Psicologia no Gerenciamento de Pessoas
Capítulo 3 Behaviorismo, o controle comportamental nas organizações Profª. Márcia Ms. Regina Márcia Banov Regina 3
1. A escola Behaviorista Escola norte-americana. Behavior = comportamento. Surge a partir do artigo de John B.Watson, publicado em 1913, com o título Psicologia, como os behavioristas a veem o comportamento observável é o único fator digno de ser estudado pela psicologia.
A escola Behaviorista O que é: O comportamento é determinado pelos estímulos ambientais. Enfatiza a importância da definição precisa de comportamentos. dar atenção ao cliente... Quais são os comportamentos que a pessoa deve emitir para mostrar que está dando atenção ao cliente?
A escola Behaviorista A descrição detalhada de comportamentos é importante para: O desenvolvimento do trabalho diário. Treinar pessoas. Na elaboração de programas de socialização. Na prevenção de doenças ocupacionais. Na avaliação de desempenho. Etc.
A escola Behaviorista, Do behaviorismo surgem os estudos sobre condicionamento e formação de hábitos. A base fundamental do condicionamento é a repetição. Pela repetição o comportamento se torna automático, ou seja, condicionado. Existem dois tipos de condicionamento: 1. Condicionamento Clássico. 2. Condicionamento Operante.
1.1. Condicionamento Clássico Surge em 1910, com o russo Ivan Pavlov. Experimento clássico: cão.
Condicionamento Clássico Ocorre por meio do pareamento de estímulos. Quando um estímulo neutro é apresentado repetidas vezes junto a um estímulo que provoca um comportamento, deixa de ser neutro e passa a provocar o comportamento do estímulo que foi apresentado junto.
1.2 Condicionamento Operante O comportamento opera uma modificação no meio e vice-versa. Maior representante do behaviorismo: B. F. Skinner (1904-1990). O condicionamento ocorre conforme as consequências dadas após a emissão de um comportamento que o levará a se repetir ou não.
Condicionamento Clássico e Operante A repetição de um comportamento torna o comportamento automático, ou seja, condicionado.
Condicionamento operante As principais consequências foram conceituadas por Skinner como: reforço positivo, extinção, reforço negativo e punição.
Conceitos Reforço: qualquer estímulo que aumente a probabilidade de um comportamento se repetir. O estímulo pode ser: aplicado (reforço positivo) ou retirado (reforço negativo).
Conceitos Reforço Positivo: refere-se à aplicação de um estímulo, percebido como agradável, que aumenta a probabilidade do comportamento continuar ocorrendo.
Reforços Positivos Numa sociedade capitalista os estímulos geralmente são: Elogios. Admiração. Dinheiro. Notas. Atenção. Desafios. Participar de acontecimentos. Sorriso. Aceno de cabeça. Tapinhas nas costas. Prestígio. Etc.
Reforços positivos As empresas criam sistemas de recompensas (reforços positivos) atrelados ao cumprimento dos objetivos organizacionais. Os empregados devem perceber que seus objetivos pessoais podem ser alcançados se o seu desempenho atingir aos objetivos organizacionais.
Cuidado!!! O reforço positivo não tem moral. O garoto que foi aplaudido por conseguir roubar deverá manter esse comportamento, pois foi reforçado positivamente.
Regras para a utilização correta do Reforço: Manifestar o comportamento para obter o reforço. A utilização em excesso do mesmo reforço faz com que perca a sua eficácia. Verificar o que de fato é reforçador para uma pessoa. O reforço pode trazer resultados em uma ocasião e não em outras.
Conceitos Extinção: Refere-se à retirada de estímulos que estejam controlando o comportamento; O objetivo é eliminar um comportamento.
Conceitos Punição: Aplicação de um estímulo aversivo com a finalidade de eliminar um comportamento. Multas, demissões ou qualquer outra penalidade são exemplos.
Conceitos Reforço negativo: Retirada de algo indesejável que aumente o comportamento desejável. Pode ser a retirada de uma punição.
2. Formação de hábitos e rituais A repetição de comportamentos cotidianos cria os hábitos. Os hábitos fazem parte da rotina de trabalho e são importantes para a organização da pessoa.
Formação de hábitos e rituais O ritual é caracterizado pela repetição, mas diferencia-se do hábito por conter uma dimensão simbólica. O ritual é social, é o meio pelo qual o grupo se reafirma periodicamente. Apoiam-se em símbolos reconhecidos pela coletividade. O ritual é um elemento imprescindível na transmissão da cultura de uma organização, pois expressa e reforça os valores fundamentais da organização.
3. O poder do reforço e da punição no autoconceito Autoconceito é o conceito que a pessoa tem de si mesma, que se formou por meio das atitudes, comportamentos e opiniões de pessoas significativas sobre a sua pessoa. Elogios e repreensões, quando voltados à pessoa, podem ser devastadores, pois as pessoas tendem a incorporar os adjetivos que lhe são atribuídos. Devem ser direcionados ao comportamento e não à pessoa.
4. Behaviorismo e Liderança Líder é qualquer pessoa que ocupe posição de comando, que controla e influencia o comportamento dos subordinados.
4.1. Teoria dos Estilos de liderança O estilo de liderança remete a maneira como os líderes se comportam e o que usam para controlar o comportamento dos liderados. Aborda três estilos de liderança: 1. Autocrática. 2. Democrática. 3. Liberal.
4.2. Liderança situacional e multicultural Leva em consideração três fatores: o líder, o grupo e a situação. O líder deve ser preparado para desempenhar qualquer estilo, adequando-se à necessidade do grupo e da situação.
5. O poder, segundo French & Raven e o controle comportamental Recurso utilizado pelo líder para influenciar os seus liderados. French & Raven foram pioneiros em identificar diferentes formas de poder nas organizações.
Formas de poder, segundo French & Raven Poder de recompensa. Poder coercitivo. Poder legítimo. Poder de competência. Poder de referência.
6. Empowerment Empowerment ou empodeiramento significa transferir aos funcionários poder e recursos incentivando-os a se responsabilizarem pelo que fazem. Funcionam como reforço positivo quando fazem as pessoas sentirem-se valorizadas e reconhecidas pela organização.
Referência BANOV, Márcia Regina. Psicologia no gerenciamento de pessoas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.