PROJECTO PROMED - 2011/2012. A função formativa da avaliação externa. Guião de apresentação de práticas PROMED



Documentos relacionados
PLANO DE ACTIVIDADES DA BIBLIOTECA ESCOLAR. Ano lectivo de

APOIO AO ESTUDO 1º CICLO LINHAS ORIENTADORAS 2015/ INTRODUÇÃO

Evolução que se fez sentir nas práticas lectivas no que respeita à avaliação do desempenho dos alunos nas turmas envolvidas no PM

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 1º, 5º, 7º e 10º anos de escolaridade 2018/19 (aprovados em reunião de CP de 21 de novembro)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO BÁSICO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

PLANO CURRICULAR 3º CEB. Princípios orientadores

Critérios Gerais de Avaliação do 1º Ciclo ANO LETIVO

Plano de Melhoria

Critérios de Avaliação dos CEF Curso de Práticas Técnico-Comerciais 2012/2013

Atividades de Apoio Educativo

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA RELATÓRIO DA 3ª INTERVENÇÃO. Início 21 de junho de Fim 23 de junho de 2016

Questionário dirigido aos professores titulares

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO. Despacho nº 6478/2017, de 26 de julho de Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória.

Plano de melhoria. (2012 a 2015) Agrupamento de Escolas de Arga e Lima

Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar da Nazaré. Atividade de Enriquecimento Curricular TIC. Pré-Escolar Nenúfares

Avaliação de Desempenho Docente

RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO Professor

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FRAGATA DO TEJO - MOITA. Grupo Disciplinar de Matemática PLANO DE MELHORIA DOS RESULTADOS ESCOLARES DOS ALUNOS

Projecto Educativo. de Escola

Ano Letivo 2017/2018. Critérios de Avaliação Ensino Secundário

Critérios Gerais de Avaliação 1º, 2º e 3º ciclos

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO

Plano de Articulação Curricular

RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 2017/2018

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO do 1.º período

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALJEZUR

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. Jardins de Infância da Rede Privada Instituições Particulares de Solidariedade Social RELATÓRIO DO JARDIM DE INFÂNCIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ERMESINDE INDICADORES *

Agrupamento de Escolas de São Gonçalo

Critérios Gerais de Avaliação 2º e 3º ciclos

Agrupamento de Escolas Amadeo de Souza-Cardoso

2. Anos de escolaridade: 1.º ano, 2.º ano, 3.º ano, 4.º ano, 5.º ano, 6.º ano, 7.º ano, 8.º ano, 9.º ano, 10.º ano, 11.º ano, 12.

PLANO DE MELHORIA Aprovado em Conselho Geral de 28 de setembro de 2017

Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto Castanheira de Pera. Plano. Estudos. Desenvolvimento. Currículo

Critérios Específicos de Avaliação

E N S I N O SECUNDÁRIO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2017/2018

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

Critérios de Avaliação. Departamento. 1º Ciclo. Ano Letivo 2015/2016. A Presidente do Conselho Pedagógico Felicidade Alves

Matriz Modelo (a que se refere o n.º5 do artigo 3.º) Plano de Ação Estratégica. 1. Identificação do Agrupamento de Escolas ou Escola não Agrupada:

Agrupamento de Escolas Verde Horizonte. (Plano Estratégico de Melhoria) Anexo 5 ao Projeto Educativo

GUIÃO PARA A ELABORAÇÃO DE UM PORTEFÓLIO

PLANO DE MELHORIA 2016/2017 EQUIPA DE AUTOAVALIAÇÃO

Critérios de Avaliação dos CEF Curso de Operador Informático 2012/2013

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, ENSINOS BÁSICO e SECUNDÁRIO

ESCOLAS E.B.1 C/ J.I. DA COCA MARAVILHAS E DE VENDAS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1.º CICLO ( )

PLANO TIC 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO O Coordenador TIC. Sandra Aracy Alfaia Pequenão Minhós

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MOITA

Análise de Conteúdo do Relatório Síntese do Agrupamento de Escolas de Mira

Objetivos e Metas 2014/2015

ENSINO BÁSICO 6º,8º E 9º ANOS

Plano de Trabalho. Ano lectivo 2010/2011

PLANO DO DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS

Direção Geral de Estabelecimentos Escolares - DSRN AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PÓVOA DE LANHOSO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

ESCOLA SECUNDÁRIA DO RESTELO CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ANO LECTIVO DE 2010/2011

GRUPO DE MATEMÁTICA DO 2º CICLO. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Ano letivo

TECNOLOGIAS APLICADAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1.º CICLO

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DE CAPELAS PROJETO DE APOIO EDUCATIVO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MURÇA (152778) Escola Básica e Secundária de Murça (346305) RESULTADOS DA AVALIAÇÃO INTERNA 2010/2011 1º PERÍODO

Critérios de Avaliação

PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA PARA O SUCESSO ESCOLAR [2016/2018]

Planificação anual AREA DISCIPLINAR: Ed. MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA ANO DE ESCOLARIDADE: 5º

PLANO DE FORMAÇÃO 2013/2015

Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos

Plano Anual de Atividades. Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) Fernanda Moedas (Psicóloga SPO)

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular.

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

Relatório Final de Actividade. Ano Lectivo 2010/2011

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ANO LECTIVO DE 2011/2012

Plano de Melhoria. Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal

PLANO DE INTERVENÇÃO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MATOSINHOS

Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul Escola-sede: Escola Secundária de S. Pedro do Sul CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO

Critérios específicos de avaliação das aprendizagens. Grupo Física e Química

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ ESCOLAR. Ano Letivo 2014/ º Período

Escola Secundária de Cacilhas Tejo

Critérios de Avaliação 1.º Ciclo do Ensino Básico

Plano de Acção 2006/2007. Rede Social Concelho da Lourinhã

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Grupo 520 (Ciências Naturais - 7º; 8º e 9ºAnos)

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

1 Introdução PC.DO C 18/05/2011 E.D. EAA REV. 13/08/ / 18

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO 2018/2019

Operacionalização na Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira

Decreto-Lei Nº 6/2001 de 18 de Janeiro - Novos currículos do ensino básico

Departamento de Expressões Análise da Avaliação Interna do 3º Período

Plano de Melhoria 2016/2019

Critérios de Avaliação 1º Ciclo

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO

Desencadeia motivações profundas, onde os comportamentos são mais importantes que o produto final;

Acção n.º 41 Oficina de Escrita (Criativa) Modalidade: Oficina de Formação; Destinatários: Docentes dos grupos 110, 200, 210, 220 e 300

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO


Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém. Avaliação de alunos. 1.º Ciclo

Transcrição:

1 Caracterização da escola e suas concepções sobre avaliação O Colégio de Nossa Senhora da Paz é uma escola do EPC (ensino particular e cooperativo), propriedade da Província Portuguesa das Irmãs de Santa Doroteia, com alvará desde 1932 e paralelismo pedagógico. Possui, actualmente, as valências do Jardim de Infância, 1º, 2º e 3º Ciclos e Secundário com um total de cerca de 400 alunos. A auto-avaliação é o recurso privilegiado pelo Colégio de Nª Sª da Paz para a avaliação da prossecução de todas as suas finalidades e projecto, bem como de todas as suas componentes organizacionais, na medida em que se considera que ela é um dos principais recursos das escolas que procuram saber qual é o seu valor acrescentado, melhorar o seu desempenho ou mudar, conceitos importantes associados à qualidade e eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Ela tem também como objectivo permitir o acesso a outros daquilo que na escola correm o risco de ser tarefas solitárias e estritamente individuais (as aulas, as avaliações dos alunos ). 2 Prática de reflexão sobre os resultados obtidos pelos alunos em dispositivos de avaliação externa O Colégio desenvolveu um PERFIL DE AUTO-AVALIAÇÃO DE ESCOLA (PAVE), constituído por Domínios, Factores e Sub-factores que foram concebidos a partir de fontes essenciais da investigação educacional (IGE, Modelo EFQM, Modelo CIPP e o PAVE descrito por MacBeath, 2005). O seu Domínio 9, que se refere aos Resultados dos Alunos, é utilizado para avaliar o Produto. Este domínio considera os seguintes Factores e Sub-Factores: FACTOR Resultados académicos Resultados sociais: Desenvolvimento cívico: envolvimento dos alunos, responsabilização e identificação com a escola Comportamento e disciplina Follow up SUB - FACTOR Médias e progresso por disciplinas, avaliação interna e externa, retenção; (Qualitativo: respeito, solidariedade, responsabilidade; n.º de alunos com prémios mérito na categoria Atitude Cívica Nº de faltas e processos disciplinares Quantitativo e qualitativo O PAVE tem aplicação bienal, tendo-se no entanto considerado crucial uma aplicação de carácter mais simplificado nos anos intermédios; desta faz parte o Domínio 9, no fator dos Resultados Académicos e respectivo sub-factor (Médias e progresso, insucesso, avaliação interna e externa, taxa de retenção). Estes dados anuais (da avaliação externa e interna) são apresentados, globalmente e na sua evolução, em reunião geral de Docentes e Não Docentes. Os dados da avaliação interna são comunicados e analisados trimestralmente por todos os professores, no 1º ciclo (Balanços de Rendimento Académico por turma), 2º e 3º Ciclos e Secundário (Médias por turmas e disciplina, insucesso). Os dados relativos à avaliação externa são comunicados e objeto de reflexão, assim que são disponibilizados pelo GAVE ou ENEB, junto de todos os professores do 1º Ciclo, dos professores de

Matemática e Língua Portuguesa (2º e 3º Ciclos) e dos professores das disciplinas objeto de Testes Intermédios no 3º Ciclo ou titulares de turma (no caso dos Testes Intermédios do 1º Ciclo). Nestes dados são habitual e globalmente analisados, por todos os professores: a) O desempenho dos alunos por comparação com padrões de referência tais como: a.1) Médias Nacionais a.2) Resultados internos (avaliações escritas) dos mesmos alunos a.3) Resultados dos anos anteriores (nacionais, regionais e internos, de outros alunos) b) O desempenho dos alunos por competências/áreas temáticas, identificando áreas fortes e aquelas nas quais a generalidade dos alunos não obteve os resultados esperados ou em que revelaram mais dificuldade. Pretende-se, neste último caso: - Verificar se o que esteve em causa foi a tipologia das questões ou o não domínio de competências/conteúdos; - Definir estratégias e procedimentos que melhorem as competências (p.e. a reorganização da gestão do currículo, com diversificação de estratégias e planificações adequadas -por ano e turma). Especificamente, são consideradas, nas Provas de Aferição, as percentagens dos diferentes níveis (A a E) por disciplina, ano e turma; nos Testes Intermédios, a correlação com os resultados dos Exames Nacionais (como forma de prognóstico e deteção preventiva de áreas de melhoria) e a comparação com o histórico dos resultados internos e nacionais; nos exames Nacionais, o benchmarking com escolas de perfil idêntico ao do Colégio de Nossa Senhora da Paz, a comparação com resultados da avaliação interna e com resultados obtidos em anos anteriores, a comparação com os resultados nacionais. Para estes estudos são utilizadas metodologias de análise e reflexão variadas tais como: reuniões de pares pedagógicos, reuniões de grupos disciplinares, reuniões pedagógicas interciclos, grelhas de sistematização de resultados quantitativos, guiões reflexivos sobre práticas pedagógicas e resultados. 3 Práticas resultantes da reflexão sobre os resultados obtidos pelos alunos em dispositivos sobre avaliação externa produzidos pelo Ministério da Educação As principais alterações introduzidas pelos professores na sua prática pedagógica graças à reflexão referida anteriormente foram: a) O envolvimento dos alunos, de uma forma mais ativa, no processo de ensino-aprendizagem (p.e. capacidade de demonstração e da comunicação Matemática) b) A introdução de estratégias de consolidação de conteúdos/competências em falta ou com piores resultados (áreas prioritárias de melhoria) c) A reformulação da abordagem dos diferentes conteúdos das disciplinas d) A alteração de planificações e) A revisão da gestão do programa, com menos incidência em alguns conteúdos (Testes Intermédios) f) A mobilização dos tempos letivos de Estudo Acompanhado para implementação das áreas de melhoria detetadas g) A promoção da articulação entre docentes h) A revisão sistemática (através de resumos, fichas de revisão e materiais diversos) dos conteúdos dos vários anos de escolaridade. i) A realização de trabalho individualizado dirigido a treino de competências específicas. j) O reforço do esclarecimento dos critérios específicos de correção (de Provas de Aferição e Exames Nacionais)

k) O reforço da preparação dos alunos para a tipologia de questões das Provas e/ou Exames l) A realização de Provas e/ou Exames de anos anteriores e Provas/Exames modelo m) A realização de exercícios de aplicação com relacionamento de conteúdos de vários anos de escolaridade (p.e. 7º, 8º e 9º Anos) n) A adaptação dos testes internos de avaliação ao modelo das Provas de Aferição, ou Exames Nacionais ou Testes Intermédios, com inclusão de: - questões daqueles (de anos anteriores) - exercícios de tipologia similar - aplicação dos mesmos critérios de correção a partir do 5º Ano. o) A reflexão sobre as questões das Provas de Aferição imediatamente após a realização das mesmas. Para a promoção da melhoria nas práticas pedagógicas são realizadas regularmente acções de formação específicas que resultam do levantamento das necessidades de formação dos docentes dos diferentes ciclos de ensino. A título de exemplo, decorre ao longo deste ano lectivo uma formação sobre o novo programa de matemática (1.º CEB) que visa a promoção de estratégias instrutivas para o trabalho das competências previstas neste programa. 4 Exemplos específicos de Práticas resultantes da reflexão sobre os resultados obtidos pelos alunos em dispositivos sobre avaliação externa produzidos pelo Ministério da Educação 1 TESTE INTERMÉDIO DE CIÊNCIAS NATURAIS 3º CICLO Neste caso, considerou-se que seria uma mais-valia para os alunos a adequação da estrutura e tipologia dos testes da avaliação interna à dos Testes Intermédios desta disciplina (mesmo tendo em conta os muito bons resultados neles obtidos pelos alunos), nomeadamente através de: - Relacionamento de conteúdos do 5º e 6º Anos ou 7º, 8º e 9º Anos no mesmo exercício de aplicação; - Inclusão de mais itens com suporte em documentos, textos, tabelas, gráficos, mapas, fotografias, etc; - Inclusão de itens que recorrem à mobilização de saberes relativos a mais do que um dos temas programáticos; Esta prática foi generalizada aos testes de avaliação interna dos alunos desde o 5º Ano do Ensino Básico (a partir do ano letivo de 2011/2012), pretendendo-se com ela prepará-los e treiná-los para melhores competências de compreensão, interpretação, mobilização de saberes e estabelecimento de relações. 2 PROVAS DE AFERIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 2º CICLO Os resultados da avaliação externa (Provas de Aferição) apontavam para alguma dificuldade, por parte dos alunos, na deteção de informação dispersa ou implícita num texto, ou para a sua deteção incompleta. Assim, a nova prática visou melhorar a competência de todos os alunos do 2º Ciclo, e logo desde o 5º Ano, de selecionar e assinalar toda a informação requerida numa questão e que se encontra explícita ou implícita num texto, mesmo de forma dispersa.

Os alunos passaram obrigatoriamente, antes de procederem às suas respostas, a sublinhar nos textos lidos toda a informação abrangida por cada questão, assinalando na margem do texto o número da questão correspondente. Respostas mais completas e o desenvolvimento de competências de dedução de sentidos implícitos foram os resultados obtidos com a prática acima mencionada. Inicialmente, os alunos ofereceram-lhe resistência, uma vez que esta prática é mais trabalhosa e morosa, mas a sua aplicação continuada e as vantagens reconhecidas nos resultados levou a uma adesão mais generalizada e significativa. A implementação desta estratégia teve como contrapartida, ou resultado não previsto, uma maior lentidão no processo de resposta a um questionário. 3 TESTE INTERMÉDIO DE INGLÊS 3º CICLO Depois de conhecidos a estrutura e resultados deste Teste Intermédio (em que os alunos revelaram melhores resultados na componente de reading and writing ), a nova prática pedagógica consistiu no aumento das actividades de listening (áudio e vídeo) e na implementação de fichas de verificação da compreensão dos enunciados orais, para todos os alunos e logo desde o 5º Ano do Ensino Básico. Pretende-se assim melhorar o desempenho dos alunos, promover a sua autoconfiança neste tipo de atividades e implementar estratégias mais diversificadas de aprendizagem e avaliação. Os alunos têm revelado bons resultados nos testes de listening, prevendo-se que a sua prática continuada e desde muito mais cedo (desde o 5º Ano), produza uma clara mais valia formativa, bem como resultados significativamente melhores no final do ensino básico, comparativamente com os primeiros alunos que realizaram esta tipologia de Teste. 4 PROVAS DE AFERIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 1º CICLO Os resultados das Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 1º Ciclo apontaram a área da expressão escrita como uma área de melhoria na aprendizagem dos alunos do 1º Ciclo do Colégio. Por essa razão, quer no Plano de Melhoria Institucional do 1º Ciclo (para 2010/2011), quer nos Planos de Melhoria Individuais dos professores titulares de turma (resultantes da Avaliação de Desempenho Docente Individual, realizada internamente) se considerou a ( ) a Promoção de competências de escrita, nomeadamente, as Estratégias de diversificação de escrita (procura de materiais, formação,, como área prioritária. Assim, a nova prática pedagógica consistiu no treino mais sistemático e diversificado de diferentes tipos de escrita, desde o inicio do ensino básico (todos os alunos do 1º Ciclo). As planificações das diferentes turmas foram revistas, bem como o seu trabalho diário, tendo-se construído um documento interno com as principais estratégias a utilizar/implementar neste domínio, que passou a ser considerado central em termos curriculares. Exercícios de escrita criativa, e de leitura dramatizada; reconto de histórias; escrita de textos de diferentes tipologias; planeamento, execução e avaliação da escrita de textos propostos (a partir de esquemas e chuva de ideias); escrita semanal de histórias a partir de frases, estruturas, imagens dadas ou jogos lúdicos de palavras oficina de escrita Uma história vai nascer ; organização de ficheiros com diferentes propostas de escrita de textos; escrita de histórias colectivas; grelhas de autocorrecção e de

planeamento e correção de textos escritos; leitura autónoma na sala de aula; ditados com auto e hétero correcção ortográfica, foram algumas das principais estratégias implementadas. Constata-se que, por exemplo: - os alunos que neste momento frequentam o 2º Ano de escolaridade, embora ainda na fase de iniciação de construção de textos, possuem mais ferramentas básicas para este efeito, obtendo melhores resultados neste área nos seus testes de avaliação interna; - os alunos que frequentam o 3º ano melhoraram a sua estruturação do pensamento, com um encadeamento mais organizado e lógico das suas ideias; - as melhorias ao nível dos alunos do 4º Ano se situam na organização, estruturação e sequencialização das ideias apresentadas nos seus textos, bem como na adequada utilização da pontuação; - os resultados obtidos nesta área, na Prova de Aferição de Língua Portuguesa de 2011, apresentaram melhorias significativas face ao ano anterior (com um aumento de 23%) e face à média dos três anos anteriores (com um aumento de 18%). Os alunos participam ativamente neste processo, auto-corrigindo os seus textos depois de dadas a cada um as pistas de melhoria, desenvolvendo sistematicamente competências críticas relativamente ao seu próprio trabalho e ganhando consciência da importância da escrita organizada como forma de comunicação. 5 TESTES INTERMÉDIOS 1º CICLO O Teste Intermédio de Matemática, realizado pelos alunos do 2º Ano revelou a existência de potenciais áreas de melhoria, face aos objetivos propostos, no campo da resolução de situações problemáticas e da comunicação matemática. As novas práticas implementadas passaram pela criação da Oficina de Matemática para a promoção da utilização de diferentes estratégias de resolução de problemas: semanalmente os alunos distribuem-se em grupos de 3 ou 4 elementos e resolvem 2 ou 3 situações problemáticas/desafios matemáticos, sendo a solução de 1 posteriormente comunicada ao grande grupo; implementação do Problema da Semana, que é colocado no caderno, resolvido em casa (com o envolvimento das famílias, que se disponibilizaram para este efeito) e apresentado ao grande grupo em função das diferentes estratégias de resolução; o Ginásio da Matemática, dedicado à resolução de desafios e problemas, também através da utilização de diferentes estratégias de cálculo. Foi também detetada a necessidade de se treinar competências de análise de questões e revisão de respostas de acordo com os enunciados. Introduziu-se por isso uma prática lectiva que consiste na explicitação de questões de reflexão que os alunos devem utilizar no seu discurso interno durante a realização dos exercícios (ex. O que me está a ser perguntado? Respondi a tudo? Respondi sem erros?, ). Paralelamente, foram definidas algumas estratégias personalizadas para alunos que apresentavam desfasamento em competências específicas de acordo com o relatório dos testes intermédios. Estas estratégias foram partilhadas com os pais, em reuniões individuais, com o objectivo de se promover um trabalho conjunto entre a escola e a família. Todas tiveram como objetivos estimular o gosto pela matemática e pelos seus desafios; promover o interesse pela resolução de problemas; desenvolver hábitos de persistência e resiliência (perante as dificuldades). E tiveram como resultado um maior empenho e entusiasmo por parte dos alunos, a melhoria da comunicação matemática e a melhoria do sentido crítico indispensável na leitura inicial de situações problemáticas.