INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS



Documentos relacionados
BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

BRUXISMO EM CRIANÇAS COM DENTIÇÃO MISTA (A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO)

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005.

3 Qualidade de Software

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE

Bruxismo: Uma revisão da literatura.

A situação do câncer no Brasil 1

Como a palavra mesmo sugere, osteointegração é fazer parte de, ou harmônico com os tecidos biológicos.

Trabalho de Conclusão de Curso

Linha 1: Resposta biológica nas terapias em Odontologia.

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

3 Alguns fatores estão diretamente relacionados e influenciam o meio ambiente. São fatores físicos, biológicos, mecânicos e químicos.

CIRURGIAS ORTOGNÁTICAS

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Fazendo de seu sorriso nossa obra de arte

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

5 Considerações finais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil


Papo com a Especialista

Marcelo c. m. pessoa

Derrotar o cancro do útero

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

- ADITEME - Atendimento Especial de Pacientes com Disfunção da Articulação Temporomandibular. Conceitos Restauradores de Oclusão: - Relação Cêntrica;

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares

POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Uma conceituação estratégica de "Terceiro Setor"

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO

PRODUZINDO AUTOESTIMA DESDE 1990

ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DO PERIODONTO

Tratamento da dependência do uso de drogas

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV

Caso clínico: DTM articular

BIOESTATÍSTICA: ARMADILHAS E COMO EVITÁ-LAS

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05. Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde

Mas do ponto de vista do grosso, o grande percentual de discussões acumuladas e passadas que tínhamos, já está absolutamente eliminado.

Exame do Sistema Estomatognático usando Análise Oclusal e Índice Epidemiológico para DCMs. Ana Carla Rios

Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa. Os objetivos dessa unidade são:

Afinal de contas, o que é ansiedade? Mas ser ansioso não é normal? Ansiedade é uma doença?

TEA Módulo 4 Aula 5. Tics e Síndrome de Tourette

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes*

Processo de Pesquisa Científica

ERGONOMIA, QUALIDADE e Segurança do Trabalho: Estratégia Competitiva para Produtividade da Empresa.

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

5 Delineamento da pesquisa

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui!

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS- UFBA - HUPES

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL

3.4 Deformações da coluna vertebral

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg

Assessoria ao Cirurgião Dentista

RESPOSTA RÁPIDA 365/2014 Doença de Parkinson Exelon Pacth

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Ética no exercício da Profissão

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO UTILIZANDO A GINÁSTICA LABORAL

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na

5 Discussão dos Resultados

OBJETIVO VISÃO GERAL SUAS ANOTAÇÕES

O OLHAR DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E DA TEORIA DE BASE PSICANALÍTICA SOBRE PACIENTES HIPERTENSOS NO CONTEXTO HOSPITALAR

ESPECIALIDADE MEDICINA DENTÁRIA

Futebol Mundial Redefinido, Restruturado, Revitalizado

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente A criança com Autismo e Síndrome de Asperger

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Educação Patrimonial Centro de Memória

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE TRAUMATISMO DENTO-ALVEOLAR EM ESPORTISTAS DE RIBEIRÃO PRETO

TRIBUNA LIVRE: COMO EU FAÇO

BAILANDO NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DANÇA EM UMA ASSOCIAÇÃO DE IDOSOS DE GOIÂNIA/GO

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Percepção do setor: O que está provocando as ações a respeito das mudanças climáticas nas maiores companhias do mundo?

Preferência na Utilização de Preparações Anestésicas Injetáveis pelos Cirurgiões-Dentistas inscritos no Portal Farmaconline

Marketing Básico Capítulo II. O Composto de Marketing Os 4 P s

Cefaleia em salvas C e faleia em salvas

O PAPEL DA ERGONOMIA NO DESIGN DE INTERIORES

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje.

Motivação para o trabalho no contexto dos processos empresariais

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO

TRAUMATISMO DENTÁRIO EM DENTIÇÃO DECÍDUA UM CASO CLÍNICO DE TRAÇÃO ORTODÔNTICA

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NO LAGO JABOTI

HIPNOSE. Como funciona a Hipnose?

Palavras-chave: Ambiente de aprendizagem. Sala de aula. Percepção dos acadêmicos.

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI

Transcrição:

1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS Aspectos Clínicos de uma Desordem Parafuncional Excêntrica - BRUXISMO. Izabel Cristina Araujo Porto Alegre, 2009.

2 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS Aspectos Clínicos de uma Desordem Parafuncional Excêntrica - BRUXISMO. Izabel Cristina Araújo Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do INSTITUTO de CIÊNCIAS da SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS NÚCLEO PORTO ALEGRE, como parte dos requisitos para obtenção do Título de especialista. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo S. Ruela. Porto Alegre 2009.

3 DEDICATÓRIA Gostaria de dedicar este trabalho a minha muito amada filha, Daniele Green, meu maior orgulho também dentista e, que apezar da distancia, residindo atualmente na Califórnia, é presença viva em meu dia a dia incentivando me a prosseguir meus objetivos, mantendo me atualizada profissionalmente. Dedico também a minha neta Isabella, para que no futuro obtenha novos Conhecimentos ao ler este trabalho e, ao meu querido genro Brian Green, esposo e pai extremamente dedicado aos meus dois tesouros.

4 AGRADECIMENTOS Primeiro e especialmente a Deus, por escrever no livro da minha vida este capítulo de graça e com felicidade pela certeza da presença de sua luz divina que me trará forças para atingir meus objetivos vindouros. A minha dedicada e competente secretária Janice Nietski Tavares. Ao amigo e exmarido Álvaro Adão Araújo, por seu auxílio permitindo me utilizar seu imóvel durante todos estes anos do curso de especialização. Ao meu professor e orientador Dr. Ronaldo Ruela, pela atenção, apoio e confiança dispensados à minha pessoa durante o processo de orientação. Ao professor Dr.Álvaro Furtado pela competência e colaboração no desenvolvimento deste trabalho. Aos demais professores que por aqui passaram, trazendo seus conhecimentos e experiências, para que possamos utilizá-los da melhor maneira possível em beneficio de nossos semelhantes. Aos colegas da turma 1, pela troca de experiências e o saudável convívio durante estes anos de estudos. Ao Sr. Valdir proprietário da Dentária Klymus, que abriu as portas em sua sede para que a FUNORTE instalasse seu núcleo em Porto Alegre. Permitindo-nos fazer parte da primeira turma do curso de especialização em ortdontia da referida instituição. Aos funcionários do curso de especialização, que participaram com entusiasmo das realizações de nossas atividades. Aos familiares, pacientes e amigos, em especial à amiga Elisângela Araújo.

5 Agora, à noite, cautela. Não deixe que as sobras do dia lhe subam à cabeça: dores de cotovelo ou outras menos nítidas, dívidas, sonhos não realizados, são como pedregulhos estas marcas do sofrido - não se quebram - você não as tritura - seus dentes serão triturados isso sim, gastos, roídos ano após ano um dia quando acordar ficará assombrado com a devastação... Zulmira Ribeiro Tavares

6 RESUMO A autora realizou uma revisão da literatura sobre aspectos clínicos de uma Desordem Parafuncional Excêntrica (Bruxismo), tendo observado que bruxismo, ou parafunção oral pode ser incluído nas patologias de causa e ou efeito multifatorial. Os estudos atuais de etiopatologia apresentam como hipótese ora causa, ora efeito, ou ambas, tendo como conseqüência uma variação muito grande de resultados e opiniões. Observamos duas causas principais, na literatura, caracterizando o bruxismo: a atividade psíquica e a desarmonia oclusal.o paciente com bruxismo (disfunção causada pelo ato de apertar ou ranger os dentes), pode ser vítima de suas próprias tensões emocionais. Com características não muito bem definidas, o bruxismo é nocivo porque diferentemente das outras funções, normalmente desempenhadas pelo sistema estomatognático (durante a mastigação, a fonação e a deglutição), ele gera forças neuromusculares repetitivas, chamadas de parafunção. O hábito pode ser diurno ou noturno. Muitos pacientes fazem bruxismo diurno e noturno, sobrecarregando os tecidos de suporte, inclusive os dentes, sendo o desgaste dental o sinal mais aparente da disfunção. A fadiga muscular como também as dores de cabeça concorrem para os sintomas do bruxismo. Esta parafunção cêntrica ou excêntrica pode ocorrer em algum momento na vida da maioria das pessoas, com intensidade e duração variáveis. Este hábito está totalmente associado a alterações emocionais e situações de estresse, relacionando-se também a diversas outras causas. Sua etiologia ainda é conhecida como multicausal e multifatorial. Palavras-Chave: Bruxismo, stresses, ranger de dentes.

7 ABSTRACT The author realized the revision of the literature about clinic aspects of the error parafunction excentric ( Bruxism), having loocked that, the Bruxism or oral parafunction can be included in patology causes or multifactorial effects. The opinion of main studies of etiopatology as causes, as effects or both, as consequence variation such of results and opinions. We observed two main couses, in literature representative of bruxism: The psy activity and oclusal disharmony. The patient with grinding or clenching can be a victim of this emotional tension. Without well defined characteristics this habit is harmful because it is different from the normal function executed during clewing, swallowing and speaking, generating repetitive neuromuscular forces which is known as a parafunction. This habit can be performed at night or at day time, overloading the support system and making wear at teeth, the biggest sign at this parafunction. The muscular fatigue and headaches can be presents as well. The bruxism centric or excentric can occur at any moment in people s lifes with varying intensity and duration. The bruxism is strongly associated with emotional changes and stressful situations. It s etiology is multifactor and unknown. Key-words: Bruxism, stress, teeth grinding.

8 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT 1 INTRODUÇÃO... 01 2 PROPOSIÇÃO... 04 3 RETROSPECTIVA LITERÁRIA... 05 3.1 ETIOLOGIA... 09 3.2 FATOR LOCAL... 12 3.3 FATOR SISTÊMICO... 13 3.3.1 Sistema Nervoso Central... 13 3.3.2 Fator Genético... 13 3.3.3 Alergias e Parasitoses Intesitinais... 14 3.4 FATORES HORMONAIS... 14 3.5 FATORES PSÍQUICOS... 15 3.6 FATORES OCUPACIONAIS... 16 3.7 FATORES COMBINADOS... 16 4 DISCUSSÃO... 17 5 CONCLUSÕES... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 20

1 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho estudou-se os aspectos clínicos de uma desordem temporomandibular parafuncional, conhecida como bruxismo, fenômeno cada vez mais freqüente dentro dos consultórios odontológicos. Durante muito tempo foi considerado como uma manifestação oral normal, de complicações estritamente locais, exigindo dos profissionais de várias outras áreas da saúde tais como, psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, neurologistas e pediatras, uma busca constante por informações quanto a sua etiologia e seu tratamento. Ainda hoje suas causas não são totalmente conhecidas, podendo ser observadas na literatura, controvérsias a respeito da sua etiologia,prevalência, implicações clínicas, bem como o seu tratamento. Considera-se a etiologia multicausal e multifatorial, estando fortemente associada a fatores emocionais, sendo o stresse apontado como o principal causador, assim como a ansiedade, o medo, a raiva, a agressão reprimida e diversos tipos de frustações, depressões, distúrbios do sono, o uso de psicofármacos, dores crônicas, síndromes (síndrome de Down), disfunções bioelétricas (paralisia facial), podendo também ter o fator nutricional, ocupacional e idiopático. Essa parafunção tem sido classificada como cêntrica e ou excêntrica. Cêntrica é caracteriza se pelo bater ou apertar os dentes em relação de oclusão cêntrica (RCO) ou máxima intercuspidação (MIH) sem que ocorra deslizamento e desgaste dental e pelo padrão de

2 contração muscular isométrico. A excêntrica ocorre comumente durante o sono (BEN- Bruxismo Excêntrico Noturno), e caracteriza-se pelo ranger de dentes, ou seja, apertamento e deslizamento dental, nas posições protrusivas e lateroprotrusivas, executando movimentos bordejantes, de contatos não funcionais. Em função do deslizamento, esses pacientes apresentam as facetas dos dentes anteriores, principalmente dos incisivos desgastadas, como também, a face oclusal dos dentes posteriores polida, e o desenvolvimento de um padrão isotônico de contração muscular, (aumento do volume muscular). Os pacientes com bruxismo podem apresentar sinais e sintomas, que segundo Maciel (1996), classifica o bruxismo como crônico, quando permite uma adequação biológica e funcional do organismo, ou agudo, no qual, por algum motivo (psicológico, emocional ou sistêmico), o processo se torna de tal forma tão agressivo que ultrapassa a capacidade biológica de adaptação e defesa do sistema, que seriam caracterizados pela sensibilidade dentinária, evoluindo para uma pulpite, necrose pulpar e, em casos mais graves, perda da dimensão vertical. Ocorrem também desgastes incisais nas bordas dos dentes anteriores, facetas dentais polidas, incremento da linha alba na mucosa jugal, edentações na borda lateral da língua, fraturas constante de restaurações, fraturas dentárias (coroas e raízes), hipertrofia muscular e dor da musculatura facial. Alguns autores classificam o bruxismo como uma alteração altamente destrutiva, podendo ocorrer em qualquer fase da vida,

3 devendo ser diagnosticado o mais precocemente possível, para evitar sérios problemas ao sistema estomatognático na fase adulta. Existem relatos de que o bruxismo tende a diminuir com a progressão da idade, é provável que todas as pessoas passem, em algum momento de suas vidas, rangendo ou apertando os seus dentes, sem até mesmo se darem conta de que é uma parafunção. A origem do termo Bruxismo vem da palavra grega Bruchein, que significa apertamento, fricção ou atrito dos dentes, sem finalidade funcional. A palavra Bruxismo, foi utilizada pela primeira vez na literatura odontológica em 1907, por Marie & Pietkiewiez como La Bruxomanie (bruxomania, em Português), a terminação mania tem o significado de compulsão. Em 1931, foi substituído pelo termo Bruxismo Mejias (1982); Pavone (1985); Attanásio (1991). A maioria dos conceitos correntes sobre esta condição foram, introduzidos por Karoly em 1901, ainda que não tenha utilizado o termo bruxismo para defini-la. Ao longo do tempo, foi denominado: neurose do hábito oclusal, neuralgia traumática, ranger os dentes, efeito Karoly e, mais recentemente, parafunção. Ramfjord e Ash (1984). Atualmente, o verbete Bruxismo é usado amplamente para descrever todos os tipos de ranger e apertamento de dentes (Shatkin (1992); Teixeira et al., (1994); Attanásio (1997).

4 2 PROPOSIÇÃO Este trabalho visa identificar, por meio de uma revisão de literatura, os aspectos clínicos e o tratamento para os pacientes portadores da disfunção temporomandibular parafuncional cêntrica e excêntrica bruxismo.

5 3 RETROSPECTIVA LITERÁRIA As desodens temporomandibulares são alterações fora das funções normais das estruturas do sistema estomatognático, (mastigação, deglutição e fonação), em que, na anamnese profissional busca por lesões estruturais ósseas, alterações dentárias, problemas periodontais e nos tecidos moles, ao mesmo tempo procura saber também das possíveis causas: como é a oclusão estática e dinâmica, as parafunções, os movimentos disfuncionais ou traumas apresentados pelo paciente. (BUMANN, 2002). De acordo com Ingrassia (2005), o bruxismo é tido como uma atividade motora orofacial durante o sono, caracterizada por repetidas ou sustentadas contrações dos músculos elevadores da mandíbula, contrações estas que podem desenvolver rigorosa força muscular durante os períodos ativos, podendo ter, como conseqüência fraturas e desgaste dos dentes, problemas periodontais, dor, fadiga muscular e dores de cabeça. Os autores afirmam que possivelmente todas as pessoas tenham breves períodos de bruxismo noturno em alguma época da vida, mas a maioria delas desconhem esse hábito. Dentre as atividades parafuncionais do sistema mastigatório, evidenciou-se, no estudo de Okeson, et al.,(1994), o bruxismo, definido pela associação americana de desordens do sono, como um movimento de padrão desordenado do sistema mastigatório, que envolve o ranger e ou apertar os dentes, encontraram o bruxismo excêntrico noturno

6 presente em crianças entre dois e doze anos de idade. O bruxismo pode estar relacionado com os desconfortos musculares e articulares verificados, mostrando existir uma relação causal entre o apertamento dos dentes e sinais e sintomas de disfunção temporomandibular, incluindo cefaléia, dor na musculatura mastigatória e dor cervical. Estes sintomas podem ser conseqüência da hiperatividade muscular citada na literatura como fator causal mais comum de DTM, por levar o ciclo de dor espasmo. Em geral, durante o exame clínico o paciente relata sintomas como dor, limitações de movimento, abertura e fechamento da boca, estalos da ATM, zunidos, tontura, ardência de língua e uma sensação não específica de pressão e tensão. (RAMFJORD, 1972). O sintoma da dor merece atenção especial, principalmente com relação à localização, primeira ocorrência, características e fatores intensificadores da dor, para que, durante o desenrolar do exame, possa o terapeuta determinar o tipo e a dimensão das medidas a serem tomadas para o tratamento. (BADER, 2000). Podemos classificar as DTMs em quatro tipos, que seriam: muscular, dentoperiodontal, interna da ATM e parafuncional (bruxismo). O Bruxismo, apesar de sua causa ainda ser desconhecida, vem sendo cada vez mais estudado, levando os profissionais de várias áreas da saúde, a recorrerem a literatura, a ciência e a tecnologia para o conhecimento e aprimoramento de novas técnicas para tratar as conseqüências do Bruxismo. (RAMFJORD, 1972).

7 O ranger de dentes é um dos movimentos de bruxismo que ocorre durante o sono. É classificado como excêntrico (Bruxismo Excêntrico Noturno BEN). Causa o desgaste dos dentes (principalmente incisivos) e aumento do volume muscular, enquanto que o apertar ou bater de forma centrada os dentes é o movimento de bruxismo chamado cêntrico e não provoca desgaste dos dentes. (MACIEL, 1996) A duração destes episódios é bastante variável, não somente de pessoa para pessoa, como na mesma pessoa. O tempo de apertamento e o ranger de dentes durante a noite podem variar de 05 à 38 minutos por noite, e durante esta atividade parafuncional, a força de contato dentário chega a ser três vezes superior àquela da atividade funcional do sistema mastigatório, podendo causar colapso das estruturas envolvidas (OKESON, et. al., 1992). Para Lavigne (1996), o uso de polissonografias em laboratórios do sono é atualmente considerado um método preciso para diagnóstico de bruxismo. Porém, é um método de alto custo que não pode ser realizado em consultórios odontológicos ou na residência do paciente, exigindo o deslocamento do mesmo. A utilização de critérios clínicos para diagnosticar o bruxismo foi testada através de um estudo comparativo dos resultados de registros polissonográficos avaliados sem o conhecimento do diagnóstico clínico de bruxismo. O bruxismo tem sido considerado uma atividade motora orofacial realizada durante o sono, caracterizada por repetidas ou sustentadas

8 contrações dos músculos elevadores da mandíbula. Contrações que podem desenvolver um rigor muscular vigoroso, em torno de 150 à 340 kg. de carga puntiforme durante os períodos ativos, podendo ter como conseqüência, fraturas, desgastes dos dentes, problemas periodontais, dor, fadiga muscular e dores de cabeça. (SILVA, 2003). O Bruxismo é uma patologia de origem multifatorial, em que as etiologias de caráter local e de ordem emocional são as mais relevantes. Pode ocorrer em qualquer fase da vida, porém, se tiver início na dentição decídua, quando chegar na dentição mista tende a se agravar, podendo perpetuar-se para a vida adulta. Se não for tratada, poderá acarretar sérios problemas ao sistema estomatognático, como desgaste das estruturas dentárias, DTM e dores nos músculos da mastigação, podendo ainda trazer sensibilidade dentinária e, em casos mais graves, perda da dimensão vertical. Geralmente, quando inicia na infância, ocorre com crianças hiperativas, reprimidas, que realizam atividades competitivas, ou que são muito cobradas e exigidas pelos pais e/ou responsáveis. (RAMFJORD, 1998) O tratamento é bastante amplo, multidisciplinar e necessitando contar com diversos profissionais, além do dentista. Dentre eles, o psicólogo, o psiquiatra e, muitas vezes, o médico pediatra, em se tratando de uma criança com etiologia de origem sistêmica. (UETETANABARA, 2000) Para Rugh & Hartan (1998), além da dor gerada pelos hábitos

9 parafuncionais, é importante ressaltar que o bruxismo prolongado pode levar ao desgaste dentário, ocasionando alteração da ATM e tensão da musculatura mastigatória, o que pode justificar a maior prevalência de sintomas da disfunção nos jovens. Não há diferença na prevalência de hábitos parafuncionais com relação a sexo e idade. Mas, se considerar variáveis associadas à dor e disfunção temporomandibular, a incidência de sintomas relacionados segue a proporção de 4:1 entre mulheres e homens, com forte incidência para mulheres entre 20 e 30 anos. Em crianças, a incidência do bruxismo é variável, mas há um aumento na faixa etária dos sete aos 10 anos ( HADDAD et. al.1994, LELES & MELO, 1995). Segundo Teixeira et al. (1994), pode-se evidenciar nos indviduos com bruxismo alguns sinais da manifestação do hábito. Podendo ocorrer pulpites, odontalgias, cálculos pulpares, fraturas radiculares, fraturas parciais de coroas, migração de dentes e ainda a hipótese da perda de substância dentária na interface esmalte - cemento, dando lugar a lesões ao nível colo dentário. 3.1 ETIOLOGIA Sendo o bruxismo causa e ou efeito de uma ou várias patologias, as teorias e hipóteses buscam a explicação ora em efeito, ou em causa, ou em ambas. Arnold et. al. (1981), enumera 3 fatores causais: a) Psicológico: o estresse, como fator desencadeante e

10 mantenedor do hábito, originado por qualquer necessidade não satisfeita (frustação, raiva, ansiedade, fúria, etc.); b) Muscular: os músculos estriados em reação ao estresse, aumentam sua tonicidade; c) Dental: as forças desprendidas pelos músculos e recebidas pelos dentes podem ser absorvidas (com ou sem efeito) ao serem amortecidas pelo periodonto. Estas forças podem ser dissociadas em vários graus durante o bruxismo. Silva (2003) relata haver seis vezes mais potência muscular em bruxômanos, comparados com não bruxômanos. Ramfjord (1991), observou em pacientes não bruxômanos uma adaptação maior para todo tipo de mal oclusão. Reforçando com isto a citação de Behsnilian (1974), do limiar de excitabilidade (tudo ou nada) onde só se processa a contração do músculo quando o estímulo atingir a um limiar de excitabilidade, este limiar varia em cada pessoa, variando também na própria pessoa. A maioria dos autores, em diferentes graus, concordam que o bruxismo tenha origem multifatorial, envolvendo principalmente os fatores dentais e condições psíquicas. Ramfjord e Ash (1998) consideram 3 fatores como provocadores do bruxismo: a tensão emocional; dor ou incômodo e oclusão desajustada. A dificuldade em separar os grupos de bruxômanos nos conduz a classificações abrangentes tais como:

11 TENSOS e NÃO TENSOS; DIURNOS e NOTURNOS; Apertar, ranger ou bater os dentes. Os pacientes tensos relacionam o início do bruxismo com esforços mentais (dificuldades, conflitos, etc.), e os não tensos não observam nenhuma ligação com esforços mentais (dificuldades, conflitos, etc.) Macedo (2008), classifica o bruxismo em consciente (acordado) e subconsciente (dormindo). O bruxismo apresenta-se por meio de GRINDING (rangidos ocasionais), CLENCHING (batimentos rápidos), sendo o CLENCHING caracterizado por forte pressão transmitida ao osso alveolar, e o GRINDING, por intensa atrição e perda óssea alveolar, podendo a pressão ceder lugar à abrasão. Molina (1989), classifica o bruxismo em cêntrico (quando há instabilidade ou interferência oclusal nas adjacências imediatas da oclusão cêntrica, produzindo contrações musculares isométricas) e excêntrico (quando ocorrem fora da oclusão cêntrica, produzindo contrações musculares a princípio isotônicas). Behsnilian (1974), sistemaliza o bruxismo em classes: Classe I ato de interpor objetos entre os dentes; Classe II hábitos envolvendo lábios, boca, bochechas, língua, etc. com os dentes; Classe III hábitos de contatos dente por dente. Ahmad (1986), citando vários autores, relaciona o bruxismo com

12 cinco fatores: local, sistêmico, psíquico, ocupacional e combinados. 3.2 FATOR LOCAL Segundo Molina (1989), as más oclusões, restaurações incorretas, cálculos periodontais, mobilidades dentais, irregularidades do lábio, hiperplasia gengival e outros fatores que se relacionam com a fisiologia oclusal (postura, movimentos e oclusão), favorecem o estabelecimento do bruxismo. A desarmonia oclusal cuspídea interfere no bruxismo quando o paciente está apresentando sinais e ou sintomas musculares. Ela ocorre em relação central e ou nas fases funcionais laterais e protrusiva, (MACIEL 1996). Nas interferências oclusais, a mandíbula desvia-se para o lado oposto ao da interferência, estabelecendo um desequilíbrio biomecânico, tanto na estrutura dental como no mecanismo neuromuscular. Na interferência oclusal, efetuam-se movimentos mandibulares a partir da relação central e fazendo a protrusiva ou lateralidade, com a intenção de se proteger, isto é, buscar uma posição cômoda e conveniente, produzindo uma mastigação unilateral.

13 3.3 FATOR SISTÊMICO Vários fatores sistêmicos podem ser relacionados com bruxismo. Patologias do SNC (autismo, epilepsia, paralisia cerebral) problemas alérgicos (asma, rinite alérgica) deficiencias nutricionais (hipocalcemia e avitominiose) parasitose intestinal, distúrbios gastrointestinal, genético, nutricionais, hormonais e os próprios fatores psíquicos. (CUNHA, 2001). 3.3.1 Sistema Nervoso Central Conforme os estudos de Mongini (1988) o uso de drogas do tipo anfetaminas aumenta a incidência de bruxismo.baseaado nessa observação, o autor conclui que que o Sistema Nervoso Central infui na origem desse hábito. Glaros (1981), citando os estudos neuropatológicos de Broughtown em pacientes com bruxismo, têm sugerido ser uma desordem de despertamento. 3.3.2 Fator Genético Pereira et. al., (2006), relata, que a predisposição genética possibilita existir algum papel na origem do bruxismo, mas os mecanismos exatos e o modo de transmissão não são conhecidos até

14 hoje. Sugere-se um efeito genético na variação fenóptica de cinco parassonias (caminhar e falar durante o sono, pesadelos, bruxismo e enurese), também como efeitos genéticos compartilhados especialmente entre falar e caminhar durante o sono, bruxismo e falar durante o sono, pesadelos e falar durante o sono. Segundo Ahmad (1986), constatou existirem padrões de desgaste em facetas dentais semelhantes, em gêmeos monozigóticos levando o mesmo à concluir; haver relação do bruxismo com a genética. 3.3.3 Alergias e Parasitoses Intestinais Vários trabalhos buscam isoladamente explicações sobre estas duas enfermidades relacionadas com o bruxismo. Porém, o que há de fato é uma relação íntima entre taxa de Ig E, a eosinofilia e o bruxismo. Tanto na alergia como nas parasitoses intestinais, a taxa de Ig E e eosinofilia apresentam-se altas e há sensíveis manifestações bucais. Estudos mais específicos são necessários para elucidar estes fatos. (PAVONE, 1995). 3.4 FATOR HORMONAL Ramfjord (1966) verificou correlações entre a DTM e influencias hormonais visto que suas manifestações são mais freqüentes no sexo

15 feminino. Nas desordens endócrinas, em particular no hipertireoidismo, pelo aumento do metabolismo e excitabilidade, pode haver bruxismo. Ocorre alteração (psíquica) no humor. Em seu trabalho, Pavarini (1975), observou uma hiperatividade do sistema endócrino produzindo estresse em animais de laboratório 3.5 FATORES PSÍQUICOS Seraidarian (2002), relata o termo estresse para determinar o conjunto de reações, que um organismo desenvolve ao ser submetido a um processo de adaptação. Isto ocorre a todo instante: estamos constantemente nos adaptando às mais diferentes exigências, sejam ambiental, sejam do mundo interno (idéias, desejos, fobias, expectativas etc). Quando este esforço de adaptação for muito grande, poderá ter como conseqüência, uma predisposição para determinadas enfermidades (úlceras, eczemas, asma, hemorróidas, artrites, parafunções orais, etc.). O estresse altera as funções orgânicas: os bruxômanos tensos apresentam inicialmente uma resposta ao estresse (o bruxismo é uma resposta muscular específica que ocorre em reação no período de estresse). Vários autores mencionam estar o estresse presente na instalação do bruxismo e é indiscutível ser o bruxismo, em certos casos, um efeito de patologias psicológicas.

16 3.6 FATORES OCUPACIONAIS Estão intimamente ligados a fatores de ordem psíquica. Dentre os exemplos, podemos citar uma pesquisa realizada com Policiais Militares, que detectou que mais da metade relataram ranger os dentes durante o sono e/ou vigília. Observou-se que, dentre os policiais com estresse, 81% apresentavam bruxismo e no grupo dos pacientes não bruxônamos apenas 3,7% apresentaram estresse. A prevalência do estresse em indivíduos com bruxismo é significativamente maior em relação aos indivíduos sem bruxismo. (CARVALHO, 2008). 3.7 FATORES COMBINADOS É a interrelação destas particulariedades combinando-se em vários graus. Há correlação positiva entre bruxismo e estresse, ansiedade consciente ou inconsciente, frustrações, agressão reprimida e obcessão, a parafunção, pode então levar o indvíduo a expressar determinadas emoções como sadismo ou autopunição, revelando o retorno do indvíduo à fase oral para explicar a válvula de escape das tensões emocionais. (MACIEL 1996).

17 4 DISCUSSÃO Segundo Bumann (2002), durante a anamnese, o profissional deve procurar saber das possíveis causas que originaram as desordens temporomandibulaares, ao mesmo tempo, Bader (2000), cita que o terapeuta deve dar atenção especial ao sintoma da dor durante o exame clínico, possibilitando determinar as medidas necessárias para o tratamento. Para Ramfjord (1972), apesar das causas ainda serem desconhecidas, profissionais de várias áreas da saúde estão recorrendo à novos conhecimentos para tratar das DTMs. Maciel (1996), cita, que o ranger de dentes noturno (BEN) causa desgaste nas superfícies dentárias, e que para Okelson et. al., (1992) a força do contato dentário durante o ranger de dentes, pode ser superior à três vezes a força utilizada nos movimentos funcionais normais. Silva et. al., (2006), considera ainda que esta atividade motora, atinge um rigor muscular em torno de 150 à 340kg, causando fraturas dentárias e de restaurações, desgastes dos dentes, problemas periodontais. Para Silva (2003) os bruxômanos, apresentam seis vezes mais potência muscular que os não bruxônamos. Arnold (1981) inclui os fatores: psicológico (estresse), o muscular e o dental, como teorias e hipóteses de busca por explicação de causa ou efeito para o bruxismo. Ramfjord e Ash (1998) citam também três fatores como provocadores do bruxismo: Tensão emocional; dor ou

incômodo e oclusão desajustada. 18

19 5 CONCLUSÕES Espera-se que durante a anamnese e o exame clínico, o profissional faça o diagnóstico da presença do bruxismo o mais precocemente possível dando especial atenção, aos sinais e aos sintomas relatados pelo paciente, visto que, se não forem tratados acarretarão em sérios prejuízos ao individuo cujos danos serão irreversíveis na vida adulta do indivíduo. Por ser o bruxismo, fenomemo ainda de causa desconhecida, profissionais de diferentes áreas da saúde, recorrem constantemente à estudos e discussões para o desenvolvimento e aprimoramento de novas técnicas para o tratamento das disfunções temporomandibulares.

20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AHMAD, R. Bruxismo in Children. J. Pedodont. Boston, v.10, n.105, p. 105-125, 1986. ARNOLD, M. Bruxismo and the occlusion. Dent Clin North. Saint Louis, v.25, n.3, p. 395-407, 1981. ATTANÁSIO.R. al bruxism and its clinical management. Dent Clin North Am, Saint Louis, v.35, n.1, p. 245-252, Jan. 1991. ATTANÁSIO,R. An. Overview of bruxism and its management. Dent Clin North Am, Saint Louis, v.41, n.2, p-229-41, 1997. BADER, G.; LAVIGNE, G. Sleep bruxism; an overview of an oromandibular sleep movement disorder. Sleep. Med. Rev., London v. 4, n. 1, p. 27-43, 2000. BEHSNILIAN, V. Oclusion y rehabilitation. 2 ed. Montevideo: Ind. Graf. Papelera, 1974. p. 68-100. BUMANN, A. Disfunção Temporomandibular: Diagnóstico Funcional e Princípios Terapêuticos. Porto Alegre: Artimed, 2002, p. 04-08 CARVALHO. A. COSTA. Associação entre bruxismo e estresse em policiais militares. Rev. Odonto Ciênc. Porto Alegre, v. 23, n.2, p. 125 /129, 2008. CUNHA, S. R. I.; CORRÊA, M. S. N. P.; LEBER. P. M. SCHALKA, M. M. S. Hábitos bucais. In - Corrêa, M.S.N.P. Odontopediatria na primeira infância. São Paulo, Santos, 2001, p. 561-575. GLAROS, A. G. Incidence of diurnal and nocturnal bruxism. J. Prosthet Dent, New Yorkv.45, n.5, p.545-9, 1981.

21 HADDAD A. N.; CORRÊA, M. S. N. P.; FAZZI, R. Bruxismo em crianças. Rev. Odontopediatr. São Paulo. v. 3, n.2, p.91-8, abr.-jun., 1994. INGRASSIA TONELLI, M.E.; RIVAROLA, E. M.; BONGIOVANI, I. Bruxismo Noturno. Rev. Assoc. Odontol. Argent. Buenos Aires, v.93, n.1, p.21-3, 2005. KAROLYI, M. Beobachtunger uber pyorrhea alveolaria oesterungar. Urtlschr. Zahnh. v. 17, s.n, p. 279-1901. LAVIGNE, G. J., ROMPRÉ, P.H., MONTPLAISIR, J. Y. Sleep bruxism: validity of clinical research diagnostic criteria in an controlled Polysomnographic study. J Dent Res, Chicago, v. 75, n. 1, p. 546-552, 1996. LELES, C.R.; MELO: M., Bruxismo e apertamento dental, uma conduta clínica racional. ROBRAC, Goiania, v.5, n.15, p.22-6, ago. 1995. MACEDO, C.R., Bruxismo do Sono. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial. Maringá, v. 13. n. 2, p.18-22, mar./abr. 2008. MACIEL. R. N. Oclusão e ATM. Procedimentos Clínicos. São Paulo, Santos, 1996, p.397. MARIE, M & PIETKEIWIEZ. La bruxomanie. Rev. Stomat. Paris, s/n, p. 14-107. 1907. MEJIAS, J. E.; MEHTA, N. R. Subjective and objective evaluation of bruxing patients un-dergoing shortterm splinttherapy. J Oral Rehabil, Inglaterra, Bristol, v. 9, p. 279-89, 1982. MOLINA, O.F. Fisiopatologia craniomandibular (Oclusão e ATM). São Paulo: Pancast Editorial, 1989, 668 p. MONGINI, F. O sistema estomatognático. Quintenssence, São Paulo, 1988, p. 256.

22 OKESON, J. P. História e análises das desordens Temporomandibular. 4 ed.,são Paulo, Artes Médicas, 1992, p. 181-210. ; PHILLIPS, B.A., BERRY, D.T.R. & BALDWIN, R. M. Nocturnal bruxing events: a report of normative data and cardiovascular response. Journal of Oral Rehabilitation, Oxford, v. 21, n. 6, 1994, p. 623-630. PAVARINI, A. VINO, B.G.; PINHEIRO, C. E. Influência do stress no irrompimento dos molares e crescimento dos incisivos. Estom. Cult. v. 9, n. 2, p. 155-160, 1975. PAVONE, B. W., Bruxismo and its effect on the natural teeth. J. Prosthet. Dent. New York, v. 5, n. 53, p; 692-6, 1995. PEREIRA, R.P.A., NEGREIROS, W. A. CONSANI, R.L.X., MESQUITA, M.F., Revista Odonto Ciência- Fac. Odonto/PUCRS, Porto Alegre,v.21, n.52, abr./jun., p. 185-190, 2006. RAMFJORD, S. P.; ASH, M. M. Occlusal adjustment of natural teeth. Philadelphia: WB Saunders, 1966, p. 248-88.. Oclusion. Rio de Janeiro, Interamérica, 1972. 400 p.. Oclusão. 3 ed., Interamericana, São Paulo 1984. RAMFJORD S.P. Aclinical and electranyographic study. J Am dent Assoc. Chicago, v. 65, n.2, p. 228-32, 1991. RAMFJORD, S.P. ASH. M. M. SCHMIDSEDER, J. Oclusão. São Paulo, Santos, 1998, p.195. RUGH J. D., Hartan J. Nocturnal bruxism and temporomandibular disorders. Department of Oral and maxillofacial Surgery, University of Texas. Health Adv Neurol, Austin.V. 49, n. 1, p. 329, 1990.

23 SHATKIN, A. J. Bruxism and bruxomania. Journal, Winter, v. 25, n. 4, p. 7-10, 1992. Rode Island Dental SERAIDARIAN, P.I., Mecanismos neurológicos envolvidos na gênese do bruxismo. J. P. B. Jornal Brasileiro de Oclusão ATM e dor Orofacial, Curitiba, v.2, n. 7, p.240-6, 2002 SILVA, S. R. Bruxismo Rev. Assoc. Paul Cir. Dent. São Paulo, v.57, n. 6, p.409-l7. 2003. TEIXEIRA, M.; RIBEIRO, C. P.; QUEIROZ, A.; PERDOMO, G. W. Bruxismo: O desgaste dental em resposta à interferênciaoclusal. ROBRAC- Rev Odontol Bras Central, Goiânia, v. 4, n. 13, p. 8-13, 1994. UETETANABARA, R. MAZZETO, M. O. Bruxismo: Uma visão atual. Rev. Odont Unicid, São Paulo, v. 12, n.2, p. l63-169, 2000.