O uso de jogos didáticos como instrumento motivador para o ensino de química: o jogo Banco Atômico Químico Ana Beatriz Francelino Jota Universidade Federal do Rio Grande do Norte Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a docência PIBID - QUÍMICA
A utilização de jogos na história: Platão (427-348 a. C.): Sugeriu que a aprendizagem das crianças deveria ser feita através de jogos que simulassem as atividades dos adultos ( casinha, The Sims, boneca, etc). Os jogos estão presentes na formação humana, exemplo, sopinha de letras para aprender, etc.. No entanto, existe um caimento no uso de jogos para formação a partir da idade média devido a interferência do cristianismo impondo uma educação disciplinadora e condenando o uso de jogos como meio educacional e de entretenimento. As pessoas que jogassem estariam cometendo pecado. Exemplo: Jogos de cartas.
Renascimento:
A utilização de jogos na história: Século XVI Renascimento dos jogos educativos No século XVI com o Renascimento os humanistas reconhecem o poder educativo dos jogos e incorporamnos na vida de jovens e adultos. No século XX passou-se a discutir o objetivo dos jogos na educação. A ideia se torna mais forte na França com Jean Piaget, relata em suas obras vivências didáticas com a utilização de jogos.
A utilização de jogos na história: Para Piaget (1975) apud Cunha (2012), os jogos contribuem para o desenvolvimento intelectual das crianças e tornam-se cada vez mais significativos à medida que estas se desenvolvem. Entretanto, esse recurso, para Piaget, não têm a capacidade de desenvolver conceitos na criança, mas por cumprirem um papel importante no desenvolvimento intelectual, promovem consequentemente a aprendizagem conceitual. Uma das primeiras propostas de jogos no ensino de química foi publicada na Revista Química Nova, no ano de 1993 (Craveiro et al.), com o jogo: Química: um palpite inteligente, que é um tabuleiro composto por perguntas e respostas. Desde então temos publicações brasileiras (artigos e livros) sobre jogos, desde resultados sobre aplicação até discussões sobre objetivos educações dos jogos.
Definição de jogo: Segundo Soares (2008) apud Cunha (2012): [...] atividades lúdicas que implicam no prazer, no divertimento, na liberdade e na voluntariedade, que contenham um sistema de regras claras e explícitas e que tenham um lugar delimitado onde possa agir: um espaço ou um brinquedo. Para um jogo ser educação tem que ter equilíbrio entre o lúdico e o educativo;
Jogo educativo x jogo didático: Jogo educativo: ações ativas e dinâmicas orientadas pelo professor, permitindo amplas ações na esfera corporal, cognitiva, afetiva e social do estudante, podendo ocorrer em diversos lugares. Jogo didático: relacionado ao ensino de conceito e/ao conteúdo, organizado em regras mantendo o equilíbrio entre o lúdico e o educativo, realizado na sala de aula ou laboratório. Um jogo didático pode ser educativo porque abrange questões lúdicas, cognitivas, sociais, etc, mas nem sempre um jogo lúdico pode ser didático.
IMPORTANTE: O jogo didático não deve se levado a sala de aula apenas para preencher lacunas, é preciso que haja um planejamento do professor para saber em qual momento será utilizado um jogo, para isso é necessário ter os objetivos dos jogos bem claros.
Efeitos e mudanças que ocorrem no comportamento dos estudantes após a aplicação de um jogo, segundo CUNHA 2012: a) a aprendizagem de conceitos, em geral, ocorre mais rapidamente, devido à forte motivação; b) os alunos adquirem habilidades e competências que não são desenvolvidas em atividades corriqueiras; c) o jogo causa no estudante uma maior motivação para o trabalho, pois ele espera que este lhe proporcione diversão; d) os jogos melhoram a socialização em grupo, pois, em geral, são realizados em conjunto com seus colegas; e) melhora n rendimento escolar e na afetividade em estudantes quem têm dificuldades de aprendizagem e relacionamento; f) os jogos didáticos proporcionam o desenvolvimento físico, intelectual e moral dos estudantes; g) a utilização de jogos faz com que os estudantes trabalhem e adquiram conhecimento sem que eles percebam, pois a primeira sensação é a alegria pelo ato de jogar.
Objetivos de um jogo: Alguns objetivos são considerados quando da utilização destes no ensino de química. Dentre os muitos objetivos relacionados ao ensino, podemos destacar: Proporcionar aprendizagem e revisão de conceitos, buscando sua construção mediante a experiência e atividade desenvolvida pelo próprio estudante; Contribuir para formação social do estudante, pois os Jogos promovem o debate e a comunicação em sala de aula; Representar situações e conceitos químicos de forma esquemática ou por meio de modelos que possam representá-los. E) Motivar os estudantes para a aprendizagem de conceitos químicos melhorando o seu rendimento na disciplina; f) desenvolver habilidades de busca e problematização de conceitos; g) atividades lúdicas que implicam no prazer, no divertimento, na liberdade e na voluntariedade, que contenham um sistema de regras claras e explícitas e que tenham um lugar delimitado onde possa agir: um espaço ou um brinquedo.
Objetivo dos jogos didáticos no ensino de química: Proporcionar aprendizagem e revisão de conceitos, buscando sua construção mediante a experiência e atividade desenvolvida pelo próprio estudante; Motivar os estudantes para aprendizagem de conceitos químicos, melhorando o seu rendimento na disciplina; Desenvolver habilidades de busca e problematização de conceitos; Contribuir para formação social do estudante, pois os jogos promovem o debate e a comunicação em sala de aula; Representar situações e conceitos químicos de forma esquemática ou por meio de modelos que possam representá-los.
Banco atômico químico: 01 Tabuleiro (40 cm x 40 cm); 250 fichas denominadas Prótons; 250 fichas denominadas elétrons; 250 fichas denominadas nêutrons; 1 baralho com 50 Cartas Perguntas ; 10 cartas denominadas Propriedades ; 2 cartas denominadas Habeas corpus ; 4 cartas denominadas de Fiscalização ; 4 Pinos; 2 Dados; 1 Manual de instruções; 20 fichas Átomos.
Banco Atômico Químico: O objetivo do jogo é conquistar o máximo de propriedades para poder comprar as cartas átomos e ter uma fonte de renda. Para que isso ocorra, o jogador percorre o tabuleiro arrecadando as partículas fundamentais do átomo, elétrons, prótons e nêutrons para que assim possa adquirir as cartas átomos. A metodologia do jogo tem como objetivo revisar e sistematizar os conteúdos com temática átomo, tais como: estrutura atômica, modelos atômicos e os respectivos cientistas que os elaboraram, elementos químicos, utilidades da e Química no cotidiano, dentre outros conteúdos que podem ser abordados durante a aplicação do jogo. Observação: Manual de instruções
Banco atômico Químico: O jogo foi baseado no jogo já existe fabricado pela empresa Estrela chamado Banco Imobiliário e no jogo confeccionado como material inédito pelo grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Campus Luiz Meneghel, Bandeirantes PR, Brasil (CASTRO e COSTA, 2011).
É hora de jogar...
Bibliografia: CUNHA, M. B.. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. QNESC, Vol. 34, N 2, p. 92-98, MAIO 2012. D. B.. O Uso de Jogos no ensino e aprendizagem de Química: Uma visão dos alunos do 9º ano do ensino fundamental. XIV ENEQ.