PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União P A R E C E R. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT

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PORTARIA Nº 79, 26 DE maio DE 2015

Transcrição:

P A R E C E R Referência: 99923.000712/2013-15 Assunto: Recurso interposto por cidadão à CGU contra decisão denegatória de acesso à informação, com fundamento no art. 23 do Decreto n o 7.724, de 16 de maio de 2012. Restrição de Informação de natureza ostensiva. Acesso: Ementa: Informações diversas / equipamentos Interesse social Pedido genérico Não conhecido. Recorrido: Recorrente: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT Senhor Ouvidor-Geral da União, I RELATÓRIO 1. Trata o presente Parecer de recurso em sede de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº 12.527/2011, formulada em 26/06/2013 por cidadão em face da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, em que requer informações acerca do sistema de manutenção informatizado, o ERP, utilizado pela Empresa. 2. No dia 05/07/2013, a ECT manifestou-se tempestivamente, informando que o sistema desde o ano de 2002 vem sendo atualizado na medida das demandas de cada área e que até o presente momento atende às necessidades da Empresa. Por outro lado, inexistem estudos que comprovem que a sua adoção signifique aumento nas despesas, portanto, não há motivo para interromper a sua utilização. 3. Inconformado, o requerente interpôs recurso em primeira instância em 08/07/2013 no qual questiona: Se não há nenhuma pesquisa, como é possível afirmar que o sistema atende as necessidades da empresa?. 4. Em 15/07/2013, indeferindo o recurso interposto, a ECT encaminhou resposta: O módulo de manutenção do ERP é uma ferramenta de gestão que consolida dados de cerca de 5.000 Ordens de Serviço de manutenção de equipamentos de Triagem por mês. A sua utilização permite a interação com outros módulos do ERP e a gestão de informações de forma integrada na ECT. Página 1 de 6

O módulo de manutenção do ERP foi customizado para atendimento das necessidades da empresa, quanto aos indicadores de manutenção, de forma padronizada, para os diversos tipos de equipamentos e diferentes fabricantes. Portanto, inexiste redundância entre as informações e dados gerados pelo ERP e os fornecidos de forma distinta pelos sistemas de cada equipamento, que levam em consideração parâmetros próprios. O pedido não especifica de forma objetiva a informação solicitada, razão pela qual o recurso é indeferido. 5. Em 17/07/2013, o cidadão interpôs recurso à autoridade máxima do órgão, questionando o valor real de custo e resultados obtidos pelo uso do modulo ERP, incluindo as licenças de uso, o tempo dos funcionários e as falhas constantes do sistema. 6. Respondeu o órgão em 19/07/2013 para indeferi-lo novamente, alegando: Preliminarmente, é importante fornecer alguns esclarecimentos sobre o ERP. O ERP é uma ferramenta corporativa de gestão empresarial que integra diversos módulos, entre eles o de manutenção, que é utilizado para programação, planejamento e controle das atividades de manutenção do parque de equipamentos da ECT, ai incluídos os sistemas de triagem automática de objetos. A implantação da solução integrada de gestão empresarial permite que essas informações estejam reunidas em um único lugar de forma organizada, atualizada, precisa e com acesso rápido. Essa solução também unifica processos e evita duplicidade de esforços, sem a necessidade de recorrer aos diversos aplicativos não integrados e redundantes. O ERP atualmente atende as áreas Econômico-Financeira, Administrativa, Operacional, Comercial e Tecnologia (Manutenção) da Empresa. O módulo de manutenção permite a gestão de informações corporativas de forma integrada na ECT e individualizada conforme o nível de acesso, e possibilita também a consolidação de dados das Ordens de Serviço de manutenção de maneira diferenciada para as várias famílias de equipamentos do parque da ECT. Esse módulo pode atuar integrado com outros módulos do ERP em diversas situações, como, por exemplo, no controle do estoque de peças e de solicitações de compras dos sistemas de triagem. O módulo de manutenção do ERP foi customizado para Página 2 de 6

atendimento das necessidades de informação dos diferentes níveis técnicos e/ou gerenciais da empresa, de forma padronizada, porém configurável não só em função do tipo/família de equipamento, mas também em função das necessidades do usuário, inclusive quanto à definição de indicadores de manutenção para os diversos tipos de equipamentos e diferentes fabricantes. Os sistemas de apoio à manutenção existentes nas máquinas de triagem, de forma geral, têm como função o auxílio ao diagnóstico de falhas e à geração de indicadores pontuais que, além de não padronizados, têm aplicação restrita às equipes técnicas de manutenção, por serem específicos e obtidos segundo critérios diferentes daqueles definidos para atendimento das demandas técnico-gerencias supracitadas. Acrescente-se ainda que, diferentemente do que ocorre com os sistemas existentes de apoio à manutenção nas máquinas de triagem, as Ordens de Serviço de manutenção lançadas no ERP contêm outras informações como: descrições das falhas identificadas, das ações de manutenções preventivas e corretivas executadas, substituição de peças e componentes, tempos efetivos de reparo e paralisação dos equipamentos, disponibilidades de peças, etc. Essas informações permitem a obtenção de diferentes indicadores de manutenção configurados de acordo com a necessidade, como, por exemplo, em função das janelas operacionais, ou seja, o intervalo de tempo destinado à operação do equipamento. O módulo de manutenção do ERP trata em média 65.000 ordens de serviço de manutenção de equipamentos por mês, sendo que, dessas, cerca de 5.000 são relacionadas aos sistemas de triagem automática de objetos, atendendo a uma quantidade e variedade significativa de usuários, e não apenas àqueles que atuam diretamente na execução da manutenção. No que diz respeito ao Recurso propriamente dito, cabe observar que na fase atual, fase recursal, devem ser analisados os recursos interpostos pelo Solicitante em relação à sua demanda inicial de informações para a Administração Pública. Ocorre que o Solicitante de forma intempestiva solicita novas informações que não constam de seu pedido inicial, razão pela qual o recurso é indeferido. Observa-se, pelo pedido inicial, que o objetivo do Solicitante não é obter informações da Página 3 de 6

Administração Pública e sim manifestar seu entendimento e questioná-la sobre a eficácia e eficiência de um sistema de gestão existente, sendo que, para esta finalidade, não existe previsão legal de utilização da via escolhida. Para estas situações, devem ser utilizados os canais de comunicação estabelecidos pela Empresa. 7. Em 21/07/2013 o recorrente ingressa com recurso a CGU reiterando o pedido das instâncias anteriores. 8. Em 26/07/2013 a informou que procederia ao levantamento de esclarecimentos adicionais sobre o caso. 9. É o relatório. Análise 10. Registre-se que o Recurso foi apresentado à CGU de forma tempestiva e recebido conforme o disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2012, em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7724/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2012 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1º: O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 11. Preliminarmente, é indispensável delimitar desde já o âmbito de aplicação da Lei 12.527/11, base do presente procedimento administrativo e que regulamenta essencialmente o inciso XXXIII do art. 5 o da Constituição da República com o objetivo de garantir o acesso à informação. A própria Lei de Acesso à Informação fixa os limites de seu escopo: informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato, nos termos do inciso I do art. 4º da mencionada Lei. Ademais, visando exemplificar o direito de acesso à informação legalmente protegido, o art. 7 o da Lei de Acesso à Informação estabelece que: Página 4 de 6

Art. 7 o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. 12. Dessa forma, fica evidente que a Lei de Acesso à Informação não ampara a formulação de consultas, reclamações, questionamentos e denúncias, bem como pedidos de providências para a Administração Pública Federal. Os pedidos de acesso devem veicular, única e exclusivamente, o acesso a dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato. 13 No pedido em análise verifica-se que o recorrente apresenta denúncia referente a supostas irregularidades que teriam ocorrido na ECT: "Por que a insistência em manter o módulo de manutenção em funcionamento, desperdiçando dinheiro público e sem benefício algum aos Correios?". Por meio de recurso o recorrente solicita à CGU que adote providências para apuração dos fatos, desvirtuando-se a finalidade do processo, que é garantir o acesso à informação. Assim, uma vez que o objeto do recurso está fora do escopo da Lei de Acesso, o recurso não foi analisado em seu mérito. 14. De todo o exposto, recomendo o não conhecimento do recurso, nos termos do art. 4º, I c/c art. 7º da Lei nº 12.527/2011. LUÍS SÉRGIO DE OLIVEIRA LOPES Analista de Finanças e Controle Página 5 de 6

D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria- Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 99923.000712/2013-15, direcionado à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União Página 6 de 6

Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 323 de 14/02/2014 Referência: PROCESSO nº 99923.000712/2013-15 Assunto: Recurso em LAI Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 14/02/2014 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: d21ee5a2_8d0f7d6bde5cf10