BCC 463 Otimização em Redes ou Fluxo em Redes. Prof. Gustavo Peixoto Silva Departamento de Computação Univ. Federal de Ouro Preto

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Transcrição:

BCC 463 Otimização em Redes ou Fluxo em Redes Prof. Gustavo Peixoto Silva Departamento de Computação Univ. Federal de Ouro Preto

Min cx (1) sujeito a Ax = b (2) 0 x u, (3) A equação (1) minimizar o custo devido ao fluxo através dos arcos da rede. A equação (2) garante o equilíbrio de fluxo em cada nó da rede. E a restrição (3) assegura que o fluxo não ultrapasse a capacidade limite de cada arco. Para cada nó i temos: Se bi > 0 então i é um nó produtor. bi < 0 então i é um nó consumidor. bi = 0 então i é um nó de transbordo. n i= 1 bi = 0 A rede deve ser balanceada entre oferta e demanda

Emparelhamento Política Ótima de Energia Como utilizar a matéria prima p/ satisfazer às necessidades energéticas? Matéria prima: petróleo, carvão, urânio, hidroelétricas Necessidades: eletricidade, óleo lubrificante, gasolina e gás natural A base tecnológica fornece a eficiência e custo das possíveis conversões. Objetivo: satisfazer as necessidades c/ o menor custo de conversão. Este é um caso de Problema de Fluxo Generalizado onde ocorre uma transformação do fluxo ao longo dos arcos. 1. Aquedutos escoamento de H 2 0 em superfície livre 2. Transformação de matéria prima em produto manufaturado

Emparelhamento Política Ótima de Energia Como utilizar a matéria prima p/ satisfazer às necessidades energéticas com o menor custo de conversão? {A(1)} petróleo 1 eletricidade {-B(1)} 5 {A(2)} carvão 2 óleo combustível {-B(2)} 6 {A(3)} urânio 3 gasolina 7 {-B(3)} {A(4)} hidroelétrica 4 gás natural 8 {-B(4)}

Emparelhamento Política Ótima de Energia Como utilizar a matéria prima p/ satisfazer às necessidades energéticas com o menor custo de conversão? petróleo 1 eletricidade 5 carvão óleo combustível 2 6 { 4 i = 1 A ( i )} s urânio gasolina t { 4 j = 1 B ( j )} 3 7 hidroelétrica gás natural 4 8

Emparelhamento Política Ótima de Energia petróleo eletricidade 1 5 carvão 2 óleo combustível 6 { 4 i = 1 A ( i )} s t { B ( j )} urânio gasolina 3 7 4 j = 1 hidroelétrica 4 gás natural 8 Tipos de arcos: (s, i) saindo do nó origem s, (j, t) chegando ao nó destino, (i, j) conversão (s, i) tem capacidade A(i) = disponibilidade da matéria prima i. (j, t) tem capacidade B(j) = demanda de energia do tipo j. (i, j) representa a conversão do material i na energia j. O peso associado aos arcos (i, j) corresponde ao num de unidades de energia j obtida c/ uma unidade de matéria i. O custo do arco corresponde ao custo da conversão de i em j.

Aplicação 1: Uma secretaria de educação esta colhendo propostas de 4 empresas de transporte escolar para realizar as 4 rotas pré-determinadas. Os custos apresentados pelas empresas são: empresa1 empresa2 empresa3 empresa4 rota1 4000 3800 3000 3500 rota2 5000 4000 rota3 4500 2000 4000 rota4 4000 4500 5000 a) Supondo que cada empresa só pode ficar com uma rota, montar a rede que minimiza o custo total da secretaria (usando assinalamento). b) E se cada empresa puder operar em duas rotas, como fica o modelo de assinalamento?

Aplicação 2: A RentCar está com uma política de troca da frota considerando o horizonte de 4 anos. No início de cada ano é tomada uma decisão sobre a conservação em operação ou reposição do carro. Um carro deve permanecer em serviço no mínimo 1 e no máximo 3 anos. Veja a tabela de custos de reposição. Carro adquirido no início do ano Custo de reposição por anos em operação 1 2 3 1 4.000 5.400 9.800 2 4.300 6.200 8.700 3 4.800 7.100 --- 4 4.900 --- --- Formule este problema como um problema de caminho mínimo.

Transformação da rede -Simplificação da rede, -Mostrar equivalência, -Inicialização de método, -Representação de padrão requerido Considerando a formulação do PFCM 1. Arcos não direcionados para arcos direcionados Seja { i, j } em A com C ij 0 e capacidade U ij, {i, j} permite fluxo de i para j e de j para i e X ij + X ji U ij Na Função objetivo temos C ij (X ij + ij X ji ) Portanto, se C ij 0 então X ij * = 0 ou X ji * = 0. Considere l ij = 0. Transformação: trocar { i, j } pelos arcos (i,j) e (j,i), ambos com custo C ij e capacidade U ij. (c ij, u ij ) {i, j} c ij >= 0 i j i j l ij = 0 u ij > 0 (c ji = c ij, u ji = u ij )

(c ij, u ij ) {i, j} c ij >= 0 i j i j l ij = 0 u ij > 0 Assim, se { i, j } tem fluxo α de i para j na rede transformada teremos X ij = α e X ji =0 e vice-versa. Por outro lado, Se X ij 0 e X ji 0 na rede direcionada Então Se X ij X ji > 0 o fluxo em { i, j } será de X ij X ji unidades no sentido de i para j. Se X ji X ij > 0 o fluxo em { i, j } será de X ji X ij unidades no sentido de j para i. Em ambos os casos o fluxo contrario é igual a 0. Se X ij = X ji o fluxo {i, j} é zero (c ji = c ij, u ji = u ij )

Rede Residual - Importantíssimo Considere um fluxo incremental a partir de um fluxo dado, ou uma solução intermediária de um algoritmo. Dado um fluxo factível X 0 (?) em um arco com Lij = 0 (c ij, u ij - x 0 ij) (c ij, u ij ) i j i j x 0 ij > 0 (c ji = - c ij, u ji = x 0 ij) Capacidade residual (i, j) Rij = Uij X 0 ij com custo Cij (j, i) Rji = X 0 ij com custo - Cij

Rede Residual - Importantíssimo Considere um fluxo incremental a partir de um fluxo dado, ou uma solução intermediária de um algoritmo. Dado um fluxo factível X 0 (?) em uma arco com Lij > 0. (c ij, u ij - x 0 ij) (c ij, l ij, u ij ) i j i j x 0 ij > 0 Capacidade residual (i, j) Rij = Uij X 0 ij com custo Cij (j, i) Rji = X 0 ij - Lij com custo - Cij (c ji = - c ij, u ji = x 0 ij - l ij )

Limite inferior não nulo Se o arco (i, j) tem o limite inferior lij > 0 sobre xij, trocar xij por x ij + lij na formulação. Então teremos Lij <= X ij + Lij <= Uij => 0 <= X ij <= Uij Lij Segundo a eq. de equilíbrio de fluxo, teremos: b(i) => b(i) Lij e b(j) => b(j) + Lij b(i) b(j) b(i) - l ij b(j) + l ij (c ij, l ij, u ij ) (c ij, u ij - l ij ) i j i j Ocorre o acréscimo de uma constante na função objetivo, que pode ser ignorada no processo de otimização

Removendo arcos capacitados Seja (i, j) c/ capacidade Uij, então introduzir um nó adicional tal que a retrição de capacidade seja transferida p/ a restrição de equilíbrio de fluxo. Introduzindo uma variável de folga Sij >= 0, e escrevendo a restrição de capacidade na forma de igualdade. Xij <= Uij => Xij + Sij = Uij multiplicando por (-1) => -Xij Sij = -Uij Somando -Xij Sij = -Uij da eq. de equilíbrio de fluxo do nó j, temos que

Rede bipartida Esta operação transforma qualquer rede em um rede bipartida. Nós da esquerda = nós originais com oferta = b(i) +Soma(Uki, k : (k,i) em A) e Nós da direita = arcos (i, j) em A, c/ demanda = -Uij. Cada nó da direita tem exatamente dois arcos de entrada com origens em i e j. A rede transformada tem n+m nós e 2m arcos!

Divisão de um nó Dividir um nó i em i e i c/ função de nó de saída e de entrada respectivamente. Cada arco (i, j) => (i, j ) de mesmo custo e capacidade. Adicionalmente o arco (i, i ) c/ custo zero e capacidade, ou de acordo com as suas necessidades. A oferta/demanda da rede transforma é: Se b(i) > 0 => b(i ) = b(i) e b(i ) = 0; Se b(i) < 0 => b(i ) = b(i) e b(i ) = 0 c/c b(i ) = b( i) = 0 Esta transformação pode ser usada p/ representar situações onde os nós tem capacidade e custo por unidade que passa por ele