Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Fundação Universidade de Brasília UNB. RELATÓRIO Data Teor

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

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PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

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Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Estratégia corporativa conhecido e desprovido.

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P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União. Não se trata de solicitação de informação

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Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão ao pedido de acesso à informação. Informações públicas.

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CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Transcrição:

PARECER Referência: 99902.001887/2013-80 Assunto: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação Restrição Não se aplica de acesso: Ementa: Terceirização de serviços jurídicos Relação de advogados terceirizados A regra é a publicidade - Caixa Econômica Federal CEF Risco à competitividade Conhecido e desprovido. Órgão Caixa Econômica Federal - CEF recorrido: Recorrente: F.M.B. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descrito abaixo representado: RELATÓRIO Data Teor Pedido 31/10/2013 Solicita o número de advogados relacionados nos contratos de prestação de serviços jurídicos atualmente vigentes no Distrito Federal, correlacionando-os com as respectivas sociedades contratadas e em atuação. Resposta Inicial 20/11/2013 [...] em virtude do disposto no art. 22 da Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), e no art. 5º, 1º do Decreto n.º 7.724/2012, que regulamentou a Lei de Acesso à Informação, a informação solicitada é classificada como sigilosa e não pode ser fornecida por afetar a competitividade da CAIXA. 2. Esclarecemos que, no caso de contratação dos escritórios terceirizados, a CAIXA se sujeita aos princípios licitatórios aplicáveis à Administração Pública. Assim, o resumo do Edital é publicado em jornal de grande circulação local e no DOU, cópias do mesmo são remetidas para divulgação a todas as Superintendências Regionais, Gerências de Filial e agências da região, e também disponibilizamos os dados no portal da CAIXA na INTERNET - www.caixa.gov.br. Recurso à Autoridade Superior 28/11/2013 Ora, se a contratação dos escritórios terceirizados submete-se aos princípios que regem a Administração Pública, notadamente a publicidade, não há motivo para que se especifiquem quais profissionais receberam procuração outorgada pela empresa pública federal em questão. Aos mesmos profissionais são outorgadas procurações judiciais que são encartadas em processos que não se submetem, regra geral, ao segredo de justiça. O requeren- 1

Resposta do Recurso à Autoridade Superior te poderia perfeitamente pesquisar, um a um, esses processos nos mais diversos órgãos jurisdicionais, mas, desse universo, há grande dificuldade em identificar quem é advogado contratado, submetido ao crivo do concurso público, daquele que é tãosomente terceirizado. Logo, não há motivo para que a CAIXA negue a solicitação sob o mero argumento de que a publicidade de tal informação afetará sua competitividade no mercado. É de se perguntar, ainda, se a CAIXA disponibiliza vista e cópia dos autos dos procedimentos licitatórios que realiza para a terceirização de serviços jurídicos. De fato, não se quer ter acesso a estratégias mercadológicas para sua atuação no mercado financeiro. O solicitante apenas quer a relação nominal dos advogados terceirizados aos quais foi outorgada procuração para patrocínio judicial e/ou extrajudicial, correlacionando-os com as respectivas sociedades contratadas e em atuação. Em face do exposto, interpõe-se recurso contra a decisão que negou as informações solicitadas, visto que não incide, no caso concreto, a necessidade de resguardá-las da publicidade. 2/12/2013 [...] em virtude do disposto no art. 22 da Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), e no art. 5º, 1º do Decreto n.º 7.724/2012, que regulamentou a Lei de Acesso à Informação, a informação solicitada é classificada como sigilosa e não pode ser fornecida por afetar a competitividade da CAIXA. 1.2. Esclarecemos que, no caso de contratação dos escritórios terceirizados, a CAIXA se sujeita aos princípios licitatórios aplicáveis à Administração Pública. Assim, o resumo do Edital é publicado em jornal de grande circulação local e no DOU, cópias do mesmo são remetidas para divulgação a todos as Superintendências Regionais, Gerências de Filial e agências da região, e também disponibilizamos os dados no portal da CAIXA na INTERNET - www.caixa.gov.br. 1.3. Acrescentamos que em que pese estar sujeita aos Princípios da Administração Pública, a CAIXA atua no campo próprio dos particulares, em ambiente de livre competição com outras empresas privadas, destacando-se dois aspectos inerentes à sua condição jurídica: por um lado, é pessoa jurídica de direito privado e por outro, sofre o controle estatal. 1.4. Essa configuração aplicável à CAIXA veio explícita na regulamentação da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação LAI), eis que o Decreto nº 7.724/2012, no 1º do seu art. 5º assim estatui: 1º A divulgação de informações de empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas pela União que atuem em regime de concorrência, sujeitas ao disposto no art. 2

173 da Constituição, estará submetida às normas pertinentes da Comissão de Valores Mobiliários, a fim de assegurar sua competitividade, governança corporativa e, quando houver, os interesses de acionistas minoritários. 1.5. Portanto, ao definir que as empresas públicas, exploradoras de atividade econômica que atuem em regime de concorrência, devem observar as normas pertinentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto às informações por ela reguladas, o regramento legal em exame não deixou dúvida de que qualquer publicidade fora dos parâmetros instituídos pela CVM será prejudicial à atuação dessas empresas em relação às suas concorrentes. 1.6. Essa preocupação vem registrada também no 5º do artigo 7º do Decreto nº 7.724/2012, que ordena a aplicação, pelas empresas públicas que atuem em regime de concorrência, do parâmetro inserto pelo 1º do art. 5º do mesmo Decreto, acima transcrito, na divulgação de informações em seus sítios na Internet (Portal da Transparência Ativa). 1.7. Em sendo assim, mantemos nossa posição anterior quanto ao sigilo das informações solicitadas, tudo, com base na competição e governança corporativa, bem como ausência de obrigatoriedade de fornecimento destes dados por parte do seu órgão regulador. Recurso à Autoridade Máxima 9/12/2013 [...] a alegação para o indeferimento, obviamente, não encontra respaldo. Nesse sentido, permita-se a remissão aos termos do recurso anteriormente apresentado. Com efeito, se a contratação dos escritórios terceirizados submete-se aos princípios que regem a Administração Pública, notadamente a publicidade, não há motivo para que se especifiquem quais profissionais receberam procuração outorgada pela empresa pública federal em questão. Aos mesmos profissionais são outorgadas procurações judiciais que são encartadas em processos que não se submetem, regra geral, ao segredo de justiça. O requerente poderia perfeitamente pesquisar, um a um, esses processos nos mais diversos órgãos jurisdicionais, mas, desse universo, há grande dificuldade em identificar quem é advogado contratado, submetido ao crivo do concurso público, daquele que é tão-somente terceirizado. Logo, não há motivo para que a CAIXA negue a solicitação sob o mero argumento de que a publicidade de tal informação afetará sua competitividade no mercado. É de se perguntar, ainda, se a CAIXA disponibiliza vista e cópia dos autos dos procedimentos licitatórios que realiza para a terceirização de serviços jurídicos. De fato, não se quer ter acesso a estratégias mercadológicas para sua atuação no mercado financeiro. O solicitante apenas quer a relação nominal dos advogados terceirizados aos quais foi ou- 3

Resposta do Recurso à Autoridade Máxima torgada procuração para patrocínio judicial e/ou extrajudicial, correlacionando-os com as respectivas sociedades contratadas e em atuação. Em face do exposto, interpõe-se o recurso, conforme razões acima expendidas, porquanto não incide, no caso concreto, a necessidade de resguardá-las da publicidade. 16/12/2013 1.1 Reavaliados todos os pontos da solicitação, especialmente os veiculados no recurso dirigido a esta Autoridade Máxima, prevaleceu o entendimento no sentido de que a informação é, de fato, sigilosa, uma vez que a sua divulgação pode afetar a competitividade da CAIXA. 1.2. Ressaltamos, nesse sentido, que os profissionais da área jurídica desta empresa pública, mais do que advogados, atuam como gestores de assuntos jurídicos da empresa, conjugando duas grandes vantagens: o conhecimento técnico e do negócio. 1.3. Um dos fatores relacionados à terceirização de serviços advocatícios é a questão do custo como valor estratégico. A CAIXA, enquanto empresa pública que atua em regime de concorrência e sujeita ao disposto no art. 173 da Constituição Federal, eventualmente necessita da terceirização, por exemplo, para a prática de atos onde não é financeiramente interessante (dada a pequena quantidade ou a diminuta freqüência) manter uma estrutura mais completa (imóvel, luz, água, condomínio, telefone, internet, advogado, apoio administrativo, etc.). 1.4. Sob o ponto de vista da competitividade e governança corporativa, a CAIXA não deve ser obrigada a revelar dado enquanto componente do seu custo de produção e como parte integrante de sua estratégia de atuação para defesa em juízo, uma vez que estas informações não são exigidas pela CVM. 1.5. Assim, com fundamento no disposto no art. 22 da Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), e no parágrafo 1º do artigo 5º do Decreto n.º 7.724/2012, que regulamentou a Lei n.º 12.527/2011, o Vice- Presidente, na qualidade de Autoridade Máxima da CAIXA, resolve manter o indeferimento do pedido de acesso relacionado aos serviços terceirizados da Diretoria Jurídica. Recurso à CGU 19/12/2013 Não pode prevalecer a justificativa apresentada pela autoridade máxima de que a informação é, de fato, sigilosa, uma vez que a sua divulgação pode afetar a competitividade da CAIXA. Apresentam-se frágeis os argumentos no sentido de que as informações solicitadas não são exigidas pela CVM, de que o dado (ao qual se pretende o acesso) insere-se como custo de produção. Com efeito, se a contratação dos escritórios terceirizados submete-se aos princípios que regem a Administração Pública, notadamente a publicidade, não há motivo 4

para que se especifiquem quais profissionais receberam procuração outorgada pela empresa pública federal em questão. Aos mesmos profissionais são outorgadas procurações judiciais que são encartadas em processos que não se submetem, regra geral, ao segredo de justiça. O requerente poderia perfeitamente pesquisar, um a um, esses processos nos mais diversos órgãos jurisdicionais, mas, desse universo, há grande dificuldade em identificar quem é advogado contratado, submetido ao crivo do concurso público, daquele que é tão-somente terceirizado. Logo, não há motivo para que a CAI- XA negue a solicitação sob o mero argumento de que a publicidade de tal informação afetará sua competitividade no mercado. É de se perguntar, ainda, se a CAIXA disponibiliza vista e cópia dos autos dos procedimentos licitatórios que realiza para a terceirização de serviços jurídicos. De fato, não se quer ter acesso a estratégias mercadológicas para sua atuação no mercado financeiro. O solicitante apenas quer a relação nominal dos advogados terceirizados aos quais foi outorgada procuração para patrocínio judicial e/ou extrajudicial, correlacionando-os com as respectivas sociedades contratadas e em atuação. Em face do exposto, interpõe-se o recurso a essa Controladoria-Geral da União CGU, conforme razões acima expendidas, porquanto não incide, no caso concreto, a necessidade de resguardar da publicidade as informações solicitadas. Informações Adicionais e Negociações 23/03/2014 Da análise preliminar do recurso e processo vinculado, não ficou claro em que medida a divulgação da relação de advogados que receberam procuração ou foram substabelecidos para processos no âmbito do Distrito Federal compromete a competitividade da CEF. Solicita-se, portanto, esclarecimentos nesse sentido. Pergunta-se ainda se a CEF possui controle de profissionais terceirizados de direito que advogam em seu favor, sejam eles procuradores ou substabelecidos. Resposta à solicitação de informações adicionais 4/4/2014 Em atenção à mensagem de Vossa Senhoria, esclarecemos que a divulgação dos dados requeridos expõe os custos operacionais da CAIXA e a estratégia de defesa, os quais são relacionados à competitividade da empresa no mercado. 2. A divulgação da relação nominal dos advogados terceirizados aos quais foi outorgada procuração para patrocínio judicial e/ou extrajudicial, interfere diretamente na estratégia de distribuição do acervo de processos da CAIXA, Nominar os advogados terceirizados que prestam serviço à CAIXA, pode indicar ao mercado quais são as prioridades e interesses de maior relevância para esta empresa pública do ponto de vista institucional/empresarial, podendo acarre- 5

tar, eventualmente, prejuízo para os seus negócios. 3. Do ponto de vista da competitividade e governança corporativa, a CAIXA não deve ser obrigada a revelar dado enquanto componente do seu custo de produção e como parte integrante de sua estratégia de atuação para defesa em juízo. 2. É o relatório. ANÁLISE: 3. Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7.724/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7.724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 4. Quanto ao mérito o pedido revela, a princípio, interesse particular e busca identificar o número de advogados vinculados a sociedades jurídicas que, mediante contrato com a Caixa Econômica Federal - CEF, prestam serviços à CEF no Distrito Federal. Ainda que haja a possibilidade de identificação dos advogados por consulta direta aos processos isentos de segredo de justiça em que a CEF é parte, alega o demandante que não se pode distinguir dentre aqueles profissionais empregados da CEF e advogados representantes de sociedades jurídicas contratadas. 5. A fundamentação da CEF para a negativa está calcada no art. 22 da Lei nº 12.527/2011 e parágrafo 1º do artigo 5º do Decreto n.º 7.724/2012. No bojo do argumento, o comprometimento da governança corporativa da empresa pública. O entendimento do 6

exposto pela CEF deve ser feito a partir da análise da atividade exercida pelas sociedades jurídicas contratadas. Nesse sentido, o argumento genérico de que qualquer serviço jurídico contratado ensejaria a classificação de seus profissionais do Direito, não merece prosperar. 6. Por outro lado, ao generalizar o pedido, o requerente deixa de permitir qualquer margem de análise quanto ao tipo de processo que, eventualmente, poderia ter a relação dos advogados ser franqueada sem comprometer a governança corporativa ou competitividade da CEF. Em contraponto está o argumento de que se o contrato é feito mediante licitação, os seus desdobramentos seguem também os princípio específicos desse certame, ou seja, publicidade, competitividade e aderência ao instrumento convocatório. 7. A defesa da CEF ressalta que pelas características próprias da empresa pública a contratação obedece aos princípios licitatórios, porém, por atuar no âmbito privado esta atuação segue outros regramentos. É razoável acatar parcialmente os argumentos da CEF, mas sem o detalhamento de que ações as diferentes sociedades jurídicas atuam, fica comprometida a defesa plena das posições da empresa pública. 8. Em nenhum momento do processo o requerente revela ser do seu interesse determinada sociedade jurídica ou tipo de ação. Há meios alternativos para se alcançar o atendimento do pedido, inclusive isso é revelado pelo requerente, bastando apenas obter a relação de advogados empregados da CEF no Distrito Federal e, por eliminação e em confronto com o conteúdo dos diversos processos em que a CEF é parte, distinguir os advogados empregados dos não empregados. Não sendo objeto do pedido, a sua proposição a esta altura caracterizaria inovação, fato que levaria obrigatoriamente ao registro de novo pedido no e-sic. CONCLUSÃO: 9. De todo o exposto, opina-se pelo conhecimento do recurso, porque tempestivamente apresentado, e pelo DESPROVIMENTO. ROMUALDO ANSELMO DOS SANTOS Analista de Finanças e Controle 7

D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo desprovimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 99902.001887/2013-80, direcionado à Caixa Econômica Federal - CEF. JOSÉ EDUARDO ELIAS ROMÃO Ouvidor-Geral da União 8

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 2045 de 06/06/2014 Referência: PROCESSO nº 99902.001887/2013-80 Assunto: Parecer sobre Acesso à Informação Signatário(s): GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 06/06/2014 Relação de Despachos: aprovo. GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 06/06/2014 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 8d3958bc_8d14f865a85b11b