Análise das Demonstrações financeiras



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Transcrição:

Estrutura de Capitais A empresa pode contar com duas fontes de recursos: Capital Próprio; São recursos aplicados na empresa pelos sócios, ou gerados pelo resultado das operações ( lucros e reservas) CAPITAL PRÓPRIO PATRIMÔNIO LIQUIDO + RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Capital de Terceiros; São recursos emprestados por terceitos dívidas ou obrigações que deverão ser no momento oportuno, devolvidos aos seus proprietários ( empréstimos bancários, créditos de fornecedores, etc). CAPITAL TERCEIROS PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1 ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS Através destes Índices podemos avaliar o nível de endividamento das empresas. Sabemos que os ativos são financiados pelas fontes de recursos próprios ou de terceiros. Estes indicadores nos permite saber o quanto a empresa se financia destas fontes e recursos È importante nesta análise detectar: 1. Empresas que recorrem a dividas para complementar o seu Capital Próprio na realização de aplicações produtivas no seu ativo ( modernização, etc). Este endividamento a principio é sadio uma vez que as aplicações produtivas deverão gerar recursos para liquidar as obrigações da empresa 2. Empresas que recorrem as dívidas para liquidar outras dividas, criando assim um círculo vicioso que pode levar a empresa inclusive a falência COMUMENTE O ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO DEVE FINANCIAR ATIVOS CIRCULANTES ENDIVIDAMENTO A LONGO PRAZO DEVE FINANCIAR ATIVOS PERMANENTES 2 1

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DEZEMBRO X1 COMPANHIA EXEMPLO S.A ATIVO 31/12/X1 31/12/X0 PASSIVO 31/12/X1 31/12/X0 Circulante 120.400 107.900 Circulante 85.709 79.800 Caixa 200 400 Duplicatas a Pagar 46.700 38.800 Bancos conta Movimento 7.800 3.500 Títulos Descontados 14.800 12.600 duplicatas a Receber 33.300 20.000 Adiantamento a Clientes 5.400 7.500 Estoques 70.000 80.000 Financiamentos 6.000 15.000 Adiantamento a fornecedores 8.600 3.800 Impostos a Recolher 2.900 1.040 Seguros a vencer 500 200 Provisão para IRPJ 3.600 2.400 Provisão para CSLL 1.920 1.160 Dividendos a Pagar 4.389 1.300 Realizável a Longo Prazo 3.800 4.300 Exigível a Longo Prazo 13.100 18.000 Débitos de Coligadas 3.800 4.300 Financiamentos 13.100 8.000 Créditos de Sócios 10.000 Permanente 50.900 31.800 Patrimônio Liquido 76.291 46.200 Investimentos 14.200 7.900 Capital Realizado 45.000 24.800 Ações de Coligadas 11.600 5.300 Reservas de Capital 10.800 Incentivos Fiscais 2.600 2.600 Agio na Emissão de Ações 10.800 Imobilizado 34.700 21.500 Reservas de Lucros 25.991 21.400 Imóveis 28.500 10.500 Reserval Legal 4.324 3.400 Móveis e Utensílios 6.200 12.800 Reserva para Aumento de capital 21.667 18.000 Veículos 20.700 13.000 (-) Ativo Ficticio ( depósitos Judiciais) (5.500) (-) Depreciação Acumulada (21.300) (15.400) Fundo de Comércio 600 600 Diferido 2.000 2.400 Total do Ativo 175.100 144.000 Total Passivo 175.100 144.000 3 Estrutura de capitais Para melhor entender a análise dinâmica, ou a capacidade de uma empresa financiar suas operações, é necessário olhar o balanço com olhos financeiros, ou seja: Qual a origem dos recursos de financiamento da empresa Onde a empresa investiu os recursos ATIVO INVESTIMENTOS PASSIVO CAPTAÇÃO Sob a ótica financeira os Ativos não são direitos, mas investimentos e, o Passivos, não são obrigações, mas fontes de financiamentos ATIVO USO DE CAPITAL OU INVESTIMENTO PASSIVO FONTES DE CAPITAL OU FINANCIAMENTO 4 2

ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL DE TERCEIROS SOBRE O ATIVO Representa o % do Ativo que é financiado por capital de terceiros. Quanto menor o %, menor será a dependência da empresa para com recursos de terceiros Mede quantos ativos seriam necessários para atender a demanda dos terceiros se a empresa tivesse que liquidar os seus ativos CAPITAL TERCEIROS TOTAL ATIVO 20X1 85.709 + 13.100 175.100 20X0 79.800 + 18.000 144.000 56,43% 67,92% QUANTO MENOR % - MELHOR Podemos dizer que para cada $1,00 no Ativo a empresa deve $ 0,56 a terceiros 5 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO PASSIVO CIRCULANTE CAPITAL TERCEIROS 20X1 85.709 85.709 + 13.100 86,74% 20X0 79.800 79.800 + 18.000 81,60% Do total de dívidas a empresa, no ano X0 ela concentrava 81,60% no curto prazo e em X1 86,74%. Isto quer dizer que a empresa vem aumentanto o seu endividamento a curto prazo. 6 3

Qualidade da Dívida ( Boa, Razoável, Ruim) A análise da composição do endividamento também é bastante significativa; Endividamento a Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante; Endividamento a Longo Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a Longo prazo, propiciando a empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a Longo prazo e não pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expensão e modernização virão a Longo Prazo. Se a composição do endividamento apresentar significativa concentração no Passivo Circulante ( curto prazo), a empresa poderá ter mais dificuldades num momento de reversão de mercado ( o que não aconteceria se as dívidas estivessem concentradas no Longo prazo). Na crise, ela terá poucas alternativas: vender seus estoques na base de uma liquidação forçada! ( a qualquer preço), assumir novas dívidas a Curto prazo que, certamente, terão juros altos, o que aumentará as despesas. Se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de revés, teria mais tempo para replanejar sua situação, sem necessidade de desfazer-se dos estoques a qualquer preço. Empréstimos a Curto prazo são mais onerosos que os de Longo prazo. Quando uma empresa tem dívidas concentradas no Curto prazo, principalmente formada por emprestimos, certamente a qualidade não é boa. Entretanto, quando há equilibrio ente Curto e Longo Prazo, a qualidade é melhor. Outro ângulo de análise da qualidade da dívida é o custo do dinheiro. Excesso de desconto de duplicatas e empréstimos a Curto prazo propiciam custo elevado da dívida, propiciando qualidade ruim. Normalmente, os financiamentos de Longo prazo são menos onerosos 7 QUANTIDADE X QUALIDADE DA DÍVIDA Faremos uma comparação da empresa A e B Empresa A Empresa B Ativo Passivo Ativo Passivo Circulante 4200 Circulante 3100 Circulante 4200 Circulante 4000 ELP 2900 ELP 0 Permanente 5800 PL 4000 Permanente 5800 PL 6000 Total Ativo 10000 Total Passivo 10000 Total Ativo 10000 Total Passivo 10000 A empresa A tem um endividamento ( 60% 6.000/10.000), considerado alto para os padrões brasileiros; todavia esta no limite dos padrões internacionais. Ainda que o endividamento seja alto ( quantidade), podemos dizer que é um bom perfil de endividamento ( qualidade), pois praticamente a metade é de longo prazo ( menos oneroso e mais tempo para pagar). Por outro lado empresa B, tem um endividamento baixo ( 40% 4.000/10.000), porém a qualidade ruim, pois ele todo vai vencer rapidamente e, havendo financiamentos de instituições, seria mais ineroso. A situação financeira da empresa A é mais folgada que a empresa B no curto prazo. Para longo prazo, a empresa A terá tempo de gerar mais Circulante a fim de honrar com seus compromissos que demorarão a vencer. 8 4

GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO PRIO CAPITAL PRÓPRIO 20X1 76.291 85.709 + 13.100 0,77 CAPITAL TERCEIROS 20X0 46.200 79.800 + 18.000 0,47 Para cada $ 1,00 de capital de terceiros há $0,77 de capital próprio como garantia em X1. Podemos ainda ler que em X1, 77% do capital total da empresa é composto por capital de terceiros. Permite identificar quanto do Patrimonio liquido da empresa está comprometido com dívidas a curto prazo QUANTO MAIOR O % - MELHOR 9 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO PRÓPRIO) PRIO) LÍQUIDO L ( CAPITAL Alguns autores entendem ser um princípio de boa política financeira que os bens e os direitos que compõem o ativo permanente devam ser financiados, com prioridade, por recursos próprios. Quanto maior a aplicação de recursos no ativo permanente, maiores serão os custos fixos da empresa ( depreciação, seguros e despesas de manutenção), contribuindo para elevar o ponto crítico ou o desequilíbrio da condição financeira da empresa. Quanto mais a empresa investir no ativo permanente, menos recursos próprios terá para aplicar no circulante, e em consequência, maior será a sua dependência de capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. ( Padoveze, Clovis Luis Análise das demonstrações Financeiras ; pag.139) ATIVO PERMANENTE CAPITAL PRÓPRIO 20X1 50.900 76.291 66,72% 20X0 31.800 46.200 68,83% 10 5

Índices de Aplicação de Capitais Imobilização do Ativo Quando comparamos o Ativo Permanente e o Realizável a Longo prazo com o Ativo Total, podemos conhecer a proporção das aplicações de natureza não circulante e, por complemento aritmético, a proporção dos recursos aplicados no giro dos negócios ATIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL ATIVO 20X1 54.700 175.100 20X0 36.100 144.000 31,24% 25,07% Em X1, 31,24% dos valores do Ativo representam aplicações de natureza não circulante, enquanto 68,76% são destinados ao giro dos negócios. No ano anterior, a proporção era um pouco diferente : 25,07% para o Ativo não Circulante e 74,93% para o giro dos negócios. 11 Índices de Aplicação de Capitais Imobilização do Ativo em função do Ativo Permanente Comparando somente o Ativo Permanente com o Ativo Total, podemos conhecer a proporção das aplicações de natureza permanente ( ativo fixo) e, por complemento aritmético, a proporção dos recursos aplicados no Ativo Circulante ( giro) e no realizável a Longo prazo. ATIVO PERMANENTE TOTAL ATIVO 20X1 50.900 175.100 29,07% 20X0 31.800 144.000 22,08% Em X1, 29,07% dos valores do Ativo representam aplicações de natureza fixa ( permanente), enquanto 70,93% são destinados ao giro dos negócios e ao realizável a Longo Prazo. No ano anterior a proporção era um pouco diferente: 22,08% para o Ativo Permanente, e 77,92% para dos demais grupo 12 6

EXERCÍCIO CIO 01 1. Quando uma empresa substitui dívidas de longo prazo por dívidas de curto prazo, o que acontece com o seu endividamento ( quantidade e qualidade da dívida)? 2. Quando pensamos em endividamento, é comum lembrarmos da afirmativa : dívida não se paga, administra-se. Comente 3. Analise o grau de financiamento dos ativos da companhia Exemplo S.a e comente sobre o seu endividamento junto a terceiros. Será que ela conseguiriá pagar as dívidas? Porque? 4. Porque é mais interessante trabalhar com capital de terceiros e não com capital próprio em períodos de inflação elevada? 5. O Banco Enjoadinho S.A dispõe, em seu manual de normas, que o limite de crédito para seus clientes será estipulado de maneira que o capital de terceiros não ultrapasse 60% dos recursos totais antes da concessão do empréstimo. Seu cliente A Rainha da Massagem Ltda, apresenta o seguinte Balanço Patrimonial resumido: A Rainha da Massagem Ltda Ativo Passivo Circulante 180.000 Circulante 400.000 RLP 320.000 ELP 200.000 Permanente 700.000 PL 600.000 Total Ativo 1.200.000 Total Passivo 1.200.000 13 5.1 O limite de crédito desta empresa será: ( ) $ 720 mil ( ) $ 360 mil ( ) $ 120 mil ( ) $ 60 mil 5.2 Se você fosse obrigado a escolher apenas 3 índices para avaliar uma empresa, qual das opções abaixo julgaria mais conviniente? a) Liquidez seca, liquidez geral e Participação de capitais de terceiros; b) Rentabilidade, rotação de contas a pagar e liquizes geral; c) Liquidez corrente, liquidez geral e Imobilização de Patrimônio Liquido d) Participação de capital de terceiros, Liquidez corrente e rentabilidade 5.3 A companhia Industrial utilizou-se de recursos a curto prazo para financiar a compra de máquinas, tendo em vista o aumento da sua produção e, consequentemente aumento das vendas. Analisando o endividamento da empresa podemos dizer: a) A cia Industrial agiu de maneira correta, utilizando-se de recursos de terceiros para financiar seu ativo b) A cia Industrial não deveria ter adquirido a máquina, pois aumentou seu endividamento; c) A cia Industrial seria candidata a falência, já que financiou Ativo permanente com recursos de curto prazo d) N.D.A 14 7