TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA FEMININO NAS REGIÕES BRASILEIRAS



Documentos relacionados
Dissertação de Mestrado

TEXTO 2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA. Tânia Aparecida Correia Furquim 1

LIGA DA MAMA: AÇÕES COMUNITÁRIAS DE PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA EM Palavras-chave: Câncer de mama; rastreamento, prevenção.

A situação do câncer no Brasil 1

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução

Capítulo 3. Fichas de Qualificação de Indicadores

A FEMAMA Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA),

Produção de mamografias no SUS do Estado de São Paulo Production of mammographies by SUS from the state of São Paulo

PERFIL DOS PRINCIPAIS CÂNCERES EM IDOSOS NO BRASIL

DIFERENCIAIS SOCIODEMOGRÁFICOS ENTRE OS IDOSOS NO BRASIL

Brasil é 2º em ranking de redução de mortalidade infantil 3

GEOGRAFIA. População Brasileira

Cenário Epidemiológico do Estado de Alagoas

Encontro internacional sobre rastreamento de câncer de mama

COBERTURA DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SOUSA PARAÍBA COM REGISTRO NO SISMAMA

Dra Adriana de Freitas Torres

Graduada em Nutrição pela UFPE Especializanda em Saúde Coletiva e Sociedade do IBPEX/FACINTER walmafra@oi.com.br

Devemos fazer a triagem de Câncer de Próstata em pacientes com menos de 70 anos? Wilson Busato Jr

O que fazem os grupos científicos para o controle e tratamento do câncer de mama no Brasil? SBM

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE)

A população brasileira

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Aula5 POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA NO BRASIL. Debora Barbosa da Silva

PORTO ALEGRE E DEMAIS CAPITAIS BRASILEIRAS

A RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DE EQUILÍBRIO E A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

Docente: Willen Ferreira Lobato

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador AUGUSTO BOTELHO

SISCOLO RELATÓRIO PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2008

A AIDS NA TERCEIRA IDADE: O CONHECIMENTO DOS IDOSOS DE UMA CASA DE APOIO NO INTERIOR DE MATO GROSSO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E SÍFILIS: ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E ELIMINAÇÃO

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DO CÂNCER BUCAL NO HC DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, ATRAVÉS DO CID 10

Geografia. Exercícios de Revisão I

DE OPINIÃO PÚBLICA PERCEPÇÃO SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Análise da Prevalência e Epidemiologia da Catarata na População Atendida no Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal De Goiás

OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

IBAM EQUIPAMENTOS CULTURAIS E DE LAZER EXISTENTES NOS MUNICÍPIOS. François E. J. de Bremaeker

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

Os grandes contrastes na mortalidade por câncer do colo uterino e de mama no Brasil

A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS

Queda da mortalidade por câncer em crianças as nas capitais de estados do Brasil,

Censo Demográfico 2010 e a Diversidade Social. Ana Lucia Saboia IBGE 27 de setembro de 2011

DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ALUNOS DO PROFIS (UNICAMP) SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS, DAS FAMÍLIAS E DAS ESCOLAS ONDE CURSARAM O ENSINO MÉDIO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES CADASTRADOS NO SISTEMA HIPERDIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, RS

Ana Paula Cavalcante Ramalho Brilhante SES/CE. Marcia Cristina Marques Pinheiro CONASEMS

Temas especiais: análise de séries. temporais de. causas de morte. selecionadas

Instituto Avon realiza terceira edição do Giro Pela Vida para alertar sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama

O Programa Bolsa Família: 12 anos de inclusão e cidadania no Brasil Desenho, Instrumentos, Evolução Institucional e Impactos

Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires

APONTAMENTOS SOBRE O TRÁFICO DE PESSOAS NO BRASIL: TENUIDADE DA LEGISLAÇÃO E O PODER DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. O QUE FAZER PARA MELHORAR?

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

AVALIAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA NA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE NEOPLASIA MAMÁRIA EM MULHERES INDÍGENAS.

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década

Mortalidade por Aids no Estado: redução contínua desde 1996

TÍTULO: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS OBRE CÂNCER DE MAMA E COLO UTERINO ENTRE MULHERES DE BAIXA RENDA DA CIDADE DE LINS SP

POPULAÇÃO BRASILEIRA

Câmara Municipal de Alter do Chão Setor Ação Social e Educação

Objetivo: Avaliar espacialmente a incidência e mortalidade por câncer de boca e orofaríngeo no município de São Paulo.

Política Nacional de Atenção Oncológica Claudio Pompeiano Noronha

ROTEIRO ESTRUTURADO PARA PESQUISA DO TRABALHO PRÁTICO

*CD * Discurso proferido pelo deputado GERALDO RESENDE (PMDB/MS), em sessão no dia 11/02/2014. MAMOGRAFIA EM UMA SÓ MAMA: IGNORÂNCIA

Panorama de 25 anos da mortalidade por Aids no Estado de São Paulo

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

Censo Demográfico 2010 FAMÍLIA E DOMICÍLIO

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

Apoio. Patrocínio Institucional

Indicadores e Dados Básicos: situando Santa Catarina

ANEXO I. 1 Indicadores da dimensão da atenção à saúde

AUDIÊNCIA PÚBLICA: O ENVELHECIMENTO E A QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS DIABETES MELLITUS E AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS

População residente, por situação do domicílio Brasil, 2000 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Resultados do Universo

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF

O envelhecimento populacional brasileiro e a abordagem da mídia em relação a pessoa idosa Moreira, Thais dos Santos*

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

Estimativa Incidência de Câncer no Brasil

Epidemiologia da Transmissão Vertical do HIV no Brasil

IV Seminário de Promoçã e Prevençã. ção à Saúde. ção o de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar. I Seminário de Atençã. Suplementar.

Analise o gráfico sobre o número acumulado de inversões térmicas, de 1985 a 2003, e a) defina o fenômeno meteorológico denominado inversão

Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros?

Psicologia. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

PREVALÊNCIA DE MULHERES QUE REALIZARAM MAMOGRAFIA EM TRÊS UNIDADES DE SAÚDE DECRUZ ALTA - RS

Será uma carta entregue em mãos após uma marcha que terá início em São Paulo logo após a eleição e terminará no Palácio do Planalto em Brasília.

Mortalidade e morbidade por câncer de mama feminino na região Sudeste do Brasil (segundo UF s): uma análise para 1998 e 2003 *

SHOPPING CENTERS Evolução Recente

Transcrição:

TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA FEMININO NAS REGIÕES BRASILEIRAS Carolina Maciel Reis GONZAGA 1, Ruffo FREITAS-JR 1,2, Nilceana Maya Aires FREITAS 2, Edesio MARTINS 2, Rita DARDES 3. 1. Programa de Mastologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás FM/UFG; 2. Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás ACCG; 3. Universidade de São Paulo USP. Endereço eletrônico: ruffojr@terra.com.br. Palavras-chave: Câncer de mama, mortalidade, tendência, regiões brasileiras. Introdução O câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil (INCA, 2010) e no mundo (JEMAL et al., 2011). Sabe-se que sua incidência é diretamente relacionada a faixas etárias mais altas e o Brasil vem apresentando um acelerado processo de envelhecimento, com mudanças no perfil epidemiológico da população, com crescimento mais lento do número de crianças e adolescentes, paralelamente a um aumento da população em idade ativa e de pessoas idosas. Toda esta transição, entretanto, vem ocorrendo de forma muito desigual, fato associado, em grande parte, às diferentes condições sociais observadas no País (IBGE, 2011). Devido às suas dimensões continentais, o Brasil apresenta importantes diferenças regionais em seus índices de mortalidade por câncer de mama (INCA, 2010). Propusemo-nos assim, analisar as tendências da mortalidade por câncer de mama feminino no Brasil e em suas macrorregiões, no período de 1980 a 2009, de acordo com as faixas etárias de risco. 1

Material e métodos Estudo ecológico de série temporal, usando as informações sobre óbitos por câncer de mama cadastradas no Sistema de Informações em Mortalidade (SIM) e os dados da população residente pelos Censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir da obtenção dos dados, foram calculados os coeficientes de mortalidade bruto e padronizado, utilizando o método indireto tendo como referência uma população mundial hipotética proposta por Segi (1960), modificada por Doll et al. (1966) (JENSEN et al., 1991). Para identificar as mudanças significativas na tendência da mortalidade por câncer de mama, foi utilizado o modelo de regressão de Poisson a partir do software Joinpoint, versão 3.4.3, calculando o APC (annual percent change) ou MPA (mudança percentual anual) e intervalo de confiança (IC) de 95%, com resultado significativo quando p<0,05. Resultados e Discussão No período de 1980 a 2009 foram notificados 214.200 casos de óbitos por câncer de mama entre as mulheres brasileiras. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores coeficientes de mortalidade, com valores máximos de 14,4/100.000 e 14,6/100.000 respectivamente, seguidas das regiões Centro-Oeste, 12,4/100.000, Nordeste 9,6/100.000 e Norte, 7,3 para cada 100.000 mulheres. O coeficiente de mortalidade padronizado por câncer de mama no Brasil aumentou de 9,2/100.000 mulheres em 1980 para 11,3/100.000 em 2009. No Brasil houve mudança na tendência da mortalidade. Inicialmente, no período de 1980 a 1994, apresentou aumento de 1,6% (IC95% 1,1 2,1; p<0,01) e, a partir de 1994, sugere tendência de estabilização de 0,4% (IC95% -0,1 0,8; p=0,08). As regiões Sul e Sudeste embora apresentem os maiores coeficientes de mortalidade, foram as regiões que apresentaram tendência de estabilização e redução na mortalidade por câncer de mama feminino. Na região Sul houve diminuição de -0,3% a partir de 1994 (IC95% -1,0 0,3; p=0,32), sugerindo uma estabilização. Já a região Sudeste apresentou mudança significativa na tendência da mortalidade em 1997, passando de uma tendência de aumento de 1,2% (IC95% 2

0,8 1,6; p<0,01) no período de 1980 a 1997 para queda de -0,9% (IC95% -1,6-0,2; p<0,01) entre 1997 a 2009. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram aumento na mortalidade por câncer de mama feminino no período analisado, com tendências de 1,9% (IC95% 1,5 2,4; p<0,01) e 2,4% (IC95% 1,9 3,0; p<0,01), respectivamente. Enquanto a região Nordeste, embora também apresente aumento na mortalidade, no período de 1980 a 2000, demonstrou aumento de 2,1% (IC95% 1,7 2,5; p<0,01), e a partir desta data, registrou aumento de 5,3% (IC95% 3,9 6,7; p<0,01). Esta análise da tendência da mortalidade por câncer de mama feminino no Brasil mostra um padrão favorável nos últimos anos, correspondendo a um nivelamento e opondo-se aos padrões esperados para os países em desenvolvimento e de baixa renda (JEMAL et al., 2011). Apesar desse quadro supostamente favorável, mesmo que as taxas da mortalidade por câncer de mama permaneçam constantes, haverá grandes aumentos nos números absolutos de casos de morte, devido ao crescimento da população e aumento da esperança da vida, isso levará a um grande aumento nas taxas de mortalidade (BOYLE; FERLAY, 2005). Pode-se constatar que o Brasil apresenta importantes diferenças regionais em seus índices de mortalidade por câncer de mama entre as mulheres, reproduzindo o mesmo padrão observado no mundo (JEMAL et al., 2011). Embora as regiões Sul e Sudeste (regiões mais desenvolvidas), de maneira geral, apresentem as maiores taxas de mortalidade, quando analisadas as tendências temporais, observa-se tendência de estabilização e queda, enquanto o Nordeste, região de médio e baixo desenvolvimento, destaca-se com a maior tendência de aumento de 5,3%, seguido da região Norte e Centro-Oeste. Em 2004 foi elaborado um documento de consenso para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil, desenvolvendo políticas públicas adaptadas à realidade da infra-estrutura brasileira (BRASIL, 2004). Sabe-se que o grande desafio atual do Brasil decorre da falta de acesso aos poucos Centros especializados no tratamento do câncer de mama, que por sua vez nem sempre estão capacitados para diagnóstico e tratamento rápido, sendo frequente a migração de pacientes provenientes de áreas com atendimentos deficientes (outros estados e interior), sobrecarregando e onerando os Centros de fácil acesso (GEBRIM; QUADROS, 2006). Foi observada nas regiões do país, má distribuição dos atendimentos e 3

dificuldade de acesso ao tratamento nas mulheres com níveis sociais mais baixos (VIACAVA et al., 2009). Apesar de avanços no conhecimento sobre fatores de risco, redução e melhoria na detecção precoce e tratamento para o câncer de mama, as desigualdades socioeconômicas brasileiras persistem nos padrões da mortalidade. Desta forma, embora o risco de câncer de mama seja mais elevado entre as mulheres que vivem em áreas com melhores condições socioeconômicas, está bem estabelecido que as mulheres de baixa de renda estão em risco aumentado de morrer por câncer de mama (VONA-DAVIS; ROSE, 2009). Conclusões e implicações políticas No Brasil foi observada tendência de estabilização nas taxas de mortalidade por câncer de mama feminino. No entanto, quando analisada a tendência da mortalidade nas macrorregiões do país, as taxas apresentaram-se de modo desigual, com importantes diferenças no padrão da mortalidade. Dessa forma, embora o Brasil deva ser visto como um todo, a prioridade em termos de ações de prevenção primária e secundária deverá ser estabelecida para as regiões menos desenvolvidas. 4

Referências: 1. INCA (Instituto Nacional de Câncer). Estimativa 2010. Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/estimativa20091201.pdf. Acessado em 10 de maio de 2011. 2. JEMAL, A.; BRAY, F.; CENTER, M.M.; et al. Global cancer statistics. Ca Cancer J Clin, v. 61, p. 69 90, 2011. 3. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) [homepage na Internet]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acessado em 10 de maio de 2011. 4. JENSEN, O.M.; PARKIN, R.; MACLENNAN, R.; et al. Cancer Registration: Principles and Methods. Lyon, France: IARC; 1991. 5. BOYLE, P.; FERLAY, J. Cancer incidence and mortality in Europe, 2004. Annals of Oncology, n. 16, p. 481-488, 2005. 6. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Controle do câncer de mama. Documento de consenso. Rev Bras Cancerol, v. 50, n. 2, p. 77-90, 2004. 7. GEBRIM, L.H.; QUADROS L.G.A. Rastreamento do câncer de mama no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 28, n. 6, p. 319-323, 2006. 8. VIACAVA, F.; SOUZA-JUNIOR, P.R.B.; MOREIRA, R.S. Estimativas da cobertura de mamografia segundo inquéritos de saúde no Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 43, n. 2, p. 117-125, 2009. 9. VONA-DAVIS, L.; ROSE, D.P. The influence of socioeconomic disparities on breast cancer tumor biology and prognosis: a review. J Womens Health, v. 18, p. 883 893, 2009. 5