COMPARAÇÃO ENTRE O ENSINO REGULAR E O ESPECIALIZADO PARA OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO MUNICÍPIO DE ALEGRE-ES. Iasmini Nicoli Galter 1, Mayla Gava ¹, Henrique Tabelini ¹, Elias Terra Werner². 1 Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Biologia, Alto Universitário, s/n, Caixa Postal 16, Guararema-Alegre-ES, iasmininicoligalter@hotmail.com 2 Universidade Federal do Espírito Santo/Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal, Alto Universitário, s/n, Caixa Postal 16, Guararema-Alegre-ES, elias_werner@ig.com.br Resumo- Este artigo tem como proposta apresentar a problemática, a metodologia e os resultados obtidos de um estudo aplicado em duas escolas de ensino médio e fundamental, que atendem crianças com deficiência intelectual, do município de Alegre, localizada ao sul do estado do Espírito Santo. A importância da instituição não governamental e o tratamento dos alunos com deficiência intelectual, no presente município, ficaram evidentes com os dados obtidos por meio de questionários respondidos pelos alunos, professores e o corpo pedagógico das instituições. Foi possível identificar problemas vividos por esses alunos e as dificuldades que a escola pública enfrenta. Finalmente, levantaram-se questionamentos e foram apresentados dados para compreender a atual situação desses alunos que são inclusos no sistema regular de ensino. Palavras-chave: Deficiente Intelectual. Escola Regular. Escola Especializada. Área do Conhecimento: Ciências humanas. (Educação) Introdução No cotidiano, a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Na maioria das vezes, essas pessoas se comportam como se tivessem idade menor do que realmente tem (APAE, 2012). É importante salientar a diferença entre Deficiência Intelectual e a doença mental. O deficiente intelectual apresenta um atraso no seu desenvolvimento, expondo dificuldades no seu aprendizado, na realização de tarefas do dia a dia e na interação com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento cognitivo, que prejudica suas habilidades adaptativas. Já a doença mental é uma patologia psiquiátrica, que deve ser tratada por especialistas, com uso de medicamentos específicos para cada situação. Ela envolve uma série de condições que causam alteração de humor e comportamento, podendo afetar o desempenho da pessoa na sociedade. (HENRIQUES, apud D ANTINO, 1997, p. 97). O movimento inclusivo exige mudanças estruturais para que as escolas comuns e especiais possam favorecer uma articulação entre os diferentes profissionais envolvidos neste processo. O diálogo entre diversos profissionais é necessário para o aprofundamento e melhor desempenho, seja do aluno, do professor ou do especialista. (Falconi; Silva, 2012). Segundo Almeida (2007) todas as pessoas com deficiência intelectual são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, todas as crianças com deficiência intelectual podem viver de forma satisfatória a sua vida adulta, tornando a escola algo prioritário para tal inclusão. O objetivo desta pesquisa foi apontar as dificuldades que os professores enfrentam, por não ter um preparo adequado no ensino de crianças com deficiência intelectual e identificar o comportamento desses alunos, comparando os espaços de ensinos em que estão incluídos escola regular e o atendimento educacional especializado. Metodologia O estudo foi conduzido entre setembro e outubro de 2012 em duas escolas do município de Alegre no sul do estado do Espírito Santo, sendo uma pública e uma de educação especial. Abrangeu alunos com deficiência intelectual que frequentavam o ensino fundamental, professores destes e funcionários do corpo pedagógico. Dentro da perspectiva de desenvolvimento do projeto, a primeira etapa para a realização da metodologia se caracteriza por uma analise do comportamento dos alunos com deficiência intelectual em atividades realizadas individualmente e atividades realizadas em duplas ou grupos, através de um questionário. A 1
partir dessa analise foi identificado qual o método de aplicação das atividades realizadas é mais adequado para aprendizagem do aluno. Com o propósito de melhorar a avaliação do rendimento das crianças foi introduzido outro questionário depois de cada atividade aplicada. Este questionário contemplou questões objetivas, do tipo sim e não, para identificar se o aluno compreendeu o conteúdo ministrado. Em relação aos professores foi aplicado um questionário que investigou se o docente obteve uma capacitação adequada durante sua formação, ou seja, se ele estaria apto a ministrar aulas para alunos com deficiência intelectual e qual o apoio que ele recebe da escola para realizar essa atividade. Outro procedimento foi uma entrevista com os funcionários da escola que estão em contato direto com o aluno deficiente intelectual, para compreender como que é o cotidiano, quais as atividades preferem e como é a sua convivência com outras pessoas. Depois da realização destas etapas foi feita uma interpretação dos dados obtidos para propor mudanças e melhorar assim o rendimento do aluno com deficiência intelectual e a atuação do professor em sala de aula. Resultados Com relação ao Questionário de atividades em grupo (Fig. 1) foi observado que nas questões Q1, Q2, Q3, Q5 e Q7, todos os alunos de escola especial responderam sim e os alunos do ensino regular apresentaram um pequeno percentual de não em todas as questões. A questão 6 obteve 100% de não nas escolas de ensino especial e um mínimo percentual de sim no ensino regular. Já na Q4 observou-se uma diferença significativa entre as escolas, em que na escola de educação especial o conteúdo ministrado foi de grande relevância na opinião dos alunos. Para o questionário sócio comportamental (Fig. 2) tanto os alunos da escola pública regular como os de ensino especial responderam sim para as questões: 1, 5 e 8. Na questão 2, 3 - que faz referencia a amizades entre os alunos em sala de aula e com o professor - apenas alguns alunos da escola especial não apresentaram esse tipo de comportamento. De acordo com a questão 4 todos os alunos da escola especial gostam de sua escola e os de escola pública apresentaram uma rejeição de 4,55% a mesma. Na pergunta 6 os alunos da escola publica responderam sim em unanimidade e os da escola de ensino especial tiveram uma aceitação de 50,5%. Em relação à questão 7, que se refere à organização dos alunos, teve um percentual de 59,09% de sim e 40,91% de não, para as escola de ensino regular e um percentual de 85,71% de sim e 14,29%, de não nas escolas de ensino especial. Na questão 9 todos os alunos do ensino especial se dizem participativos nas aulas e no ensino regular apenas 4,55% dizem não participar. Quanto ao questionário aplicado para o corpo pedagógico (Fig. 3) das escolas as questões 1 e 2 tiveram um total de 100% de sim no ensino regular e 83,33% de sim no ensino especializada. A escola regular teve 60% de resposta sim para as questões 3 e 4, enquanto que as escolas especializadas apresentaram 83,3% de sim para a questão 3 e 66,6% de sim na questão 4. Na questão 5 as duas escolas responderam que sim. A questão 6, em relação ao corpo pedagógico da escola pública, apresentou 80% de aceitação para a presença de alunos com deficiência intelectual no ensino regular contra 50% de aceitação do corpo pedagógico das escolas especializadas. A questão 7 demonstrou que na escola regular 100% das vezes os pais não participam, já na escola especializada 33,33% das vezes isso ocorre. A questão 8 apresentou 100% de sim para as escolas regulares e 83,33% de sim nas escolas especializadas. Na última questão apenas 20% do corpo pedagógico do ensino regular consideraram os professores da sua escola adequados para ministra aula para alunos com deficiência intelectual e 100% do corpo pedagógico do ensino especializado consideraram os professores adequados. O questionário respondido pelos professores (Fig. 4) das duas escolas demostrou que todos estes sabem o que é deficiência intelectual. Na questão 2, 100% dos professores da escola regular afirmaram que a escola não está preparada para receber estes alunos contra 25% da mesma opinião para a escola especializada. A questão 3 obteve um índice de sim maior nas duas escolas. Na questão 3, 20% dos professores do ensino regular dizem estar preparados para trabalhar com alunos com deficiência intelectual, enquanto que 100% dos professores da escola especializada se consideram preparados. As escolas regulares, na questão 5, contabilizam um total de 40% de professores com algum curso para ministrarem aulas para esses alunos e a escola especializada tem 75% dos professores com o curso. Os professores das duas escolas concordaram que os alunos necessitam de um ensino especializado e que as medidas tomadas pelos órgãos responsáveis pela inclusão de pessoas com deficiência intelectual não são adequadas, questão 6 e 7 respectivamente. Em relação à questão 8, 60% dos professores do ensino regular consideraram que a capacitação 2
dos profissionais que estão na sala de aula, é de extrema importância para ministrarem aulas para estes alunos, já os professores do ensino especializado concordam 100% com essa necessidade. Na questão 9, 40% dos professores do ensino regular consideram que sabem reconhecer um aluno com deficiência intelectual e 100% dos professores da escola especializada diz conseguir reconhecer estes alunos. 60% dos professores da escola regular afirmaram na ultima questão que os alunos com deficiência intelectual apresentam mais dificuldade durante as aulas, 25% dos professores especializados concordaram com estes professores. Figura 1 Questionário de atividades em grupos. Q1. A atividade realizada despertou o interesse e a curiosidade pelo conteúdo. Q2. A atividade realizada ajudou-me a esclarecer os conteúdos teóricos. Q3. De maneira geral, a realização da atividade facilitou o aprendizado. Q4. A atividade feita pouco acrescentou aos meus conhecimentos. Q5. Demonstrei organização durante a execução da atividade. Q6. Participo da aula apenas porque sou obrigado. Q7. Acho esta atividade importante para a minha formação escolar. Figura 2- Questionário sociocomportamental dos alunos. Q1. Você gosta de estudar? Q2. Você tem amizade com os alunos da sua turma? Q3. Você tem amizade com seus professores? Q4. Você gosta da sua escola? Q5. Participa dos trabalhos em equipe? Q6. A atividade prática ajuda na compreensão do conteúdo? Q7. Você é organizado durante as atividades? Q8. Você prefere atividades em grupo? Q9. Você participa das aulas? 3
Figura 3- Dados do questionário aplicado ao corpo pedagógico administrativo das instituições. Q1. Você sabe o que é deficiência intelectual? Q2. Você já havia percebido que existiam estudantes com deficiência intelectual na escola? Q3. Você já observou se nas brincadeiras durante o recreio, os alunos com deficiência intelectual participam das atividades? Q4. A maioria das atividades, que eles realizam, são em dupla? Q5. Sua relação com os demais colegas é amigável? Q6. Você concorda com a presença de alunos com deficiência intelectual na escola normal? Q7. A família do aluno com deficiência intelectual sempre comparece na escola? Q8. Você considera que a relação do professor com alunos com deficiência intelectual é a mesma com os outros alunos? Q9. Você considera que a capacitação dos professores da sua escola é adequada para ministrar aula para aluno com deficiência intelectual? Figura 4- Dados relativos ao questionário aplicado aos professores das instituições de ensino. Q1. Você sabe o que é deficiência intelectual? Q2. Você acha que a escola está preparada para atender de forma adequada alunos com limitação intelectual? Q3. Você concorda com a presença de alunos com deficiência intelectual na escola normal? Q4. Você se considera um profissional preparado para ministrar aulas para alunos com deficiência intelectual? Q5. Você já participou de algum curso sobre inclusão nas escolas? Q6. Você considera que a educação para alunos com deficiência intelectual deve ser diferenciada? Q7. Você acha que as medidas tomadas pelos órgãos responsáveis pela inclusão de pessoas com deficiência intelectual são adequadas? Q8. Você considera que a capacitação dos profissionais que estão na sala de aula, é de extrema importância para eles ministrarem aulas para crianças com deficiência intelectual? Q9. Você percebe a presença de alunos com deficiência intelectual facilmente em sala de aula? Q10. O rendimento do aluno com deficiência intelectual é muito inferior aos dos demais alunos? 4
Discussão Com base nos resultados é possível afirmar que os alunos, tanto do ensino regular como os do ensino especializado, preferem atividades realizadas em grupo, uma vez que apresentam um maior interesse e curiosidade pelo conteúdo. Segundo Zancan (2000) A educação deve habilitar o jovem a trabalhar em equipe, a apreender por si mesmo, a ser capaz de resolver problemas, confiar em suas potencialidades, ter integridade pessoal, iniciativa e capacidade de inovar. Ela deve estimular a criatividade e dar a todos a perspectiva de sucesso. A partir da análise do questionário sócio comportamental foi possível perceber que os alunos das duas escolas apresentam interesse pelos estudos. Apesar de alguns alunos dizerem que não possuem amizade com os colegas e com o professor a grande maioria diz se relacionar bem com estes, isso é de fundamental importância uma vez que a relação do professor com o aluno é fundamental para a educação, pois a partir da forma de agir do mestre é que o educando se mostrará mais curioso em relação ao conteúdo. A reciprocidade, simpatia e respeito entre professor e aluno proporcionam um trabalho construtivo, em que o mesmo é tratado como pessoa e não como mais um (ALVES, 2012). Acredita-se que os alunos das escolas especializadas não apresentam rejeição por essa escola por ser uma modalidade de ensino que não tem por obrigação seguir uma grade curricular, e sim o desenvolvimento de atividades e conteúdos que proporcionam interesse aos alunos. O trabalho é realizado dentro de uma perspectiva de projetos que contribui para o aprendizado, formação dos alunos e que possibilita uma maior autonomia diante das situações propostas, permitindo que o mesmo viva desde o seu planejamento até a sua execução, levantando hipóteses, investigando e registrando suas descobertas (FALCONI; SILVA, 2012). Essa modalidade desperta o interesse desse aluno, deixando-o mais organizado e participativo. O fato de alguns alunos da escola especial dizerem que as práticas não ajudaram na compreensão do conteúdo pode estar atrelado com a necessidade das atividades serem realizadas especificamente para cada aluno de acordo com sua capacidade. A maioria dos profissionais que responderam ao questionário afirmaram saber o que é deficiência intelectual e reconhecer os alunos que apresentam, os que não sabiam o que é deficiência intelectual também não conseguiam identificá-las, isso pode estar relacionado com a falta de preparo que o corpo pedagógico recebe. A grande aceitação do corpo pedagógico do ensino regular para a presença de deficientes intelectual na escola regular pode estar relacionada com a necessidade que estes alunos têm de serem inseridos na sociedade. Já a divisão dessa opinião na escola especializa pode ser devido ao fato de conhecerem alunos que não têm condições de frequentarem o ensino regular. A presença dos pais na escola é um fator importante para o desempenho de seus filhos na escola, pode se perceber que as escolas especialistas recebem mais a presença dos pais do que a de ensino regular. Para uma melhor atuação desses alunos na escola precisa-se que os pais se comprometam mais com a qualidade do ensino de seus filhos e que a escola utilize de todos os métodos para passar as informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas (HEIDRICH, 2004). Todos os professores do ensino regular consideram que a escola não está preparada para receber estes alunos, pois estes precisam de cuidados específicos, de percepções e atividades diferenciadas, o que é muito difícil para um professor do ensino regular que não tem uma capacitação adequada e trabalha com uma turma com até 35 alunos. Em uma pesquisa Ibope encomendada pela Fundação Victor Civita, foram ouvidos 500 docentes da rede publica, destes 96% dizem não estar preparados para trabalhar com inclusão e 87% deles nunca recebem treinamento para isso (ESTUDOS & PESQUISAS EDUCACIONAIS, 2010). O Ministério da Educação propôs uma nova política que apoia que os deficientes intelectuais estudem no ensino regular, isso tem gerado muito conflito, pois como vimos em nosso questionário todos os professores consideram que as medidas tomadas pelo governo não são adequadas. Hoje o tema tem recebido uma forte atenção das entidades não governamentais que trabalham nesta questão (PORTAL APRENDIZ, Acesso em : 08 de out. de 2012). Conclusão Ao iniciar este trabalho, procurou-se salientar diferenças no tratamento dos alunos com deficiência intelectual na instituição pública e na instituição não governamental, tendo em vista a exigência de que os mesmos devam frequentar o ensino regular. Dessa forma, a comparação entre 5
tais instituições foi necessária e imprescindível para melhor compreensão dos dados. É possível concluir que o espaço físico adequado, a preocupação com profissionais qualificados e o foco nas necessidades individuais são fatores relevantes para o melhor aprendizado das pessoas com deficiência intelectual. A maior satisfação dos alunos notada na escola não governamental e a falta de capacitação de parte do corpo pedagógico da escola pública são dados que demonstram a falta de preparo que esta última enfrenta para receber esses alunos, fazendo-se necessária uma melhor estruturação e maior amparo para que a atual realidade se transforme em uma situação mais próxima da vista na instituição não governamental. O nosso estudo fornece dados primordiais para o município, ajudando as próprias escolas a enxergarem o panorama atual e levantando questionamentos para a importância da incorporação de uma classe de alunos que por vezes é tratada de maneira negligente. Isso se deve à falta de informação que esclareça sobre o assunto. O debate se torna mais importante se tivermos em conta que as intervenções nas escolas são os primeiros passos para que a inclusão aconteça, mas que o espaço extraclasse seja foco de observações e de mudança também. Em suma as diferenças não são discrepantes, mas refletem pequenos problemas, então se faz necessário um acompanhamento e maior estudo sobre o assunto aqui abordado, para que haja maior significância nos resultados obtidos, corroborando com os dados já recolhidos e analisados. Referências - ALMEIDA, M. S. R. O Que é Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?. Instituto Inclusão Brasil. 2008. Disponível em: http://inclusaobrasil.blogspot.com.br/2007/10/oque-deficincia-intelectual-ou-atraso.html. Acesso em: 05 de set. de 2012. - ALVES, L. Relacionamento Professor X Alunos. Canal do Educador. 2012. - APAE. Sobre a deficiência intelectual. Disponível em: <http://www.apaesp.org.br/sobreadeficienciaintele ctual/paginas/o-que-e.aspx>. Acesso em: 02 de abr.2012. - ESTUDOS & PESQUISAS EDUCACIONAIS n.1, maio 2010 Fundação Victor Civita São Paulo. - FALCONI, E.R.M.; SILVA, N.A.S. Estratégias De Trabalho Para Alunos Com Deficiência Intelectual Aee-Atendimento Educacional Especializado. - HEIDRICH, G. A escola da família. Revista Abril. 2004 - HENRIQUES, R.M. O currículo adaptado na inclusão do deficiente intelectual. 2007. - PORTAL APRENDIZ. Professor não está preparado para alunos deficientes. 2007. Disponível em: http://aprendiz.uol.com.br/content/uichideler.mmp. Acesso em : 08 de out. de 2012. - ZANCAN, G. T. EDUCAÇÃO CIENTÍFICA: uma prioridade nacional. São Paulo Perspec. vol.14 no.3 São Paulo July/Sept. 2000 6