Fundamentos Socioculturais e Diversidades
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- Cláudio Igrejas Balsemão
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1 NATURALIZAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Fundamentos Socioculturais e Diversidades MÓDULO III Prof.: MSc. Getulio Ribeiro
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3 Histórias da Infância e do Mundo Adulto
4 Da Infância à Melhor Idade História da infância no Ocidente (desde a Antiguidade) não é linear: não se pode dizer que crianças, na Idade Média, eram menos importantes ou mais mal tratadas do que no século XX; necessário ponderar: período. lugar, classe social para perceber a função e o tratamento dado à criança;
5 Crianças e adolescentes como grupos vulneráveis / carentes de direitos especiais: decorrência transformações sociais/ políticas, nacionais e internacionais ( Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração dos Direitos da Criança; Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança); Constituição brasileira instituiu o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.
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7 Brasil: apesar disto, muitas crianças continuaram exploradas; Havia, até a década de 90 do século passado 7,5 milhões de crianças e adolescentes - de dez a dezessete anos - trabalhando. Três milhões estavam com menos de quatorze anos. (DIMENSTEIN, p. 122). luta pelo combate a isto tudo continuou;
8 1990 Foi regulamentado o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente); O ECA passou a garantir direitos básicos referentes à proteção, assistência material, moral e educacional a todas as pessoas, até dezoito anos de idade.
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10 Brasil ECA estabelece outra faixa etária - dos doze aos dezoito anos; Esta fase é vista como um período da vida que representa uma preparação da criança para a fase adulta. Neste sentido, um momento de vulnerabilidade que requer cuidados e garantias constitucionais em diversos aspectos.
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12 Título II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Capítulo II DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
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14 Fase adulta: na nossa sociedade considerada a única fase produtiva de fato; a mais valorizada, em contraposição à fase idosa no Brasil idoso a partir dos 60 anos; pessoas com mais de 60 anos em grande parte, sofrem com preconceitos e abandono dos próprios familiares; cultura ocidental branca prevalece a questão financeira - não a moral e ética: idosos ou pessoas na melhor idade são considerados(as) estorvos; oposto diversas tribos indígenas - valorizam os mais velhos, por diversos motivos (sabedoria, memória e identidade de seu povo);
15 Nossa cultura valoriza o adulto produtivo. Desvaloriza todas as outras fases da vida: a infância, a velhice e a adolescência, tomadas como fases improdutivas para a sociedade, por isso desvalorizadas. A visão naturalizadora reforça estes valores, ao tomar o desenvolvimento como referência. (BOCK, p. 39)
16 muitos idosos são obrigados a se recolherem em uma casa de repouso ou asilo, distantes da família que, freqüentemente, os rejeita; mesmo quando permanecem, sofrem outros abusos e preconceitos, falta de cuidados, desrespeito pelas limitações da idade e falta de compreensão; por isto, foi tão necessário o Estatuto do Idoso, instituído em 2003; Tem, para a sociedade, a mesma força do Estatuto da Criança e do Adolescente;
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18 DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO NAS ESCOLAS
19 Relatórios internacionais estimam que, em torno de 10% da população mundial, é constituída por pessoas com deficiência, a maioria das quais vive em países, economicamente, pobres. No Brasil, o CENSO Demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revela que 14,5% da população brasileira apresenta: algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, de ouvir, locomover-se ou com alguma deficiência física ou mental. (IBGE, Censo, 2000).
20 As pessoas que nascem com deficiências ou as adquirem ao longo da vida são, continuamente, privadas de oportunidades de convivência com a família e seus pares (colegas, vizinhos, parentes), da vida escolar, do acesso ao trabalho, às atividades de lazer e cultura, entre outros. Agora, reflita sobre sua experiência e responda: Você já discriminou alguém com deficiência em sua vida? Por que? O que fez?
21 Invisibilidade das Pessoas com Deficiência e discriminação Reflexão Brasil no dia-a-dia: convivemos muito pouco com pessoas com deficiência; elas não estão nas ruas, nos cinemas, nos shopping, nos supermercados, nas escolas e nas universidades; em muitos casos estão escondidas em suas próprias casas; conseqüência inevitável pouco sabemos sobre este grupo social;
22 Constatação empírica: pessoas com deficiência estão invisíveis na sociedade; na raiz das atitudes / procedimentos discriminatórios a invisibilidade nos espaços sociais comuns, a crença em sua incapacidade, associados ao desconhecimento (ignorância geral) sobre seus direitos / direitos humanos;
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24 Você tem papel chave na implementação de políticas públicas / ações para assegurar os direitos à educação das pessoas com deficiência; Isto quer dizer que as escolas e suas comunidades devem mudar e se preparar para entenderem, celebrarem e trabalharem com a diversidade humana existente nas suas classes, a fim de promover a inclusão.
25 Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD, ONU, 2008) Respeito pela dignidade inerente e autonomia individuais incluindo a liberdade para fazer as próprias escolhas e independência das pessoas; Não-discriminação; Participação total, efetiva e inclusão na sociedade; Respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiências, como parte da diversidade humana e da humanidade; Igualdade de oportunidades;
26 Acessibilidade; Igualdade entre mulheres e homens; Respeito pelas capacidades em desenvolvimento das crianças com deficiência e respeito do direito das crianças com deficiência de preservar suas identidades; reconhecer a dignidade das pessoas com deficiências; princípios consolidam uma mudança de paradigma/abordagens dirigidas a este grupo social (não deve mais ser visto como objetos de caridade), tratamento médico/proteção social;
27 Pessoas com deficiência devem ser vistas / tratadas como sujeitos de direitos - igual a quaisquer outros indivíduos;
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29 Dessa forma, a promoção e defesa dos direitos das crianças, assim como as medidas de proteção às crianças, jovens e adultos com deficiência devem se constituir meta governamental e estar no centro da agenda das políticas públicas (federal, estadual e municipal), dos projetos políticos pedagógicos das escolas e das missões de organizações do terceiro setor.
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32 DIVERSIDADE RELIGIOSA
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34 A palavra Religião: compreende um conjunto de crenças, mitologias, doutrinas ou formas de pensamento relacionadas com a esfera do sobrenatural, do divino, do sagrado e do transcendental, além de rituais e códigos morais;
35 Apesar de suas diferenças, há algo comum a todas as religiões: elas se baseiam na fé - palavra que vem do grego pí stis, idéia de confiança, fidúcia, firme persuasão, uma convicção em uma verdade, mesmo sem nenhuma evidência física.
36 ao longo da História a convivência dos seres humanos / grupos sociais das várias sociedades com o Outro nem sempre foi pacífica; a intolerância se expressa diante de várias diversidades: de gênero; de etnia; de geração; de orientação sexual; de padrão físico-estético; de religião;
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38 Reflexão: A intolerância de qualquer natureza, para com o Outro, diferente de nós, gera a discriminação, o preconceito, o conflito, a violência e guerra. Divergências religiosas resolvidas, desse modo, são anti-religiosas. A tolerância - nesse caso religiosa - é a garantia de cada um realizar a sua escolha religiosa. Ou não escolher. É a garantia do direito à diferença. É a possibilidade de um mundo menos conflituoso.
39 Historicamente, há religiões que guardam muitas aproximações entre si. O desconhecimento e a própria ignorância, a respeito dessas afinidades é uma das fontes da intolerância. A outra é a arrogância de alguém se considerar dono da verdade divina. Por isso, há movimentos pelo diálogo entre diferentes religiões, no sentido de construção da tolerância religiosa. Essa perspectiva se denomina ecumenismo.
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43 Autoria do vídeo: Getulio Couto Ribeiro Reutilização e Modificação dos slides da REDHBrasil de Autoria de Rosa Maria Godoy Silveira, Luciana Calissi, Windyz B. Ferreira, e outros. Veiculação e divulgação livres
44 e MUITO OBRIGADO
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