Responsabilidade Social: uma nova cultura de convivência A questão do desenvolvimento é principalmente cultural, exigindo profunda mudança de mentalidade, valores e crenças; O desafio de criar uma cultura de cooperação frente à complexidade das questões sociais
Decidir com base na Cooperação: do eu ao nós A partir da teoria dos jogos, a evidência de que a busca da vantagem individualista, em situações de interdependência, não só não leva ao bem comum, como tampouco ao bem individual. Uma concepção de racionalidade na qual, ao Uma concepção de racionalidade na qual, ao decidir que ação realizar, o indivíduo não possa pensar tanto esta ação tem boas conseqüências para mim, mas esta ação é a minha parte de uma ação nossa que tem boas conseqüências para nós. O exemplo da doação de sangue... 5
Decidir com base na Cooperação: do eu ao nós Uma série de comportamentos do homem de hoje que transcendem a lógica do lucro, p. ex. o voluntariado. Além do voluntariado, a exigência de atitudes não orientadas imediatamente pela conveniência está se difundindo. Ex.uso de um sabão em pó biodegradável ou da separação e depósito apropriado do lixo doméstico. Racionalidade expressiva : ação econômica que deriva do desejo de exprimir um valor, ex. a compra de um produto ético, a escolha de um comportamento ecológico... 6
A importância de um grupo pioneiro A cooperação genuína é o encontro de pessoas que amadurecerão, em si, uma cultura da cooperação: se o comportamento cooperativo não é interiorizado, a cooperação não é nunca estável e tende sempre a decair sob o peso dos interesses particulares. 7
Por que é importante que no mundo existam pessoas que vivam a cultura da cooperação? Porque, tendo em si mesmos a recompensa, conseguem ser iniciadores, isto é, conseguem ativar a cooperação em um ambiente onde não existe ainda. Se alguém inicia e dá o primeiro passo mesmo quando ninguém o faz, pode desencadear reações que contagiam os outros e criam depois uma cultura. Por este motivo, um cooperador incondicional é um bem público (como um farol), que pode transformar a cultura existente. 8
Desafios institucionais para um ambiente cooperativo Desafios de inovação institucional são perseguidos internacionalmente, e principalmente em sociedades com altos níveis de desigualdades, onde tais desafios se complicam muito mais O PRIMEIRO DESAFIO É CONSTRUIR PADRÕES DE UMA GESTÃO EFETIVAMENTE PÚBLICA E NÃO MERAMENTE ESTATAL. 9
O que é PÚBLICO? É aquilo que é de uso coletivo. Ex: praça pública, mercado público, escola pública, transporte coletivo; É aquilo que é dirigido à coletividade. Ex: concurso público, políticas públicas, concorrência pública, opinião pública; É aquilo que não deve ser secreto. Ex: sessão na câmara de vereadores, orçamento público; Pode ser, ainda, o conjunto de pessoas que presenciam um evento. Ex: assiste a um comício, a um jogo, a um espetáculo, a uma sessão de cinema 10
O que é PÚBLICO? É O QUE DIZ RESPEITO À COLETIVIDADE! Público pode ser estatal ou privado. Ex: escola pública (estatal), restaurante de um hotel aberto ao público (privado), CAGECE (público estatal); 11
Democracia: co-responsabilidade entre Estado e cidadão/sociedade EXIGE: esferas públicas para o exercício da cidadania - acesso à informação, organização e mobilização -> PARTICIPAÇÃO capacitação permanente de pessoas e comunidades para resolverem conjuntamente seus problemas e melhorarem sua qualidade de vida. 12
Democracia: co-responsabilidade entre Estado e cidadão/sociedade EXIGE: Gestão interorganizacional e Cooperação intersetorial, incorporando novos decisores e esferas de governança. Participação comunitária e fortalecimento do capital social: Conjunto de disposições cognitivas e morais dos cidadãos que os leva a estender a confiança a outros cidadãos anônimos, à prática da arte da associação, e a estarem atentos às questões públicas (em oposição às questões estreitas circunscritas a seus próprios grupos). 13
Democracia: co-responsabilidade entre Estado e cidadão/sociedade As medições comparadas são conclusivas. Os programas sociais com ativa participação comunitária em seu desenho, gestão e avaliação têm resultados muito superiores aos programas de tipo tradicional burocrático vertical (B. Kliksberg) 14
RESPONSABILIDADE SOCIAL tem a ver com Conscientização e Cooperação e... MOBILIZAÇÃO: FORMAÇÃO DE GRUPOS VARIADOS PACTO ENTRE ORGANIZAÇÕES FÓRUNS INTERSETORIAIS INTEGRAÇÃO GOVERNAMENTAL PERSPECTIVA REGIONAL 15
RESPONSABILIDADE SOCIAL tem a ver com Conscientização e Cooperação e... CONTROLE SOCIAL: CO-GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS CONSELHOS OBSERVATÓRIOS TRANSPARÊNCIA/ PUBLICIZAÇÃO METAS 16
Considerações Finais Responsabilidade Social é, antes de tudo, responsabilidade pessoal, uma atitude frente ao mundo, um compromisso em enfrentar os problemas coletivos como sujeito e não como vítima com criatividade, confiança e disposição ao associativismo! A participação é indispensável expressão da cidadania ativa, exigindo para todos os envolvidos educação para a cooperação. 17
Considerações Finais AGENTE CIDADÃO Toda pessoa, grupo organizado, empresa ou instituição, PODE SE TORNAR UM! CONDIÇÕES NECESSÁRIAS: informação, educação e desejo de cooperar. 18