IN1149 Qualidade, Processos e Gestão de So9ware Kanban no Desenvolvimento de So1ware

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Transcrição:

IN1149 Qualidade, Processos e Gestão de So9ware Kanban no Desenvolvimento de So1ware Marcello Luiz Gomes do Egito Pedrosa mlgep@cin.ufpe.br Recife, 12.11.2012 2

Roteiro Histórico Kanban Desafios (Processo ágil de Desenvolvimento de So9ware) Kanban em ação Estudos relacionados Referências 3

Histórico - - - - Taiichi Ohno (29 fev. 1912 28 maio 1990) Dailan/China. - Engenharia Mecânica Escola Técnica em Nagoya / Japão. - 1932 - Toyota Spinning and Wearing / 1943 - Toyota Motor Company Estudo realizado com Kiichiro Toyoda para evitar perdas na produção, iniciando a experimentação e o desenvolvimento de metodologias de produção que diminuíssem o tempo de fabricação dos componentes principais dos produtos Anos 40 a Toyota Motor Company estava a beira da falência Houve o início de uma longa colaboração entre Ohno, Shigeo Shingo, consultor de qualidade da Toyota, e Edward Deming, principal responsável da chegada ao Japão do Controle de Processo Esta\s]co, para criar um sistema de estratégia de manufatura que fizesse a empresa obter lucro e sustentabilidade para a]ngir o crescimento 4

Kanban ( ) O Kanban emergiu do Sistema Toyota de Produção (TPS), também conhecido como Produção Enxuta(JIT) ou Lean Manufacturing com propósito: Aumentar a eficiência da produção pela eliminação de desperdícios. Kanban é: Kan = visual + Ban = quadro (ou cartão) Kanban - Sinalização visual O Kanban tem como foco o trabalho em progresso, apresentando a evolução de forma visual, tornando os problemas evidentes e favorecendo uma cultura de melhoria conynua. 5

Kanban - Funções Prover coleta ou transporte de informação; Prover informação de produção; Impedir a produção e o transporte em excesso; Prevenir a saída de produtos defeituosos, iden]ficando os processos que levam à sua produção; Revelar problemas existentes e manter o controle dos estoques. [SACOMANO e FUSCO, 2007] 6

Kanban - Exemplo Processo: Supermercado Fluxo de trabalho entre o Supermercado e o Fornecedor Controle do estoque do supermercado: Disponível Estoque crí]co Em reposição Fluxo prá`co: Cenário: Cliente (PF) querendo controlar seu estoque de leite em sua residência 7

Fluxo 8

A Toyota estudou os Sistemas de Supermercados Produção Puxada A demanda do mercado PUXA a produção Clientes só consomem o necessário Fornecedores só produzem o que é consumido Produção equilibrada 9

Roteiro Histórico Kanban Desafios (Processo ágil de Desenvolvimento de So9ware) Kanban em ação Estudos relacionados Referências 10

Porque usar o Kanban no desenvolvimento de So9ware? 11

Kanban ou Scrum? 12

Os desafios do desenvolvimento ágil: Onde o Kanban pode ajudar? Entregas baseadas em iterações com tamanho fixo Foco no desenvolvimento de produto (BV Definido) Visualização da Sprint (Sprint Burndown) Estórias devem ser es]madas Entregas a qualquer momento Mudança de prioridade a qualquer instante... Visualização no fluxo de trabalho (Transparência) Não se preocupa com iterações 13

Development work oven con]nues throughout a cycle while tes]ng starts late and never seems to get enough ]me PATTON, J. 2008 14

Kanban & Scrum Tanto o Kanban quanto o Scrum, sugerem regras sobre como você deve executar o seu trabalho. Uma diferença imediata entre estas duas metodologias é o número de regras u]lizadas. Scrum é bastante prescri]vo e possui um vasto conjunto de regras. Algumas: 1. O Product Backlog é criado e gerenciado pelo PO 2. As equipes devem ser mul]- funcionais (*) 3. Há uma reunião diária, onde a equipe responde três questões 4. O progresso é medido usando um gráfico burndown... 23. (Você pode encontrar uma lista de 23 regras obrigatórias e mais 12 opcionais em Agile Advice ) 15

Kanban & Scrum Kanban é muito mais aberto que o Scrum e possui apenas duas regras básicas: 1. Visualizar o fluxo de trabalho 2. Limitar o trabalho em curso Por ser bastante aberto, tende a ser adaptado em função do ambiente. SCRUMBAN 25 Regras? 16

Kanban em ação! 17

Kanban Ferramenta HIRANABE, K. 2008 18

Kanban Como começar Mapear a cadeia de valor Definir WIP para as fases e polí]cas para mudanças nesses valores Definir as classes de serviço e critérios de seleção de trabalho Acompanhar o Tempo de Entrega... Ajustar empiricamente Mude o WIP e veja o impacto no fluxo da entrega 19

Kanban, o ideal é a fluidez Demanda Trabalho em Andamento (WIP) Entrega Figura 1. Visualização do Fluxo: O sistema empurra 20

Onde está o gargalo? Em andamento Pronto para a próx. fase Backlog (5) Design (3) DEV (4) Teste (3) Pronto para Implantar Figura 2. Bosleneck 21

Fazer o processo fluir Em andamento Pronto para a próx. fase Backlog (5) Design (3) DEV (4) Teste (3) Pronto para Implantar Figura 2. Bosleneck 22

Kanban Quadro (exemplo) [David Anderson Kanban At Q Con, 2008] 23

Kanban Quadro (exe. cont.) As cores são usadas para designar classes de serviço para itens de trabalho [David Anderson Kanban At Q Con, 2008] 24

Roteiro Histórico Kanban Desafios (Processo ágil de Desenvolvimento de So9ware) Kanban em ação Estudos relacionados Referências 25

01.Modeling Kanban Processes in Systems Engineering (2012) Esta pesquisa avalia o uso do Kanban em processos combinados de Engenharia de Sistemas (ES) e Engenharia de Sovware (ESW); Com a integração de ambos de forma efe]va pode aumentar a flexibilidade e previsibilidade sobre cenários complexos, melhorar a visibilidade e coordenação nos projetos com uma sobrecarga menor; Modelo: Desenvolveram um Kanban de propósito geral (KSS) com uma abordagem orientada a serviços para realizar uma integração entre vários projetos. 26

01.Modeling Kanban Processes in Systems Engineering (2012) These concepts were derived from [8] [9] [10] [11] [12] [13], workshops and discussions with collaborators. 27

01.Modeling Kanban Processes in Systems Engineering (2012) O obje]vo da modelagem desta pesquisa é verificar se os projetos de uma organização tem um desempenho melhor com o uso do Kanban (KSS). O desempenho é medido por meio de uma função de valor através das escalas: Shortest- ]me to useful- value / Highest- value for a given- ]me. A questão de pesquisa é saber se o valor (desempenho) pode ser melhorado através de um KSS que controla a interação de uma equipe de engenharia com uma ou mais equipes de desenvolvimento através de uma interface orientada a serviços. Como procedimento metodológico, u]lizaram três cenários de simulação padrão para comparar os processos: Common SE - Tradi`onal SE BDUF - KSS 28

01.Modeling Kanban Processes in Systems Engineering (2012) As capacidades e conhecimentos do kit de ferramentas de simulação pode levar a: Uma maior compreensão do valor de vários serviços (ES e ESW); Melhor integração entre Engenharia de Sistemas e Engenharia de Sovware através do conceito de serviços; Mas: O trabalho atual será ampliado pela adição de grupos de componentes relacionados na definição do KSS; Dispor de representações paramétricas; Refinar as simulações cruzando com informações de outros projetos; Trazer melhores aspectos de cada ]po de modelo em um conjunto de ferramentas; 29

Questões para pesquisas É possível u]lizar o Kanban para apoiar o processo de inovação das Startups? É possível gerenciar um ambiente de múl]plos projetos u]lizando o Kanban? 30

E por fim O Kanban auxilia na Gestão Visual de todo o trabalho 31

E por fim Dizer sim ao Kanban não significa dizer não ao Scrum [MAGNO, A. 2011] 32

Referências OHNO, T. O sistema Toyota de Produção: além da produção em larga. trad. Cris]na Schumacher - Porto Alegre: Bookman, 1997. SACOMANO, J.; FUSCO, J. Operações e Gestão Estratégica da Produção. São Paulo: Arte & Ciência, 2007. Pág 91. KNIBERG. H. Kanban e Scrum: obtendo o melhor de ambos. C4Media Inc, 2010. PATTON, J. Using Kanban Techniques to Control Incremental Development, 2008. Disponível em: <h p://www.agileproductdesign.com/>. Acesso em 5 nov 2012. DAVID, J. Agile Management, 2008. Disponível em: <h p:// www.agilemanagement.net/>. Acesso em 2 nov. 2012. 33

Referências SCRUM vs Kanban, 2010. Disponível em: <h p://blog.outsystems.com/ aboutagility/2010/11/scrum- vs- kanban.html/> Acesso 4 nov. 2012. MAGNO, A. Dizer sim ao Kanban não significa dizer não ao Scrum, 2011. Disponível em: <h p://ww.adaptworks.com.br/> Acesso em: 30 out. 2012. Lean So9ware Engineering. Disponível em h p://leansovwareengineering.com/ksse/scrum- ban/> Acesso em: 5 nov. 2012. HIRANABE, K. Kanban Applied to So9ware Development: from Agile to Lean, 2008. Disponível em: <h p://www.infoq.com/ar]cles/hiranabe- lean- agile- kanban/> Acesso em: 8 nov. 2012. 34

Referências TURNER, R., MADACHY, R., INGOLD, D. Modeling Kanban Processes in Systems Engineering. IEEE, 2012. 35

Dúvidas? 36

OBRIGADO! Kanban no Desenvolvimento de So1ware Marcello Luiz Gomes do Egito Pedrosa mlgep@cin.ufpe.br Recife, 12.11.2012 37