TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1404, DE 15 JULHO DE 2011, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE



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TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1404, DE 15 JULHO DE 2011, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

II MARIA LUÍSA SILVA, BUSINESS INTELLIGENCE MANAGER NA SAP PORTUGAL BI provam valor em tempos de crise Nos dias de hoje, ter uma abordagem coerente de Business Intelligence numa organização é uma necessidade vital para a sobrevivência do negócio, seja a curto, médio ou longo prazo. Maria Luísa Silva, Business Intelligence Manager na SAP Portugal, garantiu à Vida Económica que as soluções de BI estão, mais uma vez, a provar o seu valor numa altura de crise económica. Porque, com menor margem para erros, os decisores precisam, mais do que nunca, de informação exacta e atempada sobre a origem das suas receitas, de visibilidade sobre perdas e de ter a capacidade de identificar as oportunidades para ultrapassar a sua concorrência, aumentando a quota de mercado, as receitas e a respectiva rentabilidade. As soluções de Business Intelligence estão, mais uma vez, a provar o seu valor numa altura de crise económica, garante Maria Luisa Silva, Business Intelligence Manager na SAP Portugal. Com menor margem para erros, os decisores precisam, mais do que nunca, de informação exacta e atempada sobre a origem das suas receitas, de visibilidade sobre perdas e de ter a capacidade de identificar as oportunidades para ultrapassar a sua concorrência aumentando a quota de mercado, as receitas e a respectiva rentabilidade. Neste contexto, Maria Luísa Silva diz que já não chega que a gestão tenha as ferramentas e a informação. Abordagens inovadoras ao BI estão a ajudar a garantir que todos os colaboradores relevantes tenham acesso à informação necessária, de forma fácil, intuitiva e accionável quando e onde (PC, telemóveis e tablets, etc) dela necessitam. Em resumo, Maria Luísa Silva acredita que, nos dias de hoje, ter uma abordagem coerente de Business Intelligence numa organização é uma necessidade vital para a sobrevivência do negócio, seja a curto, médio ou longo prazo. Pequenas organizações lucram com BI Numa pequena organização, o BI faz todo o sentido, diz esta responsável. Ainda mais com os desafios que a actualidade económica apresenta. Assistimos todos os dias a uma realidade em que as pequenas empresas que estão menos preparadas para reagir com agilidade à mudança drástica do mercado e das regras do seu negócio, sofrem penalizações extremas, pondo até em questão, por vezes, a sua sobrevivência. Maria Luísa Silva explica que o Business Intelligence tem por principal missão trazer agilidade à gestão e transparência ao negócio sobre o qual está implementado, tornando-se um instrumento vital para que a organização possa dispor de melhores oportunidades no seu sector. Desde há alguns anos que a SAP tem vindo a adicionar ao seu portfólio soluções focadas no sector das PME em todas as áreas de suporte aos processos de negócio. As soluções de Business Intelligence não são excepção a esta estratégia, disse à Vida Económica Maria Luísa Silva. A SAP disponibiliza o SAP Business Objects Edge BI e o SAP Business Objects Starter Package para permitir às pequenas empresas dispor de uma solução de Business Intelligence potente e ajustada às suas necessidades, em prol da sua competitividade e crescimento. A profissional afiança que os principais desafios que um projecto de Business Intelligence enfrenta são o assegurar um entendimento transversal do que são os principais indicadores de negócio, garantir o nível de patrocínio necessário para que a organização como um todo prioritize o projecto e garantir a disponibilidade e contributo dos utilizadores chave nas fases de análise do negócio. A indústria exige-nos a capacidade de gerir, tratar e analisar quantidades macivas de informação, e que tendem a crescer exponencialmente, recorrendo a interfaces ágeis, interactivos e intuitivos, de modo a que a adopção das ferramentas seja rápida e efectiva na organização. Para além disso, diz Maria Luísa Silva, as fronteiras da organização estão a dissolver-se e a alargarse, pelo que a integração do factor mobilidade na equação de Business Intelligence tornou-se um imperativo. A SAP considera estas áreas como estratégicas há já algum tempo. O que tem como consequência que as nossas soluções de Business Intelligence já estão hoje no ponto de oferecer aos nossos clientes estas capacidades, apesar do mercado, e da concorrência, apenas agora começarem a ter a sensibilidade para aferir estas capacidades como sendo valores críticos para o desenvolvimento e a subsistência das empresas. Nos próximos anos, e tendo em consideração que será cada vez mais crítico para as organizações dispor da capacidade para ter informação de negócio atempada e de confiança para suportar os processos de tomada de decisão, Maria Luísa Silva admite que se irá manter a tendência de crescimento sustentado de adopção destas tecnologias. A SAP continua a apostar na inovação das suas soluções para endereçar os novos tipos de necessidades e até para transformar os próprios modelos e processos de negócio. Assim sendo, as nossas expectativas são bastante positivas. Neste contexto, é importante referir que acreditamos que temas como o BI em tempo real, a realidade aumentada, a qualidade dos dados e metadados, a auditabilidade e rastreabilidade da informação são temas de que vamos ouvir falar com insistência crescente, no contexto de BI, nos próximos anos. SAP lança soluções de Business Intelligence do Futuro No passado mês de Maio a SAP lançou a nova versão do SAP BusinessObjects 4.0, uma solução de Business Intelligence e Enterprise Information Management. O produto foi apresentado como sendo a nova geração de soluções que pretendem responder à rápida transformação do mundo empresarial, cada vez mais global, mais dependente de soluções móveis e mais influenciado pelas redes sociais. Neste contexto, as empresas precisam de tornar útil, de forma mais rápida, a crescente massa de dados gerada pela organização e pelo mercado, potenciando uma atempada tomada de decisão e a reacção a acontecimentos internos e de mercado. Em Portugal, esta solução tem uma grande implantação, com clientes como Sonae Indústria, Unilever, e outras empresas líderes em Portugal na área da energia, serviços, indústria, banca e telecomunicações. Em Portugal, a área do Business Intelligence tem conhecido um crescimento sustentado no âmbito do portfolio de soluções SAP, afirmou em comunicado Paulo Coelho, director de soluções e desenvolvimento de negócio da SAP Portugal. A experiência de mercado da SAP mostra que as condições económicas exigentes alimentam o crescimento dos projectos de business intelligence, pelo seu potencial para revelar fontes de receita adicionais, reduzir ineficiências e alocar recursos a situações de negócio de maior potencial. A nova solução apresenta, de forma unificada, capacidades acrescidas de processamento e análise de grandes quantidades de dados estruturados e não estruturados, provenientes de uma grande variedade de fontes. Por outro lado, esta versão permite a produção de informação de gestão relevante e em tempo real com recurso à tecnologia in-memory computing num número crescente de situações cada vez mais exigentes. A empresa garante que as novas soluções constituem um salto qualitativo na experiência de utilização, na unificação de interfaces e funcionalidades, na facilidade de análise dos dados e na disponibilização da informação num número diversificado de dispositivos como sejam os tradicionais PC, mas também em cenários de mobilidade (smart phones e tablet PCs). Constitui também uma grande evolução em termos de escalabilidade, virtualização e capacidade de monitorização e garantia de performance da solução. Segundo um recente relatório da Gartner, o mercado global de BI atingiu os 10,5 mil milhões de dólares em 2010, um crescimento de 13,4% face aos 9,3 mil milhões atingidos em 2009. Neste contexto, as plataformas de BI representaram 67,3 % do mercado, enquanto as aplicações analíticas e as soluções de gestão de desempenho atingiram os 15,7% do mercado. Em 2010, as receitas de software da SAP nestas áreas totalizaram 2,4 mil milhões de dólares.

III BI mantém crescimento com Brasil a liderar a lista mundial O mercado de Business Intelligence tem vindo a crescer nos últimos anos. Em 2010, por exemplo, o negócio deste sector gerou receitas mundiais de 10,5 mil milhões de dólares, um aumento de 13,4% em relação aos 9,3 mil milhões de dólares alcançados em 2009. Segundo o Gartner, as plataformas de BI abarcaram 63,7%, enquanto os conjuntos de CPM (gestão do desempenho corporativo) capturaram 20,6% e as aplicações analíticas e os softwares de gestão de desempenho ficaram com os restantes 15,7%. Em 2010, as receitas combinadas relatadas pela SAP para todos os tipos de segmentos de software mencionados anteriormente deram à empresa o primeiro lugar do seu sector, com um total aproximado de 2,4 mil milhões de dólares. Em termos geográficos, o Brasil foi o país que obteve o maior crescimento em BI no mundo. A empresa germânica SAP, segundo o Gartner, é líder, com ¼ do mercado mundial em software de Business Intelligence. De acordo com o relatório Market Share Analysis: Business Intelligence (BI), Analytics and Performance Management, 2010, Worldwide, a América Latina teve um rápido crescimento neste sector, com uma cifra de 20% no último ano. O crescimento foi excepcional em países como a Colômbia e Chile, além de desempenho particularmente expressivo no Brasil, o mercado em crescimento mais importante de todo o mundo, na ordem de três dígitos. Neste relatório, a SAP ocupa o primeiro lugar com 23% e apresenta uma taxa de crescimento percentual de 16,8 nos últimos dois anos. Segundo o documento, a recessão global que sacudiu o planeta teve um impacto significativo nos mercados e por certo tempo, particularmente no primeiro semestre de 2009, conseguiu paralisá-los. Embora os gastos globais em tecnologia de informação tenham diminuído nitidamente neste período, o mercado de BI ajustou-se e cresceu 4,2% em 2009. Depois disso, em 2010, a recuperação global com base nos pacotes de estímulos, a melhoria generalizada da macroeconomia e o lançamento de novos produtos contribuíram para o crescimento dos gastos. Em consequência, o incremento na área de software de BI acelerou até alcançar uma taxa de 13,4%. Com base em que, nestes últimos anos, o crescimento de gastos em BI superou folgadamente o dos orçamentos previstos para a tecnologia de informação em geralsendo óbvio que continua sendo um elemento central das iniciativas que as organizações empreendem no mundo todo. PUB www..com Technology Software (SaaS) Social Network Consulting O novo mundo é feito de empresas sem barreiras. O novo mundo não tem limites. Nele, as empresas aproximam-se para dividir o conhecimento, multiplicando as suas riquezas e gerando novas necessidades. O mundo compartilhado abre novas oportunidades e novos mercados. A TOTVS, através das suas soluções em software, tecnologia e serviços, oferece acesso a esse novo mundo sem barreiras ou limitações. Let s share. 210 108 996 www.totvs.com / totvs #letsshare Compartilhe o novo mundo.

IV LUÍS BETTENCOURT MONIZ, DIRECTOR DE MARKETING DO SAS PORTUGAL Não é a dimensão que dá o sentido ao BI Não é a dimensão da empresa que dita o sucesso de um projecto de Business Intelligence. Não é a dimensão que dá o sentido ao BI mas sim o sentido que damos ao BI, disse à Vida Económica Luís Bettencourt Moniz, director de marketing do SAS Portugal. É impossível, por exemplo, gerir sem medir. O que defendemos com o Business Analytics (BI mais a capacidade analítica) é permitir às organizações tomarem decisões com base em factos e não em suposições. O Business Intelligence pode desempenhar um papel importante ao nível da maximização do retorno, minimização dos custos e gestão do desempenho. Luís Bettencourt Moniz, director de marketing do SAS Portugal, garante que as organizações procuram cada vez mais soluções que lhes permitam inovar, optimizar e transformar a gestão dos processos organizacionais e ter acesso a informação com maior rigor, com destaque para a gestão de risco, de custos, de recursos, e interacção com os clientes. Isto engloba áreas tão diversas como a automatização e optimização de processos, a análise dos mercados, o portfólio e valor dos clientes, o marketing analítico, as vendas, o potencial para fraude, a gestão de activos e a sustentabilidade social, económica e ambiental, entre outros. Para o director de marketing do SAS, não é a dimensão que dá o sentido ao BI mas sim o sentido que damos ao BI. Isto está associado à maturidade da gestão e à visão estratégica da organização. É impossível, por exemplo, gerir sem medir. O que defendemos com o Business Analytics (BI mais a capacidade analítica) é permitir às organizações tomarem decisões com base em factos e não em suposições. Quando se inicia um projecto de Business Intelligence, o mais importante é, em primeiro lugar, saber o que se pretende, diz Luís Bettencourt Moniz. Qual a estratégia. O que se pretende obter e qual o impacto para o negócio: aumentar receitas ou/e reduzir custos. E quanto se vai obter de retorno. O segundo ponto é o plano para chegar ao que se pretende. Que recursos possuímos. Aqui sem dúvida são as pessoas que fazem a diferença. Os seus conhecimentos e as suas atitudes. Por fim, o terceiro desafio é saber o ponto onde se está. A situação de partida. Quais as competências técnicas e de negócio já existentes. Questionado sobre quais os grandes reptos que a indústria apresenta, o director de marketing realça que depende de sector para sector e do grau de maturidade em que as empresas se encontram ao nível das tecnologias de gestão. Enquanto algumas procuram o BI para integrar num único sistema os dados sobre clientes, outras já o procuram para integrar dados de clientes, de negócio, entre outros, de forma a tomarem decisões informadas. O SAS acredita que a componente de comunicação e colaboração, com particular ênfase na mobilidade, vai assumir um papel importante nos próximos anos. Luís Bettencourt Moniz divulgou que alguns clientes SAS já estão a tirar partido da oferta de Business Analytics (que inclui para além das ferramentas tradicionais de BI, a dimensão analítica e de previsão) para redes sociais. A solução lançada pelo SAS no ano passado, o SAS Social Media Analytics, tem capacidade para arquivar e analisar mais de dois anos de conversas em canais como o Facebook, o Twitter, o YouTube, blogues e fóruns de discussão, entre outros, revelando aos decisores de marketing o que os consumidores pensam dos seus produtos e marcas, quem influencia o seu comportamento de compra e qual o impacto deste tipo de interacções online nos resultados de negócio. Quanto a tendências deste sector, a mobilidade, a integração e gestão de grandes volumes de dados continuarão a marcar, segundo Luís Bettencourt Moniz, este mercado. De uma forma mais abrangente, a tendência será evoluir para a utilização cada vez mais intensa da dimensão Analytics em qualquer área funcional ou sector de actividade. MÁRIO FONSECA director da Alvo Como as PME podem pensar em grande: adicione software instantâneo Perante o actual cenário de crise económica, as empresas atravessam tempos difíceis e os gestores enfrentam um novo desafio: como reduzir custos sem comprometer a capacidade de crescimento da organização? Neste contexto, e infelizmente, nem todos os gestores encaram as TI (Tecnologias de Informação) como uma solução. Pelo contrário, consideram que as TI podem atrasar a implementação de soluções que se querem rápidas ou, simplesmente, que o valor do investimento seria incomportável. Mas, em vez de rejeitar a tecnologia, porque não olhar de outra forma para a aquisição e utilização de software? Podemos usar e implementar software sem o tradicional custo de aquisição, instalação e manutenção, estando este permanentemente disponível bastando para isso uma ligação de banda larga. A indústria de TI chama a isto Cloud Computing, que é, na realidade, software instantâneo. Todos sabemos que o sector das tecnologias é vulnerável a modas, mas o Cloud Computing não é apenas a próxima moda. Na realidade, os grandes fabricantes de software têm trabalhado ao longo de vários anos para o tornar possível, acessível e prático e, neste caso, a palavra revolução é apropriada. Não haja dúvidas: estamos a falar de uma forma radical de olhar para o software, e os benefícios para qualquer empresa que adopte esta estratégia poderão ser igualmente extraordinários. Com o Cloud Computing, o próprio termo comprar torna-se obsoleto, já que as empresas só pagam aquilo que usam. Se considerarmos que não é necessário adquirir servidores e que os custos de instalação são eliminados, o budget inicial para começar a usar uma solução não é grande. Além disso, a gestão, as actualizações e a performance são geridas directamente pelo fornecedor do serviço, o que significa que eliminámos a dor de cabeça da manutenção. Parece simples e é, de facto, simples. As empresas ganham assim mais tempo para se concentrarem no seu negócio. E os gestores podem agora pensar como as TI os poderão ajudar a aumentar a produtividade da empresa. E as possibilidades são imensas! Senão, vejamos os seguintes exemplos: automatização do envio de um SMS aos clientes a avisá-los que a garantia de um produto vai expirar; colaboração em tempo real com colaboradores, clientes ou fornecedores sediados noutros escritórios em Portugal ou no estrangeiro; ferramentas para gerir e controlar as despesas dos colaboradores; software de controlo de inventário centralizado para todos os armazéns espalhados pelo país. E poderíamos continuar. Isto é apenas o começo. O Cloud Computing tem o potencial de colocar as PME ao nível das grandes empresas no que diz respeito à utilização de software. Antigamente, ferramentas de CRM, Gestão de Recursos Humanos, Colaboração e ERP estavam apenas disponíveis às grandes empresas com razoáveis orçamentos para investir em TI. Actualmente, e graças ao Cloud Computing, também as PME podem utilizar as mesmas ferramentas por uma fracção do custo. Imagine o seguinte cenário: a sua empresa pretende delinear uma campanha para lançar um novo produto. Ferramentas de colaboração permitem que os elementos da sua equipa de marketing possam editar os mesmos documentos, trocar mensagens e ideias independentemente de onde estejam. A informação sobre o novo produto pode ser colocada de imediato online na intranet da empresa, para que os seus vendedores o conheçam. Uma newsletter personalizada e de aspecto profissional pode, de imediato, ser enviada para os seus clientes. Os vendedores podem receber relatórios sobre quem recebeu e clicou na newsletter, o que permite focar o follow-up nos clientes mais interessados. Ferramentas como estas ampliam o alcance de uma força de vendas para níveis até agora impensáveis para uma PME. O Cloud Computing é o equivalente a contratar uma equipa de vendas de topo, numa altura em que o budget para contratação de pessoal provavelmente não está a aumentar. O melhor de tudo é que a maioria destas ferramentas pode ser testada previamente para confirmar se serve os seus objectivos. Se não servir, é geralmente simples cancelar e voltar a repensar a estratégia. Se servir, acabou de tornar a sua organização mais competitiva a uma fracção do custo que teria se tivesse comprado software semelhante há apenas alguns anos atrás. Em suma, as empresas podem ser pequenas, mas esta nova forma de aceder ao software significa que podem começar a pensar em grande.

VI JORGE MARTINS, PRINCIPAL DA CAPGEMINI CONSULTING Informações de gestão não são cockpits complexos As informações de gestão não são cockpits complexos, nem gráficos misturados com informação de texto, que levam à produção de tableaux de bord completamente ilegíveis e à proliferação de informações não arrumada de forma piramidal, dificultando, ou tornando mesmo inacessível, o acesso a informação de gestão disse à Vida Económica Jorge Martins, Principal da Capgemini Consulting. O actual contexto económico, em acelerada mudança e com um incremento muito significativo da concorrência entre empresas, torna premente ter em tempo real a informação crítica para os seus resultados: vendas, cobranças, custos, etc. Jorge Martins, Principal da Capgemini Consulting, admitiu à Vida Económica que, nos últimos anos, as empresas investiram em projectos de Business Intelligence (BI) suportados em indicadores definidos bottom-up, com consultores inexperientes, recolhendo necessidades difusas dentro das empresas, desde a base da organização, tentando que tudo somasse no topo. Um dos efeitos negativos destes projectos está relacionado com o facto de termos actualmente empresas que acham que aumentaram a sua capacidade de gestão porque têm um máximo denominador de indicadores. Outro efeito negativo, diz o profissional, prende-se com o facto de muitas empresas não terem consciência que informações de gestão não são cockpits complexos, nem gráficos misturados com informação de texto, que levam à produção de tableaux de bord completamente ilegíveis e à proliferação de informações não arrumada de forma piramidal, dificultando, ou tornando mesmo inacessível, o acesso a informação de gestão. Jorge Martins é da opinião que a utilidade de soluções de BI não deve ser medida em função da dimensão das empresas. Pelo contrário, qualquer empresa tem que conhecer as principais alavancas do seu negócio, pois é com base nesse conhecimento que os gestores tomam decisões, afiança. O principal problema dos actuais gestores é o tempo que passam a investigar informação para tomar decisões, uns porque gostam (dando a sensação que estão a trabalhar), outros por desconhecimento das principais alavancas da sua empresa. Note-se que as alavancas para que o Top Management deve olhar não devem exceder seis a oito indicadores críticos. Como principais desafios que uma empresa enfrenta quando se inicia num projecto de Business Intelligence Jorge Martins refere que, em primeiro lugar, as empresas têm que ter consciência que vivem em piscinas de dados, fazendo uns mergulhos pontuais para fazer uma investigação de um determinado problema (actividade vulgarmente conhecida como drill-down ou query), não lhes permitindo ter conhecimento sistemático de eventos que ocorrem (ex.: serem informadas sempre que o prazo médio de recebimentos atingir os 90 dias). Têm igualmente como grande desafio perceber que quem gere as organizações não são os departamentos de informática, mas sim os gestores, caso contrário as soluções são adquiridas pela sua espectacularidade, número de ecrãs possíveis no ecrã principal, grafismo e cores, etc. Por fim, menciona Jorge Martins, porventura o maior desafio é terem consciência de falta capacidade de processamento de todos os dados que existem na empresa. E deu um exemplo: uma empresa de retalho tem três mil referências, vendidas em mil pontos de venda, quer saber ao dia em que pontos de venda existiram rupturas ou há quantos dias existem rupturas consecutivas. Se em função da gravidade da ruptura, representada pela perda de vendas potenciais nesses pontos de venda, quisermos informar uma estrutura de 100 comerciais, tínhamos que analisar pelo menos 300 milhões de células por dia (3000 x 1000 x 100). Considero, por isso, que o maior desafio passa pelas empresas perceberem a diferença entre ter investigações ocasionais (dentro das possibilidades humanas) ou terem informações sistemáticas com base em eventos. Já relativamente aos reptos que a indústria apresenta aos players neste mercado, Jorge Martins é claro: a indústria de TI está ainda muito longe de entender estes conceitos (básicos) de gestão, pois ainda está na fase da escolha do software. A Capgemini distingue-se exactamente por ter uma abordagem completamente oposta, ou seja, somos fornecedores de soluções de gestão, de forma totalmente independente do software. JOSÉ OLIVEIRA Director-geral da Bi4all - Consultores de Gestão A importância do Planeamento e Orçamentação na Solução BI da Empresa Hoje em dia, com a conjuntura do mercado e a concorrência cada vez mais agressiva, as empresas têm de baixar as margens de comercialização dos seus produtos/ serviços e ao mesmo tempo manter ou aumentar a qualidade este tipo de situação? - Simples. Implementar uma solução integrada de planeamento e orçamentação com o seu sistema de Business Intelligence. É difícil continuar a fazer uma gestão eficaz usando folhas de Excel. dos mesmos. Sendo este o factor diferenciador no mercado. No entanto, a maioria das empresas não estão preparadas para uma redução da margem sem pôr em risco todo o negócio da organização. Esta situação acontece porque a maioria das organizações não sabe realmente planear as suas actividades, nem tão-pouco sabe as margens reais dos seus produtos/serviços. Assim, nos dias de hoje torna-se cada vez mais uma situação insustentável. Então o que fazer para colmatar No entanto, as organizações que desconhecem a capacidade destas soluções integradas de BI não acreditam que seja fácil resolver esta problemática. Efectivamente, não é. Até porque muitas das vezes o problema está mesmo na organização da informação e das próprias empresas. A bi4all deparase muitas vezes com empresas em que a primeira fase do trabalho passa por uma reorganização interna de processos, do seu sistema contabilístico e, finalmente, da criação de estruturas matriciais para o apuramento dos custos por actividade. Em empresas menos organizadas só após esse trabalho é que é possível implementar um bom sistema integrado de BI com a componente de Planeamento e Orçamentação. No final, essas organizações reconhecem a vantagem competitiva que ganharam num mercado cada vez mais competitivo. Que soluções integradas com maturidade existem no mercado? Existem várias soluções totalmente integradas, umas com mais maturidade do que outras. Por exemplo, a SAP e a Oracle adquiriram nos últimos tempos softwares de planeamento e orçamentação para integrar com as suas soluções de ERP, e soluções de BI mais eficientes do que aquelas que tinham. A questão é que as soluções que adquiriram ainda não atingiram o nível de eficiência que outras altamente especializadas no conceito de Corporate Performance Management (CPM) e que já têm um nível de maturidade muito grande. Por exemplo, a Cognos, que foi comprada recentemente pela IBM, não alterou nada em relação ao seguimento da especialização cada vez maior do CPM, mantendo a sua independência dos sistemas de gestão vulgarmente chamados ERP. A vantagem de uma solução de CPM é a sua capacidade de interligação com os diversos sistemas, a sua simplicidade de utilização, e finalmente que o seu custo de manutenção e desenvolvimento seja o menor possível. Outro dos temas que faz o sucesso de uma implementação desta natureza é a utilização do sistema pelos utilizadores criados, pois parte-se do princípio que a informação existente no novo sistema de monitorização do negócio vai trazer vantagem competitiva para a empresa. O problema é que muitos dos sistemas existentes no mercado são de tal modo complexos que os utilizadores reagem de forma negativa a este tipo de tecnologia. O truque é fazer soluções simples mas eficazes e orientadas às suas necessidades. Para terminar este tema deixo um conselho. Se pensar em implementar um sistema de CPM na sua organização, defina muito bem o âmbito do projecto, os requisitos da empresa em relação ao projecto e, finalmente, escolha empresas de consultoria especializadas nesta matéria com experiência demonstrada e reconhecida no mercado, para que o nível de expectativa do projecto seja cumprido.

VII NUNO MIGUEL MAXIMIANO, ESPECIALISTA EM BUSINESS ANALYTICS NA IBM PORTUGAL Empresas devem identificar e priorizar oportunidades de maior valor Identificar e priorizar as oportunidades de maior valor é a recomendação que a IBM faz às empresas que desejem iniciar um projecto de Business Intelligence. Após esta identificação, Nuno Miguel Maximiano, especialista em Business Analytics na IBM Portugal, diz que a organização deve concentrar-se em implementar a tecnologia e os processos necessários de forma a obter o maior valor possível. De seguida deverá concentrar-se na próxima oportunidade para adicionar valor ao resultado da primeira e assim sucessivamente. Vida Económica No actual contexto económico, qual a importância que o Business Intelligence pode ter numa empresa? Nuno Miguel Maximiano O Business Intelligence tem por principal missão suportar as decisões que são tomadas numa organização aos mais diversos níveis. No actual contexto económico, o grande desafio que a maior parte das organizações enfrenta é como rentabilizar o seu negócio com decisões de maior valor, menor risco e com um foco muito grande em cada cliente e no seu potencial. É neste domínio, da utilização mais eficiente da informação existente, principalmente ao nível operacional, que o Business Intelligence assume um papel crítico no actual contexto económico. A título de exemplo, imagine-se o ganho implícito se uma organização conseguir literalmente antecipar a necessidade futura de cada um dos seus clientes e criar ofertas totalmente personalizadas e individualizadas para cada um deles. VE Que sentido faz o BI numa pequena organização? NMM A adopção de ferramentas e modelos de Business Intelligence faz todo o sentido numa pequena organização. Tipicamente numa organização mais pequena, o processo de to- mada de decisão é muito mais ágil e rápido em comparação com uma organização maior, mas, paradoxalmente, é também mais arriscado porque as pequenas organizações estão muito mais expostas aos resultados negativos de uma decisão menos boa. É também nas organizações mais pequenas que se tomam muitas vezes decisões baseadas em intuição, em vez de se suportarem num processo analítico. VE Há modelos/pricing adequados a uma PME? NMM Sim, a IBM apostou já há algum tempo em modelos que se ajustam em termos de dimensão e preço à realidade das PME. A tecnologia, a inovação e as funcionalidades incluídas nestas ofertas são as mesmas que suportam as grandes instalações corporativas, estando apenas limitadas no número de utilizadores que podem suportar. Existem já referências de PME em Portugal que adoptaram soluções de Business Intelligence com resultados muito positivos. VE Quais os principais desafios que uma empresa enfrenta quando se inicia num projecto de Business Intelligence? NMM O principal desafio está na abordagem definida para o projecto. A principal recomendação da IBM, baseada no resultado de um estudo que efectuámos recentemente em parceria com o MIT, vai no sentido de identificar e priorizar as oportunidades de maior valor. Após esta identificação, a organização deve concentrar-se em implementar a tecnologia e os processos necessários de forma a obter o maior valor possível. De seguida, deverá concentrar-se na próxima oportunidade para adicionar valor ao resultado da primeira e assim sucessivamente. Com esta abordagem é possível medir o resultado de cada acção e tomar medidas correctivas sempre que se verificarem desvios aos objectivos iniciais. VE Enquanto fornecedores de soluções, quais os grandes reptos que a indústria vos apresenta? NMM Os principais reptos estão relacionados com o suporte às decisões mais operacionais, a necessidade da informação em tempo real e com a aquisição da capacidade de antecipar os eventos futuros. É nestas três áreas que as organizações podem obter resultados que representam a diferença face aos seus principais concorrentes. VE Como prevêem que o negócio de BI evolua nos próximos dois anos? NMM Continuamos a constatar que o BI e a sua mais recente evolução, o Business Analytics, estão no topo das prioridades das organizações. É por isso de esperar que se mantenha como uma O BI e a sua mais recente evolução, o Business Analytics, estão no topo das prioridades das organizações, afirmou Nuno Miguel Maximiano. das principais áreas de investimento dentro das Tecnologias de Informação. VE Quais as tendências deste sector? NMM Num mundo cada vez mais plano e competitivo, é imperativo que a adopção do Business Intelligence em todas as áreas das organizações se torne cada vez mais uma realidade, com destaque para a mobilidade e para a utilização do BI em novos paradigmas como por exemplo o cloud computing. Com as fronteiras entre o Business Intelligence, o Business Process Management, a análise complexa e avançada a ficarem cada vez mais ténue, é de prever que o BI passe a fazer parte do DNA de cada organização como factor diferenciador para o sucesso. PUB

VIII QUANDO VÃO INICIAR O SEU PROJECTO DE BUSINESS INTELLIGENCE Definir necessidades de informação é o grande desafio para as empresas Haverá mais, com certeza. Mas José María Alonso, director-geral da QlikTech Iberia, identificou os dois principais desafios que uma empresa enfrenta quando se inicia num projecto de Business Intelligence. O primeiro desafio é definir bem as necessidades de informação e os respectivos utilizadores. O segundo é perceber as diferenças entre as ofertas existentes no mercado. Outro conselho deixado por José María Alonso foi o de procurar parceiros experientes em processos de BI, que facilitam tremendamente na definição das necessidades de informação. Mais do que nunca as empresas precisam de ter resposta às suas questões críticas quando, onde e junto de quem precisa, diz José María Alonso, director-geral da QlikTech Iberia. Hoje, este responsável assume que é uma questão de sobrevivência tomar decisões com base no máximo de factos possíveis sobre o que passa internamente na própria organização e no mercado externo. Por natureza, o BI permite analisar grandes volumes de informação e dar respostas úteis aos decisores. O BI de nova geração como o QlikView ainda vai mais longe, tornando a análise tão simples de utilizar como o Facebook ou o Excel Business Discovery - no sentido de qualquer utilizador conseguir mover-se facilmente nos dados e nas respectivas análises destes. Mais, diz José María Alonso, o QlikView, ao permitir fazê-lo num equipamento móvel como o ipad ou iphone, garante uma liberdade geográfica superior. Desta forma, diria que o BI é um garante de continuidade do negócio extremamente relevante para este contexto económico. O director-geral explica que o BI de nova geração como o QlikView, para além da continuidade do negócio acrescenta a descoberta de mais informação, quando e onde se precisa, e estende o BI para os outros 80% de utilizadores, que regra geral não têm acesso nas organizações regra geral só direcções departamentais ou a cúpula de gestão têm acesso a ferramentas de BI, o que representa 20% da empresa. É uma questão de emporwement de todos os decisores na organização, cruciais em momentos economicamente críticos como o actual. Grande ou pequena empresa, todas merecem BI Que sentido faz o BI numa pequena organização? Para José María Alonso, a resposta é simples: Grande ou pequena, qualquer organização gera informação útil e deve ter a análise da mesma disponível o mais em tempo real possível para tomar decisões do caminho a seguir. O responsável afiança que o volume de informação é que determina a necessidade ou não de uma ferramenta de BI, mas avança que a QlikTech para generalizar a adopção do Business Discovery, disponibiliza hoje gratuitamente no seu website a Personal Edition que permite a um utilizador pessoal ou profissional experimentar já BI a um patamar significativo de uma forma simples e prática. Pela flexibilidade das soluções de BI e mesmo pela tecnologia hoje disponível a preços acessíveis que permite modelos de negócio por via de SaaS ou mesmo cloud computing, José María Alonso garante que, mesmo em termos de pricing, há todo um conjunto de opções que respondem às necessidades das PME ou grandes empresas. No caso do QlikView, seguimos as tendências como SaaS, cloud computing ou outros modelos e, sendo uma ferramenta altamente flexível, conseguimos evoluir a par e passo com a empresa com a mesma solução. Uma empresa pode começar com 10 utilizadores que geram 1000 registos por dia e evoluir para cinco mil colaboradores e biliões de registos utilizando a mesma solução. Definir as necessidades é o grande desafio São vários os desafios que uma empresa enfrenta quando se inicia num projecto de Business Intelligence. José María Alonso identificou dois como principais. O primeiro desafio é definir bem as necessidades de informação e os respectivos utilizadores. O segundo é perceber as diferenças entre as ofertas existentes no mercado. Para os ultrapassar o que aconselho a qualquer empresa é procurar soluções flexíveis, simples e práticas que permitam que as necessidades de informação possam ser alteradas posteriormente de forma fácil, que não exijam esforço permanente do departamento informático, formação reduzida e timeto-market curto também. Outro conselho deixado por José María Alonso foi o de procurar parceiros experientes em processos de BI, que facilitam tremendamente na definição das necessidades de informação. As grandes tendências para este sector sugeridas pelo responsável passam pela mobilidade, app like/ foco no utilizador e colaboração. Na mobilidade, veremos cada vez mais as soluções a estarem presentes nos equipamentos móveis, para permitir que em qualquer momento os utilizadores vejam os dados da sua empresa com igual facilidade e possam tomar decisões ou intervir. Ao nível do app like José María Alonso falou em no centrar em soluções user friendly, pensadas de igual forma que as ferramentas do dia-a-dia de qualquer utilizador (Facebook, Email, etc), que no fundo sejam simples de utilizar e que requeiram pouca formação. Colaboração, no sentido de os mesmos dados e análises estarem disponíveis nas várias plataformas de forma colaborativa, mas também no carácter colaborativo do lidar e partilhar informação entre os utilizadores da empresa com segurança. Transformar informação em decisão estratégica Um projecto de BI tem capacidade de dar suporte a três principais decisões: onde cortar nos custos, centralizar esforços no know-how e percepcionar oportunidades de melhoria, seja em produto ou no processo. O Business Intelligence, de grande importância no actual contexto económico português e europeu, adquire a função de transformar informação em decisão estratégica, realçou à Vida Económica Luiz Muraro Neto, director-geral da Totvs em Portugal. E explicou que um projecto de BI tem capacidade de dar suporte a três principais decisões: onde cortar nos custos, centralizar esforços no know-how e percepcionar oportunidades de melhoria, seja em produto ou no processo. Questionado sobre até que ponto faz sentido um projecto de Business Intelligence numa pequena organização, o responsável explana que para que uma pequena organização possa vencer é necessário atingir o alvo correcto com o menor número de tentativas possíveis. O BI apura essa capacidade de tiro certeiro, eliminando subjectividades dos dados dispersos. Luiz Muraro Neto diz que existem diversos factores, em termos de BI, que não podem faltar numa PME, tendo destacado o que apelidou de Cubos de Eficiência Comercial (% de adjudicação dos orçamentos emitidos e gestão da não-venda factores críticos de insucesso) e Cubos de Rentabilidade dimensionados por área geográfica (impacto do factor logístico), mix de produtos (impacto do custo) e segmento de mercado (particularidades do nicho de mercado). O maior desafio de um projecto, para Luiz Muraro Neto, assenta na organização da informação. Reunir dados, muitas vezes dispersos, e disponibilizá-los de forma sistémica para que sejam transformados em inteligência, é sem dúvida a questão principal. Actualmente, o responsável é da opinião de que a indústria se move para a partilha de informações, uma vez que está inserida num contexto de mundo globalizado. Desta forma, os grandes reptos da indústria são a exploração de oportunidades comerciais de forma ampliada; a gestão da cadeia de suprimentos de forma rápida e a baixo custo; a produção com qualidade, despendendo o menor custo e tempo possíveis; a entrega atempada; e a garantia de eficiência da cobrança financeira. Actualmente, a Totvs já comercializa o BI juntamente com o ERP de modo a que sejam soluções naturais e complementares. Acreditamos que haverá um aumento significativo do grau de maturidade dos clientes, altura em que passarão a exigir cada vez mais informações estratégicas. Por força dos modelos de serviços de implantação, no passado, o BI era colocado à margem ou visto como o último módulo a ser implantado. Neste sentido, a Totvs pratica um modelo de implantação diferenciado, contemplando visões de BI ao longo deste processo. Uma tendência que Luiz Muraro Neto reconhece no mercado baseia-se no BI for Cloud Computing, que consiste no consumo de cubos standards disponíveis na nuvem, activados a partir dos dados facultados pelo cliente. Em suma, movemo-nos em direcção à sociedade do conhecimento, partilhando informações. Let s Share!