Adolescentes no Brasil Um olhar desde o Direito
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- Roberto Marreiro Dinis
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1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Adolescentes no Brasil Um olhar desde o Direito Novembro / 2013
2 Art. 227/CF É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
3 Art. 19/ECA Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
4 Art. 25/ECA Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Parágrafo único: Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
5 A efetivação do direito à convivência familiar e comunitária é apresentada no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária de acordo com as seguintes diretrizes: centralidade da família nas políticas públicas; primazia da responsabilidade do Estado no fomento de políticas integradas de apoio à família; reconhecimento das competências da família na sua organização interna e na superação de suas dificuldades; respeito à diversidade étnico-cultural, à identidade e orientação sexuais, à equidade de gênero e às particularidades das condições físicas, sensoriais e mentais; fortalecimento da autonomia da criança, do adolescente e dojovem naelaboraçãodoseuprojetodevida; reordenamento dos programas de acolhimento institucional; adoção centrada no interesse da criança e do adolescente; controle social das políticas públicas.
6 OBrasilpossuiumapopulação de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade. Destes, 21 milhões são adolescentes oqueequivalea 11%dapopulaçãobrasileira.
7 Apesar de crianças e adolescentes serem prioridade absoluta, garantida pela CF e o direito a proteção integral os adolescentes têm alguns de seus direitos mais violados do que outros grupos etários da população. A taxa de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos é de 43 para cada grupo de 100 mil adolescentes, enquanto a média para a população como um todo é de 20 homicídios/100 mil.
8 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam no ano passado, destes 3 milhões, a maioria, estavam na faixa de 14 a 17 anos, idade em que o trabalho é permitido na condição de jovem aprendiz. Estes estão incluídos nas piores formas de trabalho infantil, com consequência direta no seu desenvolvimento, além de estarem expostos a todos os tipos de violência.
9 Na educação, os indicadores apontam importantes avanços no período analisado, mas o Brasil ainda enfrenta desafios nessa área. Entre os adolescentes entre 15 e 17 anos de idade, 14,8% estão fora da escola, enquanto o percentual é de menos de 3% no grupoentre6e14anosdeidade. De cada 100 estudantes que entram no ensino fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série e apenas 40,oensinomédio.Aevasãoescolareafaltaàsaulas ocorrem por diferentes razões, incluindo violência e gravidez na adolescência.
10 A cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual e a negligência contra crianças e adolescentes são reportados, em média, ao Disque Denúncia 100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são registrados no País. Esse quadro pode ser ainda mais grave se levarmos em consideração que muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados. O País tem ainda o desafio de superar o uso excessivo de medidas de abrigo e de privação de liberdade para adolescentes em conflito com a lei. Em ambos os casos, cerca de dois terços dos internos são negros. Cerca de 30 mil adolescentes recebem medidas de privação de liberdade a cada ano, apesar de apenas 30% terem sido condenados por crimes violentos, para os quais a penalidade é amparada na lei.
11 Qual é o nosso desafio? O Mapa da Violência: A violência Física corresponde a 40,5% do total de atendimento de crianças e adolescentes no Sistema Único de Saúde -SUS ( Entre 15 a 19 anos); A violência sexual corresponde a 20% dos atendimentos (Entre 5 a 14 anos); A violência psicológica e moral corresponde a 17%; O abandono de crianças corresponde a 15,8% dos atendimentos. Na faixa etária de menos de 01 ano esse índice corresponde a 49,9% e na faixa etária entre 1 a 5 anos corresponde a 39,9% das notificações; Pais, mães, padrastos e madrastas são responsáveis por 39,1% dos casos de violência contra crianças e adolescentes notificados.
12 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Obrigado!!! Sérgio Eduardo Marques da Rocha sergio.rocha@sdh.gov.br Fone: (61) Setembro/2013
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