FAMÍLIAS: compreendendo os papeis das famílias em relação à violência sexual infanto-juvenil. Eduardo Moreira



Documentos relacionados
Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Intrafamiliar em Situação de Abrigo: possibilidades interventivas de retorno às famílias de origem

ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA

CREAS - Institucional. O que é o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)?

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO HOSPITAL REGIONAL DO LITORAL PARANAGUA PROVA PARA ASSISTENTE SOCIAL

Rua do Atendimento Protetivo. Municipalino:

CNAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Especial dos Direitos Humanos ( ) 2015)

Prefeitura Municipal do Natal

PONTOS DO LIVRO DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO QUE FORAM OBJETO DE ATUALIZAÇÃO NA 6ª EDIÇÃO DA OBRA.

Serviços de Proteção Social Básica Dados sobre os serviços de Proteção Social Básica

Adolescentes no Brasil Um olhar desde o Direito

Lei 8.069/ º Momento: Do Direito Fundamental à Convivência Familiar

VIOLÊNCIAS COMETIDAS CONTRA CRIANÇAS NOS MUNICÍPIOS DE CIANORTE,

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSAS

Fundamentos Socioculturais e Diversidades

A ATUAÇÃO DA ASSISTENTE SOCIAL NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FACULDADE 1

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS: UM ESTUDO DE CASOS RELATADOS EM CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA.

CCSVP: ESTRATÉGIA DO SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DE DIREITOS COM MULHERES CHEFES DE FAMÍLIAS.¹

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO:

Estatuto da criança e do adolescente

Articulação Intersetorial no cuidado às pessoas em situação de rua Telma Maranho- SNAS/MDS

Violência contra crianças e adolescentes

MINUTA MATRIZ DE VULNERABILIDADE E RISCO SOCIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

InfoReggae - Edição 20 Risco Social Familiar 29 de novembro de Coordenador Executivo José Júnior

O Centro de Referência de Assistência Social CRAS como Unidade de Gestão Local do SUAS

Prefeitura Municipal de Chácara Rua: Heitor Candido, 60 Centro Chácara Minas Gerais Telefax: (32) ;

OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos

CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO DO CRAS CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE PASSOS: Perfil dos usuários do CRAS Novo Horizonte Passos/MG

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES CNPJ: / CEP: GABINETE DO PREFEITO

Composição dos PCN 1ª a 4ª

PROVA ESPECÍFICA Cargo 42

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 228, DE 2010

CREAS Recursos Humanos

Briefing para Produção de Material - Assessoria de Comunicação SEDESE - ASSCOM

CMDCA CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SUAS e População em Situação de Rua. O SUAS e a implementação em território nacional da Política Nacional para População em Situação de Rua.

Distribuição da população infanto-juvenil abrigada no Município SÃO GONÇALO Total de abrigos, de crianças e adolescentes e dos aptos à adoção

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF)

PROJETO CONHECENDO ABRIGOS

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNÍCIPIO DE PALMEIRA-PR

SEMINÁRIO INTERMINISTERIAL SOBRE A NOVA LEI DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Campo Grande-MS

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

EDITAL DE CREDENCIAMENTO UTRAMIG / Nº 11 / Processo de Credenciamento de Docentes Colaboradores Externos

Nome: CPF: RG: Endereço: Função a que concorre: Numero de Inscrição: Telefone para contato:

Carta de recomendações para o enfrentamento às violências na primeira infância

RESOLUÇÃO N 124/2006. O Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Complementar n 352/95,

O Processo de Trabalho do ACS no cuidado à Pessoa com Doença Falciforme. Ana Paula Pinheiro Chagas Fernandes

EDITAL DE SELEÇÃO DE PROJETOS 2015

Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa. Karla Giacomin, MD, PhD

PESQUISA DE ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS - PEAS 2013 Questionário da Etapa I

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

2- Princípio da Solidariedade Social:

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ESTUDO EXPLORATÓRIO E REFLEXIVO NO CREAS DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP

PROJETOS DE LEI QUE PRETENDEM INTRODUZIR O CONCEITO DE GÊNERO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PROJETO DE CÓDIGO PENAL

ZILIOTTO CONSULTORIA SOCIAL LTDA. FEBRAEDA


Rede de Atenção à. Pessoa em Situação de Violência

APADRINHAMENTO AFETIVO. PROJETO AFETO QUE AFETA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. SMCAIS Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta

CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO N.º Despacho

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 121, DE 25 DE JANEIRO DE 2012

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS: IDENTIFICAÇÃO DE CASOS E ATENDIMENTO NO CREAS

ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLECENTE PROF. GUILHERME MADEIRA DATA AULA 01 e 02

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

Estatuto da Criança e do adolescente

Secretaria Nacional de Assistência Social

Homens, cuidado, sexuais e reprodutivos

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO

ESTADO DE SERGIPE PODER EXECUTIVO Governo do Município de Tobias Barreto

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES

GT de Juventude do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº XX/20XX

A PROTEÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PARA USUÁRIOS DE CRACK E OUTRAS DROGAS E SUAS FAMÍLIAS: OS DESAFIOS DA INTERSETORIALIDADE

Violência Contra a Criança e o Adolescente

DIALOGANDO COM O PLANO DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS. Departamento de Proteção Social Especial Juliana M.

1. Garantir a educação de qualidade

semestre do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria. 2

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA

ESTA ESCOLA É O BICHO E ME ADOTA

O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Alicia Santolini TONON 1 Juliene AGLIO 2

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

Inspeção Bimestral das Unidades de Semiliberdade / Período: 6º bimestre (Novembro) / 2014

Aldeias Infantis SOS Brasil

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTOS COM IDOSOS NO PROGRAMA MELHOR EM CASA

TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

PROJETO DE LEI Nº /2015

TERMO DE ORIENTAÇÃO ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS EM ABORDAGEM SOCIAL NA RUA

Cuidado. Prevenção. Autoridade. Crack, é possível vencer Aumento da oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários

O QUE É O PAIR? Objetivo

NORMATIVAS INTERNACIONAIS

Lei nº 8.111, de 08 de outubro de 2009.

O TRABALHO SOCIAL EM HABITAÇÃO COM UM CAMPO DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

Sistema Único de Assistência Social e suas Inter-relações

convicções religiosas...

Transcrição:

PAIR/MG Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Prefeitura Municipal de Itaobim site:http://pair.ledes.net e-mail:pair-mg@proex.ufmg.br FAMÍLIAS: compreendendo os papeis das famílias em relação à violência sexual infanto-juvenil Eduardo Moreira

FAMÍLIAS Definições Histórico das transformações nas configurações familiares Ordenamento Legal Políticas Públicas para e com as famílias Ações de prevenção e de atendimento O papel do profissional

Grupo de indivíduos CONCEITOS Vínculos: consangüíneos e/ou afinidade Organizados socialmente Visando procriação/reprodução e à divisão social do trabalho.(quincas, 2000) Família é um grupo de pessoas, vinculadas por laços consangüíneos, de aliança ou de afinidade, onde os vínculos circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno de gerações e de gênero(mds apud Afonso, 2005) 3 dimensões dos vínculos familiares: legal, sóciocultural, afetivo-relacional(afonso, 2002)

Características Construção sócio-histórica(naturalização da família foi e ainda é um problema) Complexidade Heterogeneidade Primeiros estudos que a consideraram como uma instituição social histórica foram realizados em meados do século XIX Contribuições da Antropologia

Famílias De forma sintética, as famílias podem ser vistas como o resultado da combinação dos seguintes elementos: Um lar Uma rede de apoio de indivíduos Vínculos de sangue e/ou afinidade Uma instituição (Fonseca, 2002)

Histórico Modelo de família nuclear burguesa : pai, mãe e filhos é, portanto, fruto de um época Família idealizada: Nuclear, heterossexual, monogâmica e patriarcal X Família Vivida (Fonseca, 2002) Estudo com famílias empobrecidas em São Paulo: grupo hierárquico, autoridade patriarcal, com domínio do homem sobre a mulher, dos pais sobre os filhos e dos mais velhos sobre os mais novos. O homem é o chefe da família e a mulher a da casa (Sarti,1995)

Histórico Cuidados: não tomar o que foge ao modelo como uma desorganização, ou seja, classificar as famílias vividas como desestruturadas O importante não é a forma como a família se organiza e sim a qualidade que ela tem no desempenho de suas funções de proteção aos seus membros ( Afonso, 2002) No Brasil, mudanças substantivas a partir de 1950, transformam as estruturas da sociedade e, consequentemente, os modelos de configurações familiares Exemplo recente: pesquisa realizada em Belo Horizonte indicou 9 tipos de configurações familiares(amas, 1994) Legislação é alterada e incorpora parte da heterogeneidade das novas configurações

FAMÍLIAS: ESTRUTURAS E DINÂMICAS INTERNAS Nuclear simples: família em que o pai e a mãe estão presentes no domicílio; todas as crianças e adolescentes são filhos desse mesmo pai e dessa mesma mãe. Não há qualquer adulto ou criança(que não sejam filhos) morando no domicílio. Monoparental feminina simples: apenas a mãe está presente no domicílio, com outros menores sob sua responsabilidade. Não há mais nenhuma criança ou pessoa maior de 18 anos, que não seja filho, morando no domicílio. Monoparental masculina (simples ou extensa): apenas o pai está presente no domicílio, vivendo com seus filhos e, possivelmente, com outros menores sob sua responsabilidade e ou outros adultos sem filhos menores de 18 anos.

FAMÍLIAS: ESTRUTURAS E DINÂMICAS INTERNAS Nuclear extensa: o pai e a mãe estão presentes no domicílio, vivendo com seus filhos e outros menores sob sua responsabilidade e também com outros adultos, parentes ou não. Monoparental feminina extensa: apenas a mãe está presente no domicílio, vivendo com seus filhos e outros menores sob sua responsabilidade e também com outros adultos, parentes ou não. Família Convivente: famílias que moram juntas no mesmo domicílio, sendo ou não parentes entre si. Cada família pode ser constituída por pai, mãe e filhos, por pai e filhos ou por mãe e filhos. Outros adultos sem filhos, parentes ou não, podem também viver no domicílio. Nessa categoria foram também agrupadas as famílias compostas de duas ou mais gerações, desde que em cada geração houvesse pelo menos uma mãe ou um pai com filhos até 18 anos.

FAMÍLIAS: ESTRUTURAS E DINÂMICAS INTERNAS Família Nuclear reconstituída: o pai e ou mãe estão vivendo em nova união legal ou consensual, podendo também a companheira ou o companheiro ter filhos com idade até 18 anos, vivendo ou não no domicílio. Outros adultos podem viver no domicílio. Família de genitores ausentes: nem o pai e nem a mãe estão presentes, mas em que existem outros adultos (tais como avós ou tios), que são responsáveis pelos menores de 18 anos. Família nuclear com crianças agregadas: a mãe e o pai estão presentes no domicílio com seus filhos e também com outros menores sob sua responsabilidade. Não há outro adulto morando no domicílio.

ARCABOUÇO LEGAL DA INTERVENÇÃO NA FAMÍLIA Constituição Federal de 1988 Estatuto da Criança e do Adolescente Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência Estatuto do Idoso PNAS

Constituição 1988 Amplia o conceito de família A reconhece como a base da sociedade Deve ter especial proteção do Estado É reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar A entidade familiar também é a comunidade formada por qualquer dos pais e seus dependentes Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher

Constituição 1988 O planejamento familiar é de livre decisão do casal Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores É dever da família da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além, de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.(art. 227)

ECA ECA associa ações dirigidas à crianças e aos adolescentes(medidas protetivas e sócioeducativas) com as ações dirigidas às suas famílias Medidas pertinentes aos pais ou responsável(art. 129): Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção à família Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatra e toxicômanos Encaminhamento a cursos e programas de orientação

Cont.Art. 129 ECA Obrigação de matricular o filho e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar Obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado Advertência Perda da guarda Destituição da tutela Suspensão ou destituição do pátrio poder

LOAS e NOB LOAS qualifica a proteção à Família como um dos objetivos da política de Assistência Social NOB reafirma a centralidade na família para a concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos Efetivação de amplos pactos entre Estado e Sociedade que garantam o atendimento de famílias em estado de vulnerabilidade e exclusão social Estímulo às ações que promovam a integração familiar e comunitária, para a construção da identidade pessoal e convivência social do destinatário da assistência social

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS FAMÍLIAS Até a década de 1980 as famílias foram negligenciadas pelo Sistema de Proteção Social Brasileiro Famílias sujeitadas a intervenções quando apresentavam problemas( doutrina da situação irregular) Políticas para as famílias passam a ser formuladas a partir de transformações ocorridas na sociedade e no Estado, que culminaram na legislação mencionada anteriormente 3 tipos possíveis de relações entre famílias e políticas sociais:

TIPOLOGIA 1) A família como objeto das políticas sociais. Exemplo: controle de natalidade 2) A família como instrumento das políticas sociais, exerce um papel funcional da execução de políticas públicas. Exemplo: cuidadores de saúde dos idosos 3) A família como instituição redistributiva. Exemplos: Benefício de Prestação Continuada(BPC) e Bolsa Família (Fonseca, 2002, p.26)

POLÍTICAS PÚBLICAS E FAMÍLIAS A centralidade atribuída às famílias, na década de 1990, deriva do fato de que, entre outras coisas, elas constituem a instância mais básica da sociedade,na qual se desenvolve o sentimento de pertencimento e de identidade social das pessoas e se transmitem os valores e as práticas culturais. A família é também o grupo social que cuida e torna possível o acesso de seus membros (crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiência e também os adultos) aos direitos garantidos pelas demais instituições sociais (Afonso, 2002, p.168).

PROGRAMAS E SEVIÇOS PEAS saúde e educação PSF Sentinela CRAS(Casa da Família) Bolsa-família

E quando a família não exerce a sua função protetora? Abuso intrafamiliar Abuso extrafamiliar Exploração sexual Segredos e códigos familiares Lealdades visíveis e invisíveis A necessidade da intervenção A abordagem psicossocial A importância da notificação O trabalho intersetorial e multiprofissional Protagonismo familiar bidirecionalidade (políticas públicas)

Referências Bibliográficas AFONSO, Maria Lúcia M. Afonso. O trabalho com famílias: uma abordagem psicossocial. In: Cadernos SEDESE. NUPASS, 2006. FONSECA, Maria Thereza Nunes. Famílias e políticas sociais: subsídios teóricos e metodológicos para a formulação e gestão das políticas com para e famílias Dissertação de Mestrado. Escola de Governo. Fundação João Pinheiro, 2002. Quincas, Fátima. A Família em Questão. In: A mulher a família no final do século XX. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Editora Massangana, 2000. SARTI, Cynthia Andersen. O valor da família para os pobres. In: Ribeiro, Ivete. (Org.). Família em Processos Contemporâneos: inovações culturais na sociedade brasileira. SÃO PAULO: LOYOLA, 1995, V., P. 131-159.