Reordenamento do acolhimento institucional através da formação
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- Matheus Henrique Cesário Aragão
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1 Reordenamento do acolhimento institucional através da formação Uma mudança de cultura
2 Formação - um novo formato A construção de uma metodologia Um processo grupal A construção de um conteúdo pelo grupo Muitas referências teóricas O reordenamento não é dado.
3 O desenho da Formação Uma metodologia Metáforas e conceitos
4 Mapeamento Imagine um mapa desenhado de cabeça e não tirado de um atlas. Ele é composto de lugares fortes, costurados entre si pelos vividos fios de jornadas transformadoras. John Tallmadge, Meeting the Tree of Life (Encontrando a árvore da vida) (1997: IX)
5 O que são mapas? Mapas são guias cognitivos que nos localizam e ajudam a descobrir onde estamos, em relação a onde estivemos e a planejar para onde vamos. O mapa é portanto uma metáfora apropriada para nos guiar no desenvolvimento de uma jornada no desvelamento das mudanças desejadas.
6 A construção de um tecido Os afetos, as emoções, as ideologias, os mitos e as relações de poder, estão presentes nos grupos de trabalho provocando na sua produção a construção de um tecido cuja padronagem mostra desenhos onde os nós são tão responsáveis pelo produto final quanto seus buracos. ( Mônica Haidee Galeano) As contradições, os conflitos, são fundamentais para serem aprofundadas e mostrar em caminhos. Novas veredas da Psicologia Social
7 Consciência de si A sociedade não é constituída simplesmente pela massa de indivíduos que a compõe, pelo solo que ocupa, pelas coisas de que se serve, pelos movimentos que realiza, mas antes de tudo, pela idéia que ela faz de si mesma. ( Durkheim) Esta consciência é proporcionda pela formação
8 Se quiser construir um navio...desperte nos homens a saudade do mar distante e de sua imensidão. Tão logo esta sede tenha se despertado neles, os homens vão se pôr à obra para construir o navio. (Antoine de Saint Exupéry) O desejo de futuro
9 De que lugar eu falo Olhar da prática, experiência - 11 anos na construção do cotidiano na proposta educativa -. A Formação fez o projeto e possibilitou olhar resultados Supervisão - cursos - âmbitos maiores de discussão. S. Paulo, S. José dos Campos, B. Horizonte, Campinas. GT nacional
10 Olhar da pedagogia Promove a ação educativa. É um fazer que define objetivo, intencionalidade e significa.( A educação é significar o cotidiano. ) Organiza as ações num sistema, num projeto intencional ( coerência, consistência). Problematiza a realidade formulando as perguntas: Como encontrar repostas se não há perguntas? Para que serve o abrigo? Que instituição é esta? (criança, família, profissionais)
11 Olhar da psicologia social Como lidar com os grupos e com os conflitos na instituição? Olha o âmbito do coletivo, das redes institucionais,contróem significados à instituição que dão ao sujeito um tipo de consciência de si, um sentido de pertencimento. Que marcas estas representações estão imprimindo nas organizações e nos indivíduos?
12 Na confluência dos 3 olhares surge a metodologia
13 A METODOLOGIA Provocação Problematização da realidade: Perguntas ( o que fazemos? como fazemos? porque fazemos? o que da certo? o que não da certo? quais os significados? etc..). Os profissionais trazem suas representações e seus significados, concepções e emoções. Pensam a realidade, o cotidiano, as conquistas e desafios As palavras não constroem só pensamentos ;constroem realidades. Este conteúdo é registrado - sistematizado - analisado Surge uma produção, um conhecimento devolvido aos participantes. Análise e resignificação paradigmas.
14 Princípios Parte-se da realidade social concreta dos próprios participantes. Valoriza-se cada pessoa na experiência, a história, o contexto. É um processo investigativo (conhecer) leva em conta as particularidades de cada situação e lugar. (A historia e o contexto são constitutivos do sujeito) Provoca-se o protagonismo, construção de um conteúdo. As pessoas estão construindo um modelo Social - institucional e estão simultaneamente se construindo nele. Mudar a instituição é mudar a nós
15 Publicações textos e produções O abrigo como possibilidade. (9 abrigos) Abrigos em movimento. (5 abrigos) Imaginar para encontrar a realidade. (7 abrigos) Novos rumos do acolhimento institucional.
16 Participantes do reordenamento Profissionais do acolhimento institucional Profissionais em rede Grupo Operadores da garantia de direitos externos ao acolhimento (CMDCA,CT,VIJ,PP,SAS,Etc): Trazem sua visão, diagnóstico dos abrigos, proposta de mudança Parceiros intersetoriais - outras secretarias Nenhuma política de assistência sozinha é efetiva. Muda-se em rede.
17 São Paulo 48 abrigos parceiros institucionais- seminário CMDCA, resolução de abrigos; redes regionais, Publicações- rede intersetorial Belo Horizonte 19 abrigos grupo referência- De Volta para casa- Novos rumos do trabalho com famílias- Novos rumos do acolhimento institucional- Plano Estadual de CFC São Caetano do Sul 3 abrigos formação- parceiros institucionais reordenamento Campinas Reordenamento formação sobre o acolhimento institucional Formação dos educadores e pedagogos.
18 Participando do processo de mudança
19 Ambiguidade (dupla mensagem) Sem legitimação Sem autorização Vergonha de ser Lugar de abandono
20 Situações emblemáticas, paradoxais expressam o faz de conta da mudança que revela a RESISTÊNCIA À MUDANÇA Repetição da pobreza = lugar de favor A negação do lugar de competência Ausência de sustentação. Isolado da sociedade. Não sabendo o que é para mudar.
21 instituição toma a face da população que atende A instituição repete o problema que deveria curar
22 Gente de primeira E gente de segunda Pobre não sabe cuidar dos filhos Criança pobre é menor
23 Por que tão sós? Onde está a rede?
24 NOVOS RUMOS do acolhimento institucional
25 É projeto coletivo Não pode ser de um só, ou externo ao grupo. É compartilhado e recriado por aquele grupo naquele contexto, baseado na realidade cotidiana. Ouve também a criança, a família, a comunidade,de diversas maneiras, direta e indiretamente.
26 Lugar de escuta O abrigo é essencialmente um espaço de escuta. Todas as atividades do abrigo são aberturas para escuta, que possibilitam seus atores( crianças, famílias, educadores) a própria expressão para ser conhecido e se conhecer
27 Lugar de Conhecer Quem é você? O que você tem pra me dizer que eu não sei? Todas as ações do abrigo são possibilidades para conhecer, dialogar, promover Expressão.
28 Proteçãovinculação independênciaautonomia
29 Lugar de reconstrução de história Memória na identidade: não só para relembrar mas para refazer Construir seus grupos. Passados, presentes.
30 Lugar de novas referências, experiências positivas,
31 de cuidar dos pares, INTERLOCUÇÃO de apoio mútuo e confiança.
32 Recuperação do desejo de conquista, da capacidade de sonhar. Capacidade simbólica que supera a violência
33 Plano Individual de atendimento É o olhar e a percepção que se tem de cada criança, adolescente. É o olhar sobre a criança / adolescente em cada espaço familia, abrigo, escola, e a saúde. Como fazer o atendimento? Participam a família, os profissionais do acolhimento, da escola, da saúde.
34 Cada caso é único - a singularidade É preciso saber que por mais experiência que tenhamos cada caso é único. É preciso disponibilidade e nos despir das nossas convicções para compreender que cada um é um e é ele que vai se construir com seu próprio protagonismo, seu lugar no mundo.
35 Trabalho com família Aspecto muito valorizado atualmente. Há um lado que é de responsabilidade do acolhimento institucional E um lado que deve ser conduzido por um grupo especializado.
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