KADUNA CONSULTORIA O DESAFIO DA COMPETITIVIDADE GLOBAL 19.09.2014
COMPETITIVIDADE: PALAVRA DE ORDEM Competividade Individual Relativa de cada empresa com seus concorrentes diretos: (i) Gestão Eficiente de Custos e de Produção (ii) Capacidade Tecnológica (State of Art) (iii) Recursos Humanos Qualificados (iv) Qualidade de Produto e de Marketing (v) Estratégia Logística de Produção e Distribuição (vi) Compliance Ambiental e Social (Stakeholders) Objetivo Estratégico : Posicionar a empresa no quartil mais competitivo do setor especifico a nível global.
COMPETITIVIDADE: PALAVRA DE ORDEM Competitividade Sistêmica a nível nacional Desvantagens Competitivas : Sobrevalorização Cambial Custos Tributários Custos Financeiros Custos Logísticos Ambiente Regulatório Excessiva Burocracia Insegurança Jurídica Sistema Educacional Deficiente Desvantagens Tarifárias / Isolamento Comercial Protecionismo Excessivo / Atraso Tecnólogico
BRASIL, CHINA, CORÉIA DO SUL Em 1984 Brasil, China e Coréia do Sul exportavam valores equivalentes para o resto do mundo, cerca de US$ 25 bilhões/ano, ou 1,3% do comércio mundial. Em 2014, 30 anos depois as exportações brasileiras equivalem a apenas 28% das exportações da Coréia do Sul, 12% das exportações chinesas, e 1,0% do comércio mundial. O que está acontecendo com nossa economia e com a competitividade de nossas empresas exportadoras?
DORMINDO EM BERÇO ESPLÊNDIDO?
A competividade como fator de sobrevivencia da indústria brasileira Em 2013 o PIB do Brasil cresceu somente 2,3%, muito pouco em comparação com o PIB mundial (crescimento de 3,2%) e da América Latina (3,0%), e, principalmente, ante as economias em desenvolvimento como a China (7,7%), Coréia do Sul (2,8%), India (3,8%), entre outras. Um dos determinantes do baixo crescimento econômico brasileiro tem sido a estagnação da indústria de transformação, culminando com a retração de 2,5% do PIB do setor em 2012, e crescimento de apenas 1,3% em 2013. Por outro lado, a expansão do consumo interno vem sendo atendida, predominantemente, por aumento das importações. O coeficiente de importações da economia brasileira saltou de 16% em 2006 para 25% em 2013 (FIESP/DEREX)
A competividade como fator de sobrevivencia da indústria brasileira A produção industrial brasileira não tem acompanhado o rápido crescimento do consumo interno. Em 2012, enquanto o PIB da indústria de transformação recuou 2,5%, o volume de vendas do varejo ampliado cresceu 8,4%. De 2004 a 2013, a produção da Indústria de Transformação cresceu apenas 19,1%, e o volume de vendas no varejo ampliado obteve no mesmo período uma expansão de 102,5%. Daí conclue-se que mais de 70% do consumo incremental do mercado doméstico brasileiro está sendo capturado pelas importações de bens de consumo, insumos industriais, e bens de capital. O fraco desempenho da indústria de transformação brasileira pode ser atribuído fundamentalmente ao Custo Brasil e à valorização do real. TEMOS UM GRAVE PROBLEMA DE COMPETITIVIDADE!!!
A competividade como fator de sobrevivencia da indústria brasileira Um bem manufaturado nacional é, em média, 34,2% mais caro que similar importado dos principais parceiros comerciais, já contando com as alíquotas de importação vigentes, unicamente em função do Custo Brasil, isto é, deficiências no ambiente de negócios do país, e devido em grande parte a valorização do real em relação ao dólar. Esse diferencial de preços deve ser o cerne de qualquer diagnóstico das causas do baixo nível de investimentos, insignificante nível de atividade de inovação industrial e por consequência um reduzido crescimento econômico da indústria e da economia brasileira. Mais do que isso, os resultados evidenciam que a retomada da competitividade brasileira pressupõe a adoção de políticas de Estado e de iniciativas empresariais a nível de cada setor e de cada empresa, dirigidas a eliminação ou redução expressiva do Custo Brasil e da valorização do real.
CÁLCULO DO CUSTO BRASIL (FIESP) Partindo-se de critérios acerca da relevância para a competitividade e do potencial de melhoria por políticas públicas, foram considerados seis grupos de fatores do ambiente de negócios (fatores sistêmicos) : o Tributação (carga e burocracia); o Custo de capital de giro; o Custos de energia e matérias primas; o Custo da infraestrutura logística; o Custos extras de serviços a funcionários; o Custos de serviços non tradables. Não estão incluídos no cálculo do Custo Brasil: o Custo de mão de obra; o Outras ineficiências sistêmicas.
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) Estrutura Tributária Complexa e Confusa com Múltiplos Impostos Federais, Estaduais, Municipais, Insegurança Jurídica, com legislação inconstante e interpretação subjetiva. Alto Custo de Gestão dos Impostos. Guerra Fiscal entre Estados da Federação. Irracionalidade Tributária na Cadeia Produtiva, Carga Tributária Brasileira = 38,90% do PIB no primeiro trimestre de 2014. Esses números colocam o Brasil entre os países que possuem as maiores cargas tributária do planeta, como Suécia e Alemanha, onde a voracidade do Estado em arrecadar é bastante acentuada. Arrecadação de tributos do Governo Federal : foram recolhidos R$ 1,7 trilhão em 2013, contra R$ 1,5 trilhão de 2012
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) Resultados impressionam: as empresas não apenas sofrem para gerenciar seus arquivos, mas também enfrentam elevado nível de erros em relação ao conteúdo fiscal desses documentos. No mês de Março de 2014, a base de legislação foi atualizada em 315.535 regras fiscais, dentre as quais: - 37.354 são de ICMS - 2.374 são de ICMS/ST - 34 são de ICMS/Antecipação. A base de legislação atual é de 1.387.062 regras fiscais que, combinadas, chegam a 7.951.601 situações tributárias específicas!
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) O custo da burocracia para pagar tributos corresponde a 2,6% dos preços industriais, considerando toda a cadeia à montante, conforme apontado no estudo Carga Extra na Indústria Brasileira Parte 1 Custos do Sistema Tributário do DECOMTEC/FIESP; Segundo dados do Banco Mundial (2012), o tempo que se gasta anualmente para preparar, registrar e pagar tributos é de 2.600 horas no Brasil; 227 horas nos parceiros; 179 horas nos desenvolvidos; 255 horas nos emergentes e 338 horas na China. Correlacionando os custos da burocracia brasileira com os de outros países desenvolvidos e emergentes selecionados, identificou-se o diferencial de preços de 2,9%!!
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) JORGE JOHANPETER GERDAU: É uma burocracia enorme. Na Gerdau, por exemplo, nós temos 100 pessoas para cuidar dessa papelada, só para saber o que entra ou não como crédito. Na Petrobrás, são mais de 900 funcionários só no departamento tributário. Em vez de produzir, essas pessoas estão trabalhando na burocracia. Esse é um dos custos Brasil. Dependendo do produto, nós devemos ter um total de 5% de custo de gestão de impostos escondidos no custo final do produto.
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) A ideia é atuar em quatro frentes: 1) Redução da carga de impostos, gradual em relação ao PIB, redução de alíquotas, menor sonegação. 2) Simplificação da estrutura tributária, redução do número de impostos e efetiva aplicação do sistema de não cumulatividade. 3) Racionalização do modelo tributário atual do país, legislação simples, objetiva, e duradoura. Trinômio Fato Gerador, Base de Cálculo e Alíquota devem estar preceituados de forma clara e concisa. 4) Descentralização Tributária, mais recursos aos Estados e Municípios Atualmente a União fica com 2/3 do que é arrecadado, com o fim da contínua guerra fiscal entre os Estados.
TRIBUTAÇÃO (CARGA E BUROCRACIA) A nível empresarial pode-se otimizar a gestão tributária e tarifária através do uso eficiente dos mecanismos existentes na legislação brasileira com objetivo de promover a desoneração de investimentos, exportações, e logística: 1) Draw Back Isençào, Suspensão, Restituição, e Integrado 2) Regimes Especiais Aduaneiros (recintos aduaneiros) 3) Regimes Especiais Tarifários (LETEC, Res.08, Ex-Tarifário) 4) Regimes Especiais Tributários (Federal e Estadual) 5) Revisão Fiscal recorrente 6) Ressarcimento Tributário via compensação ou reembolso.
CUSTO DE CAPITAL Diferencial de preços: O custo de capital de giro no Brasil é de longe o mais alto dentre os seus principais parceiros comerciais analisados (e também do mundo). Isso se deve, em parte, à taxa de remuneração dos depósitos (cuja referência é a taxa básica de juros, a Selic), e, sobretudo, ao spread bancário (16,2% a.a.). Na comparação com a média ponderada (2013), o juro real aplicado no Brasil (19,5% a.a.) é quase oito vezes maior do que os juros aplicados nos países principais concorrentes do Brasil no mercado internacional (2,5% a.a.). Fontes: FMI, BCB, Fed, EuroStat, Banco Central Índia, FIESP/DECOMTEC Acesso dificultado ao mercado de capitais e financiamento a longo prazo (exclusiva fonte BNDES).
CUSTO DE CAPITAL A taxa de juros exerce efeito fundamental na operação das indústrias. Trata-se de fator determinante no crescimento de longo prazo das empresas, estimulando ou inibindo aumentos de capacidade (investimentos). A taxa de juros também impacta diretamente a atividade das empresas no curto prazo, ao afetar tanto o custo do capital de giro proveniente de terceiros (financiamento bancário), quanto o custo de oportunidade do capital próprio. Em 2010, o DECOMTEC publicou o estudo Juros em Cascata sobre Capital de Giro: o impacto sobre a indústria brasileira. A atualização desse estudo, com base em dados de 2012, indica que o impacto do custo de capital de giro no preço dos produtos industriais no Brasil é de 5,3%.
CUSTO DE ENERGIA E INSUMOS O Brasil detém ampla dotação de recursos naturais, que poderia assegurar oferta e preços bastante competitivos de insumos e matérias primas para os diversos setores de atividade da economia, favorecendo a agregação de valor, geração de empregos e renda. Essa disponibilidade de recursos naturais não é revertida em vantagem comparativa de preços com outras economias. Isso abrange o preço da energia e de matérias primas de uso amplo em diversas cadeias. Quando comparada com a indústria de economias concorrentes, a indústria de transformação brasileira se depara com desvantagens competitivas nestes fatores de produção. O Brasil tem desvantagem média de 7,7% nesse fator do ambiente de negócios ante o grupo dos parceiros e emergentes, e, sobretudo, quando se compara com a China.
CUSTO DE LOGÍSTICA O Brasil apresenta uma inadequada matriz logística com absoluto predomínio do modal rodoviário (65,5%). As ferrovias correspondem apenas 19,5%, seguidas de 11,4% do modal hidroviário e 3,5% do modal dutoviário. Quase inexistencia de cabotagem, devido a excessiva regulamentação e burocracia. O custo logístico para o setor produtivo nacional é em média (2012) de 10,6% sobre o PIB, enquanto nos EUA por exemplo é de 7,2% (Supply Chain Institute). No ranking de desempenho logístico elaborado pelo Banco Mundial em 2012, o Brasil ocupava a 45* posição entre 155 países, e no tópico procedimentos aduaneiros o Brasil desaba para a 78* posição. O custo da da infraestrutura logística é superior a 1,6% na comparação com os países desenvolvidos e emergentes que são principais concorrentes do Brasil no mercado mundial.
CUSTOS DE SERVIÇOS EXTRAS Em que pese a elevada carga tributária brasileira, há diversos serviços públicos cuja oferta pelo governo é insuficiente ou possui baixa qualidade. Mesmo arcando com elevada carga tributária, as empresas industriais brasileiras também suprem, com seus próprios recursos, determinados serviços cujo provimento pelo Estado insuficiente e deficiente. Isso induz em um aumento nos custos das empresas industriais, pois elas suprem com seus próprios recursos, por exemplo, serviços de saúde, de previdência e assistência, cujo acesso representa melhora na qualidade de vida e bem estar dos funcionários, e, consequentemente, o melhor exercício de suas atividades profissionais.
CUSTOS DE SERVIÇOS EXTRAS Em janeiro de 2013, a FIESP/DECOMTEC publicou um documento (Carga Extra na Indústria Brasileira, Parte 3 Custos de Custos extras de serviços a funcionários devido a deficiências dos serviços público) que aborda esse tema, e concluiu que o impacto representado pelo oferecimento desses serviços é da ordem de 0,96% do preço dos produtos industriais. A comparação com impacto do provimento desses serviços no preço dos bens industriais dos países estudados foi realizada tomando-se como referência a participação de benefícios aos empregados de caráter não obrigatório em relação aos salários, com base em estudo da consultoria KPMG ( Competitive Alternatives, 2012). O Custo Brasil com Custos extras de serviços a funcionários representa na margem quase 1% em relação a outros países emergentes comparados.
CUSTOS DE SERVIÇOS NON TRADABLES A indústria é intensa consumidora de serviços, portanto, a elevação de seus preços contribui para agravar o Custo Brasil. Analisou-se o custo das empresas industriais brasileiras relativos a aluguéis e arrendamentos, bem como serviços prestados por terceiros (fonte: PIA-IBGE), como serviços de consultoria, auditoria, advocatícios, contabilidade, despachante, limpeza, vigilância, serviços de informática, dentre outros (exclusive os serviços prestados por terceiros considerados custos das operações industriais). Para relacionar o preço dos serviços non tradables no Brasil com os países selecionados foram considerados os níveis internacionais de custo de aluguel de instalações fabris e serviços prestados por terceiros (fonte: Competitive Alternatives, 2012, KPMG).
CUSTOS DE SERVIÇOS NON TRADABLES O elevado preço dos serviços relacionados a produção industrial no Brasil tem sido crescentemente reconhecido como fator de perda de competitividade relativa, inclusive pela crescente dificuldade tributária e regulatória de terceirização de serviços industriais. Embora o custo dos serviços non tradables represente atualmente uma relativa vantagem para o Brasil, ante países desenvolvidos, da ordem de 1,1% dos preços, quando comparado ao conjunto dos países parceiros, há um Custo Brasil de 0,2%, sendo que essa desvantagem sobe para 2,4% em relação aos países emergentes e à China.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL A taxa de câmbio é um dos principais preços relativos da economia com influência significativa e direta no desempenho macroeconômico do país e na composição de sua estrutura produtiva. É uma variável extremamente complexa pois se relaciona tanto com o mercado de bens e serviços como com o mercado de ativos. A taxa de câmbio real reflete a competitividade da economia, um país é relativamente barato quando esta é desvalorizada, ou seja, seu produto é mais competitivo, e o inverso, o país é relativamente caro quando sua taxa real de câmbio está valorizada. A taxa de câmbio também influencia o comportamento dos preços, tanto em função dos custos dos produtos importados como pela maior atratividade para venda de produtos nacionais no exterior.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL Mas, o que determina a taxa de câmbio, quais variáveis influenciam o seu comportamento? (i) Mercado á vista : fluxo de pagamentos cambiais de exportaçòes, importações, serviços, juros, financiamentos, investimentos externos, dividendos, royalties, etc. (ii) Mercado Futuro : derivativos de proteção cambial (hedges), e de especulação cambial. Uma característica fundamental do mercado de câmbio brasileiro é a assimetria de liquidez entre a negociação de reais à vista, nos mercados primário e interbancário, e de derivativos, essencialmente o mercado de dólar futuro da BM&F. Medida pelo giro financeiro no exercício de 2013, a liquidez do mercado futuro foi em média de US$ 27 bilhões por dia, em torno de quatro vezes maior do que a negociação no mercado à vista, de US$ 6,4 bilhões por dia.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL O baixo grau de regulação e a facilidade de acesso dos investidores estrangeiros aos derivativos torna o mercado de câmbio brasileiro particularmente permeável à especulação financeira. Com isso, a formação da taxa de câmbio no Brasil se descola do fluxo cambial e fica sujeita ao circuito "especulação-arbitragem" que tem origem no mercado futuro e se transmite para o mercado à vista. Diante das deficiências das políticas de equilibrio fiscal do setor público, e da politica monetária no contrôle da demanda doméstica, frequentemente a autoridade monetária recorre ao artificio da sobrevalorização cambial, de forma a impedir a alta de preços dos bens tradables, e manter a inflação dentro da meta almejada. Para isto permite a desregulamentação do mercado futuro e estimula a entrada de capitais especulativos de curto prazo, oferecendo swaps cambiais em grande volume no mercado de derivativos cambiais.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL Situação Atual das Contas Externas e Câmbio Real no Brasil: Reservas Banco Central do Brasil : US$ 370 bilhões Déficit em Contas Correntes (12 meses) : US$ 95 bilhões, com tendencia de expansão em 2014 tanto na Balança Comercial como de Serviços. Investimento Direto Estrangeiro : US$ 65 bilhões em 2012 e US$ 64 bilhões em 2013, com perspectivas de igual desempenho em 2014. Estimativa de Swaps Cambiais pelo BACEN (Maio 2014) : US$ 90,0 bilhões em aberto.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL Em algum momento no futuro, o "mercado" se encarregará de ajustar o câmbio, como aconteceu com a crise do balanço de pagamentos de janeiro de 1999. É verdade que temos hoje mais de US$ 370 bilhões em reservas cambiais que postergarão eventual crise. Mas não a evitarão. A duração dessas reservas e seu impacto sobre a taxa de câmbio dependerão do montante de ativos líquidos à disposição dos agentes econômicos. Se somarmos aos depósitos à vista e outras aplicações líquidas nos bancos as aplicações no mercado aberto, facilmente ultrapassaremos o valor das reservas cambiais. Nesse tipo de desvalorização cambial sempre ocorre um "overshooting" - talvez necessário para rapidamente reduzir as importações e dar o empurrão inicial às exportações. Há aparentemente uma certa racionalidade nesse possível 'overshooting", a de cobrir o chamado Custo Brasil.
A QUESTÃO CAMBIAL NO BRASIL Podemos afirmar com razoável segurança que: A taxa de câmbio prevalecente ao redor de R$ 2,20 por US$ 1,00 está evidentemente sobrevalorizada entre 20 a 30% do que deveria ser a taxa de câmbio real para o mercado á vista da economia brasileira. A sobrevalorização cambial é fruto da ação intencional da autoridade monetária, e do crescente volume das operações de arbitragem de juros (carry trade) levadas a efeito por especuladores estrangeiros no mercado futuro da BM&F. Esta conjuntura prevalecerá até o final de 2014, mas diante do crescente déficit em contas correntes e percepção de risco pelo investidor estrangeiro, ainda no período imediatamente pós eleitoral (Nov/Dez 2014) ou mais tardar no inicio de 2015, poderá haver forte e súbita desvalorização cambial do Real, talvez para níveis superiores a R$ 2,70 /US$ 1,00.
A competividade como fator de sobrevivencia da indústria brasileira
O EMPREGO INDUSTRIAL NOS EUA(1940 2014)
FUTURO DA INDÚSTRIA NO BRASIL Uma eventual desindustrialização precoce seria algo condenável no atual estágio emergente da economia brasileira, com a destruição de milhões de empregos urbanos de qualidade, o que agravaria ainda mais a questão social em nosso país. A oportunidade de revisão institucional do Mercosul e da adoção em futuro próximo de uma nova política de inserção internacional da economia brasileira, baseada em forte expansão da atividade de comércio exterior, exportações e importações crescendo simultaneamente a taxas duas ou três vezes superiores as taxas de crescimento do PIB. Acordos de Livre Comércio com outros blocos de países desenvolvidos e em desenvolvimento, tais como o Japão (EPA Economic Partnership Agreement), Canadá (FTA Free Trade Agreement), Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Perú, Chile
FUTURO DA INDÚSTRIA NO BRASIL Choque Competitivo em todos níveis Curto Prazo: iniciativas individuais de maior eficiencia operacional, produtividade, contrôle de custos, melhor gestão corporativa. Médio Prazo : vigência de uma taxa de câmbio mais competitiva e menos volátil. Longo Prazo: redução do Custo Brasil nos seus principais componentes, através de reformas estruturantes e maiores investimentos públicos e privados nas áreas mais criticas de infraestrutura, educação, e inovação tecnológica.
www.kadunaconsult.com.br Brasilis / Kaduna Consultoria e Participações Ltda. Rua Iguatemi, nº 151, 22º And. Conj. 221, São Paulo/SP CEP 01451-011 Tel: +55 11 3077-2020 Fax: +55 11 3071-3896