Introdução O conteúdo deste documento, por não ser uma descrição exaustiva, não invalida a consulta dos decretos-lei mencionados ou de qualquer informação complementar. Alterações fiscais Com efeito a partir de 1 de janeiro de 2013: 1. O decreto-lei 197/2012 de 24 de agosto de 2012 diz que: Os documentos que titulam as transmissões de bens ou prestação de serviços são a fatura e a fatura simplifica, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, sendo derrogadas todas as referências a fatura ou documento equivalente constantes da legislação em vigor; É igualmente obrigatória a emissão de fatura ou fatura simplificada aquando da realização de pagamentos que sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços; A emissão da fatura ou fatura simplificada deve ser sempre efetuada, mesmo que o adquirente não a solicite; A indicação na fatura da identificação e do domicílio do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo não é obrigatório nas faturas de valor inferior a 1000, a não ser que o adquirente ou destinatário o solicite; A indicação na fatura do número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário não sujeito passivo é sempre obrigatória quando este o solicite; Só é permitida a emissão de faturas simplificadas em transmissão de bens ou prestação de serviços cujo imposto seja devido em território nacional; As faturas simplificadas só podem ser emitidas em transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não for superior a 1000 ou em outras transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura não seja superior a 100, quer o aquirente seja um sujeito passivou ou um não sujeito passivo; As faturas simplificadas devem conter o número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário que seja um não sujeito passivo quando este o solicite; Deixa de ser possível emitir vendas a dinheiro ou talões de venda para titular qualquer transação; Deixa de ser possível a anulação de documentos por qualquer outro motivo que não o engano, por parte do operador, do n.º de identificação fiscal do adquirente; Para qualquer retificação num documento fatura ou fatura simplifica devem ser usados os documentos nota de débito ou nota de crédito; Qualquer documento retificativo deve ter a referência ao documento que corrige; Qualquer fatura ou fatura simplificada que resulte da emissão prévia de uma guia de remessa ou de transporte deve ter a identificação do número desse documento. 2. O decreto-lei 198/2012 de 24 de agosto de 2012 diz que: É obrigatória a comunicação dos elementos das faturas usando um dos seguintes métodos: i. Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica; ii. Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAFT-PT, contendo os elementos das faturas; iii. Por inserção direta no Portal das Finanças; Microdigital I&D de Software, Lda. 1 v1.01.000
iv. Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças; A comunicação referida no ponto anterior deve ser efetuada até ao dia 25 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil; São implementados benefícios fiscais, em sede de IRS, ao consumidor final, nomeadamente em transações efetuadas com sujeitos passivos que exerçam as atividades de manutenção e reparação de veículos automóveis, manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios, alojamento, restauração e similares ou atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. Alterações no programa MDI Facturação As alterações efetuadas no programa de gestão comercial MDI Facturação centram-se na impossibilidade de emissão de vendas a dinheiro e talões de venda a partir do dia 1 de janeiro de 2013. Internamente, as vendas a dinheiro e os talões de venda continuam a existir, dando lugar a faturas e faturas simplificadas, respetivamente. Os talões de venda passarem para faturas simplificadas não levanta nenhum problema, mas as vendas a dinheiro passarem a faturas leva a que haja um conflito entre este tipo de documento e o tipo de documento fatura, já existente no programa. Esse conflito é resolvido recorrendo às séries dos documentos, permitindo assim diferenciar as faturas como documento de crédito e as faturas que são liquidadas no ato da transmissão de bens ou prestação de serviços. O mesmo acontece com as notas de crédito e as devoluções de vendas a dinheiro. Ao longo deste documento serão indicados todos os passos a serem cumpridos pelo administrador do sistema, bem como serão descritos os processos que a aplicação executa no primeiro arranque de 2013. Tabela de definição de séries por tipo de documento Na tabela de definições de séries por tipo de documento, usada pelo programa para atribuição dos respetivos números, devem ser indicadas as séries que deixam de ser usadas em 1 de janeiro de 2013, e as que as vão substituir. Esta indicação deve ser feita nas séries dos tipos de documento fatura, venda a dinheiro, talão de venda, nota de crédito e devolução de venda a dinheiro. Esta informação será processada na primeira execução do programa em 2013. Os talões de venda e vendas a dinheiro, que a aplicação continua a emitir até ao final do ano de 2012 são rebatizados no início de 2013 com os nomes de fatura (PP) e fatura simplificada, respetivamente. A devolução de venda a dinheiro passará a chamar-se nota de crédito, estando a diferença entre este tipo de documento e a nota de crédito, já existente no programa, na atualização da conta corrente do cliente. Microdigital I&D de Software, Lda. 2 v1.01.000
Como já foi referido, para facilitar a operação de escolha do tipo de fatura a ser usada, quando a liquidação desta for efetuada no ato de transmissão do bem ou da prestação do serviço, foi atribuído o nome de fatura (PP) à venda a dinheiro e nota de crédito (PP) à devolução de venda a dinheiro. No entanto, na comunicação deste documento para a AT o nome será sempre fatura e nota de crédito. Para não haver colisão dos números das faturas e das notas de crédito, é necessário que os documentos emitidos pelas antigas opções venda a dinheiro e devolução de venda a dinheiro, tenha uma série diferente das faturas e notas de crédito emitidas pelas opções normais. Tabela de isenções de IVA e tabela de regimes de IVA A tabela de motivos de isenção de IVA está, a partir desta versão, preenchida pelos motivos definidos pela AT. É obrigatório imprimir no documento o motivo da isenção de IVA aplicado, caso haja algum artigo com IVA a zero. A partir da versão 6.70 do programa MDI Facturação, é obrigatória a indicação do motivo, quando é detetado um artigo com 0% de IVA. Na tabela de regimes de IVA pode ser indicado o código do motivo da isenção de IVA a ser usado, por omissão, nos novos documentos. O programa indicará automaticamente o motivo da isenção do IVA a partir do regime de IVA selecionado para ser usado no documento a produzir. No entanto, o operador pode sempre muda-lo de acordo com a transação a que o documento se refere. Microdigital I&D de Software, Lda. 3 v1.01.000
Configuração das variáveis globais A partir do dia 1 de janeiro de 2013 o programa configura automaticamente as variáveis globais na primeira execução, a partir das configurações previamente efetuadas na tabela de séries. São configuradas as séries por defeito para as faturas, as faturas (PP) e as faturas simplificadas. Depois do dia 1 de janeiro de 2013 e após a primeira execução do programa todas as alterações a estas configurações devem ser feitas nas variáveis globais. Qualquer alteração feita na tabela de séries será ignorada. Foram criados controlos adicionais para definição das séries das faturas, faturas (PP) e faturas simplificadas, mantendo-se o controlo para os outros tipos de documento. Os controlos para o POS e para o BackOffice são separados. Microdigital I&D de Software, Lda. 4 v1.01.000
Classes de artigos Na tabela de classes de artigos fica disponível o controlo que permite indicar se a classe é referente a um serviço. Esta configuração é importante porque permite ao programa controlar o valor dos documentos, informando do operador da necessidade de emissão de fatura, quando este estiver a emitir uma fatura simplificada que ultrapasse o valor limite imposto pela lei para este tipo de documento. A coluna para efetuar esta configuração tem como legenda Serviços (Retenção IRS). Primeiro arranque de 2013 e configuração do sistema O processo de configuração do sistema de faturação MDI Facturação é efetuado na primeira execução do programa em 2013 no ato de seleção de cada uma das empresas. É apresentada uma mensagem como a que é mostrada na imagem apresentada mais abaixo. Microdigital I&D de Software, Lda. 5 v1.01.000
Emissão de documentos Na emissão de documentos de saída a lista de documentos disponível apresenta, nesta versão, em 2013, a fatura (PP) e a fatura simplificada como novos documentos, tendo estes substituído a venda a dinheiro e o talão de venda, respetivamente. Já na lista de documentos de entrada apresenta agora a nota de crédito (CC) e a nota de crédito que substituem a nota de crédito e a devolução de venda a dinheiro, respetivamente. O programa MDI Facturação só permite a emissão de faturas simplificadas a empresas (sujeito passivo) se estas não tiverem um valor superior a 100, sendo obrigatória a indicação do NIF da cliente. No caso de ser um particular (não sujeito passivo) o limite sobe para 1000, a partir do qual é obrigatório a emissão de um a fatura. No entanto, se o valor for superior a 100 e o documento tiver serviços é obrigatório a emissão de faturas mesmo para clientes particulares. Quando uma fatura simplificada ultrapassa o valor permitido por lei é apresentada uma mensagem de aviso, e não é possível finalizar o documento sem efetuar a alteração para fatura. No botão alterar o tipo de fatura, também acessível pela sequência de teclas ctrl+f, surge a o formulário que permite a alteração do tipo de fatura. Por omissão surge selecionado o tipo de documento fatura (PP), antiga venda a dinheiro, já que a fatura simplificada, antigo talão de venda, é o tipo de documento que debita e credita a conta do cliente, isto é, implica a liquidação imediata. Logo, como a fatura (PP) também é de liquidação imediata, não indo para controlo de tesouraria, é este o tipo de documento que é selecionado, havendo no entanto a possibilidade de se alterar para fatura, caso haja necessidade de controlar a liquidação à posteriori. O mesmo controlo é efetuado na interface do POS. Microdigital I&D de Software, Lda. 6 v1.01.000