Elaine Soares de Abreu. A Dislexia nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Como identifica-las?



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Transcrição:

Elaine Soares de Abreu A Dislexia nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Como identifica-las? Co Orientadora: Maria Esther Araújo Orientador: Nilson Guedes Freitas Rio de Janeiro 2004

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE A Dislexia nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Como identifica-las? OBJETIVOS: Investigar como os profissionais da educação, estão lidando com a dislexia no alunado e o que está sendo feito para ajudar essas crianças.

3 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, que sempre me ajudou a conseguir e alcançar meus objetivos. Aos meus pais que sempre me apóiam nas minhas metas e a professora Maria Esther que orientou para a realização deste trabalho.

4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a minha afilhada Larissa, que ela possa ver e ter no futuro uma educação mais inclusiva e a todas as pessoas disléxicas que sofrem por causa da desinformação.

5 A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes. Albert Einstein

6 Resumo Esse trabalho tem como propósito, auxiliar os profissionais da educação, a Identificar um aluno disléxico na sala de aula nas primeiras séries iniciais do Ensino Fundamental. O foco de análise deste trabalho, foram pesquisas bibliográficas e entrevistas com especialistas no assunto da dislexia como: fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos. O objetivo desse trabalho foi constatar como as escolas e os Profissionais da Educação estão tratando a dislexia no alunado. O que foi constatado com a pesquisa, é que existe educadores preocupados com as dificuldades de aprendizagem, incluindo a dislexia, porém não sabem o que fazer diante de um aluno disléxico. A partir desse trabalho, espera-se que os profissionais da educação leigos no assunto da dislexia possam ajudar seus alunos disléxicos a superarem suas dificuldades na sala de aula.

7 Sumário Introdução 8 Capitulo 1- Dislexia 9 1.1- Classificação da dislexia 11 1.2 - Causas da dislexia 13 Capitulo 2- Dislexia X Escola 16 Capitulo 3- Opiniões de especialistas: como Proceder nos casos de Dislexia 31 3.1- Metodologia 31 3.2- Opiniões dos especialistas 32 Anexos 37 Conclusão 38 Bibliografia 39

8 Introdução Hoje encontramos alguns profissionais da educação, preocupados com vários problemas que acarreta as dificuldades de aprendizagem. E entre essas dificuldades se encontra a dislexia e o X da questão, é de como identificar esse aluno na sala de aula. Pois observamos que a educação brasileira, tem se desenvolvido ao longo dos anos, apesar desse desenvolvimento tenha sido em passos lentos. Hoje como já foi relatado vemos educadores procurando se aperfeiçoar seus conhecimentos, mas infelizmente a escola ainda continua com alguns déficits principalmente nas questões sobre as dificuldades de aprendizagens, em especial a dislexia. Em alguns casos o corpo docente da escola tem o conhecimento da dificuldade de aprendizagem, mas não sabe como fazer o encaminhamento da criança disléxica. Devido a essas dificuldades dos docentes, procuramos averiguar como esses profissionais estão lidando com a dislexia no seu alunado e o que está sendo feito para ajudar essas crianças. Pois temos uma expectativa de que no futuro todos os profissionais da educação saibam como identificar um aluno com dislexia e qual o melhor tratamento para essa criança. Para sabemos como está sendo tratada a dislexia, a pesquisa se focalizou nos profissionais da educação e em alguns especialistas como: fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo.

9 Capítulo 1 Dislexia Antes de entrar diretamente no assunto da dislexia nas primeiras séries iniciais do Ensino Fundamental. É importante esclarecer, o que é a dislexia e desmistificar esse mito, onde muitas pessoas leigas no assunto e incluindo alguns professores que pensam que os disléxicos são doentes, quando na verdade tem um distúrbio na leitura e na escrita. Para entendemos melhor a palavras dislexia significa dis distúrbio e lexia em grego quer dizer linguagem e, em latim leitura. Portanto dislexia é um distúrbio de linguagem e ou leitura. (ADRADOS, Isabel. Orientação Infantil, 1980). São várias as definições sobre a dislexia, mas nenhuma delas se distanciam entre si. As definições mais comuns são: dificuldade acentuada que ocorre no processo de leitura, escrita e ortografia; distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração.(robin, Gilbert, A criança e nós, 1959). Como se ver as definições são as mesmas, o que muda são alguns conceitos a mais apresentados como ortografia e soletração. Mais adiante vamos ver outros conceitos e seus respectivos autores. A dislexia não é de hoje discutida, Rerlin em 1822 já falava na dislexia; como também W. Pringle Morgan em 1896 e James Kerrem 1897. Porém, apesar de séculos passados de discussão e em pleno Terceiro Milênio, percebemos que muita coisa ainda tem que ser feita, para um melhor esclarecimento do que vem a ser dislexia.

10 Vejamos o que alguns autores pensam, a respeito da dislexia.(www. abd.org.br) James Hiranewood (1913) Escreveu uma monografia sobre Cegueira Verbal Congênita, como também é conhecida a dislexia. Ele escreveu essa monografia quando trabalhou com adultos afásicos, James encontrou distúrbios infantis com sintomas similares, mas sugeriu que os problemas da dislexia seriam orgânicos, com possibilidade de serem hereditários. Hoje alguns especialistas da área como fonoaudiólogos, reafirmam a teoria de James Hiranewood que a dislexia é hereditária e também afirmam que existem mais meninos disléxicos do que meninas; Jane Schnderan e Alan Leviten (1978) Para eles, um distúrbio de leitura é normalmente definida como uma discrepância de pelo menos, dois anos entre o nível de leitura real e o nível esperado em relação à idade cronológica. Porém não podemos aplicar essa definição a uma população carente; Elena Border Diagnostica a dislexia dos seguintes modos: por processo de exclusão, indiretamente à base de elementos neurológicos, diretamente à base da freqüência e persistência de certos erros na escrita e na leitura; Goi Kussmaul (1877) Inicialmente fez estudos da dislexia, denominando de Cegueira Verbal aos sintomas de dificuldade de leitura;

11 Morgan (1896) Considera essas perturbações de natureza congênita, proveniente do não desenvolvimento de uma área cerebral considerada como o centro da leitura; André Rey Afirma que, as verdadeiras dislexias são distúrbios circunscritos que resultam de limitações sensoriais discretas ou anomalias na organização dinâmica dos circuitos cerebrais, responsáveis pela coordenação viso auditivo verbal, que asseguram o complexo ato da percepção e compreensão da linguagem escrita; Bender Relaciona a dislexia a padrões neurológicos imaturos e pouco diferenciados, onde resultam dificuldades perceptivas, distúrbios de imagem corporal, de identificação tempo espacial, de relações com objetos, além de déficits específicos na formação de símbolos envolvendo imagens auditivas, visuais e cinéticas, desorientação na lateralidade e demais perturbações na área conceitual; Ana Maria Poppovic Uma síndrome psiconeurologicas, de desorganização da aprendizagem, de provável causa hereditária. Como podemos averiguar e também constatar com o que foi dito anteriormente, não temos uma definição precisa sobre as causas da dislexia. Alguns autores como podemos verificar, acreditam que a dislexia é derivada de qualquer causa neurológica, psíquica ou educativa que perturbe a aquisição da linguagem lida. Outros afirmam ser apenas defeitos na leitura ou da escrita. 1.1 Classificação da Dislexia. São vários os tipos de classificação da dislexia feitos por diferentes teóricos, porém citamos para nível de conhecimento e com mais detalhe a

12 classificação feita por Elena Booder e Miklebust que estão mais presentes no nosso ambiente escolar. (www.abd.com.br). A dislexia é classificada nos seguintes grupos: Dislexia visual, auditiva e mista na concepção de Bliklebust. Angram classificou em dois grupos específicos e gerais. No especifico se limitou na discalculia levando para o lado da matemática. Bannatyne se limitou na dislexia genética e por disfunção neurológica mínima. Já Elena Boorder e Miklebust classificaram seus grupos detalhadamente e estão mais presente no nosso cotidiano, suas classificações foram: dislexia disfonetica, diseidetica, visual e auditiva. Dislexia Disfonetica dificuldade auditiva, de analise e síntese, de discriminação, dificuldades temporais em perceber sucessão e duração. Sintomas Comuns. Troca de fonemas e grafemas diferentes; Alterações grosseiras na ordem das letras e sílabas; Omissões e acréscimos; Maior dificuldade com a escrita do que com a leitura. Dislexia Diseidetica dificuldade visuais, na percepção questaltica, na análise e síntese e dificuldade espaciais (percepção das direções, localizações, relações e distancias). Sintomas Comuns. Aglutinação, fragmentação; Troca por equivalentes fonéticos; Maior dificuldade para a leitura do que para a escrita. Dislexia Visual deficiência na percepção visual.

13 Sintomas Comuns. Dificuldade na percepção viso motora; Dificuldade na habilidade visual (não visualiza cognitivamente o fonema). Dislexia Auditiva deficiência na percepção auditiva. Sintomas Comuns. Deficiente memória auditiva; Deficiente discriminação auditiva (não audibiliza cognitivamente o fonema). 1.2 Causas da Dislexia. Existem diversas pesquisas sobre a dislexia, como vimos anteriormente, mas sua causa continua ignorada. Alguns autores dizem que a dislexia ocorre por causa de alteração do ouvido interno, que enviaria sinais distorcidos para o cérebro. Os sintomas haverão de depender da intensidade da alteração dos sinais que chegam na localização e da função das áreas cerebrais que recebem os sinais distorcidos, bem como na capacidade do cérebro para interpretar a mensagem alterada.(robin, GILBERT, A criança e nós, 1959). Na área genética, há estudos mostrando uma alteração de cromossomo e pesquisas neurolinguisticas revelaram que o problema decorre de uma diferença de volume do lebo temporal do cérebro. Outros estudos demonstraram que os disléxicos têm o lado esquerdo do cérebro que corresponde à área da linguagem menor do que o direito. Podemos suspeitar de dislexia quando, apesar da inteligência adequada e oportunidade de ensino/ aprendizagem, a pessoa apresenta alguns dos seguintes sinais.

14 Dificuldade em memorizar mensagens, anotações; Efetuar alguma tarefa que sobrecarregue a memória imediata; Tendência a pular letras, orações ou a ministra-las; Pouca capacidade para ler; Transposição de letras como b e d; Visão borrada das letras; Falta de concentração; Falta de atenção; Hiperatividade; Muita demora em aprender a ler e a escrever; Desempenho inconstante; Dificuldade em soletrar; Dificuldade em associar símbolos em seqüência; Dificuldade com o aprendizado da tabuada; Dificuldade em nomear objetos; Incertezas com tempo e direção (antes / depois, direita / esquerda). É importante esclarecer e como podemos observar a dislexia não é realmente uma doença como já foi dito anteriormente, e sim um distúrbio com uma série de características. Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores. Segundo pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Dislexia, cerca de 10% da população mundial sofrem de dislexia. Por isso, é de extrema importância, falarmos no assunto e levar as informações adquiridas para os Profissionais da Educação, pais e toda a sociedade. A partir do momento, que nossa sociedade, for informada sobre o que é a dislexia, vai endenter as dificuldades dos disléxicos adultos que não receberam um tratamento para poder lidar com suas dificuldades quando criança. E com isso passa por alguns problemas na sua vida profissional. O fato é que as pessoas, não podem ver os disléxicos como se fossem uns

15 coitados, pois ser disléxicos é a mesma coisa que ser canhoto, só que com dificuldades maiores devido a desinformação existente no nosso país. O melhor local para buscar esta informação é a escola, pois é o local onde supostamente se concentra a sociedade. Nos próximos capítulos, vamos ver se as escolas estão preocupadas com a dislexia e o que estão fazendo para mudar esse quadro. No caso de não estarem trabalhando como os especialistas no assunto, podem ajudar essas escolas e os profissionais das mesmas.

16 Capítulo 2 DISLEXIA X ESCOLA Chegamos ao foco principal do trabalho, na raiz do problema da dislexia na escola, em especial nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Mas antes de averiguar como é vista hoje a dislexia, vamos ver como era no passado. Os psicólogos e educadores no início do século vinte, deram pouca importância aos distúrbios específicos da linguagem. Só se voltavam no aspecto pedagógico do problema, com exceção de Broopar (1917). Ao mesmo tempo, a classe médica negligenciava o problema da sala de aula, o que contribuía para estabelecer uma grande lacuna entre a recuperação da criança e o problema. (ROBIN, Gilbert, A criança e nós, 1959). Segundo estatísticas da Associação Brasileira Dislexia, aproximadamente de 15% a 30% das crianças em idade escolar têm problemas de aprendizagem, 10% delas são disléxicas. Como podemos verificar é uma quantidade muito grande, para continuarmos omissos. Devido a esses resultados, se torna cada vez mais importante que os pais e educadores, saibam que eles fazem a diferença em todo esse processo na ajuda do disléxico. Segundo a fonoaudióloga Claudia Regina Furquim de Andrade, a maioria das escolas desconhece ou dá pouca importância à linguagem como um todo. Talvez seja por isso, que cada vez mais vemos alunos com dificuldade de aprendizagem e com dislexia.infelizmente algumas escolas, ainda não respondem eficazmente ao desafio do trabalhado com as necessidades educacionais das crianças especiais, especialmente as relacionadas com as dificuldades de linguagem como: dislexia, disgrafia e disortografia. Além disso, não podemos esquecer, que uns dos problemas que

17 se enfrenta a cerca da dislexia, é o medo e o desconhecimento que são companheiros inseparáveis da omissão. E isto ocorre em cerca de 99% das escolas públicas e particulares brasileiras, e não somente a respeito da dislexia e sim a tudo que diz respeito ao distúrbio de aprendizagem. Segundo pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Dislexia. Devido a essas desinformações e omissões, é importante que a escola, informa aos educadores e responsáveis tudo a respeito da dislexia, para que possam saber lidar com essas crianças. Pois sem essas informações por parte dos educadores e pais, podem muitas vezes fazer com que a criança disléxica, trilhem caminhos perigosos que acabem desestruturando sua vida e o meio social que vive. Os alunos disléxicos são muitas vezes rotulados por vários adjetivos: os professores os consideram desatentos, os pais preguiçosos e eles mesmos se consideram burros e desorganizado. Isso muitas vezes ocorre, devido à falta de informação de pais e educadores, que acabam maltratando essas crianças pela desinformação e logo não compreende o porque de suas dificuldades escolares e pioram ainda mais a situação dessas crianças, quando as humilham devido ao seu insucesso escolar, dando-lhes notas morais e sociais através disso existe um sofrimento maior quando fazem comparações com crianças não disléxicas. Esses acontecimentos e as dificuldades que as crianças disléxicas passam no ambiente escolar, faça com que elas se desestimulem e acabem por desistir da vida escolar. Pois muitos casos de evasão escolar ocorrem por dificuldade de leitura e escrita. Infelizmente a Legislação Educacional não trata as diversas necessidades especiais dos alunos de forma clara, objetiva, pragmática e programática. Essa omissão dificulta ações governamentais por parte dos gestores, do professor ao Secretario de Educação. É importante esclarecer que a criança disléxica, não é portadora de conduta típica como: mental, física, auditiva, visual ou múltipla e nem de alto risco. Uma criança não é

18 disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como: gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro-vascular.( www.abd.com.br) A dislexia como já sabemos, é caracterizada do seguinte modo: dificuldade na leitura e escrita, letra ruim, troca de letra e lentidão. O disléxico geralmente tem a inteligência acima da média, enxerga e ouve bem, expressa-se com fluência, se destaca na música, desenho, pintura, eletrônica, mecânica, engenharia, esportes e outras. No entanto seu desempenho escolar não combina com seu padrão geral de atuação. É importante esclarecer, que o disléxico sempre contorna suas dificuldades, respondendo bem a tudo que passa para o concreto, e tudo que envolve os sentidos é mais absorvido com facilidade por ele. Apesar de algumas escolas, ficarem alheia ao assunto da dislexia, e não passarem informações cabíveis aos professores, cabe aos mesmos buscarem essas informações da dislexia para que ocorra uma mudança nesse quadro de desinformação que ocorre em algumas em algumas Instituições de Ensino. Nós educadores não podemos esperar que as informações cheguem somente pela escola, pois não há uma informação e preparação feita pela Universidade aos futuros professores, para auxiliar as crianças disléxicas nas suas necessidades. Os pais também têm um papel importante na ajuda de uma criança disléxica, o de mostrar que o amor por eles não é por notas escolares e enfrentar junto com seus filhos toda a dificuldade apresentada pela dislexia. Pois infelizmente o nosso Sistema Educacional é desenvolvido para a maioria que não é disléxica. Todos e quaisquer educadores incluindo os pais, tem um compromisso ético de ver desenvolver-se dignamente e efetivamente a aprendizagem

19 escolar das crianças, buscando novos mecanismos de aprendizagem que colabore para a inclusão desde educando no mundo das letras, ajudando-os a sobreviver infelizmente dentro deste único modelo de ensino. É preciso que aja uma luta para que essas informações cheguem nas escolas, aos professores e aos pais. É importante que as crianças com dislexia, também recebam informações de suas dificuldades e essas dificuldades têm um nome, um porquê e uma solução. Alguns pais e professores pela suas desinformações, agem de forma arbitrária jogando as dificuldades escolares nas mãos da criança, não dando condições para suas realizações, imaginando que a aprendizagem escolar, já nasce com o ser humano, quando não percebem de que ler e escrever são habilidades adquiridas e que precisam de embasamento anterior para que ocorra. A dislexia ocorre independente do fator socioeconômico, cultural ou intelectual. A única diferença é que a família rica pode levar o filho ao psicólogo, neurologista ou psicopedagogo. Enquanto a família pobre tende a asseverar a dificuldade persistir com o transtorno de linguagem na fase adulta. Talvez por essa razão, a dislexia seja considerada como típica da classe média, pois os pais demoram a conseguir diagnosticar a dificuldade e partir para intervenções médicas e pedagógicas. Contrapondo o que muitos pensam a dislexia não é a conseqüência de uma má alfabetização, desmotivação ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Uma alfabetização precoce pode facilitar, o diagnóstico da dislexia é uma forma de melhor identificar os disléxicos na sua alfabetização é utilizando o método global, onde a criança identifica as palavras como um todo.

20 A linguagem está presente em todas a disciplinas e todos os professores são potencialmente professores de linguagem, porque utilizam a língua materna como instrumento de transmissão de informações. E nós educadores temos que ter consciência da importância do ensino da língua materna como também da estrangeira e fazer com que a escola pare de engatinhar no ensino cientifico dessas línguas, que é de extrema importância para a aprendizagem da criança disléxica como também a da não disléxica. Não podemos esquecer, que muitas vezes uma dificuldade de aprendizagem da matemática está mais relacionada a com compreensão do enunciado do que ao processo operatório da solução do problema. Além da alfabetização precoce que ajuda no diagnostico da dislexia, é importante que nos primeiros anos da Educação Infantil, pais e educadores se preocupem em encontrar indícios de dislexia em crianças de 4 a 5 anos aparentemente normais. Porém não esquecendo que a troca de alguns sons está dentro da normalidade nesta fase e essa alteração costuma desaparecer junto com o amadurecimento neurológico. A persistência após essa idade é considerada de origem patológica. Para identificar com mais eficiência os problemas da fala, deve se descartar a possibilidade do aluno agir dessa maneira como forma de chamar atenção e não adianta coloca-lo sob pressão, pois a troca de fonemas pode virar uma questão definitiva. É importante esclarecer, que quando não se diagnostica a dislexia ainda na Educação Infantil, os distúrbios de letras podem levar crianças de 8 a 9 anos, já no Ensino Fundamental, a apresentar perturbações de ordem emocional, afetiva e lingüística. Uma criança disléxica encontra dificuldade para ler e as frustrações acumuladas podem conduzir a comportamentos antisociais, à agressividade e a uma situação de marginalização progressiva. Se pais e educadores compreenderem quais são as dificuldades que uma criança disléxica apresenta, eles poderão ser muito mais úteis, não

21 somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada para o processo de aprendizagem dessa criança. Algumas escolas, a rigor não se deram conta que ensinar bem é favorável a memória de longo prazo das crianças, para que armazenem informações e conhecimentos por um longo período da vida, de tal modo que, na ultima etapa da educação básica, no ensino médio quando jovens, tenham desempenho eficiente ou satisfatório na hora de ler um livro ou escrever um texto para concurso ou vestibular. É função da escola ensinar bem o sistema fonológico da língua, sua distribuição, sua classificação e sua variação. A escola precisa ensinar, desde cedo os conceitos lingüísticos, de vogal e consoante, ditongo, hiato, enfim a língua materna. É a consciência fonológica ou lingüística que fará com que a criança, ao escrever palavras com letras simétricas (P,B,P, Q), pense e repense sobre o processo da escrita alfabética. Uma das conseqüências da falta de consciência fonológica é, na escrita formal os alunos saltarem grafemas como, por exemplo: escreve coia em vez de coisa e glóbulo/gobulo. Quando isso ocorre, temos a certeza de que a escola foi omissa ou negligenciou o ensino fonológico eficaz da língua materna. Uma outra questão que dificulta para saber se uma criança é disléxica ou não, ou seja, se tem dificuldade de aprendizagem. É como esse professor foi instruído, que na maioria das vezes foi uma má instrução e ele também se torna uma vitima de todo esse processo de ensino e aprendizagem, que acaba trazendo conseqüências sérias para a pessoa que está iniciando o processo de leitura. O educador ao ensinar uma criança, sistematicamente, seguramente e coerentemente um ensino, tem que saber conscientemente

22 que vogal não é letra, saber discriminar numa palavra a quantidade de fonemas e letras. Uma escola para que o aluno não adquira uma dislexia pedagógica, deve ensinar as doze vogais em vez de cinco, pois ensinando apenas as cinco vogais vai dar bases precárias de ordem cognitiva para a leitura o que acarreta à aquisição da dislexia pedagógica na criança. As doze vogais são as seguintes: sete orais ( a,é,ê,i,ó, ô,u) e cinco nasais(an,en,in,on,un).é importante esclarecer que vogais são os sons da fala, os fonemas, isto é unidades sonoras distintivas da palavra. É necessário que a escola ensine aos alunos, especialmente os da Educação Básica, como se dá o processo de aquisição do conhecimento da linguagem, isto é como se processa no cérebro das pessoas o armazenamento, por longo prazo das informações lingüísticas imprescindíveis para a fala, a escrita, a leitura e a escuta. É na Instituição Escolar, com professores capacitados, que os educandos aprenderão que informações da metalinguagem da língua materna lhe darão as competências e habilidades requeridas para a leitura e para a sociedade do conhecimento dentro e fora da escola. É importante que saibamos, que a educação lingüística, do escrever para aprender, do ler para aprender, deve ser repartido e compartilhado por familiares e uma coresponsabilidade social dos que trabalham com saberes sistemáticos, que se voltam para a qualificação do trabalho e para o exercício da cidadania. Mas felizmente, nem tudo está perdido hoje encontramos classe médica preocupada com a dislexia não separando o problema de sala de aula com o consultório. Esses trabalhos estão sendo feitos em conjunto escola e consultório, porém ainda falta muito para se chegar ao ideal. Pois como já foi dito, ainda há Instituições Escolares sem um comprometimento maior sobre o assunto da dislexia no ambiente escolar.

23 Segundo uma pesquisa publicada em Journal of Neuroradiologia pela fonte do site da Associação Brasileira de Dislexia, traz novas evidências de que a dislexia é uma desordem tratável de acordo com o neurofisico Tedd Richards e a neuropsicologa Virginia Berninzer da Universidade de Washiston. De acordo com o neurofisico e a neuropsicologa, a dislexia não é um dano cerebral havendo apenas diferenças na rede cerebral nas regiões envolvidas na leitura. Não existe cérebro perfeito, pois o mesmo sempre apresenta alguma anomalia estrutural. Com instrução apropriada, cérebros disléxicos podem ser tornar mais eficiente no processamento dos sons da linguagem, utilizando uma área menor do cérebro e menos energia metabólica. É importante que os profissionais da educação saibam, que o diagnostico da dislexia, deve ser feito por uma equipe multidisciplinar composta por: psicólogos, fonoaudiólogo, psicopedagogo, neurologista e iniciar uma investigação. Segundo a autora Maria Ângela Nogueira, esses diagnostico tem que ser feito não somente para saber se a pessoa é disléxica, mas para determinar ou eliminar fatores coexistentes de importância para o tratamento. É de extrema importância que esse diagnóstico tenha significado para os pais e educadores, como também para apropria criança. Simplesmente encontrar um rotulo não deve ser o objetivo da avaliação, mas tentar estabelecer um prognostico e encontrar elementos significativos para o programa de reeducação.(nogueira, Maria Ângela, Dislexia, 2000). Durante o diagnóstico, é importante obter informações sobre o potencial da criança e suas características psiconeurologicas, sua performance, o repertorio já adquirido e os métodos de ensino no qual a criança foi submetida. Um fator importante de se relatar, é que em todos os diagnósticos o fato da criança não ter sido alfabetizada pelos métodos comuns ou um

24 histórico familiar com distúrbios de aprendizagem são importantes serem mencionados em uma consulta com algum especialista que vai ajudar a criança. Nós como educadores temos que ficar atentos, que os sintomas que pode indicar a dislexia antes de um diagnostico multidisciplinar, só indica um distúrbio de aprendizagem, não confirma a dislexia.os mesmos sintomas podem indicar outras situações como lesões, síndromes, etc. A equipe multidisciplinar ao fazer o diagnostico da criança disléxica, deve garantir uma abrangência do processo de avaliação, verificando se necessita do parecer de outros profissionais como: neurologista, oftalmologista e outros dependendo do caso. Essa equipe multidisciplinar deve averiguar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnostico de dislexia. Chamamos essa averiguação de avaliação multidisciplinar e de exclusão. Temos que descartar também outros fatores como: déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas ou adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com os constantes fracassos escolares o disléxico, irá apresentar prejuízos emocionais, porém são conseqüências não causa da dislexia), e outros distúrbios de aprendizagem como a hiperatividade, é importante ressaltar que o déficit de atenção e aprendizagem pode ocorrer junto com a hiperatividade, como também a hiperatividade com a dislexia. (www.abd.com.br) É importante no tratamento da dislexia haver um programa em etapas, e mudar somente quando a anterior for completamente absorvida e sempre retornar as etapas anteriores. Damos a esse tratamento o nome de sistema multissensorial e cumulativa.

25 Veremos agora quais os sintomas que os educadores, devem observar na criança no pré-escolar e na idade escolar que podem ser um sinal de dislexia, segundo os sites da ABD e da Escola Piano de Pano. PRÉ-ESCOLAR Imaturidade no trato com outras crianças; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; Atraso no desenvolvimento visual; Dificuldade em rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora; Dificuldade com quebra cabeça; Falta de interesse por livros impressos. É importante ressaltar que o fato da criança apresentar alguns desses sintomas, não indica que seja dislexia, pois outros fatores têm que ser observados. Mas estaremos com certeza diante de uma situação que merece uma atenção especial ou estimulação. IDADE ESCOLAR Se nessa fase, a criança continuar apresentando alguns ou vários dos sintomas a ser relatado a seguir, é preciso que se faça um diagnóstico para que possa continuar seus estudos e não tenha prejuízos emocionais. Dificuldade na aquisição a automação da leitura e escrita; Pobre conhecimento de rimas (sons iguais ao final das palavras) e alteração (sons iguais no inicio das palavras); Desatenção e dispersão;

26 Dificuldade em copias de livros ou da lousa; Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pinturas, etc) e ou grossa (ginástica, dança, etc); Desorganização geral constante atrasos na entrega de trabalhos escolares; Dificuldades visuais, como por exemplo, podem perceber com certo impacto a desordem dos trabalhos no papel e a própria postura da cabeça ao escrever; Confusão entre esquerda e direita; Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc; Vocabulário pobre, com sentenças longas e vagas; Dificuldade na memória de curto prazo, com instruções, recados etc; Dificuldade em decorar seqüências como: meses do ano, alfabeto, etc; Dificuldade matemática e desenho geométrico; Problemas de conduta como: retração, timidez excessiva, depressão é menos comum, mas também possível, tornar-se o palhaço da turma; Grande desempenho em provas orais. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, podemos também diagnosticar um disléxico através da idade. É importante também o profissional da educação estar atento a esses sintomas sabendo a idade de seus alunos. (www.abd.com.br). CRIANÇAS ATÉ 8 ANOS Se ainda tem dificuldade de leitura; Se tem dificuldade de soletrar; Se ainda assim, suas atividades não relacionadas com leitura e escrita são espertas e inteligentes; Se inverte os números; Se troca as letras com freqüência; Se precisa usar blocos, dedos anotações para fazer cálculos;

27 Se sua memória for constante; Se demora a responder; Se confunde a esquerda com a direita; Se for desajeitado; Se tiver dificuldade em pegar ou chutar uma bola; Se tem dificuldade de atar sapatos ou trocar de roupa. DE 8 A 12 ANOS Se comete erros na leitura e na soletração, ou se a compreensão de leitura for lenta; Se evita com freqüência a leitura; Se omite, confunde ou troca algumas letras nas palavras; Se leva muito tempo nas atividades escritas; Se confundem o bom senso de direção; Se ainda for complicado decorar a tabuada; Se ainda se perde nos dias da semana ou meses do ano; Se precisa de objetos para realizar cálculos; Se demora mais que a media nos cálculos simples; Se demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo. ACIMA DE 12 ANOS Continua os erros na leitura e soletração; Dificuldade em guardar seqüência de números como de telefone; Se fica atrapalhada em pronunciar palavras tensas; Confunde lugares, horários e datas; Comete muitos erros na escrita, mesmo copiando; Se tem dificuldade em planejar, organizar ou fazer relações.

28 Se para a maioria dos itens acima as respostas foram positivas, é provável que a criança seja disléxica, É importante que os profissionais da educação, ao observar que uma criança esteja com suspeita de dislexia for esperta e inteligente em alguns aspectos, mas parece ter um bloqueio parcial ou total em outras difíceis de explicar, procurar saber se têm mais alguém da família com os mesmos problemas de aprendizado. Ao saber como identificar uma criança disléxica é recomendável, procurar meios para ajudar essa criança a Escola Piano de Pano, a Associação Brasileira de Dislexia e o professor Thomé do Programa de Educação Especial da Universidade Federal Fluminense tão algumas sugestões. Não chamá-los simplesmente de preguiçoso ou desleixado; Não fazer comparações com outros membros da família ou colegas da classe; Não exercer pressão sobre ele a ponto de amedrontá-lo com a perspectiva de não passar de ano e deixar a família desapontada; Não exigir leitura em voz alta perante seus colegas sem seu consentimento; Não ficar surpreso se ela facilmente se cansar ou desanimar; Não se surpreender se sua caligrafia for irregular ou feia. Boa caligrafia é muito difícil para os disléxicos; Não ficar surpreso se seu desempenho for incongruente, se em algumas ocasiões ela se sair bem e em outras não; Não lhe dizer somente tente se esforçar incentive-o nas coisas que ele gosta de fazer bem feito; Manifestar sempre apreciação pelo seu esforço, mesmo que os erros sejam constantes; Estimula-los a olhar as palavras detalhadamente; Falar francamente sobre suas dificuldades; Ajuda-lo a reconhecer que há muitas coisas que ele pode fazer bem; Motiva-lo a ir devagar, sem atropelos dando tempo ao tempo;

29 Estabelecer horários para refeições, deveres de casa e recreações; Suas roupas devem ser arrumadas na seqüência que ele vai vestir para evita confusões e preocupações com a criança, elas devem ser simples, ou seja, ter zíper em vez de botões, sapatos e tênis sem cordão; Quando for ensinar a amarrar os sapatos fique ao lado da criança com o braço sobre os ombros dela, nunca fique na sua frente; Reforçar a ordem das letras do alfabeto cantando e dividindo-os em pequenos grupos; Instruir as crianças canhotas precocemente para evitar que assumam posturas pouco confortáveis e mesmo prejudiciais como encobrir o papel com as mãos ao escrever. Segundo a professora Fernanda da Escola Piano de Pano, a criança com dislexia difere das outras da mesma idade em varias maneiras. Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações, assim como o nível de dificuldades varia muito. Por isso é de extrema importância que os educadores tenham informações dos sintomas da dislexia. Para dar uma ajuda aos profissionais da educação que trabalham com disléxicos, a Escola Piano de Pano, elaborou três mandamentos básicos: Que nenhuma criança seja humilhada, nem tenha sua admiração diminuída em decorrência da incompreensão de quem acerca; Que nenhuma criança seja privada de suas descobertas porque seus responsáveis e orientadores não conseguem compreender seu engenhoso modo de pensar; Que nenhuma criança, jamais duvide de seu sempre inusitado jeito de ser. De posse de todas essas informações a respeito da dislexia, cabe agora o profissional da educação tratar seu aluno disléxico com respeito e ajuda-lo

30 encaminhando-o aos especialistas que irão auxilia-lo no melhor tratamento para a sua dificuldade de aprendizagem.

31 Capítulo 3 Opiniões de especialistas: como proceder nos casos de dislexia. Apesar do assunto da dislexia se bastante antigo, como já foi relatado nos capítulos anteriores, hoje é que a dislexia se torna mais presente, nas discussões de sala de aula, entre os educadores e diretores escolares. Porém, apesar de discutirem, não sabem como fazer para ajudar esses alunos disléxicos. Sabendo dessas dificuldades entre os docentes, procuramos o auxilio dos profissionais ligados a dificuldade de aprendizagem que são: fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos. Apesar de que a dislexia também envolve outros profissionais como o neurologista, a pesquisa ficou mais baseada nesses três profissionais (psicólogos, fonoaudiólogos, e psicopedagogos). 3.1 Metodologia Para que essa pesquisa fosse realizada foi feita uma triagem em catálogo de telefone e na agenda de associação de professores (SINPPO). Feita às anotações, o segundo momento foi o contado com os profissionais, alguns contatos foram por e-mails e outros por telefone marcando uma entrevista com o profissional. Durante os contatos com os: psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, foi explicado o porque da pesquisa e sua finalidade. Apesar do questionário pedir a identificação do profissional, não foi obrigatório a

32 mesma, para que os especialistas entrevistados ficassem à-vontade para responder as perguntas. Depois de coletados os dados, houve uma separação das opiniões de cada profissional por suas profissões afins. Para ficar um melhor entendimento, dividimos o que cada especialista (psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo), conseguiram responder sobre a dislexia e qual a sua contribuição para auxiliar essa criança e subsidiar os docentes que não sabem como lidar com um aluno disléxico na sua classe. Durante essa pesquisa pode-se constatar que alguns desses profissionais se não a maioria, se declararam não ter um conhecimento profundo na área e que para eles: psicólogos fonoaudiólogos e psicopedagogos, também são um assunto novo e que precisa de estudos aprofundados, porque a dislexia não é tão simples como se apresenta. 3.2 Opiniões dos especialistas a cerca da dislexia. Fonoaudiólogos Para os fonoaudiólogos, a dislexia é uma dificuldade na leitura e escrita. O melhor tratamento para a criança disléxica é coloca-la em contato com os sons da língua, de forma que escute os sons da língua, de forma que escute os sons lingüísticos. Fazer leitura de textos que contenham alterações, músicas, estimulação de funções cognitiva-perceptivas, coordenação motora fina, seqüências numéricas, formas de letras. O melhor auxilio a ser dado para uma criança disléxica no campo da fonoaudiologia é trabalhar a consciência fonológica com técnicas especificas e estimulação direta nas duas orelhas favorecendo o processamento de sons e estimulando as deficiências que apresente.

33 A melhor forma para auxiliar a escola é o profissional da educação leigos nos problemas da dislexia, é entrar sempre em contato com os professores, auxiliando-os com palestras e acompanhando o desenvolvimento da aprendizagem do aluno, é importante que esse acompanhamento ocorra deste da educação infantil, antes que a criança seje alfabetizada, para que os disléxicos não encontrem maiores dificuldades nas séries seguintes e na alfabetização principalmente. Segundo os fonoaudiólogos entrevistados, nossas escolas não estão preparadas para receber nossos alunos disléxicos, pois ainda há educadores desinformados do que seja realmente a dislexia. Psicólogos Para os psicólogos, a origem da dislexia está em um distúrbio da linguagem que pode ser oral, escrita ou as duas juntas oral e escrita. O melhor tratamento a ser dado para uma criança disléxicas, é em primeiro lugar não compará-la com as outras crianças, não exercer pressão sobre ela como leitura em voz alta perante os outros, pois a mesma pode ser sentir constrangida. É importante se ter em mente, que a criança disléxica não é portadora de deficiência mental, física, auditiva, visual ou múltipla é uma condição humana, o fato de uma criança ser disléxica, e pode haver uma origem emocional. Deve também incentiva-las sempre nas coisas que tenham maior aptidão, valorizando constantemente seu esforço em fazer algo, mesmo que este a princípio pareça sem muita importância, pois para a criança disléxica é muito significativo. O auxilio que pode ser dado, para a criança disléxica é primeiro obter um diagnóstico preciso, para saber se realmente essa criança é disléxica. Confirmada a dislexia, devemos conscientizar-se de que algo deverá ser feito para que o aluno consiga ampliar seus referenciais do mundo, trabalhando simultaneamente todas as linguagens: escrita, sonora, dramática,

34 cinematológica, corporal, etc. Buscando com isso a coragem e autoconfiança da criança disléxica, pois a mesma pode ser talentosa na arte, música, teatro, esportes, etc. E conversar com os pais informalmente sobre o que seu filho tem e explicar como devem tratar uma criança disléxica. Em relação à Instituição Escolar e aos Profissionais da Educação, o melhor auxilio que pode ser dado como psicólogos, é ouvir e sentir a posição destes profissionais e dos responsáveis pelas Instituições, fornecer conceitos e instrumentos enriquecedores, para efetuar um bom trabalho com as crianças disléxicas e em ultima instância fornecer círculos de palestras onde esses profissionais, possam tirar dúvidas sobre a dislexia. Na sua maioria as escolas, como os profissionais da educação, ainda não estão preparados para receber crianças disléxicas, pois muitos não têm interesse no assunto ou não sabe o que vem a ser a dislexia, o que prejudica o ensinamento para a aprendizagem do alunado e o pior é o preconceito que essa criança sofre por causa do desconhecimento destes professores que começam a estereotipar essas crianças como burros e incapazes. Psicopedagogos Para os psicopedagogos, a origem da dislexia está na sua linguagem oral e escrita ou somente oral, como também somente escrita ou pode está ligado a uma disjunção psico-social, já que na dislexia não existe lesão: sensorial ou orgânica manifesta. O melhor tratamento para essa criança é o acompanhamento do psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo, junto ao professor nas primeiras séries iniciais acrescenta uma das psicopedagogas entrevistadas. O melhor auxilio a ser dado, para uma criança disléxica é fazer um trabalho paralelo, utilizando a compreensão da linguagem oral e escrita. É importante também, fazer um trabalho conjunto com o professor das séries

35 iniciais, para que o mesmo saiba reconhecer uma criança com problemas de incapacidade de escrever e ler. Para auxiliar uma Instituição Escolar e os Profissionais da mesma, o primeiro passo é retirar de suas mentes, que crianças disléxicas são: burras, preguiçosas ou que tenham necessidades especiais, tirando esses estereótipos causados até mesmo pela falta de conhecimento da dislexia. Após todo o esclarecimento do que não é a dislexia, passamos a dar informações do que é a dislexia, suas causas e o melhor tratamento a ser dado ao descobrir um aluno disléxico. Sem ser diferente dos outros profissionais entrevistados, os psicopedagogos também acham e acreditam que nossas escolas não estão preparadas para receberem os alunos disléxicos, não só pela desinformação que é evidente, mas também porque a dislexia somente esta sendo discutida agora e são poucos os profissionais que dominam o assunto e infelizmente muitas vezes encontramos profissionais que supostamente, estariam aptos a auxiliar essas crianças disléxicas e seus professores, ainda com dúvidas do que seja e o pior tratando esses alunos, como portadores de necessidades especiais. A vemos os relatos dos profissionais especializados em auxiliar um caso de dislexia, podemos concluir que muita coisa ainda tem que ser feita, para que nossas crianças disléxicas, não se sintam discriminalizadas nos bancos escolares. Porém o fundamental para que ocorra a mudança, é necessário que nós educadores, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e pessoas que estejam ligadas formalmente ou informalmente com as crianças disléxicas, procurem saber o que é a dislexia e suas causas e o melhor tratamento para a mesma.

36 Um desejo que se tem, é que em um futuro próximo, possamos ver pessoas se declarando disléxicas, sem medo de sofrerem algum tipo de discriminação. Até porque as pessoas que sofrem de dislexia, possuem altas habilidades em outras atividades que não envolva a linguagem oral e escrita. Uma prova dessas altas habilidades são pessoas disléxicas famosas que conhecermos e são admiradas mundialmente pela sua inteligência e talento, entre elas podemos destacar: Agatha Christie, Leonnardo DaVinci, Walt Disney, Albert Einstein, Vincent Van Gogh, Tom Cruise, Whoopi Goldherg e outros. Com esses exemplos, talvez possamos mostrar as nossas crianças disléxicas, que elas são capazes e inteligentes. E a dificuldade que elas possuem não as fazem pior do que as outras crianças dita normais pela nossa sociedade preconceituosa.

Anexos 37

38 Conclusão Ainda falta muita mudança para serem feita, para que as crianças disléxicas sejam reconhecidas na sociedade e na escola como capazes, inteligentes e que somente apresenta dificuldade na sua linguagem oral e escrita. Porém não podemos desconsiderar que alguns profissionais da educação se preocupam em saber a melhor forma de trabalhar a dislexia no seu alunado, apesar de alguns não possuírem informações precisas sobre o que é realmente a dislexia. O que falta é mais esclarecimento por parte dos profissionais especializados nos casos da dislexia, para com essas Instituições Escolares e aos profissionais das mesmas, que são leigos no melhor tratamento ou método de ensino para com essas crianças. A dislexia pode, ser um assunto novo nos meios escolares, mas as informações estão ao nosso alcance se quisermos procurar ajudar nossos alunos. Como diz o dito popular: Se montanha não vai a Maomé; Maomé vai à montanha. Se sua escola não recebe informações e esclarecimento sobre a dislexia, então corra atrás das informações, o que não podemos ver e deixar acontecer, é crianças disléxicas sendo estereotipadas e com isso sofrendo por causa da omissão.

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42 Folha de Avaliação UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Título da monografia: A Dislexia nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Como identifica-las? Por: Elaine Soares de Abreu Orientador: Nilson Guedes Freitas. Co Orientadora: Maria Esther Araújo. Avaliado por grau Rio de Janeiro, 27 de março de 2004.