(x, y) = (a, b) + t*(c-a, d-b) ou: x = a + t*(c-a) y = b + t*(d-b)

Documentos relacionados
Nesta aula iremos continuar com os exemplos de revisão.

Ponto, reta e plano no espaço tridimensional, cont.

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e

Só Matemática O seu portal matemático FUNÇÕES

Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Paralelismo e Perpendicularismo. 3 a série E.M.

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas?

A função do primeiro grau

PROFº. LUIS HENRIQUE MATEMÁTICA

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

2. MÓDULO DE UM NÚMERO REAL

Conceitos e fórmulas

9. Derivadas de ordem superior

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D

Departamento de Matemática - UEL Ulysses Sodré. Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Qual é Mesmo a Definição de Polígono Convexo?

CI202 - Métodos Numéricos

Geometria Euclidiana Plana Parte I

4.2 Produto Vetorial. Orientação sobre uma reta r

FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL

Uma lei que associa mais de um valor y a um valor x é uma relação, mas não uma função. O contrário é verdadeiro (isto é, toda função é uma relação).

Função. Definição formal: Considere dois conjuntos: o conjunto X com elementos x e o conjunto Y com elementos y. Isto é:

Matemática. Resolução das atividades complementares. M20 Geometria Analítica: Circunferência

Exercícios resolvidos P2

XXXI Olimpíada de Matemática da Unicamp Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

Seja D R. Uma função vetorial r(t) com domínio D é uma correspondência que associa a cada número t em D exatamente um vetor r(t) em R 3

GA Estudo das Retas. 1. (Pucrj 2013) O triângulo ABC da figura abaixo tem área 25 e vértices A = (4, 5), B = (4, 0) e C = (c, 0).

Cálculo do conjunto paralelo

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS

2 A Derivada. 2.1 Velocidade Média e Velocidade Instantânea

3º Trimestre TRABALHO DE MATEMÁTICA Ensino Fundamental 9º ano classe: A-B-C Profs. Marcelo/Fernando Nome:, nº Data de entrega: 09/ 11/12

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa

A abordagem do assunto será feita inicialmente explorando uma curva bastante conhecida: a circunferência. Escolheremos como y

Estruturas Discretas INF 1631

Software Régua e Compasso

GAAL /1 - Simulado - 1 Vetores e Produto Escalar

1 Módulo ou norma de um vetor

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,...

Atenção: o conjunto vazio é representado por { } 1.2 Pertinência e Inclusão

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática 3 a Lista - MAT Introdução à Álgebra Linear 2013/I

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa E. alternativa B. alternativa E. A figura exibe um mapa representando 13 países.

Capítulo 1. x > y ou x < y ou x = y

FUNÇÃO DO 1º GRAU. Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência:

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PFV - GABARITO

02 Determine o módulo, a direção e o sentido dos seguintes vetores: a) A = 5 Λ i + 3 Λ j, b) B = 10 Λ i -7 Λ j, c) C = 2 Λ i - 3 Λ j + 4 Λ k.

PROVA OBJETIVA DE MATEMÁTICA VESTIBULAR FGV CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia C. Gouveia

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

UM MÓDULO DE ATIVIDADES PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DAS FÓRMULAS DE ÁREA DOS PRINCIPAIS POLÍGONOS CONVEXOS

Métodos Estatísticos II 1 o. Semestre de 2010 ExercíciosProgramados1e2 VersãoparaoTutor Profa. Ana Maria Farias (UFF)

Disciplina: Introdução à Álgebra Linear

Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções

Somatórias e produtórias

Funções algébricas do 1º grau. Maurício Bezerra Bandeira Junior


Os Sólidos de Platão. Colégio Santa Maria Matemática III Geometria Espacial Sólidos Geométricos Prof.º Wladimir

NOÇÕES DE ÁLGEBRA LINEAR

Mesh Editing with Poisson Based Gradient Field Manipulation

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B.

Análise estrutural. Objetivos da aula. Mostrar como determinar as forças nos membros de treliças usando o método dos nós e o método das seções.

Åaxwell Mariano de Barros

Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Coordenadas, Distâncias e Razões de Segmentos no Plano Cartesiano. 3 a série E.M.

Lista 1: Vetores -Turma L

Princípio da Casa dos Pombos II

Lista 8 - Geometria Analítica

Capítulo 2 - Problemas de Valores Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA DOS ÓRGÃOS. Curso de Matemática

Lista 1. Sistema cartesiano ortogonal. 1. Observe a figura e determine os pontos, ou seja, dê suas coordenadas: a) A b) B c) C d) D e) E

Matemática. Resolução das atividades complementares. M5 Função polinomial do 1 o grau

2. Função polinomial do 2 o grau

3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (parte segunda)

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFPE. VESTIBULAR a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

Análise Dimensional Notas de Aula

Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

TESTE INTERMÉDIO DE MATEMÁTICA B 10.º ANO RESOLUÇÃO

Análise Combinatória. Prof. Thiago Figueiredo

Função Quadrática Função do 2º Grau

FUNÇÃO COMO CONJUNTO R 1. (*)= ou, seja, * possui duas imagens. b) não é uma função de A em B, pois não satisfaz a segunda condição da

COMPUTAÇÃO GRÁFICA. Rasterização e Preenchimento de Regiões. MARCO ANTONIO GARCIA DE CARVALHO Fevereiro de Computação Gráfica

Teorema de Green no Plano

Exercícios Teóricos Resolvidos

Módulo de Geometria Anaĺıtica Parte 2. Distância entre Ponto e Reta. Professores Tiago Miranda e Cleber Assis

Programa Olímpico de Treinamento. Aula 1. Curso de Geometria - Nível 2. Prof. Rodrigo Pinheiro

Definição. A expressão M(x,y) dx + N(x,y)dy é chamada de diferencial exata se existe uma função f(x,y) tal que f x (x,y)=m(x,y) e f y (x,y)=n(x,y).

Interbits SuperPro Web

RESOLUÇÃO Matemática APLICADA FGV Administração

Como fazer para deixar firme uma estante de hastes com prateleiras que está balançando para os lados?

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II

Texto 07 - Sistemas de Partículas. A figura ao lado mostra uma bola lançada por um malabarista, descrevendo uma trajetória parabólica.

Métodos Matemáticos para Gestão da Informação

Unidade didáctica: circunferência e polígonos. Matemática 9º ano

Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth

Matemática A. Teste Intermédio de Matemática A. Versão 1. Teste Intermédio. Versão 1. Duração do Teste: 90 minutos º Ano de Escolaridade

Conceitos Fundamentais

5 LG 1 - CIRCUNFERÊNCIA

Soluções das Questões de Matemática do Processo Seletivo de Admissão ao Colégio Naval PSACN

ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO 2º BIMESTRE

Contagem I. Figura 1: Abrindo uma Porta.

Vestibular 2ª Fase Resolução das Questões Discursivas

Transcrição:

Equação Vetorial da Reta Dois pontos P e Q, definem um único vetor v = PQ, que representa uma direção. Todo ponto R cuja direção PR seja a mesma de PQ está contido na mesma reta definida pelos pontos P e Q. Portanto, podemos definir uma reta como o conjunto de todos os pontos da forma: R = P + t*pq, onde t é um número real, e t*pq é colinear a PQ. Se P = (a, b), Q = (c, d) são pontos definindo uma reta e R = (x, y) é um outro ponto da reta definido obtido com um certo parâmetro t tal que R = P + t*pq, então: (x, y) = (a, b) + t*(c-a, d-b) ou: x = a + t*(c-a) y = b + t*(d-b) Como cada parâmetro real t vai gerar um ponto distinto na reta, podemos considerar que os pontos da reta estão em função de t, ou seja: R(t) = (x(t), y(t)) = P + t*pq = (a + t*(c-a), b + t*(d-b)) Segmentos de retas: Podemos representar um segmento de reta PQ restringindo o domínio paramétrico de R(t). Basta observarmos que R(0) = P e R(1) = Q. É fácil ver então que os pontos R(t), onde são pontos do segmento. Intersecção de retas: Duas retas r1 e r2 vão se intersectar se possuírem um mesmo ponto comum. Usando a equação vetorial da reta, temos: R1(t) = (x1(t), y1(t)) e R2(u) = (x2(u), y2(u)). Para que um ponto pertença simultaneamente a r1 e r2, devemos ter: x1(t) = x2(u) y1(t) = y2(u) Quando esse sistema possui solução única nas variáveis t e u, essas retas são concorrentes, logo possuem um ponto de intersecção. Intersecção de segmentos de reta: Uma vez conhecidos os parâmetros do ponto de intersecção de 2 retas, é necessário determinar se este ponto de intersecção pertence aos segmentos de retas. Dado um segmento de reta na forma PQ, com equação vetorial na forma R(t) = P + t*pq, o ponto de intersecção da reta definida por PQ com uma outra reta pertencerá ao segmento PQ se: onde t é o parâmetro obtido na resolução do sistema para determinar intersecção de retas. Portanto, dois segmentos se intersectam se os dois parâmetros obtidos respeitarem a condição acima. Ponto médio de um segmento de reta: Dada uma reta representada na forma R(t) = P + t*pq, vamos analisar o parâmetro t: 1. R(0) = P 2. R(1) = Q 3. R(0.5) = P + 0.5PQ = 0.5P + 0.5Q = 0.5 (P+Q) = M

Logo, pela definição de ponto médio M, concluímos que R(0.5) é o ponto médio do segmento PQ. Ângulo de duas retas e segmentos de reta: O ângulo entre duas retas R1(t) = P+t*(PQ) e R2(u) = S + u*(st) é o mesmo ângulo dos vetores PQ e ST. O mesmo vale para os segmentos de reta PQ e ST. Condição de ortogonalidade de duas retas e segmentos de reta: Duas retas R1(t) = P+t*(PQ) e R2(u) = S + u*(st) serão ortogonais se <PQ, ST> = 0. O mesmo vale para os segmentos de reta PQ e ST. Interpolação (fonte: Wikipedia) Exemplo de interpolação linear. Exemplo de interpolação polinomial de grau superior a 1. Em matemática, denomina-se interpolação o método que permite construir um novo conjunto de dados a partir de um conjunto discreto de dados pontuais previamente conhecidos. Em engenharia e ciência, dispõe-se habitualmente de dados pontuais obtidos a partir de uma amostragem ou de um experimento. Tal conjunto de dados pontuais (também denominado conjunto degenerado) não possui continuidade, e isto muitas vezes torna demasiado irreal a representação teórica de um fenômeno real empiricamente observado. Através da interpolação, pode-se construir uma função que aproximadamente se "encaixe" nestes dados pontuais, conferindo-lhes, então, a continuidade desejada. Outra aplicação da interpolação é a aproximação de funções complexas por funções mais simples. Suponha que tenhamos uma função, mas que seja complicada demais para que seja possível avaliá-la de forma eficiente. Podemos, então, escolher alguns dados pontuais da função complicada e tentar interpolá-los com uma função mais simples. Obviamente, quando utilizamos a função mais simples para calcular novos dados, normalmente não se obtém o mesmo resultado da função original, mas

dependendo do domínio do problema e do método de interpolação utilizado, o ganho de simplicidade pode compensar o erro. A interpolação permite fazer a reconstituição (aproximada) de uma função, bastando para tanto conhecer apenas algumas das suas abscissas e respectivas ordenadas (imagens no contra-domínio da função). A função resultante garantidamente passa pelos pontos fornecidos, e, em relação aos outros pontos, pode ser considerada um mero ajuste. Interpolação em Computação Gráfica: Em computação gráfica, trabalhamos com primitivas geométricas que são representadas usando um conjunto discreto de dados, ou pontos. Portanto, é necessário realizar interpolações constantemente. Um exemplo clássico é o problema de colorir um triângulo, tendo em mãos apenas as cores de seus três vertices. Neste caso, realizamos interpolação com coordenadas baricêntricas, que veremos mais adiante. Interpolação linear (fonte: Wikipedia) Exemplo de interpolação de cores dos vértices de um triângulo Interpolação linear é um método de ajuste de curvas usando polinômios lineares. É muito empregada em matemática (particularmente em análise numérica), e numerosas aplicações, incluindo computação gráfica. É uma forma simples de interpolação. Se os dois pontos conhecidos são dados pelas coordenadas (x0,y0) e (x1,y1), o interpolador linear é a linha reta entre esses pontos. Para um valor x no intervalo (x0,x1), o valor y ao longo da linha reta é dada pela equação que pode ser deduzida geometricamente a partir da figura abaixo: Resolvendo essa equação para y, que é o valor desconhecido em x, temos qual é a fórmula de interpolação linear no intervalo (x0,x1).

Conjunto convexo (fonte: Wikipedia) Um conjunto X é convexo quando todo segmento de reta ligando dois pontos de X está contido em X. Ou seja: Se X não é convexo, dizemos que X é côncavo. O menor convexo que contém um subconjunto X designa-se por fecho convexo de X. Note que triângulos sempre são convexos. Porém, polígonos com mais lados podem não ser convexos. Conjunto convexo Conjunto côncavo Coordenadas Baricêntricas do triângulo As coordenadas baricêntricas definem uma forma de representação de um ponto P no plano em função dos vértices P1, P2 e P3 do triângulo, de modo que a soma das coordenadas baricêntricas deste ponto seja igual a um, ou seja: P = up1 + vp2 + wp3, u+v+w=1, onde u,v,w são as coordenadas baricêntricas de P relativas ao triângulo P1P2P3. É possível interpretar as coordenadas baricêntricas do triângulo usando area de triângulos. Assim, a maneira mais intuitiva de calcular coordenadas baricêntricas é utilizar as equações abaixo: Coordenadas baricêntricas como razão entre área de triangulos

A área dos triângulos pode ser obtida usando produto vetorial: Usando coordenadas baricêntricas, podemos realizar interpolação com valores definidos nos vertices de um triângulo. Sejam conhecidos f(p1), f(p2) e f(p3). Além disso, seja P = up1 + vp2 + wp3. Daí, temos: f(p) = u*f(p1) + v*f(p2) + w*f(p3). A função f pode representar, por exemplo, a cor dos vértices P1, P2 e P3. Daí, usando a equação acima poderemos obter a cor de um ponto P interior ao triângulo. Interpolação Bilinear (fonte: Wikipedia) A interpolação bilinear é uma extensão da interpolação linear para interpolar funções de duas variáveis em uma grade regular. A idéia-chave é a realização da interpolação linear, primeiro em uma direção, e depois novamente na outra direção. Suponha que queremos encontrar o valor da função desconhecida f no ponto P = (x, y). Supõe-se que sabemos o valor de f em quatro pontos Q11 = (x1, y1), Q12 = (x1, y2), Q21 = (x2, y1) e Q 22= (x 2, y 2), como ilustra a figura abaixo: Nós primeiro realizamos uma interpolação linear na direção x: onde R1 = (x,y1), e onde R2 = (x,y2). Finalmente, aplicamos uma interpolação linear na direção y: ou seja:

Interpolação bilinear das cores de um quadrilátero