Análise Estruturada de Sistemas

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Transcrição:

Análise Estruturada de Sistemas Capítulo 3 Estudo de Viabilidade

Definição das Necessidades Funcionais O propósito desta etapa é produzir um documento formal que contenha uma descrição detalhada da proposta, com os seguintes pontos: 1. Descrição detalhada das funções - descrição de todas as principais funções a serem realizadas pelo sistema, bem como o modo pelo qual elas se relacionam entre si e com todos os demais componentes da organização. 2. Performance desejada - níveis esperados de precisão, tempos de resposta dos terminais de computadores, limites para o tempo de processamento e outras medidas de performance. 3/1

Definição das Necessidades Funcionais (Cont.) 3. Entradas e saídas desejadas - documentos, formulários e transações executadas pelos usuários e as saídas a serem produzidas, incluindo detalhes dos itens de dados envolvidos. 4. Ligações com outros sistemas de processamento de dados - interdependência entre os diversos sistemas. 5. Disponibilidade de dados - recursos necessários de validação e retenção dos registros e dos itens de dados. 6. Volume de transações - estimativa do volume de transações a serem executadas. 3/2

Principais Atividades A definição das características principais do sistema. A determinação das principais necessidades de saídas, incluindo os tempos de resposta. A análise do organograma da organização, distribuição geográfica, etc., dos departamentos envolvidos. 3/3

Principais Atividades (Cont.) A determinação dos tipos de dados e da estimativa de volume de dados. A consideração das alternativas possíveis para atender às necessidades do(s) usuário(s). O exame de outros sistemas que atendam a necessidades semelhantes. 3/4

Principais Atividades (Cont.) O preparo de estimativas dos prováveis custos de implantação e dos custos operacionais gerais para cada alternativa apresentada. A documentação do estudo de viabilidade em relatório p/ o usuário e p/ a gerência de sistemas. A verificação da adequação das exigências do sistema aos objetivos da companhia. 3/5

Principais Atividades (Cont.) Relação custos/benefícios. Existência de tempo hábil. Existência de equipamento adequado. Existência de pessoal qualificado p/ a elaboração, implantação e operação do sistema. 3/6

Avaliação da Viabilidade de Implantação 1. Viabilidade Econômica Avaliar segundo este critério significa verificar se o custo estimado para o desenvolvimento e operação do sistema é compatível com os benefícios esperados. Esta avaliação baseia-se na realização de uma análise de investimento capaz de estimar, de forma confiável, custos e benefícios (investimento inicial, custo operacional, benefícios e retorno). 3/7

Avaliação da Viabilidade de Implantação 2. Viabilidade Técnica É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação a posse e o domínio da tecnologia necessária para conduzir o desenvolvimento. Avaliar segundo este critério significa determinar se o sistema é teoricamente possível de ser desenvolvido, se existe a tecnologia necessária para conduzir o desenvolvimento do sistema ou se pode ser adquirida por esta equipe. 3/8

Avaliação da Viabilidade de Implantação 3. Viabilidade de Mão-de-Obra É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação a disponibilidade de mãode-obra necessária para desenvolver o software. Avaliar segundo este critério significa verificar se existe na instalação a mão-de-obra necessária, se esta pode ser tornada disponível através de treinamento apropriado do pessoal existente e/ou através da contratação de pessoal. 3/9

Avaliação da Viabilidade de Implantação 4. Viabilidade Financeira É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação a disponibilidade orçamentária. Avaliar segundo este critério significa verificar se a empresa possui recursos financeiros suficientes para custear o desenvolvimento (disponibilidade de capital) e se é capaz de tornar estes recursos disponíveis na oportunidade apropriada (fluxo de caixa). 3/10

Avaliação da Viabilidade de Implantação 5. Viabilidade de Recursos de Suporte É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação a disponibilidade de recursos de suporte necessários para desenvolver o sistema. Avaliar segundo este critério significa verificar se é possível tornar disponível em quantidade suficiente e na oportunidade necessária instrumentos de apoio, tais como, equipamento, ferramentas e pacotes de software. 3/11

Avaliação da Viabilidade de Implantação 6. Viabilidade de Cronograma É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação as restrições de cronograma. Avaliar segundo este critério significa verificar se o sistema pode ser construído dentro do tempo limite especificado e/ou se existe flexibilidade de cronograma tendo em conta uma certa folga e eventuais contingências. 3/12

Avaliação da Viabilidade de Implantação 7. Viabilidade Social É o atributo de se poder construir o software tendo como critério de avaliação as implicações deste software na sociedade. Sistemas de software, em geral, afetam um grande número de pessoas. Seu uso pode ser fonte de benefícios ou produzir graves implicações sociais (repercussões no mundo do trabalho, invasões da privacidade, etc.). 3/13

Avaliação da Viabilidade de Implantação 7. Viabilidade Social (Cont.) As repercussões do sistema sobre a sociedade devem ser analisadas, assegurando-se sua aceitabilidade, antes de se proceder a sua construção. Algumas vezes estes impactos negativos (por exemplo, desemprego) não podem ser evitados. 3/14

Análise de Custo / Benefício Custo O custo de um sistema representa aquilo que se deixa de ter para obtê-lo. Embora seja tradicionalmente expresso em termos monetários, o custo pode compreender elementos como tempo (não traduzido em dinheiro), perda de prestígio, deterioração na qualidade, etc. 3/15

Análise de Custo / Benefício Custo (Cont.) Obviamente, estes elementos intangíveis se traduzirão, após a implantação, em custos. Em virtude da efetividade e do custo representarem elementos da mesma dimensão de um sistema é comum a prática de considerar como custo todos os itens redutíveis em termos monetários e tratar os demais elementos como benefícios. 3/16

Análise de Custo / Benefício Custo (Cont.) Ex.: O tempo requerido para a manutenção periódica de determinado sistema pode sofrer dois tipos de tratamento: caso seja possível associar um valor monetário ao tempo, ele é considerado custo; caso não seja possível expressá-lo em termos monetários embora se possua uma estimativa de sua grandeza em termos de horas, o tempo é normalmente tratado como um dos fatores de efetividade do sistema. Assim, quanto menor o tempo de manutenção, maior será efetividade do sistema. 3/17

Análise de Custo / Benefício Custo (Cont.) 3/18

Análise de Custo / Benefício Benefícios Economias Diretas o Redução de pessoal de escritório o Eliminação de algumas despesas específicas, como selos do correio, artigos e máquinas de escritórios o Eliminação de custos ocasionada por processos mais eficiente (coleta de dados na fonte, eliminar parte de sua verificação) 3/19

Análise de Custo / Benefício Benefícios Benefícios Mensuráveis o Aumento de dinheiro, conseguidos por meio de alguma característica do novo sistema (ex.: remessa de faturas) o Diminuição no custo do processamento (arquivos melhores estruturados, eliminação de relatórios desnecessários, etc.) o Redução de custo operacional o Evitar ampliar o quadro o Liberação de equipamentos o Economia de manutenção/materiais 3/20

Análise de Custo / Benefício Benefícios Benefícios Intangíveis o Aumento da precisão da informação (ex: gerente precisa decidir se abre ou não o crédito para um cliente) o Obtenção de novas informações o Melhoria de tempo de resposta o Melhoria das operações (eficácia) o Tornar viáveis novas operações 3/21

Análise de Custo / Benefício Benefícios Benefícios Intangíveis (Cont.) o Redução de burocracia o Condições de competitividade o Melhor processo decisório o Melhoria da imagem pública o Satisfação dos clientes o Redução de riscos 3/22

Análise de Custo / Benefício Retorno de Investimento É o intervalo de tempo decorrido entre o início da operação do novo sistema e o ponto em que todos os custos investidos e decorrentes forem recuperados através dos benefícios do novo sistema. Cabe lembrar que existem sistemas que não dão retornos financeiros (benefícios intangíveis), portanto o retorno se dará assim que o sistema for implementado. 3/23