Paradigmas Tecnológicos e Teorias Econômicas da Firma. TIGRE, Paulo Bastos.



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Transcrição:

Paradigmas Tecnológicos e Teorias Econômicas da Firma TIGRE, Paulo Bastos.

Resumo TEORIA DA FIRMA Mudanças Tecnológicas (i) Revolução Industrial Inglesa análise economia neoclássica (ii) Fordista análise economia industrial (iii) Tecnologias de Informação análise evolucionista e neo institucionalista

Teorias da Firma Contexto Histórico das Teorias da Firma nas ciências econômicas. Crítica às Teorias Estáticas estabelecer princípios e modelos estáveis....tecnologia muda, mas os princípios econômicos não. Rigidez da ciências econômicas na análise da firma. As teorias tem de se adaptar aos tempos e contexto histórico e não o contrário

Hipótese do Artigo Teoria econômica responde Processo de Inovação Tecnológica e Organizacional

Teoria Neoclássica e Revolução Industrial Modelo de equilíbrio geral (Walras,1874) e equilíbrio parcial (Marshall, 1890). Firma: função produção, firma ator passivo, situações dadas e pressupostos comportamentais. Freeman (1993) caixa preta da análise econômica sobre a teoria da firma. Modelo competitivo de pequenas firmas (Inglaterra, século XVIII) caracterizam a análise neoclássica e sua teoria da firma baseada no modelo de concorrência perfeita.

Teorias da Firma e Fordismo Teoria da firma 1920 Sylos Labini (1980) e Chandler (1990) Monopólios e Oligopólios; Novas tecnologias: telégrafos, ferrovias, economias de escala. Três sistemas de inovação (eletricidade, motor a combustão e inovações organizacionais fordistas e tayloristas) Estrutura da Industria e novos modelos de firmas e mercados surgem. Centro dinâmico para os Estados Unidos. Concentração Industrial (Marx no século XVIII)

Teorias da Firma e Fordismo Produção em Massa Fordismo Chandler (1977) Inovações organizacionais: integração vertical (petróleo) e a organização multidivisional (escritório central e atividades operacionais diversas). Corlat e Weinstein (1995) Três concepções de firmas a) Firma organização: ação coordenada de indivíduos e grupos. b) Firma Instituição: sistema social, político e jurídico no qual a firma se insere e limita sua metamorfose; c) Custo de transação: arranjo institucional alternativo ao mercado.

Tecnologia da Informação e Comunicação e Teoria da Firma A TIC s tem um papel central no processo de análise da firma. Schumpeter linha evolucionista e neoschumpeteriana. Mudança no padrão tecnológico Organização industrial Freeman (1974, 1977):progresso técnico evolução da firma e dos mercados. Nelson, Winter (1982): biologia evolucionista e de adaptação. Indústria Jovens e Maduras.

Tecnologia da Informação e Comunicação e Teoria da Firma Princípios da Economia Evolucionista: Dinâmica econômica é baseada em inovações de produtos, processos e formas de organização ( destruição criadora Schumpeter e paradigmas técnico econômico Dosi (1982). Racionalidade procedural: racionalidade baseada no processo de aprendizagem ao longo das interações como mercado e novas tecnologias. Auto organização: pluralidade dos ambientes de seleção.

Novas Formas Análise da Firma Visão neo institucionalista: North (1990). Inovações Organizacionais Japão na década 70 e 80: just in time ; controle da qualidade, estruturas horizontalmente e verticalmente integradas. Redes de firmas Aoki (1988,1990) observações empíricas das formas organizacionais e a liderança japonesa (competitividade). TIC s: conhecimento é um recurso tão importante quanto a terra, capital e trabalho. Economia do conhecimento. Difusão tecnológica e formação do capital humano.

CONCLUSÃO Inexistência de um corpo teórico comum na ciência econômica que seja coerente e único. Firma (produção e transação) análise de seu contexto histórico, institucional e tecnológico. Teoria econômica da firma: procura adaptar se aos padrões dominantes de competição. Correntes teóricas são reféns de seus próprios dogmas. Trabalhos empíricos para entender a firma e mercado.