DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling. Prof.: Jelson Oliveira São Paulo 2013
1- Tema: A Família, seus valores e Cousenling 2- Justificativa A relevância deste tema está no fato de que cada vez mais percebe-se que existe ausência de valores na família. Vivemos numa sociedade globalizada, uma nova época, tempo de mudanças rápidas e profundas que influenciam o íntimo das pessoas e instituições, exigindo redefinições a cada novo momento da história. A família é a primeira a experimentar este processo de mudança que se manifesta de diferentes modos, com fortes implicações na vida das pessoas e dos grupos. Cresce significativamente a percentagem de jovens sem vínculos com a Igreja, devido à mudança cultural que abala as próprias raízes dos valores familiares, sociais e religiosos. Percebe-se cada vez mais a ausência de valores na vida das pessoas. Perdeu-se o sentido da vida, e vive-se de qualquer jeito. As estruturas familiares estão de tais formas desgastadas a ponto de não mais se constituírem em ambiente favorável para o desenvolvimento de personalidade saudáveis. Os valores da humanização são transmitidos e herdados, em primeiro lugar, na convivência familiar e no ambiente social. O fundamental de tudo é ter uma boa formação, já desde o início da vida. Esta garante a eficácia de uma vida realizada com princípios, daí a importância de reconhecer o papel da família e do ambiente, que é a primeira e principal formadora dos valores. Torna-se, então, urgente, um trabalho com as famílias para a formação humana e para o resgate dos valores fundamentais na formação do ser humano. 4 Objetivo Geral: Reconhecer que é da família, que recebemos de valores que nos acompanha durante toda a vida. 5 Objetivos específicos Conceituar a família hoje;
Apresentar segundo a antropologia os 3 tipos básicos de família; Identificar os principais valores necessários a uma boa convivência familiar; Demonstrar (definir) o lugar da família e do ambiente para a formação dos valores; Analisar as dificuldades acarretadas pela ausência de valores; Propor princípios que ajudem na formação da dimensão humana e cristã da pessoa dentro da família; a dimensão do respeito, da escuta e do diálogo, como valores imprescindíveis para a convivência familiar. 6 - Procedimentos Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos, o projeto será realizado através de leitura, pesquisa em literatura bibliográfica e experiências de observação e no contato com famílias da comunidade em que estamos inseridas. 7 Cronograma Atividade 08/11 12/11 13/11 14/11 Levantamento bibliográfico X X Leitura e pesquisa X X Fichamento X X Execução pesquisa X X Fichamento X X Redação dados X X Conclusão e entrega X Bibliografia IMODA, Franco, Psicologia e mistério o desenvolvimento humano. Paulinas, São Paulo Revista do Instituto Teológico de Santa Catarina ITESC Encontros Teológicos
MANENTI, Alessandro, Viver os ideais, entre o medo e o desejo. Paulinas, São Paulo, 1993 Revista Publicação da CNBB Hora da Família, subsídio para a Semana Nacional da Família MESTRS, Carlos, Por trás das Palavras. Vozes, Petrópolis, 1975 Desenvolvimento do Artigo O PROJETO DE DEUS PARA A PESSOA HUMANA Deus, que nos criou, quis também que nós fôssemos capazes de criar, de progredir, de desenvolver, de aperfeiçoar. Existe em nós uma força natural intrínseca, que nos convoca, nos anima e nos impulsiona para o aperfeiçoamento da própria vida! Responder a este chamado é responder de maneira positiva à vida; é desejar crescer; é fazer de tudo para que isso aconteça. Conscientes ou não, passamos a vida neste empenho de desenvolvimento de nossas forças e capacidade humanas. Procuramos os melhores caminhos, as melhores propostas e tudo aquilo que possa dar direção, sentido e gosto a esta aventura sagrada chamada vida. A formação da pessoa como um todo, inicia no seio da família e mais tarde ambientes que freqüentam, ajudando a pessoa a discernir as suas ações para que toda sua vida seja marcada por valores, atitudes e por ações que provoquem mudanças voltadas para o bem, de todas as pessoas da comunidade e de tudo que integra nosso universo. Como a formação integral envolve a vida toda da pessoa e a pessoa toda, esta deve cultivar atitudes e hábitos sobre o seu estilo de vida frente a tudo e a todos, como a alimentação adequada, um estilo de vida sóbrio sem consumismo exagerado, uma atitude de contemplação e respeito em relação à natureza e aos bens, uma postura crítica de compromisso frente ao outro que convive na família, na escola, na comunidade, no trabalho e um desejo de construir um mundo mais justo e fraterno, sem desigualdades. DESCOBRIMENTO E INTERIORIZAÇÃO DOS VALORES Todo autêntico desenvolvimento da pessoa humana nasce do seu encontro com os valores que são capazes de promover seu crescimento. Dentro de cada pessoa existe um conjunto de necessidade vitais que buscam uma satisfação conveniente para obter o crescimento: amar e ser
amado, ser reconhecido, existir, perceber a própria identidade, realizar a própria afetividade. Os autênticos valores da vida favorecem o desenvolvimento da pessoa. Toda a pessoa está de fato, dinamizada pelas necessidades e está orientada e apoiada em suas diretrizes de crescimento, pelos valores que a atraem. Os valores, na medida em que encontram e se interiorizam formando uma hierarquia, atuam como uma forte carga energética que, por um lado, responde às necessidades e, por outro, abre novos horizontes para o seu crescimento. Quando se fala em valores, fala-se de um pólo positivo que orienta, de um campo magnético que atrai, de algo que importa, que se percebe como destacado no próprio contexto de vida familiar. Viver para os valores significa não ter a si mesmo como centro e abrirse, abandonar o sentimento leviano e egocêntrico, para pôr-se em relação com o outro, com todos os outros, com o cosmo, com Deus. Para o crente, há ainda uma nova dimensão: sabe que mediante a chamada dos valores, é Deus que nos chama a vida. Ele quis ter uma família e a ela se submeteu, este seria o modelo para a família humana no hoje. A humanidade de cada pessoa, a formação para os valores, passa através da família, como a seiva da árvore passa através do tronco. cuja finalidade educativa, o papel da família é de tornar manifesta e operante tal humanidade. O homem não se torna homem se não através do homem, no contato direto e indiretamente com o outro, aqui com os membros de sua família. Eis porque nada é melhor que o ambiente familiar, no qual a relação entre as pessoas é vital, plena de amor, rica de humanidade. Tornar-se pessoa humana, aprender a ser gente não é simples, não é fácil, nem é automático. A nossa existência confirma isso. Cada ser humano entra no mundo não com mãos vazias, mas com a potencialidade de crescer e de desenvolver-se até tornar-se uma pessoa sadia e madura. Todos nós passamos por este processo de crescimento, e todo aquele que nasce deve passar, através de um longo período de dependência, antes de tornar-se capaz de cuidar de si mesmo, de conduzir-se na estrada da vida, de ser responsável de si mesmo. Durante este período não tem outra escolha possível, não há alternativa. Devemos depender de outros para satisfazer as nossas necessidades para realizar os nossos desejos e aspirações. Até mesmo o aprender a tornar-se responsável, a cuidar de nós mesmos, a nos conduzir sozinhos não é possamos adquirir sozinhos: se aprende da figura dos pais, que influenciam profundamente o desenvolvimento da nossa personalidade. Cada ser humano tem desejos, sonhos, provam emoções: Tudo isso faz parte da existência. O desejo e a necessidade são indicações que chegam a cada um de forma pessoal.
Enquanto se cresce, se desenvolve também na nossa capacidade de consciência, a nossa possibilidade de ser responsável. Para sobreviver e crescer, porém, temos necessidade de sustento da parte do nosso ambiente. A família é responsável pela formação de uma escala de valores na vida da pessoa. Os filhos, ao menos até certa idade, consideram bem e mal aquilo que os pais querem ou ensinam que sejam bem e mal. E isso não acontece somente em base aquilo que dizem explicitamente, mas também do testemunho( ações) que observam diariamente. A missão própria, aquela que qualifica o ser pai/mãe é de ser educar dores dos filhos: ensinar-lhe a profissão de ser humano. É portanto indispensável que seja esclarecido um problema de fundo: o que é o ser humano? Como descrevê-lo? O homem antes de tudo se apresenta como realidade física, biológica. E este é o dado mais imediato da experiência do encontro do ser humano, um conjunto de forças musculares. O que é mais evidente é o seu instinto. - Uma segunda dimensão caracterizante do ser humano é o seu ser transcendente, o fato puramente biológico, é o seu andar além da sensibilidade, física. A presença das idéias, sentimentos, intenções não reduzem à esfera e ao fato biológico. A maturidade humana deve acontecer ao longo da vida. E é aqui que se deve medir a missão educativa da família, dos pais. Se falou e se escreveu muito sobre a família, e a propósito da família, das suas funções, das suas responsabilidades ao interno da sociedade e da Igreja. Mas se fez pouco para evitar a perda de seus valores fundamentais como: O diálogo, a acolhida do diferente, o perdão, a confiança, a escuta etc.