ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO FLORESTAL 30/08/2013

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Theodoro Sales Candal
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1 ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO FLORESTAL 30/08/2013

2 Objetivos da disciplina Visão de Administração e Planejamento Tomar decisões Fazer Planejamento Conhecimento para planejar e administrar Postura crítica e bom senso (vida prática) O estudante é muito dependente e sem iniciativa

3 O Engº Floº no contexto da Administração e Planejamento Perfil para atuar em três áreas (empresas públicas ou privadas) Setor Produtivo Setor Conservação Desenvolvimento Comunitário Em três níveis de organização social: empresa rural (agroflorestal); empresa industrial (processamento e transformação); parque e reservas (públicas e particulares); pesquisa, ensino e extensão

4 Perfil básico Surgiu com tomada de maior consciência ecológica com o desmatamento Movimentos de defesa do meio ambiente Conceito de desenvolvimento sustentável das florestas

8 Manejo sustentável das florestas Brasil tem 8,5 milhões de km2 Desse total 3,4 milhões em área florestal (40%) Perfil para: formação, manejo e exploração de florestal (naturais ou plantadas); melhoramento genético e produção de sementes; manejo dos recursos naturais (bacias hidrográficas, fauna, flora, biodiversidade, etc)

9 Grande meta da profissão Encontrar os meios de utilizar a floresta de forma a manter o seu extraordinário potencial e gerar prosperidade Ou seja, manejar os recursos florestais de modo sustentável (ambiental, social e economicamente) Deve administrar, planejar, tomar decisões levando em conta o HOMEM E A NATUREZA

10 Utilização das florestas no presente e no futuro, assegurando sua permanência, sua biodiversidade e etnodiversidade (povos da floresta) Portanto, lidar com consciência com a TECNOLOGIA

12 1)O PAPEL ECONÔMICO E SOCIAL DO ENGENHEIRO FLORESTAL 1785-Alemanha; 1899-USA; 1960-Brasil A origem da Engenharia Florestal no Brasil foi da silvicultura (necessidade de ofertar madeira) Só posteriormente foi também direcionada para preservação ambiental

13 O engenheiro florestal e o Manejo Sustentado das Florestas Conhecimentos técnicos apenas não bastam (são necessários mas não suficientes). É preciso se crítico, criativo, versátil, compromissado com a sociedade e acima de tudo IDEALISTA.

14 Importância social na elaboração e consolidação das políticas e técnicas voltadas ao desenvolvimento sustentado das florestas e áreas afins. Ator Social importante no conhecimento científico das florestas visando a produção de bens e serviços, e na sua preservação e exploração sustentada.

15 Conhecer Planejamento Florestal. Ter condições de articular e coordenar equipes multidisciplinares para o desenvolvimento e exploração dos recursos das florestas e outros recursos naturais.

16 Desempenhar papel catalisador no planejamento, gestão, exploração, preservação e uso sustentável do recursos florestais (naturais ou homogêneos)

17 Exercer o papel de técnico, planejador e administrador preocupado ambiental e economicamente, e principalmente estar comprometido com a sociedade. Ser acima de tudo CIDADÃO, com deveres, direitos e postura ética.

18 2) O CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO NA ENGENHARIA FLORESTAL Manejo Florestal (ou Gerenciamento Florestal) pode ser definido como o estudo e aplicação de técnicas analíticas de busca das alternativas de gestão que mais contribuem para os objetivos organizacionais (Leuschener, 1984).

19 Alternativas de gestão florestal como diferentes formas de ação à disposição do gerente florestal para atingir seus objetivos. Por exemplo: a)qual o melhor Investimento Florestal (Avaliação de Projetos); b)qual a idade ótima de abate (maior retorno econômico); b)quais os tipos de corte das árvores; c)quais as práticas de reflorestamento (técnicas agronômicas); d)quais as obras de engenharia necessárias; etc.

20 As alternativas dependem das diferentes possibilidades físicas de produção da floresta. É preciso prever as conseqüências das intervenções.

21 Principais características do setor florestal: #terra (alto investimento) #tempo (produto de ciclo longo) #clima (riscos climáticos) #pragas e doenças (riscos biológicos) #estrutura fundiária (grande número de pequenos produtoresxgrandes empresas)

22 As Técnicas Analíticas são instrumentos de auxílio ao Processo de Tomada de Decisão, e fornecem as indicações gerais de escolha dentre as ações alternativas a serem tomadas pelo administrador ou gerente florestal. As técnicas levam em conta as pressuposições feitas anteriormente.

23 Mas, existem riscos de se tomar a decisão errada, e portanto, os resultados analíticos devem ser considerados como diretrizes e não respostas irrevogáveis.

24 Agricultura e Setor Florestal precisam de POLÍTICAS claras e bem definidas, para orientar as escolhas. A partir delas a diferença competitiva se coloca na ADMINISTRAÇÃO.

25 Com ênfase nas Ciências Agrárias, a Administração e Planejamento procura mostrar como uma empresa rural (agro-florestal) tem que se organizar e planejar a produção, processamento e comercialização (Figura 1). Vale o mesmo, com as respectivas adaptações, na gestão dos recursos naturais em Unidades de Conservação.

26 Figura 1. Fluxo das Movimentações Financeiras em uma Propriedade Rural Fonte: ANTUNES e ENGEL, 1999.

27 3) CONCEITO DE EMPRESA RURAL (ou Agroflorestal) Dois tipos de empresas rurais com lógicas diferentes: Empresa Rural Não Familiar Empresa Rural Familiar

28 Empresa Rural Não Familiar (ou agricultura capitalista strictu sensu) procura a obtenção do máximo lucro, que orienta as escolhas entre as diferentes alternativas de que dispõe para planejar e administrar.

29 Empresa Rural Familiar (ou agricultura familiar) é aquela em que a propriedade dos meios de produção e o trabalho estão intimamente ligados à família (Chayanov, 1974). Terra e sobrevivência familiar estão muito associadas.

31 Ou ainda a propriedade (terra) é tanto uma unidade de produção quanto um lar e às sociedades camponesas correspondem uma série de valores próprios, cercados de construções simbólicas que ultrapassam parâmetros de utilidade (Wolf, 1970).

32 Importância da Agricultura Familiar

33 Ou seja, Os estabelecimentos não familiares, apesar de representarem 15,6% do total dos estabelecimentos ocupavam 75,7% da área cultivada A área média dos estabelecimentos familiares foi de 18,37 ha, e a dos não familiares foi de 309,18 ha

35 Ou Seja, Apesar de ocupar apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários, a agricultura familiar é responsável por 38% do Valor Bruto da Produção

37 Ou seja, A Agricultura Familiar gera um VBP de R$677/ha, que é 89% superior ao gerado pela Agricultura não Familiar de R$358/ha

38 De 1996 para 2006

40 Ou seja, Há uma tendência de redução de pessoas ocupadas na agricultura brasileira desde 1985; A Agricultura Familiar foi capaz de reter um maior número de ocupações que a Agricultura não Familiar; O número total de pessoas ocupadas na Agricultura Familiar, em 2006, foi mais de duas vezes superior ao nº de ocupações geradas pela construção civil

44 Ou seja, A Agricultura Familiar é a principal responsável pelo fornecimento de alimentos básicos para a população brasileira, apesar de cultivar uma área menor com lavouras 17,7 milhões de hectares; É também importante fornecedora de proteínas animais, com área menor de pastagens 36,4 milhões de hectares

45 Do ponto de vista da administração Pontos importantes a) não remunera diretamente a mão-deobra familiar com salários; b) não remunera a terra (arrendamento); c) não remunera o trabalho do proprietário-administrador (gestão); d) apresenta estreita relação entre Investimento, Produção e Consumo (gastos com a família).

46 As áreas de tomada de decisão (nas empresas rurais como um todo) Produção Comercialização Investimento Finanças Consumo

47 a) na produção são importantes as modernas técnicas agropecuárias; b) na comercialização, as informações de mercado e infraestrutura; c) no investimento e finanças vale mais a experiência e o feeling do produtor; d) no consumo (para a agricultura familiar) vale o bom senso para as retiradas da família não comprometer a continuidade do núcleo familiar e do aumento do patrimônio.

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