Multinacionais e Transnacionais



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Transcrição:

Multinacionais e Transnacionais Globalização e a inserção das transnacionais. Em um oportuno artigo extraído do artigo "A roda Global", de Antenor Nascimento Neto, publicado na Revista Veja de 03 de abril de 1996, desenvolve a idéia ao conceito e a inserção das transnacionais no que ele chama de processo de aceleração capitalista. Em síntese, defende ele: "Globalização é um processo de aceleração capitalista num ritmo jamais visto, em que o produtor vai comprar matéria-prima em qualquer lugar do mundo onde ela seja melhor e mais barata. Instala a fábrica onde a mão-de-obra fique mais em conta, não importa se no Vietnã ou na Guatemala. Vende a mercadoria para o mundo inteiro. Uma das facetas da aceleração capitalista está no campo financeiro. Em 1971, o volume de empréstimos internacionais de médio e longo prazo feitos pelo capital privado foi de 10 bilhões de dólares. Em 1995, ele chegou a 1,3 trilhões. Cresceu 130 vezes em apenas duas décadas e meia. Esse dinheiro pode pertencer a um pequeno poupador japonês ou a um superinvestidor e está financiando coisas tão diversas quanto uma fábrica no Ceará ou o déficit público nos Estados Unidos. O estoque de capital privado existente no mundo é de 10 trilhões de dólares. Em comparação, o volume de dinheiro público disponível para aplicação nos países é muito modesto. O que se vê hoje é o Estado sem fundos para investir e as corporações com dinheiro saindo pela janela. Os governos vendem usinas, estradas e serviços porque não tem mais dinheiro para bancar investimentos nessas coisas. O setor privado tem. As dez maiores corporações do mundo faturam 1,4 trilhões de dólares e mais da metade dos seus prédios, máquinas, laboratórios e funcionários estão fora do país de onde estas corporações se originaram. Na década de 70, as empresas corriam atrás dos governos. Hoje, os governos é que correm atrás das empresas. A Ford é um carro de que nacionalidade? Resposta: depende. A Ford americana é dona de 24% da Mazda japonesa, numa operação em que fabricam carros pequenos. Juntas, as duas companhias são sócias da coreana Kia Motors. A Kia vende peças para a Ford/Mazda. E a Yamaha japonesa vende os motores. O que aparece no final é um carro Ford, só que ele não tem identidade nacional. Para complicar ainda mais, o grande mercado desses automóveis é a Europa. A Fiat lançou no Brasil um novo carro, o Palio. Está sendo fabricado simultaneamente no Brasil, Argentina, Colômbia, Venezuela, Índia, Marrocos e

China. Sendo montado, em parte, com peças importadas da Venezuela, Marrocos, Equador, Egito, Argélia e Vietnã..". José Carlos de Magalhães, em sua obra Direito Econômico Internacional, fls. 185/6 sustenta que em razão da segunda guerra mundial, da criação do FMI, Banco Mundial, surgimento do GATT, plano Marshall o papel dos Estados sofreu modificações. As economias nacionais passaram a interagir, aliado à expansão industrial dos países desenvolvidos, mormente a dos Estados Unidos, e mais: Desempenhou papel relevante nesse processo de transformação a empresa privada, tradicionalmente voltada para o mercado interno e, paulatinamente, engajada no comércio internacional. Se, originariamente, ligada ao seu Estado de origem no qual seus interesses estavam concentrados, aos poucos voltou-se para a área internacional, em busca de mercados mais amplos e de fontes de matéria-prima ou de mão de obra de custo mais baixo. Da empresa doméstica voltada apenas para o mercado nacional e das que atuavam no comércio exterior, com importações e exportações, para a nova modalidade de organização, com feição multinacional, foi um passo quase que imperceptível. Ainda às fls. 186, salienta Magalhães que: A empresa multinacional, constituindo forma de atividade econômica desenvolvida por uma multiplicidade de sociedades nacionais nela integradas, não é identificável sob roupagem jurídica específica. Sua atuação, em geral, espalha-se por diversos Estados, constituindo subsidiárias que lhe permitem flexibilidade para captar recursos internacionais para o financiamento de suas operações. Usualmente não transgride as leis locais, sendo equiparada ao bom cidadão que recolhe impostos com regularidade, tendo suas contas e contabilidade normalmente fiscalizadas por auditores também internacionais. Adaptando-se em toda a parte, com a colaboração de funcionários recrutados onde opera, a empresa multinacional, com a tecnologia de que normalmente é dotada, coloca em xeque o poder estatal de controlar as atividades econômicas em seu território. E, às fls. 191. O que distingue a empresa multinacional de outros tipos de empresas e que a torna um fenômeno singular e novo, não são apenas as operações na área multinacional, mas precisamente, a integração de toda rede de subsidiárias em um complexo que a transforma e uma unidade econômica sujeita a controle central, voltado para o mercado mundial. É essa organização que a diferencia das empresas nacionais com investimentos no exterior que atuam por meio de subsidiárias ou sucursais em outros países, com objetivo de suprir o mercado nacional da matriz. Mas a organização e atuação das transnacionais vão além. Como afirma Magalhães, fls. 209/10,

a empresa multinacional, quer isoladamente, quer como oligopólio mundial, tem sua base de poder na expressão econômica do conglomerado por ela organizado e sua flexibilidade de atuação. Cada empresa em si é um complexo gigantesco que confronta em muitos aspectos o próprio poder dos Estados em que opera. A concentração de empresas tem-se acentuado com os processos de fusão que se verificaram no final do século XX, envolvendo fabricantes de automóveis, indústrias químicas e de bebidas, além de outros. Ainda Magalhães, ressalta que a empresa transnacional, sob o enfoque de organização juridicamente estabelecida, verifica-se que é dotada de poder similar ao de qualquer governo. E mais, às fls. 210/11, Os seus dirigentes, possuindo prerrogativas estatutárias, agem como que autoridades governamentais, estabelecendo normas que se projetam para fora do âmbito interno da empresa. O poder de negar emprego, de selecionar empregados, de influir nos salários dos concorrentes, pela adoção de política salarial própria, o poder de decidir sobre a localização de uma nova subsidiária, de distribuir lucros ou decidir sobre a sua reinversão, o de decidir que mercado deve ser suprido e qual a mercadoria a ser produzida, a que direção deve encaminhar pesquisas e em que extensão utilizálas, tudo isso fica dentro do campo exclusivamente privado da empresa, sem que as autoridades governamentais possam com ele eficazmente interferir. Na verdade, como sublinha Magalhães, às fls. 211, O poder de influir no mercado e afetar toda uma comunidade acaba por criar na empresa uma estrutura quase que governamental similar à do Estado. Realmente, a grande empresa transforma-se em centro de decisões que afetam consumidores, fornecedores, revendedores e toda uma comunidade de pessoas e entidades que giram em torno dela. Na área internacional o poder da empresa fica evidenciado nos setores que afetam a segurança do Estado ou o seu desenvolvimento econômico. Petróleo, computadores e energia são exemplos. As multinacionais que exploram esses setores desempenham funções verdadeiramente públicas e suas negociações com governos são feitas em pé de igualdade, frequentemente por meio de acordos. É verdade que ao Estado cabe o poder de terminar contratos e de expropriar, mas é verdade também que a empresa possuía a arma do controle econômico do mercado internacional, do qual aquele depende. Celso Albuquerque Mello, em sua obra Direito Internacional Econômico sustenta que as razões para o aparecimento das empresas transnacionais podem ser sintetizadas nos seguintes fatores: a) as empresas partiram para o exterior a procura de mão-de-obra mais barata; b) procuram controlar mercados a fim de facilitar as exportações; c) procuram controlar as fontes de fornecimento das matérias-primas;

d) procuram evitar a concorrência de empresas locais; e) o antigo Mercado Comum Europeu ao eliminar as barreiras alfandegárias facilitou a penetração das firmas norte-americanas; f) aumentar o seu lucro fazendo o superfaturamento do que é importado da matriz, bem como o subfaturamento do que vende à matriz. As compras e vendas são feitas com as próprias filiais a preço pré-estabelecido, de modo que mesmo os governos são incapazes de determinar o valor real de suas exportações e importações. Celso Albuquerque Mello lembrando o imenso poderio econômico das transnacionais, que, por exemplo, os ativos líquidos da Standard Oil, em muitas ocasiões, ultrapassam em valor o estoque de outro dos EUA e que sua frota é maior em tonelagem do que a da Grécia. E mais, Em 1973, as firmas transnacionais norte-americanas tinham em fundo a curto prazo o dobro das reservas oficiais dos Estados. Elas fazem com que os Estados tenham que valorizar ou desvalorizar as suas moedas diante do que entra ou sai em moeda através das empresas e que eles não conseguem controlar. A idéia do FMI de um regime de paridade estável foi substituída pela de taxas de câmbio flutuantes para ser possível uma resposta ao desfio cambial das multinacionais. Estas imensas empresas são, um novo poder, ombreando-se ao poder dos pequenos Estados-Nações. Empresa Transnacional: a construção de um novo conceito. Multinacionais ou transnacionais? Celso Albuquerque Mello, às fls. 105, descreve que: A ONU consagrou a expressão transnacional, isto é, de empresas que atuam além e através das fronteiras estatais. É mais correto, porque o qualificativo multinacional podia conduzir a equívoco se fosse interpretado ao pé da letra, vez que estas empresas não tem muitas nacionalidades. Assim a matriz é norteamericana, a subsidiária no Brasil é brasileira, a subsidiária na Argentina é argentina, etc. Luiz Olavo Baptista, em sua obra Empresa Transnacional e Direito entende que a empresa transnacional não possui personalidade jurídica própria, e mais, segundo ele, fls.17, a empresa transnacional: É composta por um certo número de subsidiárias e tem uma ou mais sedes, constituídas em diversos países, de acordo com a legislação local que lhes dá personalidade jurídica e, sob certo aspecto, a nacionalidade. Sob o prisma estritamente jurídico-positivo, pois, não existe a empresa transnacional, razão pela qual a descrição que dela fazem os economistas é útil para sua conceituação: um complexo de empresas nacionais interligadas entre si, subordinadas a um controle central unificado e obedecendo a uma estratégia global.

Luiz Olavo Baptista entende que a empresa transnacional, ou, na linguagem comum, a empresa multinacional, Aproxima-se do conceito jurídico de grupos de sociedades, mas com o acréscimo de que é um grupo constituído por sociedades sediadas em países diferentes, constituídas sob leis diversas, cada qual com certa autonomia, agindo por sua conta, mas em benefício do conjunto. A UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) 13 define a transnacional como: Uma empresa que independentemente do seu país de origem e de sua propriedade, podendo ser privada, pública ou mista, compre entidades locais em dois ou mais países, ligadas por controle acionário ou de outra forma que uma ou mais dessas entidades possam exercer influência significante sobre a atividade das demais e, em particular, para dividir conhecimento, recursos e responsabilidades umas com as outras. As transnacionais operam sobre um sistema de tomada de decisões que permitem políticas coerentes e estratégias comuns por meio de um ou mais centros de decisões. É uma entidade que controla ativos no exterior. A definição técnica da transnacional nem de longe, dimensiona seu poderio.