Aula IV. Des. Maldonado de Carvalho TEMA. e clаusulas abusivas. das informaгes que so veiculadas pelos fornecedores.



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Transcrição:

Aula IV Des. Maldonado de Carvalho TEMA tratual e clаusulas abusivas mente das informaгes que so veiculadas pelos fornecedores. sumidor para perto de si e com isso extrair alguma vantagem. verbis: A oferta e apresentaгo de produtos ou serviгos devem assegurar informaгes corretas, claras, precisas, ostensivas e em lмngua por 55

bem como sobre os riscos que apresentam saзde e seguranгa dos consumidores lisar e julgar na veiculaгo de oferta e publicidade. midor tem o direito de saber de antemo que aquilo que lhe И apre de uma publicidade abusiva ou enganosa. 56 n. I 2013

ma deixa claro que a informaгo veiculada irа se sobrepor aos termos do contrato que vier a ser celebrado em contradiгo ao que fora pre cordбncia do consumidor.. Certo que o no cumprimento por parte do valer das opгes previstas nos incisos do art. 35 do CDC (exigir o cum publicidade; aceitar outro produto ou prestaгo de serviгo equivalen por no ser 57

espиcie de informe publicitаrio veiculado. Гes que criarem no de contratar determinado serviгo ou adquirir determinado produto nos moldes de questo a ser analisada no caso concreto. ta traz uma limitaгo (enquanto durar o estoque; promoгo vаlida propсsito de atrair o consumidor para o seu estabelecimento e nesse momento lhe impingir produto ou serviгo que seja do seu interesse. a proteгo contra a publicidade enganosa e abusiva, mиtodos comer sivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviгos. 58 n. I 2013

potencial tros dados sobre produtos e serviгos. и abusiva, dentre outras a publicidade discriminatсria de qual sumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa sua saзde ou seguranгa. 59

sob o do fornecedor que a fez veicular. O Тnus da prova da veracidade e correгo da informaгo ou comunicaгo publicitаria cabe a quem as patrocina. Muitas vezes a simples condenaгo do fornecedor a reparar o para inibir futuras condutas ilмcitas violadoras dos direitos dos consumidores. fornecedor И a imagem que ostenta no mercado de consumo e И justa 60 n. I 2013

mente aqui que entra em cena a sanгo da imposiгo de contrapropa seguintes termos: que: infrator. mesma forma, frequncia e dimenso e, preferencialmente no mesmo da publicidade enganosa ou abusiva. A imposiгo de contrapropaganda И um poderoso instrumento de 61

energia elиtrica (impese ao fornecedor a obrigaгo de tornar pзblico que sua conduta foi ilegal). art. 34 do CDC: vel pelos atos de seus prepostos ou representantes autтnomos A questo gira em torno de saber se o chamado garoto propa juntamente com o fornecedor por danos causados em decorrncia de publicidade enganosa ou abusiva. O entendimento mais correto И aquele que prega que a respon os demais atores sabem ou deveriam saber da enganosidade ou abusi Diferentemente do que a maioria dos consumidores pensa e ima 62 n. I 2013

como independe de termo expresso ou qualquer outra manifestaгo de vontade por parte do fornecedor. seja ele um garante eterno do bem colocado no mercado de consumo. gaгo de indenizar (art. 25 do CDC). 63

O que prev o CDC no art. 26 so prazos decadenciais de reclama quando se tratar de vмcio aparente ou quando o vмcio se tornar eviden a decadncia a reclamaгo comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviгos atи a resposta ne e a prescriгo И que o prazo decadencial no se interrompe nem se. certo de adequaгo e desempenho. Tratase de ato de mera liberalidade 64 n. I 2013

. gido dentro de referido prazo possui a presunгo legal de se tratar de eventual reparo feito nesse perмodo no reinicia a contagem do tempo. produto. ferida mediante termo escrito o do CDC dispe que: 65

Importante deixar registrado que o no preenchimento do termo do da complementariedade a que alude o art. 50 do CDC. midor elenca em seu art. 51 uma sиrie de clаusulas que reputa serem eivadas de nulidade absoluta em especial a a qualquer tempo pelo julgador; certo que a SentenГa que a reconhecer terа efeito ex tunc. So clаusulas que quando presentes num contrato de consumo sulas abusivas tem o condo de acentuar ainda mais o desequilмbrio existente entre o fornecedor e o consumidor ClАusulas que limitam os novos direitos dos consumidores (incisos ClАusulas criadoras de vantagens unilaterais para o fornecedor 66 n. I 2013

a nulidade de uma clаusula contratual abusiva no invalida o contrato, exceto quando de sua ausncia, apesar dos esforгos de integraгo, decorrer Тnus excessivo a qualquer das partes. ao juiz integrar o contrato e deixаlo equilibrado para ambas as partes. A Зnica possibilidade de indenizaгo limitada no direito do consu Direito em movimento 67

ao plano contratado e obstado o cancelamento da linha. No conces pela RИ em valor superior ao por ela anunciado. Publicidade enganosa e abusiva. Descumprimento do determinado pelos incisos III e IV do quecimento sem causa da Recorrida que se evita. Patamar estabeleci Provimento Parcial cliente a realizar o serviгo. Propaganda enganosa. PreГos veiculados nos meios de comunicaгo diversos daqueles apresentados ao consu 68 n. I 2013

CONTRATUAL PARA ATINGIR A DIGNIDADE DA PESSOA DO CONSUMI 69