Papel dos Controles Internos Como Mecanismo de Governança Corporativa. Área: CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Categoria: PESQUISA



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Transcrição:

Papel dos Controles Internos Como Mecanismo de Governança Corporativa Área: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Categoria: PESQUISA Claudia Grego dos Santos Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Rua Universitária, 2069 Jardim Universitário Cascavel-Pr. E-mail: claudiahgk@gmail.com Evellyn Danielly Zabotti Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Rua Universitária, 2069 Jardim Universitário Cascavel-Pr. E-mail: danizabotti@yahoo.com.br Juliana Bispo de Oliveira Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Rua Universitária, 2069 Jardim Universitário Cascavel-Pr. E-mail: jojoca_jba@hotmail.com Sidnei Celerino da Silva Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Rua Universitária, 2069 Jardim Universitário Cascavel-Pr. E-mail: sidneicelerino@yahoo.com.br Resumo Esta pesquisa teve como objetivo discutir o papel do controle interno como instrumento da governança corporativa. O estudo, quanto aos objetivos, foi delineado através da pesquisa descritiva e; trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em relação aos procedimentos. O estudo demonstra como os controles internos favorecem o gerenciamento de conflitos de interesses dos envolvidos nas empresas (agente x principal), contribuindo para que as entidades se tornem competitivas e adotem práticas no que se refere a aderência as políticas empresariais, estímulo a eficiência operacional e transparência e credibilidade dos relatórios contábeis e financeiros, base principal para prestação de contas. A governança corporativa está relacionada à existência de mecanismos específicos de controle, que transmitem segurança aos interessados no resultado da organização. Por fim, constatou-se que não existe controle interno específico para governança corporativa, entretanto, este é um dos pilares da boa governança. Palavras-chave: Governança Corporativa; Controle Interno; Teoria da Agência.

Papel dos Controles Internos Como Mecanismo de Governança Corporativa Área: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Resumo Categoria: PESQUISA Esta pesquisa teve como objetivo discutir o papel do controle interno como instrumento da governança corporativa. O estudo, quanto aos objetivos, foi delineado através da pesquisa descritiva e; trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em relação aos procedimentos. O estudo demonstra como os controles internos favorecem o gerenciamento de conflitos de interesses dos envolvidos nas empresas (agente x principal), contribuindo para que as entidades se tornem competitivas e adotem práticas no que se refere a aderência as políticas empresariais, estímulo a eficiência operacional e transparência e credibilidade dos relatórios contábeis e financeiros, base principal para prestação de contas. A governança corporativa está relacionada à existência de mecanismos específicos de controle, que transmitem segurança aos interessados no resultado da organização. Por fim, constatou-se que não existe controle interno específico para governança corporativa, entretanto, este é um dos pilares da boa governança. Palavras-chave: Governança Corporativa; Controle Interno; Teoria da Agência. 1 INTRODUÇÃO A governança corporativa ganhou espaço a partir de discussões e debates sobre a adoção de boas práticas organizacionais entre corporações e investidores. No meio acadêmico surgiu como sendo um conjunto de procedimentos internos e externos com a intenção de harmonizar as relações estabelecidas pela entidade a partir da prestação de contas das atividades realizadas, transparência nos processos e maior igualdade no trato com os acionistas. O estudo apresenta um direcionamento às boas práticas de governança corporativa, dando destaque à teoria da agência que é o momento em que o agente passa a almejar vantagens pessoais, agindo de forma contrária ao melhor interesse do principal. A utilização das boas práticas de governança corporativa requer a utilização de mecanismos próprios, adotados pelos analistas de empresas e os próprios gestores, para o bom desempenho das corporações, buscando identificar fatores que auxiliem na tomada de decisões. Em meio à constante necessidade da adoção da governança corporativa por parte de empreendedores, e o conhecimento a fundo do assunto no meio acadêmico, o estudo objetivou discutir o papel do controle interno como instrumento da governança corporativa.

Neste contexto, o trabalho reuniu argumentos para solucionar o seguinte quesito: Como os controles internos podem contribuir na efetividade das práticas de governança corporativa? 2 METODOLOGIA A metodologia científica faz referência aos procedimentos tomados na elaboração do planejamento e execução de uma pesquisa, entre eles, como pesquisar, por onde começar, que dados serão necessários, a seqüência das tarefas e demais informações necessárias para uma boa pesquisa. Para Silva e Menezes (2001, p. 9) adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. Precisamos, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação. Segundo Martins (1994, p.27), [...] trata-se de procedimento científico controlado que examina os vários casos, fenômenos ou coisas análogas de séries, para descobrir o que é comum, isto é, as regularidades, princípios, ou leis que são válidas e significativas. Para a elaboração deste artigo, quanto aos objetivos, foi empregado a pesquisa descritiva. O estudo envolve levantamento bibliográfico de diversos autores com a perspectiva de referenciar o controle interno como instrumento fundamental para a aplicação dos métodos de governança corporativa, logo, quanto aos procedimentos técnico utilizado caracteriza-se como pesquisa bibliográfica. Quanto à abordagem do problema, utilizou-se a pesquisa qualitativa, que é utilizada na interpretação dos fenômenos de forma indutiva. 3 GOVERNANÇA CORPORATIVA O marco inicial da governança corporativa ocorreu na década de 1990 nos países desenvolvidos, mais especificamente na Inglaterra, com a edição do relatório de Cadbury. No Brasil o primeiro referencial foi em 1995 com a criação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) que tem o propósito de contribuir para o desenvolvimento sustentável das organizações, influenciando os agentes da sociedade no sentido de maior transparência, justiça e responsabilidade. A governança corporativa é composta por regras, procedimentos e administração dos contratos de uma entidade, ou seja, é a forma como uma empresa é gerida, envolvendo o relacionamento entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente, conselho fiscal e demais partes interessadas. Sob esse prisma, a governança corporativa dedica-se ao tratamento do conjunto de instrumentos de natureza pública e privada, onde de um lado estão leis, normativos de órgãos reguladores, regulamentos internos das entidades e práticas comerciais que regem e ordenam a relação entre controladores e administradores de uma empresa. Do outro, aqueles que nela investem recursos como acionistas, debenturistas, entre outros. A palavra governança está relacionada a governo, sendo assim, a expressão governança corporativa refere-se ao sistema criado dentro de uma entidade para que possa organizar os órgãos e poderes que a constituem. O conjunto de obras literárias que trata sobre o tema apresenta diferentes definições sobre o termo.

Siffert (1998, p. 124), o conceitua da seguinte forma: sistema de controle e monitoramento estabelecidos pelos acionistas controladores de uma determinada empresa ou corporação, de tal modo que os administradores tomam suas decisões sobre a alocação dos recursos de acordo com o interesse dos proprietários. O IBGC apud Lodi (2000, p. 24) apresentou a seguinte definição: Governança Corporativa é o sistema que assegura aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva. A relação entre propriedade e gestão se dá através do conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal, instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A boa Governança assegura aos sócios equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados (accountability) e obediência às leis do país (compliance). Neste contexto, Shleifer e Vishny (1997, p. 737) afirmam: governança corporativa lida com as maneiras pelas quais os fornecedores de recursos garantem que obterão para si o retorno sobre seu investimento. A importância que os administradores e controladores das companhias devem dar ao tema pode ser avaliada através do seguinte conselho de Rappaport (1998, p. 1): Avaliar a empresa com o intuito de gerenciá-la com base na evolução do seu valor é preocupação atual de praticamente todos os principais executivos, fazendo com que nos próximos anos a criação de valor para o acionista provavelmente se torne o padrão global para remuneração do desempenho do negócio. Os conceitos de governança corporativa definidos anteriormente permitem descrevê-la como um conjunto de princípios e práticas que procura reduzir ao mínimo os conflitos de interesse entre os diferentes agentes da companhia (stakehoders) com o objetivo de reduzir o custo de capital, aumentando o montante da entidade e o retorno aos seus acionistas. 3.1 Teoria da Agência À medida que as empresas se desenvolvem, passam a ser administradas não somente pelos seus proprietários e familiares, eles recebem o auxílio de indivíduos cujos vínculos pessoais com o proprietário podem ultrapassar sua capacidade de gestão. A mudança no perfil da administração, no que se refere à gestão, é um retorno da organização para a necessidade de manter-se ou tornar-se eficaz, produtiva, com agilidade suficiente para enfrentar desafios, consolidando e ampliando sua posição no mercado em que atua. Essas circunstâncias conduzem à mudança de um formato de gestão centralizado e personalizado, para outro em que as decisões são tomadas por membros organizacionais, cujos vínculos empregatícios são predominantemente estimulados pela remuneração paga pelas atividades realizadas. Esse conflito de interesses, observado na relação patrão-empregado, impulsionou os estudos na área de administração que culminaram no desenvolvimento da Teoria da Agência, que contribui para a administração no sentido de fomentar investigações sobre os meios adequados para reduzir os mencionados conflitos.

Na teoria da agência, a sociedade é formada como uma rede de contratos, explícitos e implícitos, os quais estabelecem as funções e definem os direitos e deveres dos participantes. Os denominados principais contratam outros indivíduos denominados agentes, para realização de um serviço que dispensa a concessão de autoridade para a tomada de decisão aos agentes pelos principais em seu nome e interesses. O problema da agência passa a existir no momento em que o agente preocupa-se com sua própria riqueza, segurança no emprego e demais vantagens pessoais, o que pode levá-lo a agir contrariamente ao melhor interesse do principal. Estando os acionistas em sua maioria distantes do controle, necessitam assegurar que as decisões de seus administradores estão alinhadas com seus interesses, fato que culminou no objeto de estudo da relação agente e principal. Shleifer e Vishny (1997, p. 737) explicam o conflito da agência: O empreendedor, ou gestor, capta recurso dos investidores para aplicá-los em projetos rentáveis ou para se apropriar desses recursos. Os investidores por sua vez, necessitam de gestores qualificados para fazer com que os recursos acumulados possam ser aplicados em projetos rentáveis. Como normalmente os empreendedores ou gestores, necessitam do capital dos investidores para concretização de seus objetivos, pois, ou não dispõem de recursos suficientes, ou desejam diversificar seus investimentos, e, os investidores têm consciência da possibilidade de apropriação de seus recursos pelos gestores, o problema da agência que se coloca é: como garantir aos investidores que seus recursos sejam aplicados atendendo aos seus interesses? Na teoria econômica tradicional, a governança corporativa surge a fim de superar o conflito de agência. Na perspectiva da teoria da agência, a maior preocupação é criar mecanismos eficientes para garantir que o comportamento dos executivos esteja alinhado com o interesse dos acionistas. O alcance do alinhamento de interesse entre as partes não é automático, são necessárias estruturas e sistemas que harmonizem os conflitos de interesse entre eles. A governança corporativa deve voltar-se para a análise de como o principal, por meio de um contrato, aplique um sistema de monitoramento e incentivo que motive o agente a tomar suas decisões, com o intuito de maximizar os interesses dos proprietários. Uma das formas de minimizar a assimetria de informação e os problemas de agência é a adoção de um sistema de governança corporativa, Carvalho (2002, p. 19) afirma que a governança corporativa é um conjunto de regras que visa minimizar os problemas de agência. Jensen e Meckling (1976, p. 308) definem um relacionamento de agência como: um contrato onde uma ou mais pessoas o principal engajam outra pessoa o agente para desempenhar alguma tarefa em seu favor, envolvendo a delegação de autoridade para tomada de decisão pelo agente. Segundo os autores, se ambas as partes agem tendo em vista a maximização das suas utilidades pessoais, existe uma boa razão para acreditar que o agente não agirá sempre no melhor interesse do principal. No caso da relação entre acionistas e gestores, os acionistas podem limitar as divergências monitorando as atividades dos executivos e estabelecendo incentivos contratuais apropriados a eles.

A tarefa dos acionistas de alinhar seus interesses aos interesses dos gestores implica em custos, que são chamados custos de agência. Segundo Jensen e Meckling (1976, p. 308), os custos de agência são a soma dos seguintes itens: a) custos de criação e estruturação de contratos entre o principal e o agente; b) gastos de monitoramento das atividades dos gestores pelo principal; c) gastos promovidos pelo próprio agente para mostrar ao principal que seus atos não serão prejudiciais ao mesmo; d) perdas residuais, decorrentes da diminuição da riqueza do principal por eventuais divergências entre as decisões do agente e as decisões que iriam maximizar a riqueza do principal. Apesar dos conflitos de agência apresentam características distintas em função da estrutura de propriedade das companhias, pode-se afirmar que eles dizem respeito ao risco de expropriação da riqueza dos investidores pelos gestores na hipótese de empresas com estrutura de capital pulverizada e separação de gestão e propriedade, ou, de expropriação da riqueza dos acionistas minoritários pelos acionistas majoritários, quando estes exercem poder total sobre os gestores. A relação entre principal e agente implica em interesses muitas vezes conflitantes e num processo contínuo de sacrifício de recursos para a obtenção de receitas. Pressupondo-se dessa forma a necessidade de a organização possuir em seu quadro de colaboradores uma equipe cujo papel seja monitorar a relação obtenção de receita-sacrifício de recursos, a fim de que nesse processo a transparência administrativa preserve ao máximo os interesses originais do principal, entendendo-se ser a mencionada equipe integrante da área de controles internos. Neste sentido, os mecanismos de governança surgem para dirigir os agentes e assegurar que eles cumpram as responsabilidades, reduzindo o impacto do conflito de agência. Alguns específicos para um determinado ativo. Outros perpassam e integram diversos ativos, sendo esses mecanismos observados, com mais freqüência, nas empresas de melhor desempenho.

3.2 Mecanismos de Governança Corporativa Em diversos países a governança corporativa é evidenciada a partir de mecanismos próprios, que auxiliam no monitoramento do controle, da gestão e do desempenho. Para Carvalho (2002, p. 19) a Governança Corporativa é o conjunto de mecanismos instituídos para fazer com que o controle atue de fato em benefício das partes com direitos legais sobre a empresa, minimizando o oportunismo. Diversos autores entendem que o surgimento do termo governança corporativa deu-se como um facilitador na criação de mecanismos que permitam controlar e monitorar os negócios. Atualmente a governança corporativa está em evidência, porém sem uma ordem específica quanto aos mecanismos utilizados para sua formação. Existem muitos mecanismos que podem ser utilizados para direcionar e assegurar que os administradores cumpram com suas responsabilidades. Hit, Ireland e Hoskissom (2003, p. 405) citam quatro mecanismos internos de governança e apenas um mecanismo externo. Os quatro aqui examinados são: a concentração de propriedade, representada pelos tipos de acionistas e seus diferentes incentivos para monitorar os agentes, o Conselho de Administração, a remuneração executiva e a estrutura da organização multidivisional. Em seguida, consideramos o mercado para controle corporativo um mecanismo externo de controle corporativo Aos mecanismos internos pode ser acrescentada a área de controladoria, pois os níveis de governança são garantidos apenas se o ambiente de controle interno permite a existência de informações apuradas. No entanto os mecanismos possuem limites naturais que os impedem de visualizar todos os ângulos de uma determinada atividade dentro da complexa realidade empresarial, atingindo apenas de forma parcial seus objetivos. Portanto, acredita-se que os mecanismos de governança corporativa devem ser norteados por controles, que permitam as empresas concluírem de forma mais segura a respeito da existência ou não de transparência nos atos da administração. 3.3 Melhores Práticas de Governança Corporativa O IBGC acompanha atentamente os estudos sobre governança corporativa, contribuindo para os avanços e a disseminação de suas práticas pelo País. Através da implantação do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, o IBGC almejou melhorar o desempenho e facilitar o acesso das empresas ao capital. Nesta direção, o IBGC (2007, p. 6) relata sobre o código das melhores práticas: Sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.

Segundo Stemberg (2003, p. 147) o objetivo central do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa é indicar caminhos para todos os tipos de empresas sociedades por ações de capital aberto ou fechado, limitadas ou sociedades civis. Segundo o IBGC (2007), o Código das Melhores Práticas está estruturado em seis partes, para o melhor entendimento e aplicação da governança corporativa, entre elas: Propriedade, Conselho de administração, Gestão, Auditoria, Fiscalização e Ética e Conflito de interesses. Propriedade Constituição de regras que visam eliminar o aparente distanciamento entre minoritários e controladores, prevendo o tratamento justo entre os acionistas, sócios e quotistas. Conselho de Administração De acordo com o Código a missão do Conselho de Administração é, no entanto proteger o patrimônio, maximizando o retorno do investimento dos proprietários. Gestão A coordenação da organização deve ser conduzida de forma a cuidar dos interesses dos proprietários e agregar importância ao empreendimento, amparado da transparência na prestação de contas e nas demais relações estabelecidas no âmbito empresarial. Auditoria Considerada um importante agente da governança corporativa, a auditoria independente age em função de verificar as demonstrações contábeis e emitir parecer diante de sua atuação e enquadramento de acordo com a realidade empresarial. Fiscalização A fiscalização é instituída pelo Conselho Fiscal que age de forma independente como um controle para os proprietários, com o intuito de cuidar dos interesses dos acionistas majoritários e minoritários. Ética e Conflito de Interesses É necessário que toda empresa que queira estar adaptada às melhores práticas de governança corporativa desenvolva um código de ética, elaborado pela diretoria e conselho de administração, que comprometa toda a sua administração e seus funcionários, além de cumprir a legislação vigente do país. Para o bom andamento do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa há a necessidade de adotar uma linha de conduta, apresentando: Transparência Prestação de Contas Equidade. Recentemente a Comissão de Valores Mobiliários - CVM lançou uma cartilha contendo regras de governança corporativa, destacando a importância da transparência nas relações entre acionistas minoritários e majoritários, estrutura e responsabilidade do Conselho de Administração, Auditoria, Demonstrações Financeiras e Proteção a Acionistas Minoritários. Vieira e Mendes (2004, p. 104) comentam:

A prática de boa governança nas instituições aparece como um mecanismo capaz de proporcionar maior transparência a todos os agentes envolvidos com a empresa, minimizar a assimetria de informação existente entre administradores e proprietários e fazer com que os acionistas que não pertencem ao bloco de controle possam reduzir suas perdas no caso de uma eventual venda da companhia No Brasil, as organizações estão adotando boas práticas de governança corporativa e novos mecanismos para utilizar avançados instrumentos de gestão empresarial, com o intuito de aprimorar o processo decisório, conseqüentemente a gestão de negócios. 3.4 Controle Interno Segundo o IBGC, o principal executivo é responsável pela criação de sistemas de controle internos que organizem e monitorem um fluxo de informações corretas, reais e completas para a sociedade, como as de natureza financeira, operacional, de obediência às leis e outras que apresentem fatores de risco importantes. Assim, o American Institute of Certified Public Accountants (AICPA), citado por Crepaldi (2007, p. 269), define controle interno: O controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas adotados na empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidedignidade dos dados contábeis, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas. Entende-se por salvaguarda de ativos a forma pela qual são protegidos os bens e direitos da empresa. A exatidão e fidedignidade dos dados contábeis correspondem à observância das normas brasileiras de contabilidade, princípios e convenções. Logo, a eficácia operacional refere-se à equipe, pessoal qualificado, treinado, supervisionado e, que atende ao conjunto de normas estabelecidas pela organização. Por último, as políticas administrativas são as normas estabelecidas pelo conselho administrativo. Attie (2000) apresenta os objetivos do controle interno: a salvaguarda dos interesses da empresa; precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; estímulo à eficiência operacional e; aderência às políticas existentes. Para assegurar que estes objetivos sejam atingidos e as estratégias do conselho administrativo sejam executadas, os agentes de controle interno aplicam as atividades de controle - políticas e procedimentos adotados para salvaguardar o patrimônio e a eficiência das operações. Na seqüência estão associados os objetivos do controle interno aos respectivos controles necessários para sua realização: Salvaguarda dos interesses da empresa;

Attie (2000) classifica as diversas atividades de controle abaixo para a proteção dos ativos, bens e direitos: a) segregação de funções - organização operacional e de pessoal dos setores da empresa; b) sistema de autorização e aprovação as operações são efetuadas por meio de um sistema de autorização; c) determinação de funções e responsabilidades cada função possui funcionários com as responsabilidades de acordo com o cargo; d) rotação de funcionários para determinada atividade ou função, faz-se um rodízio de funcionários, objetivando prevenir fraudes; e) carta de fiança - determina que os funcionários que lidam com bens e valores, sejam responsáveis pela custódia dos mesmos; f) seguro manutenção correta de apólices de seguros para eventuais reposições de bens; g) legislação atentar para o cumprimento das legislações; h) diminuição de erros e desperdícios a supervisão do trabalho diminui os erros e desperdícios. i) contagens físicas independentes - realizar contagens físicas de valores e bens de forma periódica; j) alçadas progressivas as alçadas e procurações configuram aos altos escalões as principais decisões e responsabilidades. Precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais: Refere-se à adequacidade das demonstrações contábeis. Segundo Attie (2000), existem elementos que possibilitam atender esta exigência, relaciona-se: a) Documentação confiável: utilização de documentação apta para o registro das transações; b) Conciliação: eliminação de possíveis pendências; c) Análise: permite a constatação dos elementos a partir da identificação da composição analítica dos dados em exame; d) Plano de contas: classificação dos dados da empresa através da utilização correta das contas; e) Tempo hábil: registro das transações dentro do período de competência e em tempo hábil; f) Equipamento mecânico: agiliza o registro das transações. Para Bergamini Junior (2005, p. 33), o bom desempenho no processo de comunicação, com o fornecimento de demonstrações contábeis adequadas e que mobiliza o conjunto de controles internos contábeis, permite melhorar a classificação de risco da empresa no mercado financeiro, por diminuir a incerteza de credores e futuros acionistas. O uso de ferramentas de controle possibilita ter o ponto ótimo nas atividades executadas, sem desperdícios de recursos

em atividades supercontroladas, nem os riscos imprevistos decorrentes de atividades subcontroladas. Neste contexto, um controle interno pode facilitar o acesso ao mercado de capitais através da credibilidade que fornece às demonstrações contábeis da empresa e, este, aliado as boas práticas de governança corporativa confere uma transparência para a empresa. Estímulo à eficiência operacional: Os controles de eficiência operacional visam a oportuna execução das atividades pelos colaboradores, para atingir este objetivo, Attie (2000) relata os procedimentos: a) Seleção: pessoal qualificado para exercer as atividades; b) Treinamento: capacitar o colaborador para executar sua tarefa; c) Plano de carreira: possibilidades de maior pagamento de acordo com promoções que estimulam os funcionários a realizarem suas tarefas com entusiasmo e contentamento; d) Relatórios de desempenho: sugere aperfeiçoamento profissional através da identificação das habilidades e deficiências de cada colaborador. e) Tempo e métodos: acompanhamento da execução das atividades, visando a eficiência; f) Custo-padrão: acompanhamento do custo de produção dos bens e serviços determinados, identificando pontos favoráveis e desfavoráveis na produção; g) Manuais internos: são procedimentos internos e normatização das atividades; e h) Instruções formais: registro formal das instruções a serem seguidas pelos colaboradores, a fim de atender à política da empresa. Aderência às políticas existentes: Para aderência às políticas existentes aplicam-se as atividades de supervisão, sistema de revisão e aprovação e auditoria interna. A supervisão dos funcionários permite o acompanhamento das atividades e a correção quando há desvios e dúvidas na execução das tarefas, logo, os sistemas de revisão e aprovação indicam através da revisão e aprovação se as políticas e os procedimentos estão sendo adequadamente seguidos. Nesse processo, cabe ao Conselho de Administração a definição de diretrizes específicas, ligadas à otimização do processo de supervisão. A Diretoria Executiva deve implementar as ações diretas necessárias para o cumprimento dessas diretrizes. A ausência de controles internos adequados compromete as boas práticas de governança corporativa no processo de prestação de contas (accountability), na qual evidencia se as diretrizes estratégicas traçadas estão sendo seguidas e o grau de transparência (disclosure) fornecimento de informações relevantes para os usuários. O Controle Interno incorpora as métricas e procedimentos de monitoração do desempenho vinculado ao risco. Desse modo, garante independência a seu titular por meio do

reporte simultâneo ao principal executivo e ao Conselho de Administração e, por extensão, aos acionistas/proprietários. Se o controle interno está garantindo os objetivos do conselho administrativo, a eficiência e efetividade operacional, principalmente confiança nos registros contábeis/financeiros e conformidade com leis e normativas aplicáveis à entidade e sua área de atuação pode-se afirmar que este é um instrumento de governança corporativa, pois através de seus controles fornece à governança corporativa a transparência necessária e reporte. 4 CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA Pretendeu-se com o presente estudo apresentar argumentos que tratam da relevância dos controles internos para a obtenção de boas práticas de governança corporativa, incentivando o interesse por essa linha de pesquisa. Dessa forma, estudos adicionais podem dar continuidade e possibilitar maior engrandecimento aos resultados encontrados. Nos escândalos recentes percebe-se a dimensão dos estragos provocados pela falta de transparência na gestão das empresas. Este tema, que já discutia-se ganhou extensão estratégica para as organizações em que os resultados são estruturados em pilares de ética, confiabilidade e transparência. Neste contexto, a informação excede à legalidade fiscal e tributária, faz-se necessário um modelo de gestão em que a qualidade e a confiabilidade destas são características que fortaleçam uma imagem segura para atrair e remunerar os investidores. Neste sentido, para que as informações sejam consistentes, necessita-se de um controle em que verifique a exatidão e fidedignidade dos dados contábeis, desenvolva a eficiência nas operações e estimule o seguimento das políticas administrativas prescritas, estas, funções primordiais dos agentes de controle interno. O controle interno quando implantado em um sistema de governança corporativa, contribui com esta, no correto manuseio dos recursos colocados à disposição dos gestores para geração de receitas, salvaguarda dos interesses e ativos da empresa, precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais, aderência às políticas existentes. A importância de um efetivo sistema de controle interno nas empresas é que este evidência se as diretrizes estratégicas traçadas estão sendo seguidas e o grau de transparência e credibilidade no fornecimento de informações para os usuários. Assim, os acionistas podem ter um maior retorno sobre o capital investido, os conselheiros podem desenvolver um trabalho de qualidade, os executivos tendem a ser mais eficientes, auxiliados pela transparência proporcionada pela gestão corporativa.

5 CONCLUSÃO Como visto as boas práticas de governança corporativa fundamentam-se na clareza das informações geradas pelos gestores no desempenho de seus negócios, incluindo adequados controles aos recursos para a geração de resultados. Portanto, uma entidade precisa ser bem administrada e organizada para apresentar bons resultados de governança corporativa. O estudo constatou que o controle interno contribui na efetividade das práticas de governança corporativa, por meio da salvaguarda dos ativos e interesses da empresa, confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais, aderência às políticas existentes e correto manuseio dos recursos. A adoção de um adequado sistema de controle interno como instrumento da governança corporativa, determina a execução de controles eficazes e gerenciamento de risco, proporcionando informações relevantes de acordo com os interesses da alta administração. Observa-se que o ambiente de controle interno está voltado para atividades afins à governança corporativa, sendo que seus objetivos e procedimentos concedem a entidade a aderência as políticas e a transparência que é exigida. Lembrando que não existe controle interno especifico para a governança corporativa, mas este por si só, é uma dos pilares da boa governança. Por fim, sugere-se o desenvolvimento de novos estudos com o intuito de identificar em empresas a efetividade dos controles internos como mecanismo de governança corporativa e estudos comparativos entre organizações que utilizam os controles internos para fins de gestão e transparência na prestação de contas aos investidores. REFERENCIAS ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. BERGAMINI, Sebastião Junior. Controles Internos como um Instrumento de Governança Corporativo. REVISTA DO BNDES, RIO DE JANEIRO, V. 12, N. 24, P. 149-188, DEZ. 2005. CARVALHO, Antonio Gledson de. Governança Corporativa no Brasil em Perspectiva. Revista de Administração. São Paulo. v. 37, n. 3, p. 19-32, julho/setembro de 2002. CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. HITT, A. M.; IRELAND, R.D. e HOSKISSON, R.E. Administração Estratégica: competitividade e globalização. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA IBGC. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Disponível em <www.ibgc.org.br> Acesso em 11 mai. 2009. JENSEN, M. C. & MECKLING, W. H. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, 1976.

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