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Transcrição:

Operador: Bom dia, senhoras e senhores, e obrigado por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência da Guararapes Riachuelo, para discussão dos resultados referentes ao 3T11. Informamos a todos os participantes que a apresentação que será realizada a seguir está disponível para download no site www.riachuelo.com.br/ri, seção de investidores. Informamos também que os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Guararapes Riachuelo, bem como em informações atualmente disponíveis para a Companhia. Considerações futuras não são garantias de desempenho e envolvem riscos, incertezas e premissas. Estas se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar os resultados futuros da empresa e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Tulio Queiroz, Controller e Relações com Investidores da Companhia. Por favor, Sr. Queiroz pode prosseguir. Bom dia. Gostaria de cumprimentar todos os participantes desta teleconferência, na qual comentaremos os resultados do 3T11. Aqui comigo estão presentes: Flávio Rocha, CEO da Riachuelo, Newton Rocha, Superintendente da Riachuelo, e Eduardo Yamaguchi, responsável pela contabilidade da Midway Financeira. Passando agora para a apresentação presente em nosso website, no slide número três temos a evolução da receita líquida consolidada de mercadorias, que totalizou R$581 milhões no trimestre, 12,1% a mais que o registrado no 3T10. No critério mesmas lojas, o crescimento foi de 3,8%. No período de janeiro a setembro de 2011, a receita atingiu R$1,582 bilhão, 12,9% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. No critério mesmas lojas, o crescimento foi de 3,7%, ou 5,6% ao se excluir o efeito negativo das reformas realizadas no período. A performance de venda foi determinada por dois momentos bastante distintos, o primeiro antes do Dia dos Pais, e o segundo após o Dia dos Pais. No decorrer do mês de julho, e principalmente durante a primeira quinzena de agosto, a Companhia apresentou crescimento de vendas significativo; já durante a segunda metade do - 1 -

trimestre, a situação mudou e o cenário passou a ser mais desafiador, com maior dificuldade de atração de fluxo e menor conversão em vendas. No slide seguinte, de número quatro, podemos observar a evolução do ticket médio da Riachuelo, assim como o crescimento de sua base de cartões. O ticket médio do Cartão Riachuelo atingiu R$124 no 3T11, um crescimento de 11,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior. No período acumulado de janeiro a setembro, o crescimento foi de 9,7%, alcançando R$121 no período. Ao final de setembro, a base total de Cartões Riachuelo atingiu a marca de 19,2 milhões de unidades, das quais 535.000 foram emitidas neste 3T. No slide número cinco, apresentamos o breakdown das vendas da Riachuelo. No trimestre, o Cartão Riachuelo foi responsável por 51,3% das vendas totais, sendo destes, 11,3% referentes à opção que envolve planos com juros. No acumulado de janeiro a setembro, o Cartão Riachuelo representou 51,9% das vendas, sendo 12,4% referentes à operação envolvendo cobrança de juros. No slide seguinte, de número seis, podemos observar que o nível de perda das operações do Cartão Riachuelo atingiu 7,2% ao final deste trimestre, em linha com o inicialmente esperado e em conformidade com o estoque de provisão atual. Desta forma, esperamos encerrar 2011 com um nível de perda entre 7% e 7,5%. O nível de perda das operações de empréstimo pessoal e Saque Fácil apresentou queda, passando de 11,4% em setembro de 2010 para 9,2% em setembro deste ano. Tal redução é reflexo da política de concessão de crédito mais conservadora adotada pela Companhia. Ao final de setembro, a carteira de empréstimo pessoa, incluindo encargos, totalizou R$87,6 milhões. No quadro presente na parte inferior do slide, podemos observar que a Midway Financeira possui estoque de provisão superior ao patamar mínimo estabelecido pelo Banco Central para todas as faixas de volume de carteira. Desta forma, a Companhia encerrou o ano com saldo de PDD 20,3% acima do mínimo requerido pelo Bacen, que, por sua vez, cobre 105% dos créditos em atraso superiores a 90 dias. O estoque de provisão manteve-se em linha com o apurado no 2T, passando de 7,7% sobre a carteira de vencidos até 180 dias para os atuais 7,8%. Conforme ilustrado no slide número sete, o EBITDA da operação financeira totalizou R$27 milhões no 3T. No período acumulado de janeiro a setembro de 2011, o EBITDA da operação financeira registrou R$124 milhões, com crescimento de 12,6%. Desta forma, a operação financeira representou 25% do EBITDA consolidado do Grupo no decorrer do trimestre, e 32,4% no acumulado de janeiro a setembro. No slide seguinte, vemos um panorama da área de vendas da Riachuelo. A Companhia encerrou o 3T11 com 131 lojas e 337.000 m² de área em operação. Para o ano de 2011, das 22 novas lojas confirmadas, dez já foram inauguradas. As outras 12 faltantes serão abertas no decorrer de novembro e dezembro. Para o ano de 2012, em função da postergação da data de inauguração por parte de empreendedores, e do maior nível de incerteza em relação ao cenário macroeconômico, o objetivo da Companhia volta a ser de 30 novas lojas. - 2 -

Conforme pode ser observado na ilustração presente na parte inferior do slide número nove, a Companhia possui um importante ativo real, composto por 46 lojas em imóveis próprios e pelo Midway Mall, localizado em Natal. Em relação à performance operacional do Mall, podemos observar que a receita líquida do empreendimento cresceu 20,6% no trimestre, totalizando R$10,5 milhões. No período acumulado de janeiro a setembro, a receita líquida atingiu R$28,9 milhões, 21,3% superior aos R$23,8 milhões registrados no mesmo período de 2010. O EBITDA do Midway cresceu 24% no trimestre, alcançando R$9,8 milhões. No acumulado de janeiro a setembro, o EBITDA apurado foi de R$26,3 milhões, com crescimento de 20,6%. No slide seguinte, de número dez, passaremos por alguns destaques financeiros consolidados do período. Na parte superior do slide, podemos observar que a receita líquida consolidada alcançou R$737 milhões no trimestre, 17,1% maior que os R$629 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. No período acumulado de janeiro a setembro, a receita líquida consolidada totalizou R$2,12 bilhões, com crescimento de 19% quando comparado ao mesmo período de 2010. Além do desempenho das vendas da Riachuelo, a performance da Midway Financeira e do Midway Mall também contribuíram para a geração de valor verificada no trimestre. No slide a seguir, de número 11, temos a evolução do lucro bruto consolidado da Companhia. No 3T11, o lucro bruto consolidado registrou R$416 milhões, 16,6% superior aos R$357 milhões apurados no 3T11, com margem bruta de 56,4%. No período acumulado de janeiro a setembro, o lucro bruto atingiu R$1,165 bilhão, com margem bruta de 57,9%. Como consequência do desenvolvimento do modelo integrado e da maior participação de produtos importados, a margem bruta consolidada de mercadorias voltou a evoluir de maneira consistente no decorrer do trimestre, registrando aumento de 1,6 p.p. no período, passando de 50,3% no 3T10 para 51,9% no 3T11. No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento foi de 1,4 p.p., atingindo 53,3%. No slide número 12, analisaremos o comportamento das despesas operacionais da Companhia. No trimestre, as despesas operacionais totalizaram R$288 milhões, 29,4% acima dos R$223 milhões registrados no 3T10. No período acumulado dos 9M11, as despesas alcançaram R$770 milhões, ou 22% superior ao apurado no mesmo período do ano anterior. Conforme ilustrado na parte inferior do slide, as despesas operacionais por m² cresceram 12,3% no trimestre, e 7% no período de janeiro a setembro. O crescimento das despesas operacionais é consequência de um maior volume de despesas relativas às lojas novas, e também relativas às despesas pré-operacionais das lojas que serão inauguradas em novembro e dezembro. Além disso, a Companhia direcionou mais recursos para suas campanhas publicitárias. - 3 -

No slide a seguir, de número 13, temos a composição do EBITDA. No 3T11, o EBITDA totalizou R$110 milhões, com margem EBITDA sobre receita líquida consolidada de mercadorias de 18,9%, ante 22,8% registrados no 3T10. No período acumulado de janeiro a setembro, o EBITDA totalizou R$384 milhões, 13,2% maior que o apurado no mesmo período do ano anterior, com margem EBITDA sobre receita líquida consolidada de mercadorias de 24,3% no período. No decorrer do trimestre, o impacto negativo nas vendas foi compensado em parte por uma consistente expansão de margem bruta de mercadorias. Mesmo com forte controle de despesas operacionais realizado desde o início do exercício, tais despesas foram pressionadas no trimestre por uma maior quantidade de inaugurações. As despesas relativas às perdas das operações com Cartão Riachuelo também contribuíram para o desempenho alcançado no período. No slide a seguir, de número 14, temos a evolução do lucro líquido consolidado da Companhia, que totalizou R$58,4 milhões no trimestre, ante R$64 milhões apurados no 3T10, com margem líquida consolidada de 7,9% sobre a receita líquida total, ou de 10% se calculada sobre a receita líquida de mercadorias. Nos 9M11, o lucro líquido atingiu R$217,4 milhões, um aumento de 24,2% em relação aos R$175 milhões apurados no mesmo período de 2010, com margem líquida consolidada de 10,8% sobre a receita líquida total, ou de 13,7% se calculada sobre a receita líquida de mercadorias. No próximo slide, de número 15, temos a distribuição dos R$226 milhões investidos em ativos fixos pela Companhia no período acumulado de janeiro a setembro. Deste montante, R$203 milhões foram destinados à Riachuelo, sendo R$88 milhões alocados no processo de abertura de novas lojas e outros R$101 milhões no processo de remodelação de filiais. Sendo assim, do total investido, 89% foi direcionado à Riachuelo e 11% à Guararapes. Por fim, no slide número 16 temos a evolução da quantidade de colaboradores, separados entre Riachuelo e Guararapes. Conforme podemos observar, a Companhia encerrou o trimestre com 38.691 colaboradores, 2,9% inferior ao mesmo período de 2010. Seriam estes os nossos comentários, e a partir de agora, toda a equipe aqui presente está à disposição para responder as perguntas que julguem necessárias. Obrigado. Eric Guedes, Banco Safra: Bom dia. Eu tenho algumas perguntas, na verdade. A primeira, Tulio, se você puder comentar um pouco a expansão de margem bruta. Já tinha sido verificada no 2T, ano contra ano, esse trimestre veio um pouco melhor, mas ainda assim com uma expansão razoável. Até que ponto isso é atribuído ao aumento de importados como participação no total da receita, ou quanto vem de fato da integração de varejo e confecção? Pelas minhas contas, teve 1,6% de expansão de margem. Se você conseguisse dar esse breakdown. - 4 -

A segunda pergunta seria sobre o SG&A, que veio razoavelmente mais pesado, olhando para o varejo nesse trimestre. O que vocês esperam para frente, para 4T11, para 2012? Esse é um novo patamar, ou de fato o 3T foi um pouco além da conta? A terceira pergunta, same-store sales. Eu sei que vocês talvez não queiram falar muito, mas olhando para o trimestre, claramente, a primeira metade dele foi superior, na segunda metade desacelerou. Como estão sendo outubro, novembro? Os níveis estão acima do que vimos no 3T cheio? Estão mais próximos da primeira metade do 3T? Se você pudesse dar uma direção nesse sentido. E, por último, ritmo de abertura de lojas, que no último trimestre vocês haviam dado aquele guidance de 40 lojas, e nas últimas vezes que falei com a Companhia me parecia ser algo mais próximo de 30, as dez lojas de diferença estariam ainda a depender do cenário econômico para 2012. Eu queria saber como permanece essa questão de abertura de lojas para 2012. São essas as minhas perguntas. Bom dia, Eric. Começando pela primeira pergunta, referente à evolução de margem bruta, na verdade, esse 3T, assim como os demais trimestres, se voltarmos um pouco e pegarmos os números desde 2006, por exemplo, a Companhia vem mostrando uma expansão consistente de margem bruta. É claro que cada período, cada trimestre sempre tem um fator novo, algum fator relevante, mas por trás dessas consistência presente nos últimos cinco anos, o que existe é um processo de desenvolvimento do modelo integrado, onde a Riachuelo puxa cada vez mais, determina o que é produzido e o que deve estar presente nas lojas de acordo com a real performance em área de vendas. Inclusive, isso é um processo que acreditamos que ainda está em desenvolvimento; ou seja, tem muito ainda o que se extrair desse modelo, o desenvolvimento dessa operação, para se buscar efetivamente uma operação de fast fashion. Então, se voltarmos aos números de 2006, tínhamos uma margem bruta de mercadorias em torno de 46%, fechamos 2010 acima de 52% e no decorrer de 2011 estamos mostrando, trimestre a trimestre, expansão significativa de margem. É claro que o número do 2T foi muito mais forte, ali tinha uma série de oportunidades por conta da coleção de inverno, o desempenho de vendas também foi muito mais favorável. Mas mesmo em um cenário de venda que se tornou um pouco mais desafiador, nessa segunda metade do trimestre, a margem bruta mostrou mais uma vez o potencial de expansão, e realmente com uma combinação, teve uma participação importante do aumento do mix de importado. Mas lembrando: nos últimos cinco anos, o grande driver dessa expansão de margem foi essa questão da integração, a Guararapes desenvolvendo e produzindo cada vez mais produtos de valor agregado, e respondendo ao que efetivamente se opera na área de vendas. É claro que fizemos também algumas alterações em área de vendas, mexemos nos equipamentos, e hoje eles são muito mais condizentes para expressar e exibir a grande variedade de produtos e modelos que, com o modelo de equipamento antigo, - 5 -

você acaba não dando a correta exposição a estes produtos. Então, foi outro driver que ajudou. Eu diria que é a combinação desses fatores, mas sem dúvida alguma que continua puxando, e acreditamos que daqui para frente continuará tornando essa questão da margem bruta ainda um potencial relevante para a Companhia, o desenvolvimento do modelo integrado. Eric Guedes: Mas você tem alguma ideia, por alto que seja, desse 1,6%, o quanto é aumento de importado? Minha pergunta é mais porque isso, obviamente, acaba sendo uma expansão na margem bruta de forma mais imediata, enquanto a integração varejoconfecção é mais gradual. Queria entender, desse 1,6% de expansão, quanto veio da integração do varejo e da confecção. Você tem uma ideia de quanto foi isso? Eric, eu diria que o impacto do desenvolvimento integrado, com a melhor performance dos produtos Guararapes, representou em torno de 70% dessa expansão de margem bruta, e o demais foi composto por essa questão dos importados. Os importados têm uma margem muito boa; claro que houve uma pequena pressão por conta do aumento do USD, mas, mesmo assim, continua tendo oportunidades muito importantes na linha de importados. Inclusive é um dos drivers, vamos continuar aumentando essa participação no decorrer do 4T e de 2012. Entrando na sua segunda pergunta, em relação ao SG&A, desde o 4T10 a Companhia passou a mostrar um controle forte de despesa operacional, e aí é uma combinação de despesa administrativa com despesa de vendas. Sabemos que em um processo em que você acelera o ritmo de abertura de lojas, você sente uma pressão de curto prazo muito grande por conta de despesas de lojas novas, que claramente as receitas ainda estão maturando, e a despesa, na hora em que você abre a operação, no dia seguinte, até antes da abertura as despesas pré-operacionais já estão correntes. Então, sem dúvida alguma, há uma pressão de curto prazo de despesas para ser administrada. O que eu posso dizer é que esse patamar de despesa operacional do 3T estava contemplado no nosso orçamento; é verdade, também, que houve uma dificuldade maior de vendas na segunda metade do trimestre, que comprometeu um pouco essa relação de despesa operacional versus receita líquida. Mas internamente, o controle de despesas, o orçamento continua alinhado para se buscar aquilo que dissemos desde o início do ano, que é tentar buscar uma mesma margem EBITDA em 2011 em relação a 2010, mesmo tendo uma pressão muito grande da mudança do ritmo de inauguração, que já começou em 2010, e agora, em 2011, com a abertura de 22 lojas. É claro que também tem outros fatores; este é um fator que foi bastante forte e continuará sendo, no processo de aceleração do ritmo de abertura de lojas. Mas tem outros pontos: a Companhia decidiu estrategicamente também aumentar o volume de investimento em propaganda, em suas campanhas publicitárias. Com isso você faz um - 6 -

investimento de criação de imagem de moda, que você colhe parte desse investimento no curto prazo, parte no médio prazo. Então, é claro que esse crescimento do SG&A é combinado com uma pressão grande de lojas novas, que sabemos que existe e continuará existindo, que deve, sim, ser administrado, e também por pontos específicos da estratégia, como mencionei, a questão de um investimento maior em propaganda. Entrando em sua terceira pergunta, em relação à performance de same-store sales do trimestre e o que estamos enxergando para o 4T, já outubro e começo de novembro, o que eu posso dizer é que o 3T realmente foi atípico em termos de performance de venda, porque ele começou com o mês de julho bastante em linha com o que vinha ocorrendo no decorrer do 1S, entramos em uma primeira quinzena de agosto realmente muito forte, antes do Dia dos Pais, que nos deixou até bastante animados no decorrer dessa primeira quinzena de agosto; e depois do Dia dos Pais, o que vimos realmente foi uma mudança de cenário, que ficou mais difícil, ficou mais difícil atrair fluxo, se tornou mais difícil a conversão desse fluxo em vendas. O que eu posso dizer é que essa tendência mais desafiadora se manteve no decorrer do mês de outubro. Vamos aguardar para ver como se comportará esse cenário no decorrer de novembro e dezembro. Mas as apostas da Companhia para esse 4T, claro que foram baseadas no desenvolvimento e desempenho da operação no 3T. Eric Guedes: Vocês estão, em termos de volume que estão se preparando na confecção, imaginando um Natal um pouco mais fraco? Não digo nem no ano contra ano, mas no trimestre contra trimestre, obviamente respeitando a sazonalidade. Outubro, pelo que eu entendi, seguiu mais a linha da segunda metade do 3T. Novembro se confirmando, talvez a produção de vocês visando o Natal, que eu imagino que já esteja sendo planejada, talvez já esteja sendo feita mais com essa base de um crescimento menor, em linha com a segunda metade do 3T, e talvez outubro. Dá para ter esse raciocínio? Eric, costumamos, em relação a essas apostas e essa programação de produção, ter uma postura um pouco mais conservadora. Então, estamos trabalhando com um cenário de pelo menos o desempenho desse 3T, e obviamente esperando uma recuperação no decorrer de novembro e dezembro. Se você me permitir, passo a para a sua quarta pergunta, em relação a lojas novas. Realmente, houve no decorrer de 2010 e 2011 uma mudança importante no ritmo de expansão de loja. Este ano, vamos entregar as 22 lojas planejadas; para o ano que vem, voltamos com o objetivo de 30 lojas. É claro que aí é a combinação de alguns fatores: uma parte, a transferência de datas de inauguração por parte de alguns empreendedores; e a outra parte é uma combinação de exigência de retorno dos projetos, versus uma situação econômica de curto prazo um pouco mais desafiadora. Decidimos colocar um hold nesses dez projetos adicionais que havíamos comentado, ou seja, que havíamos subido de 30 para 40, por conta desse cenário. - 7 -

O cenário fica mais desafiador, nós não abrimos mão dos retornos mínimos de ROIC por projeto, quem acompanha a Companhia de perto sabe disso. Somos muito criteriosos nessa questão de análise de projetos. Então, é uma combinação desses fatores. Nós não vamos incrementar dez projetos onde não estejamos confortáveis com o patamar de retorno. Então, preferimos voltar ao patamar de 30 e aguardar a performance e o desenvolvimento no decorrer de 2012. Eric Guedes: OK, Tulio. Obrigado pelas respostas. Irma Sgarz, Goldman Sachs: Bom dia. Eu tenho duas perguntas. Queria entender um pouco melhor as tendências que vocês estão vendo na operação de crédito ao consumidor. Estava vendo aqui que vocês tomaram algumas medidas para restringir o crédito um pouco. E se puderem comentar sobre o comportamento do consumidor e as taxas de aprovação, se isso tem mudado ao longo dos últimos meses. E também, temos ouvido bastante, através das outras empresas, do impacto da greve nos Correios em setembro. Eu queria ouvir de vocês se sentiram impacto disso, ou nem tanto. E a segunda pergunta é sobre as lojas reformadas: você consegue dar uma cor sobre quanto as vendas mesmas lojas estão nas lojas reformadas? Quais os impactos que vocês estão vendo lá? Obrigada. Bom dia, Irma. Começando com sua primeira pergunta, em relação ao crédito, eu diria que o comportamento da carteira no decorrer desse 3T foi rigorosamente dentro do inicialmente esperado pela Companhia. Desde o 1T11, temos sinalizado que esperamos um nível de perda de vencidos a mais de 180 dias entre 7% e 7,5% para o final do ano. Ou seja, fazendo o acompanhamento das safras mais jovens, você tem um nível de assertividade grande ao projetar o que vai acontecer com as perdas depois de seis meses, é exatamente esse o tipo de controle que fazemos. Então, estamos muito confortáveis com o patamar entre 7% e 7,5% para o final do ano, e provavelmente algo um pouco maior que isso, entre 7,5% e 7,7% para o 1T12. E aí, claro, estamos sempre de olho em cada uma das faixas, principalmente as mais novas, em como está o comportamento delas. Uma vantagem é que, desde a faixa inicial nossa, ou seja, na hora em que o crédito fica atrasado entre 15 e 30 dias, nosso volume de provisão em relação a essas faixas é bastante confortável, próximo de 7%. Para todas as demais faixas, adotamos um critério de provisionamento inclusive mais conservador que aquele exigido pelo Banco Central. - 8 -

Grosso modo, o que tentamos fazer é antecipar nos resultados, de maneira conservadora, a situação atual da carteira, incluindo as faixas mais jovens de atraso. Em relação à greve dos Correios, claro que tem um impacto pontual, mas eu diria que, no nosso caso, esse impacto nos números foi marginal, porque a Companhia adotou medidas específicas, como SMS e uma série de medidas alternativas para tentar fazer com que o recebimento não fosse muito afetado. E eu diria que obtivemos um nível de sucesso grande com essas medidas. Entrando em sua segunda pergunta, em relação às lojas reformadas, novamente, nessa questão de reformas tem dois drivers importantes. O primeiro é fazer efetivamente a reforma de manutenção necessária; ou seja, cada área, cada projeto tem uma vida útil importante, e é importante você reformular e trazer para o padrão arquitetônico mais novo. O segundo driver é exatamente trazer essas lojas para um formato de visual merchandising mais aderente à estratégia da Companhia, fazer com que a Guararapes desenvolva cada vez mais modelos; hoje já são 10.000 novos modelos por ano, e não faz sentido você ter equipamentos que não expressem, que não mostrem de maneira correta ao consumidor toda essa variedade. Então, é a combinação desses dois fatores. E realmente, o intuito das nossas lojas, das nossas reformas, é trazer muito mais experiência de compra para o consumidor. Esse é um driver importante no qual acreditamos. Claro que o consumidor vai a nossas lojas com todo aquele ideal de moda que lançamos nas campanhas publicitárias, com todo o ideal de moda presente nos catálogos, nas campanhas, e a experiência de compra no ambiente de lojas não pode ser diferente disso. Então, sem dúvida alguma, essas reformas estão baseadas nesses conceitos. E o desempenho dessas lojas que foram reformadas, sem dúvida alguma é bastante positivo, bem acima da média da Companhia. Irma Sgarz: OK. Obrigada. Francine Martins, Itaú BBA: Bom dia a todos. Eu queria falar um pouco sobre despesas, mas agora não na parte de varejo, e sim no resultado da Midway. Quando olhamos a margem de contribuição da operação financeira, ela cresceu 29% ano contra ano, mas o EBITDA da operação financeira acabou crescendo muito menos, ficou comprometido por um aumento muito forte das despesas operacionais da operação da Midway. Já discutimos a tendência de elevação de despesa operacional no varejo, e agora, se você pudesse falar um pouco desse aumento na Midway, o que podemos esperar para frente. Obrigada. Bom dia, Francine. Quanto à operação da Midway, realmente houve uma expansão importante na hora em que você olha só a operação financeira, ou só o EBITDA da - 9 -

operação financeira, de maneira isolada; me refiro obviamente ao SG&A dessa operação. Aí, basicamente dois fatores principais: o primeiro é uma transferência das despesas da Riachuelo que são efetivamente relacionadas à operação do Cartão. Existem despesas da Riachuelo que eram bookadas quando a operação era toda aqui na Riachuelo, que gradualmente foram passando para a Midway Financeira. Isso, obviamente, se refere absolutamente 100% à operação de crédito e do Cartão Riachuelo. Isso é um primeiro impacto. Por isso que eu prefiro, inclusive, analisar a despesa operacional do Grupo de maneira consolidada. Outro fator importante, aí sim é novo e impacta diretamente, é a questão das despesas da operação do Bandeira. É uma operação nova, que precisa ganhar corpo, que a Companhia sabe que o timing é muito relevante, e é uma operação que ainda é jovem e precisa ganhar quantidades mais expressivas de volume para trazer os retornos adequados. Obviamente, tem aí um investimento inicial relevante, importante, seja de campanha, seja de estrutura por trás, seja de call center para o desenvolvimento dessa operação. Então, eu diria que estes dois fatores combinados são os dois elementos de maior relevância. É claro que neste final de ano aceleramos a questão da operação do Bandeira, ganhou volumes diferenciados, deve continuar desta forma no decorrer do 4T. Então, grosso modo, a grande questão de adicional de despesa, olhando especificamente, de maneira isolada, é a combinação desses dois fatores, Francine. Francine Martins: E quando o primeiro fator deixa de existir? Quando já fica totalmente comparável, você deixa de ter uma transferência; quando eu começo a poder olhar as despesas operacionais da Midway sem ter esse fator que não permite comparabilidade? O grande volume dessas despesas, inclusive, já foi transferido. Claro que ela não está na base do ano passado ainda, então a cada trimestre nos referimos a isso, mas não significa necessariamente que um grande volume novo aconteceu. Continua esse elemento presente e ainda não está na base de comparação. Esse é um dos pontos. Mas eu diria que, 100% de todas as despesas, veremos esse processo encerrado no decorrer do 2S12. Francine Martins: OK. Obrigada, Tulio. Rafael Nascimento, Condor: Tulio, eu gostaria de voltar a esse ponto da Francine, que chamou a atenção: você poderia ser mais específico no que vocês gastaram? Porque aqui, fazendo a conta desses R$4,7 milhões que vieram da Guararapes, isso também aconteceu no - 10 -

trimestre passado, é um processo que contribuiu na margem. Então, mesmo ajustando por R$4,7 milhões, ainda falta bastante a explicar desse aumento. Você poderia ser um pouco mais específico no que foi grande parte dessa despesa no trimestre, por favor? Rafael, os dois principais drivers foram estes. Eu acredito que houve uma mudança de intensidade. A operação do Bandeira, por exemplo, é um exemplo claro. É uma operação nova, não se refere a nenhum tipo de transferência, mas é uma operação que desenvolvemos e aceleramos os investimentos, principalmente a partir do 3T, e esse patamar deve se manter para o 4T. Outro ponto importante, retomamos o ritmo de expansão da carteira de empréstimo pessoal, outro driver importante. Então, novamente, as campanhas para retomada dessa operação, que a Companhia chegou a ter mais de R$100 milhões e fechou o 2T10 em um patamar um pouco acima de R$50 milhões. Então, a ideia é retomar; ao final desse trimestre já estávamos com R$86 milhões incluindo encargos, o que dá pouco mais de R$65 milhões líquido. Esse é outro driver de investimento e, obviamente, de despesas relacionadas a acelerar essa operação específica. Especificamente em relação às transferências de Riachuelo para Midway, tem alguns elementos importantes. Tem alguns pontos principalmente ligados à operação de call center, que no 3T e no 4T ganham mais relevância, visto a proximidade do 4T principalmente; tem também a questão de algumas causas cíveis e trabalhistas, que naturalmente têm saído no dia a dia da Companhia e podem sofrer alguns ajustes. Então, eu posso dizer com tranquilidade que não houve grande mudança na operação e não se refere a grandes impactos de despesas administrativas. Ou seja, a estrutura da Midway do 1T e do 2T é praticamente a mesma da presente neste 3T. Rafael Nascimento: OK, mas me dê um pouco mais de número: são R$25 milhões no 3T10 e R$39 milhões no 3T11, sendo que você está dizendo no release que R$4,7 milhões vieram da Riachuelo. Então, tem R$10 milhões para serem explicadas. Desses R$10 milhões, o que foi TI, o que foi aumento da carteira de empréstimo, o que foi de processos fiscais e trabalhistas? Grande parte desses R$10 milhões adicionais, 70% a 80% foram baseados nessas duas campanhas: aceleração da campanha do Bandeira e aceleração do ritmo dos produtos de empréstimo pessoal. Os demais são pequenas variações na parte dessas transferências que eu mencionei. Os grandes números são esses drivers. Rafael Nascimento: Está ótimo. Eu tenho mais uma pergunta, em relação ao mix do seu same-store: o que foi o breakdown entre preço e volume? - 11 -

Esse 3T, Rafael, assim como os demais trimestres de 2011, todo same-store sales foi muito mais baseado em evolução de preço que de volume. Inclusive, no decorrer de todo ano de 2011 houve uma redução do volume físico de peças. O que houve, sim, foi uma expansão importante de preço. O que é importante deixar claro é que não é uma expansão de preço baseada exclusivamente em componente inflacionário. O que houve foi uma mudança importante do mix, muito mais modal, como mencionamos, com mais produtos importados e de valor agregado, também. Então, é um mix de mais valor agregado e, consequentemente, você tem um preço médio maior. Rafael Nascimento: Tudo bem, mas você pode me falar se foi 5 para trás o volume? Como foi o volume? Posso. Nós vimos uma retração em termos de peças físicas de aproximadamente 10%, e uma expansão de preço médio em torno de 14%. Em alguns departamentos específicos, essa expansão de preço médio chegou a ser de 20%, isso mais no curto prazo e não no período acumulado do ano. Rafael Nascimento: OK. Obrigado. Tobias Stingelin, Santander: Bom dia, Tulio. Eu queria entender como você está enxergando a questão do algodão em relação à sua cadeia como um todo. Obviamente você tem uma característica especial, pela verticalização, mas como você está enxergando isso? Como uma oportunidade? O que podemos esperar em termos de margem? Além de tudo que você já falou, cada vez mais integrado, tem a questão das importações também, mas especificamente com relação ao algodão, podemos ver alguma coisa positiva em algum momento? Obrigado. Bom dia, Tobias. Essa questão do algodão é interessante, porque vimos uma pressão no decorrer do 1S11 e de 2010 por conta do crescimento do preço do algodão. Mas, na verdade, a matéria-prima como um todo, ou seja, na hora em que você olha todo o grupo de matéria-prima, e aí claro que um componente importante é o algodão, representa em torno de 12% a 13% do preço final de venda, em média. É claro que esse número é um pouco maior nas peças mais básicas e se dilui muito mais nas peças de maior valor agregado. Para lidar com essa pressão, é claro que ela não era tão relevante, porque mudando seu preço final de venda em coisa de R$0,30, ou R$0,40, ou que seja R$1 no acumulado do aumento do preço, você conseguiria manter a mesma margem de - 12 -

contribuição olhando para essa questão do algodão. Então, sinceramente, era uma pressão importante, relativamente conduzida com uma mistura das fibras, ou seja, trabalhando com um pouco mais de sintético, e também o preço foi pressionado, mas continuava mais baixo que o algodão. Então, houve uma melhora nesse sentido. Mas essa pressão nunca foi tão forte em relação à estrutura de custos e o desempenho das margens, sempre foi relativamente fácil transferir para manter a mesma margem de contribuição. Eu acho que agora, com essa melhora do preço, claro, talvez esse ganho marginal que conseguimos compensar, obviamente mantenhamos, mas não estamos esperando grandes expansões de margem, expansões significativas por conta desse item especificamente. A expansão de margem que acreditamos e que tem todo potencial de vir continua sendo, como eu falei, a questão da integração e, em menor proporção, a questão dos importados. Não acho que esse seja um driver tão relevante para expansão de margens daqui para frente. Tobias Stingelin: Obrigado. E aproveitando até que vocês resolveram rever a expansão em dez lojas para este ano, e você falou que vocês estão claramente focando muito em retorno por loja, você poderia falar um pouco como estão evoluindo em termos de loja, o custo de operação de loja, custo de aluguel, de ocupação em shopping? O same-store sales, claramente, até pela pergunta do Rafael, está sendo impulsionado por preço, porque o volume está caindo; mesmo assim você tem uma difícil, estamos falando de quatro same-store sales, e vamos assumir que essa mesma tendência persista, você tem uma pressão inflacionária de mão-de-obra, no mínimo, que deve estar em torno de 5% ou 6%, e deve ter também uma pressão de custo, pelo menos em shopping, em alguns lugares. Então, queria entender como vocês estão vendo isso. O que os levou, um pouco mais no detalhe, a rever o plano de expansão, em função um pouco desses fatores. Obrigado de novo. Tobias, esse é um ponto bastante relevante. É claro que, por exemplo, a parte de pessoa sem dúvida alguma sofre uma pressão importante, principalmente em uma Companhia como a nossa, que são quase 40.000 colaboradores. A questão do dissídio, e esse ganho de renda real, sem dúvida alguma, é algo importante. Além disso, você mencionou bem a questão do custo de ocupação, outro driver que a Companhia vem lidando com bastante cuidado. Sem dúvida alguma, uma das principais variáveis quando estudamos os projetos de inauguração de lojas novas. É claro que a indústria de shoppings está cada vez mais estrutura, cada vez mais crescendo de maneira significativa, e naturalmente há uma tentativa e uma pressão maior de custos de aluguel. E sem dúvida alguma, a Companhia tem sido bastante criteriosa ao analisar o projeto como um todo, visto que existem pressões de custo em várias vertentes. - 13 -

Pessoal é uma delas, sem dúvida alguma o principal elemento no custo de uma loja, e custo de ocupação como um todo, seja aluguel em condomínio, também extremamente relevante para a operação de uma loja. Sem dúvida alguma, são drivers importantes. São drivers que, como a pressão está muito forte, na hora em que o nível de incerteza de crescimento para os próximos anos aumenta, você tende a ser mais conservador nos estudos e, consequentemente, passa a rever alguns pontos específicos em relação ao ritmo de crescimento. Foi exatamente isso que aconteceu. Nós não vamos abrir mão de pontos de rentabilidade por conta, obviamente, dessa expansão de custos, e sabemos da nossa capacidade de expansão de margem. Na prática, quem tem que pagar essa conta é uma combinação de uma consolidação do setor, de um nível maior de formalidade, que vai ajudar, sem dúvida alguma, o crescimento de same-store sales para os próximos anos, uma participação cada vez mais atuante, mais presente de pessoas da classe C, combinadas com a capacidade interna da Companhia de transformar e desenvolver toda a questão de um real fast fashion e transformar essa estratégia em margem bruta. Tobias Stingelin: Entendi, está ótimo. Obrigado, Tulio. Operador: Não havendo mais perguntas, passo a palavra para o Sr. Tulio Queiroz para as considerações finais. Por favor, Sr. Tulio, pode prosseguir. Eu gostaria de agradecer mais uma vez a participação de todos, e reiterar o compromisso da Companhia na gestão ativa das despesas, não só no decorrer do 4T, mas no decorrer de 2012, porque sabemos, sim, que existe uma pressão muito grande de curto prazo por conta da mudança do ritmo de inauguração de novas lojas, e a Companhia fará tudo esforço possível e necessário para manter o patamar de despesas coerente para o nível de rentabilidade inicialmente esperado. Sem dúvida alguma, no decorrer desse 4T os números já passam a mostrar sinais de retomada aos patamares presentes no decorrer desse 1S. Mais uma vez, obrigado. Gostaria de agradecer e deixar toda a equipe à disposição para as dúvidas no decorrer dos próximos meses. Muito obrigado. Operador: A audioconferência está encerrada. Tenham uma boa tarde. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. - 14 -