Curvas e Superfícies no Espaço através de Exemplos. 1. Reta tangente, plano normal, vetor normal



Documentos relacionados
Curvas em coordenadas polares

Aula 17 GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS. META Apresentar as grandezas vetoriais e seu signifi cado

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

7 AULA. Curvas Polares LIVRO. META Estudar as curvas planas em coordenadas polares (Curvas Polares).

Retas e Planos. Equação Paramétrica da Reta no Espaço

INTRODUÇÃO O sistema de coordenadas ao qual estamos acostumados é o sistema de coordenadas

4. Tangentes e normais; orientabilidade

Campos Vetoriais e Integrais de Linha

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0.

Universidade Federal do Paraná

Aula 6 Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente

CINEMÁTICA VETORIAL. Observe a trajetória a seguir com origem O.Pode-se considerar P a posição de certo ponto material, em um instante t.

Velocidade Média Velocidade Instantânea Unidade de Grandeza Aceleração vetorial Aceleração tangencial Unidade de aceleração Aceleração centrípeta

Coordenadas Polares Mauri C. Nascimento Dep. De Matemática FC Unesp/Bauru

Exercícios resolvidos P2

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas

Cálculo em Computadores trajectórias 1. Trajectórias Planas. 1 Trajectórias. 4.3 exercícios Coordenadas polares 5

Prof. Rossini Bezerra Faculdade Boa Viagem

3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (parte segunda)

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Cursos de Engenharia. Prof. Álvaro Fernandes Serafim

4 Mudança de Coordenadas

3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (terça parte)

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e

3.3 Espaço Tridimensional - R 3 - versão α 1 1

Paulo J. S. Gil. Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial

Matemática Aplicada. Qual é a altitude do centro do parque, ponto de encontro das diagonais, em relação ao nível do mar?

Faculdade Sagrada Família

Lista 2 - Vetores II. Prof. Edu Física 2. O que é necessário para determinar (caracterizar) uma: a) grandeza escalar? b) grandeza vetorial?

ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do

GAAL /1 - Simulado - 1 Vetores e Produto Escalar

Cap. 7 - Fontes de Campo Magnético

Palavras-Chave: Sistema de Posicionamento Global. Sistemas de Localização Espacial. Equação de Superfícies Esféricas.

Seja D R. Uma função vetorial r(t) com domínio D é uma correspondência que associa a cada número t em D exatamente um vetor r(t) em R 3

1 Módulo ou norma de um vetor

APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA

ÁLGEBRA LINEAR. Núcleo e Imagem de uma Transformação Linear, Teorema da Dimensão, Isomorfismo. Prof. Susie C. Keller

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

I CAPÍTULO 19 RETA PASSANDO POR UM PONTO DADO

I. Cálculo Diferencial em R n

Nestas condições, determine a) as coordenadas dos vértices B, C, D, E e F e a área do hexágono ABCDEF. b) o valor do cosseno do ângulo AÔB.

Plano de Aula. 1 - Como abrir o programa KmPlot

INSTITUTO TECNOLÓGICO

Módulo de Geometria Anaĺıtica Parte 2. Distância entre Ponto e Reta. Professores Tiago Miranda e Cleber Assis

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

36ª Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Segunda Fase

Sistemas de Coordenadas:

AV1 - MA (b) Se o comprador preferir efetuar o pagamento à vista, qual deverá ser o valor desse pagamento único? 1 1, , , 980

2ª fase. 19 de Julho de 2010

As cônicas. c, a 2 elipse é uma curva do plano em que qualquer um de seus pontos, por exemplo,, satisfaz a relação:

4Distribuição de. freqüência

Basta duplicar o apótema dado e utilizar o problema 1 (pág.: 45).

XXVI Olimpíada de Matemática da Unicamp. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

Vestibular 2ª Fase Resolução das Questões Discursivas

Os Postulados da Mecânica Quântica

= 30maneiras para sentar-se. Como são 20 filas, o número total de maneiras distintas que atende ao enunciado será:

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos

CPV O Cursinho que Mais Aprova na GV

Faculdades Anhanguera

4.2 Produto Vetorial. Orientação sobre uma reta r

Lista de Exercícios sobre trabalho, teorema de Green, parametrizações de superfícies, integral de superfícies : MAT

CAPÍTULO 6 TRANSFORMAÇÃO LINEAR

É usual dizer que as forças relacionadas pela terceira lei de Newton formam um par ação-reação.

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

Olimpíada Brasileira de Física ª Fase

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA

9. Derivadas de ordem superior

ESPAÇOS MUNIDOS DE PRODUTO INTERNO

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010

PROVAS DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR-2012 DA MACKENZIE RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia. 14/12/2011

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B.

1 SISTEMAS DE COORDENADAS

Pesquisa Operacional. Função Linear - Introdução. Função do 1 Grau. Função Linear - Exemplos Representação no Plano Cartesiano. Prof.

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Equações e problemas

Probabilidade e Estatística 2009/1 Prof. Fernando Deeke Sasse CCT-UDESC Exercícios 2

FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO. Caracterizar e mostrar o campo magnético produzido por uma carga a velocidade constante.

RESUMO 2 - FÍSICA III

-ESTRUTURA VIÁRIA TT048 CURVAS VERTICAIS

Márcio Dinis do Nascimento de Jesus

ITA º DIA MATEMÁTICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

(Testes intermédios e exames 2005/2006)

CORPOS RÍGIDOS: As forças que actuam num corpo rígido podem ser divididas em dois grupos:

PSAEN 2007/08 Primeira Fase - Matemática

Root Locus (Método do Lugar das Raízes)

Aula 3 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS EM PAPEL DILOG. Menilton Menezes. META Expandir o estudo da utilização de gráficos em escala logarítmica.

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP

1 ELEMENTOS DA CIRCUNFERÊNCIA

Åaxwell Mariano de Barros

Função do 2º Grau. Alex Oliveira

Forças internas. Objetivos da aula: Mostrar como usar o método de seções para determinar as cargas internas em um membro.

Aula 9 Plano tangente, diferencial e gradiente

Lista 1: Vetores -Turma L

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA

PUCGoiás Física I. Lilian R. Rios. Rotação

Matemática. O coeficiente angular dado pelo 3º e 4º pontos é igual ao coeficiente angular dado pelo 1º e 3º. Portanto:

Projeção Perspectiva. Desenho Técnico I Profº Msc. Edgar Nogueira Demarqui

Já vimos que a energia gravitacional entre duas partículas de massas m 1 e m 2, com vetores posição em r 1 e r 2, respectivamente, é dada por

7 - Análise de redes Pesquisa Operacional CAPÍTULO 7 ANÁLISE DE REDES. 4 c. Figura Exemplo de um grafo linear.

Transcrição:

Curvas e Superfícies no Espaço através de Exemplos Fernando Deeke Sasse UDESC-Joinville 1. Reta tangente, plano normal, vetor normal Curva dada por função vetorial 1. Encontrar o vetor tangente, a equação da tangente e a equação do plano normal à curva dada por Solução:, em t=3. Ilustre graficamente. restart: with(linearalgebra): with(plots): r:=[t^(2/3),t,ln(t)+10]; rf := unapply(r,t); rf(3)[1]; vtan:=unapply(diff(rf(t),t),t); (1.1.1) (1.1.2) (1.1.3) (1.1.4) Em : tp:=3: vtanp:=evalf(vtan(tp)); (1.1.5) A reta tangente é a reta que passa pelo ponto e tem a direção de. eqreta:=[x-rf(tp)[1]=k*vtan(tp)[1],y-rf(tp)[2]=k*vtan(tp) [2],z-rf(tp)[3]=k*vtan(tp)[3]]; (1.1.6)

retat:=simplify([op(2,isolate(eqreta[1],x)),op(2,isolate (eqreta[2],y)),op(2,isolate(eqreta[3],z))]); Plano normal: PlanoNormal:=(x-rf(tp)[1])*vtan(tp)[1]+(y-rf(tp)[2])*vtan (tp)[2]+(z-rf(tp)[3])*vtan(tp)[3]=0; p1:=implicitplot3d(planonormal,x=-5..5,y=-10..10, z=0..15,axes=frame): c1:=spacecurve(r,t=-2..15,color=red,thickness=2): c2:=spacecurve(retat,k=-5..7,color=blue,thickness=2): display([c1,c2,p1],axes=frame,labels=[x, y, z],scaling= constrained); (1.1.7) (1.1.8) Curva dada pela intersecção de duas superfícies 2. Determine a reta tangente à curva dada pela intersecção das superfícies e no ramo correspondente a positivo. Em tal ramo escolha um ponto.

Faça um gráfico mostrando simultaneamente a reta tangente, a curva e as duas superfícies. Solução: s1:=x^2+y^2+z^2-25; s2:=x+y*z+y^2+z-17; (1.2.1) (1.2.2) ps1:=implicitplot3d(s1,x=-5..5,y=-5..5,z=-10..5): ps2:=implicitplot3d(s2,x=-5..5,y=-5..5,z=-10..5): display([ps1,ps2],axes=frame,labels=[x, y, z],scaling= unconstrained); diff(s1,x); (1.2.3) with(linalg): D1:=matrix([[diff(s1,y),diff(s1,z)],[diff(s2,y),diff(s2,z)] ]); (1.2.4)

D2:=matrix([[diff(s1,z),diff(s1,x)],[diff(s2,z),diff(s2,x)] ]); (1.2.5) D3:=matrix([[diff(s1,x),diff(s1,y)],[diff(s2,x),diff(s2,y)] ]); (1.2.6) vtan:=[det(d1),det(d2),det(d3)]; Transformando a lista acima numa função, vtanf:=unapply(vtan,[x,y,z]); Com ajuda do gráfico, vamos escolher um ponto de intersecção das duas superfícies que tenha coordenada. (1.2.7) (1.2.8) s10:=subs(y=2,s1); s20:=subs(y=2,s2); ss1:=solve({s10,s20},{x,z}); (1.2.9) (1.2.10) (1.2.11) ss2:=allvalues(ss1); (1.2.12) Cada uma dessas soluções corresponde a uma curva. Vamos escolher a curva correspondente à primeira solução: slist:=convert(ss2[1],list); (1.2.13) Um ponto de intersecção é portanto dado por p:=[op(2,slist[2]),2,op(2,slist[1])]; (1.2.14) O vetor tangente `a curva no ponto p é

vtanp:=evalf(vtanf(p[1],p[2],p[3])); (1.2.15) A reta tangente é dada por eqretat:=evalf([x-p[1]=k*vtanp[1],y-p[2]=k*vtanp[2],z-p[3]= k*vtanp[3]]); (1.2.16) retat:=simplify([op(2,isolate(eqretat[1],x)),op(2,isolate (eqretat[2],y)),op(2,isolate(eqretat[3],z))]); (1.2.17) Vamos agora montar a equação da curva sol2:=solve({s1,s2},{x,z}); (1.2.18) sol3:=allvalues(sol2); (1.2.19) subs(x=p[1],y=p[2],z=p[3],sol3[1]); subs(x=p[1],y=p[2],z=p[3],sol3[2]); (1.2.20) (1.2.21)

(1.2.21) O resultado acima mostra que pertence à parte da curva currespondente à primeira solução. Escolhemos então y como parâmentro em sol3[1]. y:=t; (1.2.22) curva1:=simplify([op(2,op(1,sol3[1])),t,op(2,op(2,sol3[1])) ]); (1.2.23) curva2:=simplify([op(2,op(1,sol3[2])),t,op(2,op(2,sol3[2])) ]); (1.2.24) r1:=spacecurve(retat,k=-0.1..0.1,color=blue,thickness=3): c1:=spacecurve(curva1,t=0..7,color=black,thickness=3, numpoints=1000): c2:=spacecurve(curva2,t=0..7,color=black,thickness=3, numpoints=1000): display([c2,c1,r1],axes=frame,labels=[x, 'y', z],scaling= unconstrained);

display([ps1,ps2,c1,c2,r1],axes=frame,labels=[x, y, z], scaling=unconstrained);

Parametrização por comprimento de arco, vetor normal Caso simples 3. Dada a curva dada pela função vetorial, (i) Grafique e parametrize a curva em termos do comprimento de arco a partir da origem nos sentidos positivos dos eixos x,y,z e calcule (ii) o comprimento da curva entre t=0 e t=3, (iii) o vetor tangente unitário em t=2, (iv) o vetor normal unitário em t=2. Solução: (i) restart: with(plots): r := [t^2, 4*t^3/3, t^4] ; Inicialmente vamos fazer a troca de variáveis: t:=u^(1/2): (1.3.1.1)

assume(u>0); r; (1.3.1.2) Façamos um gráfico da curva: spacecurve(r,u=0..2*pi,axes=frame,labels=[x, y, z], scaling=unconstrained,thickness=2,color=blue); O vetor tangente é dado por rt:=diff(r,u); Seu módulo é dado por rtm:=simplify((sum(rt[i]^2,i=1..3))^(1/2)); O comprimento de arco entre e é dado por (1.3.1.3) (1.3.1.4) eq:=s=int(rtm,u=0..u1); Temos duas soluções para : sol:=[solve(eq,u1)]; (1.3.1.5) (1.3.1.6)

O problema pede a parametrização para valores positivos das coordenadas, de modo que tomamos (1.3.1.6) sigma:=simplify(subs(u=sol[1],r)); (1.3.1.7) (ii) O comprimento de arco entre t=0 (u=0) e t=3 (u=9) é dado por Int(rtm,u=0..9)=int(rtm,u=0..9); (1.3.1.8) (iii) O vetor tangente em qualquer ponto é vt:=diff(r,u); Em t=2 (u=4) temos vt2:=subs(u=4,vt); (1.3.1.9) (1.3.1.10) (iv) Vamos usar o fato de que dt/ds=1/rtm para escrever o vetor tangente unitário l como for i to 3 do sigma[i]:=rt[i]*1/rtm od; (1.3.1.11) Tal vetor é de fato unitário: simplify((sum(sigma[m]^2,m=1..3))^(1/2)); 1 (1.3.1.12) Para calcular o vetor normal fazemos o mesmo : N:=[]: for j to 3 do

od: n[j]:=diff(sigma[j],u)*1/rtm; N:=[op(N),n[j]]; N:=simplify(N); (1.3.1.13) A ortogonalidade pode ser verificada: simplify((sum(sigma[e]*n[e],e=1..3))^(1/2)); 0 norma:=proc(l) local i; simplify(sqrt(sum(l[i]^2,i=1..3))): end; versor:=proc(u) local j,l,n; L:=[]; N:=norma(u); for j to 3 do L:=[op(L),simplify(u[j]/N)]: od; end; (1.3.1.14) (1.3.1.15) (1.3.1.16) O vetor normal unitário é então dado por NU:=versor(N); Verificando, norma(nu); Em (u=4), subs(u=4,nu); 1 (1.3.1.17) (1.3.1.18) (1.3.1.19)

(1.3.1.19) Parâmetro não integrável 4. Dada a curva definida pela função vetorial represente a curva em termos do comprimento de arco, calcule, no ponto correspondente a t=1, o vetor tangente unitário, o vetor normal unitário, a reta normal. Faça o gráfico da reta normal e da curva, simultâneos. Solução: Neste problema vamos ver que em geral a relação entre s e t não pode ser dada em termos de funções elementares. O gráfico da curva é dado por restart: with(plots): norma:=proc(l) local i; simplify(sqrt(sum(l[i]^2,i=1..3))): end; (1.3.2.1) versor:=proc(u) local j,l,n; L:=[]; N:=norma(u); for j to 3 do L:=[op(L),simplify(u[j]/N)]: od; end; (1.3.2.2) r:=[2*cos(t),4*sin(t),t]; (1.3.2.3) spacecurve(r,t=0.1..pi/1.1,axes=frame,labels=[x, y, z], scaling=unconstrained);

c1:=spacecurve(r,t=0.1..pi/1.1,axes=frame,labels=[x, y, z],color=red,thickness=2): O vetor tangente é dado por rt:=diff(r,t); Seu módulo é dado por rtm:=norma(rt); O comprimento de arco entre e é dado por s:=int(rtm,t=0..tau); (1.3.2.4) (1.3.2.5) (1.3.2.6) s:=value(s); (1.3.2.7) plot(s,tau=0..2);

6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 sf:=unapply(s,tau); Vemos acima que a relação entre e é dada em termos de integrais elíticas, ou seja não pode ser expressa através de funções elementares (sin, cos exp, log). Isso significa que a mudança de parametrização não é aconselhável. Vamos então usar o fato de que dt/ds=1/ para escrever o vetor tangente como for i to 3 do sigma[i]:=rt[i]*1/(5+12*cos(t)^2)^(1/2) od; (1.3.2.8) (1.3.2.9) Tal vetor deve ser unitário: normsigma:=norma(sigma); (1.3.2.10) Para calcular o vetor normal fazemos o mesmo : N:=[]: for j to 3 do n[j]:=diff(sigma[j],t)*1/(5+12*cos(t)^2)^(1/2);

od: N; N:=[op(N),n[j]]; (1.3.2.11) Podemos verificar que este vetor é realmente normal ao vetor tangente: simplify((sum(sigma[k]*n[k],k=1..3))^(1/2)); 0 (1.3.2.12) A reta que tem a direção do vetor tangente (ou rt) em um ponto qualquer é dada por eqretatan:=[x-r[1]=k*sigma[1],y-r[2]=k*sigma[2],z-r[3]=k* sigma[3]]; (1.3.2.13) retat:=simplify([op(2,isolate(eqretatan[1],x)),op(2, isolate(eqretatan[2],y)),op(2,isolate(eqretatan[3],z))]); (1.3.2.14) Vamos escrever a lista acima como uma lista de funções de : retatf:=unapply(retat,t); (1.3.2.15) Em temos

retat1:=evalf(retatf(1)); (1.3.2.16) A reta que tem a direção do vetor normal é dada por eqretanorm:=[x-r[1]=k*n[1],y-r[2]=k*n[2],z-r[3]=k*n[3]]; (1.3.2.17) Escrevendo em forma de lista, retan:=simplify([op(2,isolate(eqretanorm[1],x)),op(2, isolate(eqretanorm[2],y)),op(2,isolate(eqretanorm[3],z))] ); (1.3.2.18) retanf:=unapply(retan,t); (1.3.2.19)

Em, retan1:=evalf(retanf(1)); (1.3.2.20) Vamos agora fazer o gráfico da curva e das retas, simultaneamente. r1:=spacecurve(retat1,k=-3..3,color=blue,thickness=2): r2:=spacecurve(retan1,k=-3..3,color=black,thickness=2): display([r1,r2,c1],axes=frame,labels=[x, y, z],scaling= constrained); Exemplo utilizando o pacote VectorCalculus 1.Encontrar o vetor tangente, a equação da reta tangente, do vetor normal unitário e a equação do plano normal à curva dada por t=4. restart: with(vectorcalculus);, em t=3, e o comprimento da curva entre t=1 e (1.4.1)

Vetor tangente r := <t^(2/3), t, ln(t)+10>; (1.4.2) rt:=tangentvector(r,t); (1.4.3) vrt:=convert(rt,vector); (1.4.4) Em, rp:=subs(t=3,r); (1.4.5) rtp:=subs(t=3,rt); (1.4.6) Reta tangente TangentLine( vrt, t=3 ); (1.4.7)

(1.4.7) Vetor normal N:=PrincipalNormal( r ); (1.4.8) Np:=evalf(subs(t=3,N)); (1.4.9) Checando o produto escalar: evalf(dotproduct( Np, rtp)); (1.4.10) Vetor normal unitário Np; (1.4.11) (DotProduct( Np,Np))^(-1/2); 10.42262623 (1.4.12) NpU:=Np/((DotProduct( Np,Np))^(1/2)); (1.4.13)

(1.4.13) evalf(dotproduct( NpU,NpU)); 0.9999999998 Plano normal R:=<x,y,z>; plano:=evalf(dotproduct(r-rp,np))=0; (1.4.14) (1.4.15) (1.4.16) Comprimento de arco ArcLength(r,t=1..4); (1.4.17) evalf(%); 3.672889060 (1.4.18) Exercícios 1. Parametrize r( t ) = [ 2t, 6 sen t, 6 cos t ] pelo comprimento de arco a partir do ponto A(0,0,6) nos sentidos negativos de X, Y e Z. Em seguida, em t=2 calcule o vetor tangente unitário, a reta tangente, o vetor normal, a normal principal e o plano normal. Faça o gráfico ilustrando os resultados. 2. Dada a função vetorial r(t) = [ 2t, 2 sen t, 4 cos t ], determine, em t=2, calcule o vetor tangente unitário, a reta tangente, o vetor normal, a normal principal e o plano normal. Faça o gráfico ilustrando os resultados. 3. Calcule o comprimento da curva C(t) = [2t, 3, 3 ] do ponto A(4,24,12) ao ponto B(-2,-3,3). 4. Apresente a equação vetorial de: a) parábola 6x = y², z = 5 b) circunferência de raio 3 no plano y = 1, centrada no eixo (x = 7, z = 0) c) hélice circular centrada no eixo OX, de raio 4 e passo 6 d) hélice elíptica centrada no eixo OZ, de raios 1 na direção OX, 2 na direção OY e passo 3 e) elipsóide circular de raios 10 e 15, centrados na origem e eixo principal em OY. f) sela x² - y = 5z². 6. Parametrize as curvas do problema anterior pelo comprimento de arco e, no ponto determine o vetor tangente, a reta tangente, o vetor normal unitário, o plano normal e a reta normal no ponto correspondente a s=1.

2. Curvatura, torção, tríade de Serret-Frenet Cálculo de curvatura e torção a partir de primeiros princípios 1. Encontrar a curvatura e a torção da curva dada por, para qualquer t, fazendo os cálculos a partir de primeiro princípios, sem o auxílio de fórmulas prontas Solução: Inicialmente vamos determinar o vetor tangente unitário. restart: r := [t^(2/3), t, ln(t)+10]; (2.1.1) rt:=diff(r,t); (2.1.2) Notemos que, ou seja, Ds:=sqrt(rt[1]^2+rt[2]^2+rt[3]^2); (2.1.3) Não há necessidade de integrar tal equação. Tudo o que necessitamos é calcular sigma:=[seq(rt[i]/ds,i=1..3)]; (2.1.4) Podemos verificar que este vetor é unitário: norma:=proc(l) local i; simplify(sqrt(sum(l[i]^2,i=1..3))): end; (2.1.5) norma(sigma); 1 (2.1.6)

Outro modo de obter o mesmo resultado seria simplesmente calcular versor:=proc(u) local j,l,n; L:=[]; N:=norma(u); for j to 3 do L:=[op(L),simplify(u[j]/N)]: od; end: sigma2:=versor(rt); (2.1.7) norma(sigma2); O vetor normal é dado por 1 (2.1.8) N:=[]: for j to 3 do nn[j]:=diff(sigma[j],t)/ds; N:=[op(N),nn[j]]; od: N; (2.1.9)

Podemos verificar que este vetor é realmente normal ao vetor tangente: simplify((sum(sigma[k]*n[k],k=1..3))^(1/2)); 0 A curvatura K é dada pelo módulo de N, ou seja, K1:=norma(N); (2.1.10) (2.1.11) O vetor nomal unitário é n:=simplify(versor(n)); (2.1.12) norma(n); 1 (2.1.13) Para calcular a torção devemos calcular antes o vetor binormal, b = x : prodvect:=proc(a,b) local c ; c:=[a[2]*b[3]-a[3]*b[2],a[3]*b[1]-a[1]*b[3],a[1]*b[2]-a [2]*b[1]] ; end; (2.1.14)

(2.1.14) b:=prodvect(sigma,n); (2.1.15) norma(b); Devemos calcular agora 1 (2.1.16) dbs:=[]: for j to 3 do nnn[j]:=simplify(diff(b[j],t)/ds); dbs:=[op(dbs),nnn[j]]; od: dbs; (2.1.17)

(2.1.17)

A torção é dada por 1/ norma do vetor acima: T1:=1/norma(dbs); (2.1.18) Cálculo de curvatura e torção através de fórmulas 2. Encontrar a curvatura e a torção da curva dada por, para qualquer t, utilizando fórmulas. Solução: r := [t^(2/3), t, ln(t)+10]; rt:=diff(r,t); (2.2.1) (2.2.2) rtt:=diff(rt,t); (2.2.3) rttt:=diff(rtt,t); (2.2.4) A curvatura pode ser calculada através da fórmula: K2:=sqrt(norma(prodvect(rt,rtt))^2/(norma(rt)^6)); (2.2.5)

(2.2.5) Podemos comprovar que os dois cálculos estão de acordo: K1-K2; 0 (2.2.6) Vamos definir um procedimento para calular o produto escalar: dot:=proc(a,b) local i; simplify((sum(a[i]*b[i],i=1..3))): end: A torção pode ser dada por T2:=1/((dot(rt,prodvect(rtt,rttt))/(norma(prodvect(rt,rtt)) )^2)); (2.2.7) O cálculo anterior resultou em T1; (2.2.8) que coincide com o que fizemos aqui: simplify(t1,assume=positive); Façamos os gráficos da curvatura e torção: with(plots): p1:=plot(k1,t=0..5,color=blue): p2:=plot(t1,t=0..5,color=red): display([p1,p2],view=[0..5,-1..10] ); (2.2.9)

10 8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 t Cálculo de curvatura e torção utilizando o pacote VectorCalculus 3. Encontrar os vetores unitários tangente, normal e binormal, a curvatura e a torção da curva dada por, para qualquer t, utilizando o pacote VectorCalculus. with(vectorcalculus); (2.3.1)

r := <t^(2/3), t, ln(t)+10>; (2.3.2) A curvatura é dada por K3:=simplify(Curvature(r)); (2.3.3) Tal resultado é equivalente aos obtidos anteriormente, pois simplify(k1-k3,assume=positive); 0 Para torção temos T3:=1/simplify(Torsion(r)); (2.3.4) (2.3.5) simplify(t1-t3,assume=positive); Os vetores tangente, normal e binormal unitários são dados respectivamente por rt1:=simplify(tnbframe(r)[1]); 0 (2.3.6)

(2.3.7) n1:=simplify(tnbframe(r)[2]); (2.3.8) b1:=simplify(tnbframe(r)[3]); (2.3.9) Exercícios

1. Dada a função vetorial r(t) = [ 2t, 2 sen t, 4 cos t ], determine, em t=2, determine a tríade de Serret-Frenet, o plano osculador, a curvatura e a torção. Faça o gráfico ilustrando os resultados. 2. Faça o mesmo para as curva,,. 3. Encontrar os pontos da curva onde a curvatura possui um mínimo (local). 3. Superfícies Vetor normal e plano tangente a uma superfície 1. Determinar o vetor normal e o plano tangente à superfície em u=1, v= 1. Plotar os resultados. restart: with(plots): r := unapply([u, v, sin(v*u)],u,v); (3.1.1) plot3d(r(u,v),u=0..2,v=0..2,grid=[25,15],style=patch,axes= FRAME,labels=[x, y, z],scaling=unconstrained);

du:=diff(r(u,v),u); dv:=diff(r(u,v),v); (3.1.2) (3.1.3) prodvect:=proc(a,b) local c ; c:=[a[2]*b[3]-a[3]*b[2],a[3]*b[1]-a[1]*b[3],a[1]*b[2]-a [2]*b[1]] ; end: N:=unapply(prodvect(du,dv),u,v); (3.1.4) Np:=evalf(N(1,1)); rp:=evalf(r(1,1)); (3.1.5) (3.1.6) PlanoTangente:=(x-rp[1])*Np[1]+(y-rp[2])*Np[2]+(z-rp[3])*Np [3]=0; (3.1.7) eqreta:=[x-rp[1]=k*np[1],y-rp[2]=k*np[2],z-rp[3]=k*np[3]]; (3.1.8) RetaN:=simplify([op(2,isolate(eqreta[1],x)),op(2,isolate (eqreta[2],y)),op(2,isolate(eqreta[3],z))]); (3.1.9) p1:=implicitplot3d(planotangente,x=-3..3,y=-3..3, z=0..3,style=patch,axes=frame,color=orange): p2:=plot3d(r(u,v),u=-1..3,v=-1..3,grid=[15,15],style=patch, axes=frame,labels=[x, y, z],scaling=constrained,color=blue) : p3:=spacecurve(retan,k=-2..2,axes=frame,color=black, thickness=2): display(p3,p2,p1);

Superfície dada por 2. Determine o plano tangente a uma superfície dada por no ponto (1,2,1). Solução: Vamos escrever a equação da superfície como restart: with(plots): eq:=x^3+y^3+z^3= 10; implicitplot3d(eq,x=-10..10,y=-10..10,z=-10..10,axes=frame, scaling=constrained,numpoints=2000); (3.2.1)

Vamos escolher e como parâmetros, de modo que. Definindo temos que Diff(z,x)=-Diff(phi,x)/Diff(phi,z);Diff(z,y)=-Diff(phi,y) /Diff(phi,z); (3.2.2) Com phi:=x^3+y^3+z^3-10; temos r:=unapply([x,y,z],x,y,z); (3.2.3) (3.2.4)

rx:=[1,0,implicitdiff(phi,z,x)]; (3.2.5) ry:=[0,1,implicitdiff(phi,z,y)]; (3.2.6) prodvect:=proc(a,b) local c ; c:=[a[2]*b[3]-a[3]*b[2],a[3]*b[1]-a[1]*b[3],a[1]*b[2]-a [2]*b[1]] ; end: N:=unapply(prodvect(rx,ry),x,y,z); (3.2.7) rp:=r(1,2,1); Np:=N(1,2,1); (3.2.8) (3.2.9) PlanoTangente:=(x-rp[1])*Np[1]+(y-rp[2])*Np[2]+(z-rp[3])*Np [3]=0; (3.2.10) eqreta:=[x-rp[1]=k*np[1],y-rp[2]=k*np[2],z-rp[3]=k*np[3]]; (3.2.11) RetaN:=simplify([op(2,isolate(eqreta[1],x)),op(2,isolate (eqreta[2],y)),op(2,isolate(eqreta[3],z))]); (3.2.12) p1:=implicitplot3d(planotangente,x=-10..10,y=-10..10, z=-10..10,style=patch,axes=frame,color=orange): p3:=spacecurve(retan,k=-2..2,axes=frame,color=blue, thickness=2): p2:=implicitplot3d(eq,x=-10..10,y=-10..10,z=-10..10,axes= frame,scaling=constrained,numpoints=6000): display(p3,p2,p1);

Exercícios Na questões 1 a 6 determine as equações do plano tangente e da normal às seguintes superfícies nos pontos M indicados. Faça o gráfico quando apropriado: 1., M(1,2,9), 2., M(3,4,12), 3., M(3,1,-1), 4., M( ), 5.,, (pseudo-esfera), ponto qualquer. 6.,,. 7. Determinar o plano tangente à superfícies que seja paralelo ao plano. 8. Mostrar que as superfícies, são ortogonais nos seus pontes de intersecção.