UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 Áreas de Atuação em Psiquiatria Psiquiatria da Infância e da Adolescência



Documentos relacionados
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 Áreas de Atuação em Psiquiatria Psicogeriatria. Gabarito da Prova realizada em 2/nov/2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 22, PROVA DISSERTATIVA

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência

TRANSTORNOS PSICÓTICOS

22ª JORNADA DA AMINT NOVEMBRO/2008 DEPRESSÃO E TRABALHO. MARIA CRISTINA PALHARES MACHADO PSIQUIATRA MÉDICA DO TRABALHO mcris1989@hotmail.

Assistência Farmacêutica na Depressão

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

Consumo problemático de álcool Resumo de diretriz NHG M10 (maio 2005)

Depressão Resumo de diretriz NHG M44 (junho 2012)

PONTOS FUNDAMENTAIS QUE O MÉDICO DO TRABALHO PRECISA SABER SOBRE O TRABALHADOR COM TRANSTORNO MENTAL

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Demência Resumo de diretriz NHG M21 (julho 2012)

DEPRESSÃO CONHECENDO SEU INIMIGO

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PSIQUIATRIA

INVENTÁRIO DE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA (AVALIADO POR CLÍNICOS) (IDS-C)

Resumo Aula 9- Psicofármacos e Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na infância, na adolescência e na idade adulta

CONCEITO EPISÓDIO MANÍACO 03/02/2014. Episódios depressivos e maníacos. Evolução recorrente. Plena recuperação nas intercrises

Prevenção em saúde mental

EDITAL Nº 42/2014 PROVA DE MÉDICO PSIQUIATRA

DEPRESSÃO - Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID) 10ª revisão

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 Áreas de Atuação em Psiquiatria Psicoterapia. Gabarito da Prova realizada em 2/nov/2012

HISTÓRICO HISTÓRICO. HIPÓCRATES, ac. ARETEO, dc BAILLARGER, 1854 FALRET, 1854 KRAEPELIN, 1899 LEONHARD ANGST-PERRIS, 1966 DSM-III, 1980

cloxazolam Eurofarma Laboratórios S.A. Comprimido 1 mg e 2 mg

Benzodiazepínicos, hipnóticos e opióides

Esta categoria global inclui as variedades comuns de esquizofrenia, juntamente com

Programa Mínimo para Residência Médica em Psiquiatria

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria

BULA PARA O PACIENTE BUSPAR (cloridrato de buspirona) 5mg/10mg COMPRIMIDOS

Fundada em Gestão Comportamental. Educação para a saúde Gestão de crise

Saúde Mental do Trabalhador. Grazieli Barbier Barros Terapeuta Ocupacional Especialista em Saúde Pública e da família.

Procedimentos médicoadministrativos em distúrbios. mentais relacionados ao trabalho

Coisas simples que todo médico

Psicofarmacologia. Transtornos de Ansiedade. Transtornos de Ansiedade PSICOFARMACOLOGIA 15/05/2015

TRANSTORNOS DE HUMOR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA PELA PERSPECTIVA DA NEUROBIOLOGIA E AÇÕES MEDICAMENTOSAS

Folha 01/07 DATA: 27/10/2011 DATA:27/10/2011 REVISÕES DATA RESPONSÁVEL 1ª REVISÃO 2ª REVISÃO 3ª REVISÃO 3ª REVISÃO 5ª REVISÃO

SÍNDROMES ANSIOSAS E NEURÓTICAS. Profª Melissa Rodrigues de Almeida Psicopatologia II DEPSI-UFPR

A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma"

Pseudodemência Depressiva

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

RESPOSTA RÁPIDA 313/2014 Informações sobre Depressão: Venlafaxina

Sumário 1 Diagnóstico Diferencial Passo a Passo Diagnóstico Diferencial por Meio de Algoritmos...17

Comorbidades que podem estar associadas a Dislexia (TDA/TDAH)

RESPOSTA RÁPIDA 363/2014 Informações sobre Depressão: Venlaxim

UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE: UM ESTUDO DE CASO

PRINCÍPIOS PIOS DO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Como Usar este Livro 1

Transtornos Mentais diagnosticados na infância ou na adolescência

TDAH. Rosania Morales Morroni. Rosana Talarico Pereira. Cintia Souza Borges de Carvalho.

Psicoterapia e Psicofarmacologia. Como optar ou associá-las? Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra Forense e Psicogeriatra AMBULIM e ProMulher IPq - USP

Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Carmen Lúcia de A. santos

Eduardo Henrique Teixeira Professor da Faculdade de Medicina PUC - Campinas

Uso de inibidores seletivos de captação de serotonina (ISCS) e de noradrenalina e ISCN e (antidepressivos de modo geral)

TEXTO DE BULA LORAX. Lorax 1 ou 2 mg em embalagens contendo 20 ou 30 comprimidos. Cada comprimido contém 1 ou 2 mg de lorazepam respectivamente.

TEMA: Topiramato, Olanzapina, Daforin, Rivotril em paciente com depressão grave.

7 A Entrevista Psiquiátrica

QUESTÕES ATUAIS SOBRE DIAGNÓSTICO TRANSTORNOS DO HUMOR

É O. Bicho. Centro interativo e terapêutico

Tratamento da dependência do uso de drogas

Comitê Multidisciplinar de Saúde Mental da ITAIPU Binacional

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - UNICAMP

Como é o Tratamento das Disfunções Sexuais na Terapia Cognitivo- Comportamental?

Diretrizes Operacionais Referentes à Rede de Apoio à Inclusão. Gerência de Ensino Especial

Prefeitura Municipal de Santa Bárbara

Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC)

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose

EDITORIAL EDITORIAL ÍNDICE

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL N.º 01/2015 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

LORAX lorazepam I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO. Nome comercial: Lorax Nome genérico: lorazepam

mirtazapina Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

BULA PACIENTE AMINOLEX HALEX ISTAR

III Jornada Regional sobre drogas ABEAD/MPPE ENTENDENDO O TABAGISMO: A DEPENDÊNCIA E O TRATAMENTO

RESPOSTA RÁPIDA 315/2014 Informações sobre Mirtazapina e Quetiapina no tratamento da depressão

ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano. Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas. Cristina Belotto da Silva

(inicia no slide 17) Bipolaridade

Fundação Cardeal Cerejeira Depressão na Pessoa Idosa

RESPOSTA RÁPIDA 2014 Informações sobre Depressão: Sertralina

Drenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida.

Distúrbios do sono e uso de soníferos Resumo de diretriz NHG M23 (julho 2014)

Breve Histórico do Uso da Maconha no Brasil

Gripe H1N1 ou Influenza A

ASPECTOS TERAPÊUTICOS

Tratamento farmacológico dos sintomas comportamentais. Rodrigo Nicolato

Disfunção erétil Resumo de diretriz NHG M87 (julho 2008)

IMPACTO DA RN 167 e 211: COMO REDUZIR CUSTOS

NÃO TOME MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.

Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos revestidos - Embalagem com 15 comprimidos.

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

TRANSTORNOS ANSIOSOS. Prof. Humberto Müller Saúde Mental

RESPOSTA RÁPID 316/2014 Informações sobre Topiramato e Risperidona na Deficiencia mental e Transtorno hipercinético

Doenças do Comportamento. Alimentar

PSICÓLOGO - 40H. A. Paranoide. B. Esquizoide. C. Dependente. D. De esquiva. E. Histriônica.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Ansiedade Resumo de diretriz NHG M62 (fevereiro 2012)

PCDT/ CID 10: F20.0; F20.1; F20.2; F20.3; F20.4; F20.5; F20.6; F20.8 NT/ CID 10: F20.0; F20.1, F20.2; F20.3

TEA Módulo 4 Aula 4. Epilepsia e TDC

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

ASMA ASMA ASMA SINTOMAS. Page 1

Transtorno Bipolar Aspectos do Diagnóstico e Tratamento. Alexandre Pereira

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MÉDICA 2013 Áreas de Atuação em Psiquiatria Psiquiatria da Infância e da Adolescência Gabarito da Prova realizada em 2/nov/2012 QUESTÃO 1 - Transtorno depressivo maior - Transtorno de ansiedade generalizada - Transtorno de aprendizagem OBS: o candidato deve discutir as hipóteses e afastar outros diagnósticos. QUESTÃO 2 Subtipos Depressivos Depressão melancólica: Anedonia (incapacidade de sentir prazer), humor depressivo não-reativo a estímulos agradáveis, sentimentos de culpa, insônia terminal (pelo menos duas antes do horário habitual), piora matutina, diminuição do apetite, perda de peso, lentidão ou agitação psicomotora, alterações do sistema nervoso autônomo e funções endócrinas. Depressão Atípica Inversão dos sintomas vegetativos Aumento do apetite sono, peso; paralisia em chumbo (sensação de ausência de força); reatividade do humor, sensibilidade à rejeição interpessoal. Depressão Sazonal Episódios depressivos em épocas características do ano, início do outono e inverno, remissão na primavera, maior frequência no sexo feminino com sintomas atípicos (hipersonia, hiperfagia, ganho de peso, letargia e desejo por carboidratos. Depressão psicótica Depressão grave, sintomas psicóticos (delírios e alucinações), congruentes ou incongruentes com o humor, depressão bipolar, episódios depressivos e mistos, alternados de episódios hipomaníacos ou maníacos, mais retardo psicomotror Sintomas atípicos, sintomas psicóticos, início mais precoce, maior número de episódios, maior probabilidade de abuso de substâncias, maior risco de suicídio. Distimia Sintomatologia mais atenuada, duração de pelo menos dois anos, letargia e inércia (pior pela manhã), anedonia, dificuldade de concentração, baixa auto-estima, sensibilidade aumentada as dificuldades, alterações marcantes do apetite, agitação ou lentidão são incomuns, Orientações Terapêuticas Antidepressivos Tricíclicos IMAO

IRSN (inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina) IRDN (inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina) ASIR (antagonistas serotoninérgicos/inibidores da recaptação de serotonina) NaSSA (noradrenaline and specific serotonergic agent) Estabilizadores do humor Sal de Lítio Anticonvulsivantes Antipsicóticos atípicos Eletroconvulsoterapia Psicoterapias TCC Psicoterapia em orientação psicanalítica Terapia interpessoal Terapia Familiar e de Grupo QUESTÃO 3 Crow,1980 (Duas formas de esquizofrenia): Tipo I (sintomas positivos) Alucinações, delírios, discurso desorganizado, comportamento bizarro, antecedente prémorbido bom, início agudo, sintomas psicóticos produtivos, cognição preservada, boa resposta ao tratamento com neurolépticos, mecanismo neuroquimico reversível. Tipo II (sintomas negativos) Alogia, embotamento afetivo, abulia, anedonia, antecedente pré-mórbido ruim, início insidioso, prejuízo no desempenho e na cognição, má resposta ao tratamento, alterações estruturais irreversíveis Tratamento Fase aguda - Objetivos do tratamento: Prevenir dano, controlar comportamento perturbado, reduzir a gravidade da psicose e sintomas associados (agitação, agressividade, sintomas negativos e afetivos), determinar e tratar os fatores que levaram à ocorrência do episódio agudo Efetuar um retorno rápido ao melhor nível de funcionamento, desenvolver uma aliança com o paciente e a família Formular planos de tratamento de curto e longo prazo e viabilizar a relação do paciente com cuidado adequado pó-tratamento na comunidade. Uso de medicamentos antipsicóticos Iniciar medicação antipsicótica tão logo que possível Discutir riscos e benefícios antes de iniciar a medicação Identificar: Os sintomas alvo: ansiedade, sono insatisfatório, alucinações e delírios Efeitos colaterais agudos: hipotensão ortostática, tonturas, reações distônicas, insônia e sedação Atenuar efeitos colaterais agudosfase de estabilização - Objetivos do tratamento Minimizar o estresse sobre o paciente para diminuir a possibilidade da recaída Aumentar a adaptação do paciente na comunidade Facilitar a redução contínua nos sintomas e consolidação da remissão e promover o processo de recuperação Resposta terapêutica adequada com efeitos colaterais mínimos: Monitorar o mesmo medicamento e dose por seis meses Avaliar efeitos adversos persistentes da fase aguda e ajustar o medicamento para atenuá-los Continuar com intervenções psicoterapêuticas de apoio Iniciar educação para o paciente e continuar a educação para familiares sobre o curso e a evolução da doença e enfatizar a importância da adesão ao tratamento Assegurar a manutenção da remissão ou controle dos sintomas

Manter o melhorar o nível de funcionamento e qualidade de vida do paciente Tratar efetivamente o aumento dos sintomas ou recaídas Continuar a monitorar efeitos adversos do tratamento Avaliar e determinar se o paciente pode beneficiar-se de alterações no programa de tratamento Realizar uma avaliação clínica com relação aos sintomas extrapiramidais a cada consulta Monitorar o peso e o IMC do paciente por seis meses e posteriormente trimestralmente Monitor após quatro meses e posteriormente anualmente: Hemograma, dosagem da prolactina, triglicérides e colesterol total e frações, glicemia, função renal, hepática e tireoideana, ECG. Tratamentos psicossociais Intervenções familiares, oficinas protegidas, tratamentos de busca ativa na comunidade, treinamento de habilidades sociais, psicoterapias e Terapia Ocupacional Pacientes com doença refratária ao tratamento Avaliar s o paciente foi submetido ao tratamento com doses adequadas e se houve adesão Considerar o tratamento com clozapina: Resposta clínica insatisfatória a dois antipsicóticos (sendo pelo menos um de segunda geração), Ideação ou comportamento suicida persistente que não respondeu a outros tratamentos Sintomas residuais: sintomas positivos, negativos, afetivos ou comportamento agressivo: Associar outro antipsicótico, Anticonvulsivantes e Benzodiazepínicos ECT Terapia comportamental e cognitiva QUESTÃO 4 Síndrome de Abstinência Alcoólica Grande importância médica, associada a altos índices de morbidade e mortalidade, início nas primeiras horas após a parada do consumo de álcool Pode ser classificada: Leve, Moderada e Grave (Pode ou não haver delirium tremens ) Manifestações mais observadas: Hiperatividade gastrintestinal, ansiedade, irritabilidade, aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca, hiperatividade autonômica, usuários crônicos submetidos a desintoxicação, 13 a 71% desenvolverão SAA, paciente não tratados,5% podem evoluir para convulsões e desenvolver delirium tremens, mortalidade varia de 5 a 25% por complicações cardíacas e metabólicas, após 6 a 8 horas da ultima ingestão pode apresentar, tremores, aquicardia, insônia, hipertensão, sintomas gastrintestinais (náuseas e vômitos), os sintomas apresentam pico 24 a 36 horas, tendem a regredir após 48horas de evolução, 3 a 10% podem apresentar alucinações visuais, após 6 a 48horas da ultima dose 5 a 15% podem apresentar convulsão, o aumento da frequência da síndrome piora a progressão dos sintomas e quadro se torna cada vez mais grave, exige tratamento mais agressivo, após 6 a 8 horas da ultima ingestão pode apresentar, tremores, taquicardia, insônia, hipertensão, sintomas gastrintestinais (náuseas e vômitos), os sintomas apresentam pico 24 a 36 horas, tendem a regredir após 48horas de evolução, 3 a 10% podem apresentar alucinações visuais, após 6 a 48horas da ultima dose 5 a 15% podem apresentar convulsão, o aumento da frequência da síndrome piora a progressão dos sintomas e quadro se torna cada vez mais grave.

Exige tratamento mais agressivo Nível I Comprometimento leve ou moderado Agitação psicomotora leve, discreto tremor de extremidades, sudorese discreta em região facial, náuseas, cefaléia, fotosensibilidade, manutenção da orientação temporoespacial, humor discretamente ansioso Nível II Comprometimento grave, agitação psicomotora importante, tremores generalizados, sudorese generalizada, cefaléia intensa, tômitos, pode ocorrer alucinações, auditivas, visuais ou táteis, agressividade, desorientação temporoespacial, ansiedade intensa, alcalose respiratória, febre Menos de 5% evoluem para delirium tremens Condição grave Turvação da consciência, alteração da atenção, memória, pensamento, psicomotricidade, ritmo sono-vigília Fatores preditores de gravidade da SAA Infecção concomitante, taquicardia, episódio prévio, convulsão, delirium, interatividade autonômica acompanhada de concentração sérica de álcool >que 1g/litro, condições associadas, TCE; AVC; Meningite e Encefalite, infecções em geral; Hepatite Alcoólica e Pancreatite aguda Avaliar: gravidade do quadro, comorbidades clínicas, psiquiátricas, aspectos ligados à rede social, decidir tratamento ambulatorial ou internação, pacientes em nível II tratamento em serviço de emergência, padrão do uso do álcool nos últimos anos, ultimo consumo ou diminuição do consumo, presença de SAA anterior com ou sem convulsão. Tratamento Recuperar a homeostase, Glicose, Tiamina e Fluidos Benzodiazepínicos (droga de primeira escolha) Eficácia comprovada e semelhante entre os diversos agentes benzodiazepínicos Longa duração podem ser mais efetivos em prevenir convulsões Curta duração menor risco de sedação exgerada 9idosos e hepatopatas) Infusão contínua não é mais eficaz que agentes de longa duração - Benzodiazepínicos - Diazepam 10 a 20mg VO avaliar a cada hora - Lorazepam 2mg VO avaliar a cada hora - Utilizados em média por 2 a 5 dias SAA grave com historia anterior pode se utilizar por mais de 10 dias Betabloqueadores Diminuem as manifestações autonômicas Não possuem atividade anticonvulsivante Pode ter como efeito colateral o delirium Não é recomendável em monoterapia Anticonvulsivantes (estabilizadores do humor) Carbamazepina, Gabapentina e Ácido Valpróico Especialmente em pacientes com comorbidades psiquiátricas Carbamazepina segura em associação com álcool Potencial prevenção das convulsões Não é eficaz no tratamento do delirium Não recomendável em monoterapia Consenso não utilizar anticonvulsivantes para o tratamento das convulsões na SAA Interesse no uso da gabapentina Neurolépticos

Presença de agitação psicomotora e alucinações no delirium tremens Doses baixas Início após o uso do benzodiazepínico ( evita o risco de convulsão Não recomendável em monoterapia Magnésio Não demonstrou benefícios na SAA Devendo ser reposto quando há deficiência Tiamina (vitamina B1) Não é utilizada para diminuir o delirium ou convulsões Prevenção da Síndrome de Wernicke- Korsakoff Oftalmoplegia, Ataxia e Confusão Mental Dose 100mg 3x/dia IM Não se deve: Hidratar indiscriminadamente (idosos e cardiopatas) Administrar glicose, sem utilizar tiamina Risco de desenvolvimento da Síndrome de Wernicke- Korsakoff Administrar clorpromazina Diminuição do limiar convulsivo Hidantalizar (quando ocorrer convulsão) Aplicar diazepam EV, sem recursos para reverter uma possível parada cardiorespiratória Fatores de risco SAA grave; convulsões ou delirium Presença de doença concomitante Sintomas de base moderados ou graves Idade avançada Delirium tremens, desintoxicação ou convulsões anteriores Gravidade da dependência ao álcool