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Transcrição:

14/04/2010 CIA BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV A Companhia COMPRA Código em Bolsa AMBV4 Setor BEBIDAS Cotação em 01/04/10 R$ 162,50 Preço Alvo R$ 207,12 Potencial de Valorização 27,46% Valor de Mercado (em mil) R$ 100.260.550 Cotação Min./Max. R$ 101,60 / R$ 185,63 N de Ações (mil) 616.988 Free Float 26,21% Índice P/L (2010) 13,8 anos COT/VPA (dez/09) 455,4% Valorização Bovespa (ano) 3,71% Valorização Ação (ano) -6,88% Valorização Ação (52 sem) 43,55% Pay Out 59,5% Cash - Yield 3,6% Caio Farme (CNPI) 55 11 3106.6870 tecnica@tecnicaassessoria.com.br A AMBEV é a maior cervejaria da América Latina e a maior indústria de bens de consumo do Brasil. Está presente em 14 países das Américas, em operações que envolvem a produção e comercialização de cervejas, refrigerantes e outras bebidas não-carbonatadas, malte e subprodutos, dividindo-se em três unidades de negócio: Operações Brasil, representadas pelas vendas de (i) cerveja; (ii) refrigerantes e bebidas não alcoólicas e não carbonatadas; e (iii) malte e subprodutos; América Latina Hispânica (HILA), dividida em duas operações: (i) Quinsa, composta por operações na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e (ii) HILA excluindo Quinsa (denominada HILA-Ex), composta pelas operações da Companhia El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela; e América do Norte, representada pelas operações da Labatt Brewing Company Limited ( Labat ), incluindo vendas de cerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos. As principais marcas da Ambev incluem Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva, e Guaraná Antartica. Além disso, a Ambev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. A Companhia também produz, vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, H2OH, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade. A companhia é lider em seis mercados dos quais opera: Brasil, Argentina, Canadá, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Das marcas da empresa, três estão entre as 25 cervejas mais consumidas do mundo: Skol, Brahma e Antarctica. A Ambev possui 64 fábricas de bebidas, 5 maltarias e 9 outras fábricas (vidro, rótulos, concentrado e rolha), produzindo 146,9 milhões de hectolitros de bebidas vendidas por ano. Página 1

Setor / Perspectivas A partir de janeiro de 2009, o segmento de bebidas alcoólicas enfrentou uma reestruturação tributária, na qual houve alterações na forma de cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Para as cervejas, o reajuste ocorreu de acordo com o preço de venda das mesmas. Contudo no 4T08, as companhias reajustaram seus preços, de forma que compensasse o aumento tributário. O segmento ainda teve que enfrentar os impactos da Lei Seca, que entrou em vigor em junho de 2008. Devido a essa lei, o setor enfrentou uma estagnação nas vendas aos bares e restaurantes. Com isso, o crescimento setorial ocorreu através do aumento das vendas para os supermercados. Vale ressaltar, que a indústria de bebidas não foi afetada pela recente crise financeira que impactou de forma abrupta as principais economias do globo, já que o setor tem baixa correlação com a concessão de crédito. O setor de bebidas pode ser caracterizado por ter uma demanda praticamente inelástica, pelo fato de possuir previsibilidade nos fluxos de caixa, com baixo risco operacional. Quanto as perspectivas setoriais no mercado brasileiro, essas são favoráveis visto que: - Há um baixo consumo tanto de álcool quanto de cerveja - Consumo crescente de cervejas de maior valor agregado - O aumento da renda da população, que irá ter como conseqüência o crescimento do volume de vendas junto aos consumidores de menor e maior renda. - O patamar de consumo de refrigerantes ainda é considerado baixo no Brasil, apresentando assim um bom potencial de crescimento nesse segmento. Entre os principais riscos, destacamos: - Mudanças na legislação tributária e na regulamentação da publicidade que trata do consumo de cerveja. Página 2

PROJEÇÕES 2010 (R$ Mil) Receita Líquida 24.353.492 Lucro Líquido 7.265.282 EBITDA 10.923.958 Aplicação Líquida 4.872.000 Aplicação Liq/EBITDA (vezes) 0,4 Fluxo Caixa Operacional 8.228.950 Índice Preço/Lucro (em anos) 13,8 VM/Fluxo Caixa Oper. (vezes) 12,2 VM/EBITDA (vezes) 9,3 Retorno Patrimonial 26,2% PROJEÇÕES 2011 (R$ Mil) Receita Líquida 25.571.167 Lucro Líquido 8.616.924 EBITDA 11.659.236 Aplicação Líquida 13.831.900 Aplicação Liq/EBITDA (vezes) 1,2 Fluxo Caixa Operacional 7.464.253 Índice Preço/Lucro (em anos) 11,7 VM/Fluxo Caixa Oper. (vezes) 13,5 VM/EBITDA (vezes) 8,6 Retorno Patrimonial 25,2% PROJEÇÕES 2012 (R$ Mil) Receita Líquida 26.849.725 Lucro Líquido 10.002.170 EBITDA 12.223.810 Aplicação Líquida 24.100.100 Aplicação Liq/EBITDA (vezes) 2,0 Fluxo Caixa Operacional 7.476.655 Índice Preço/Lucro (em anos) 10,0 VM/Fluxo Caixa Oper. (vezes) 13,4 VM/EBITDA (vezes) 8,2 Retorno Patrimonial 24,0% Desempenho Recente A Receita Líquida da Ambev atingiu R$ 6,8 bilhões no 4T09, tendo uma evolução de 13,9% em relação aos R$ 6,3 bilhões obtidos em igual trimestre de 2008. Este aumento pode ser explicado pelo crescimento dos volumes no Brasil e HILA-Ex e pelos ajustes de preços nas operações da companhia, que geraram Receita Líquida por hectolitro de 7,3% no período. No acumulado de 2009, a Receita Líquida somou R$ 23,2 bilhões, apresentando uma alta de 11,1% quando comparada com o mesmo período de 2008. O Lucro Bruto somou de outubro a dezembro de 2009 o montante de R$ 4,5 bilhões, crescendo 16,3% frente aos R$ 4,2 bilhões verificados no mesmo período de 2008. Desta maneira, a margem bruta apresentou acréscimo de 1,4 pontos percentuais, passando de 66,8% no 4T08 para 65,4% no 4T09. Os ganhos de hedge de commodities, os menores preços de PET e milho e iniciativas de produtividade foram os fatores que colaboraram para a melhora da margem bruta. No exercício de 2009, o Lucro Bruto somou R$ 15,5 bilhões contra R$ 13,5 bilhões em igual intervalo do ano anterior, registrando assim no acumulado de 2009 uma margem bruta de 66,7%, vs. 65,2% em idêntico período de 2008. As Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas totalizaram R$ 2,0 bilhões, representando um aumento de 16,5% com relação ao 4T08. Este avanço foi devido ao crescimento dos volumes, à inflação, aos investimentos em inovações e à maior provisão para remuneração variável. Em relação aos 12 meses de 2009, as mesmas despesas totalizaram R$ 7,0 bilhões contra R$ 6,0 bilhões nos 12 meses de 2008, tendo com isso uma elevação de 17,1%. O Resultado Financeiro da companhia apresentou prejuízo de R$ 164,9 milhões no 4T09, contra valor também negativo de R$ 330,7 milhões no 4T08. A melhora nessa rubrica foi devido a menores despesas com juros. Nos doze meses de 2009, o Resultado Financeiro da companhia teve uma perda de R$ 982,1 milhões, enquanto que em igual período do ano anterior, o mesmo resultado foi negativo em R$ 1,2 bilhão. O Lucro Operacional da empresa atingiu R$ 2,6 bilhões no 4T09, diante dos R$ 2,2 bilhões obtidos no 4T08. Desta maneira, a margem operacional registrou 38,7% no 4T09, ante 34,4% no 4T08. No ano de 2009, o Lucro Operacional registrou um valor de R$ 8,6 bilhões, com um acréscimo de 28,9% perante o valor de 6,7 bilhões de 2008. Dessa forma, no período janeiro a dezembro de 2009, a margem operacional da companhia atingiu 37,2% contra 32,3% no mesmo período do ano anterior. O Lucro Líquido da Ambev atingiu R$ 1,76 bilhão no 4T09, permanecendo praticamente estável em relação aos R$ 1,73 bilhão obtido no 4T08. Assim, a margem líquida passou de 27,3% no 4T08 para 26,0% no 4T09. Nos doze meses de 2009, o Resultado Líquido foi de R$ 5,9 bilhões contra R$ 5,2 bilhões. Esse resultado fez com que a margem líquida de 2009 fosse de 25,8% após atingir 24,7% em 2008. Página 3

O EBITDA somou ao final do 4T09 o valor de R$ 3,0 bilhões, com ligeiro ganho de 1,9% diante dos R$ 2,9 bilhões obtidos no mesmo trimestre de 2008. Assim, a margem EBITDA perdeu 2,0 pontos percentuais, passando de 46,6% no 4T08 para 44,6% no 4T09. A maior provisão para remuneração variável foi a principal causa pela perda da margem Ebitda. Em relação ao resultado acumulado de 2009, o EBITDA atingiu R$ 10,4 bilhões, contra R$ 9,2 bilhões durante todo ano de 2008. Dessa maneira, a Margem EBITDA passou de 44,3% nos 12M08 para 44,7% no mesmo período de 2009. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO (TRIMESTRAL) Rubrica 4T09 %RL 4T08 %RL Var. Receita Líquida R$ 6.778,6 100,0% R$ 6.365,5 100,0% 13,9% Lucro Bruto R$ 4.527,0 65,4% R$ 4.165,9 66,8% 16,3% EBITDA R$ 3.021,3 44,6% R$ 2.965,8 46,6% 1,9% Resultado Financeiro (R$ 164,8) (2,4)% (R$ 330,7) (5,2)% (50,2)% Lucro Operacional R$ 2.626,4 38,7% R$ 2.188,4 34,4% 20,0% Lucro Líquido R$ 1.764,4 26,0% R$ 1.735,5 27,3% 1,7% DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO (ANUAL) Rubrica 2009 %RL 2008 %RL Var. Receita Líquida R$ 23.194,0 100,0% R$ 20.713,2 100,0% 11,1% Lucro Bruto R$ 15.462,1 66,7% R$ 13.495,5 65,2% 13,8% EBITDA R$ 10.361,1 44,7% R$ 9.174,3 44,3% 15,2% Resultado Financeiro (R$ 982,1) (4,23)% (R$ 1.190,8) (5,7)% (17,5)% Lucro Operacional R$ 8.635,8 37,2% R$ 6.698,8 32,3% 28,9% Lucro Líquido R$ 5.988,3 25,8% R$ 5.190,9 24,7% 15,4% Página 4

Conclusão A Ambev deverá atingir um Lucro Líquido de R$ 7,17 bilhões em 2010, significando um avanço de 19,7% em relação ao Lucro obtido em 2009, de R$ 5,98 bilhões. O cenário para 2010 é positivo para a companhia, devido ao continuo crescimento do consumo no mercado interno, que esta sendo impulsionado pela renda da população que deve continuar crescendo, mercado de trabalho aquecido e Copa do Mundo. A empresa vem aumentando sua participação no mercado nacional de cervejas, na qual atingiu o incrível patamar de 70% de market share no ano passado. Percebe-se que ao longo dos anos, a AmBev tem cada vez mais criado valor para seus acionistas. Além disso, a empresa ficou menos dependente do capital de terceiros para tocar as suas operações, e ainda conseguiu reduzir de forma consistente seu nível de endividamento, possuindo atualmente uma baixa alavancagem. Ano 2009 2008 2007 2006 ROE 27,2% 24,6% 27,6% 14,6% LC 1,21 0,88 0,89 1,00 Div Br./PL 32,9% 51,3% 54,0% 49,6% Receita Bruta 41.484.175 34.919.185 31.936.694 32.487.848 OBS (1): ROE Rentabilidade sobre Patrimônio líquido (mostra o valor criado para o acionista) OBS (2): LC Liquidez Corrente (Mede a capacidade da empresa em pagar suas obrigações de curto prazo). OBS (3): Div Br./ P.L Dívida bruta financeira sobre Patrimônio Líquido (Mede a participação da dívida onerosa sobre Patrimônio Líquido da empresa); OBS (4): A Receita Bruta está em mil reais O Endividamento Bruto (empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo) da empresa passou de R$ 10,6 bilhões em 2008, para R$ 7,3 bilhões no término de 2009. Do total da dívida financeira bruta, 89,0% está alocada no longo prazo. O Índice Preço / Lucro projetado da Ambev para 2010 está em 13,8 anos, abaixo da média da projeção da amostra da Técnica que é de 16,6 anos. Considerando o lucro líquido projetado para 2010 e os 60% de destinação para os acionistas, percentual este que a companhia deve manter, o dividend yield esperado para o mesmo ano seria de 5,7% contra a média de 3,4% dos últimos anos. A projeção leva em conta o preço alvo para o mesmo período. Empresa Div.Yield 09 Div.Yield médio Ambev 5,7% 3,4% Finalmente, o preço-alvo para as ações da companhia é de R$ 207,12, significando um potencial de valorização de 27,46% em relação ao fechamento do dia 01/04/10, de R$ 162,50, enquanto na amostra da Técnica temos um up-side médio de 31,17%. Página 5

Como premissas para as projeções da Usiminas, consideramos: Crescimento de 5,0% na Receita Líquida durante todos os anos considerados nas projeções. A empresa espera para 2010, que as operações do Brasil cresçam de 5% a 9%, enquanto aquelas referentes a América Latina Norte (LAN) fiquem estagnadas. Logo, considerando essa premissa, o Faturamento Líquido da companhia deve crescer na média dos 5% para este ano. Adotamos o mesmo percentual para os outros anos, pelo fato da companhia já ter sua posição consolidada nos mercados onde atua, principalmente o brasileiro, acompanhando assim somente o crescimento do setor no Brasil. Para a margem EBITDA, estimamos um valor médio de 45,2%, até o final das projeções. Após obter a média de 44,4% nos últimos três anos para a margem EBITDA, a companhia espera melhora da mesma margem no Brasil. Portanto, resolvemos adotar um número, um pouco acima do desempenho que a empresa obteve nos últimos anos. Quanto ao CAPEX, adotamos o valor de US$ 2,3 bilhões de investimentos em 2010, já que a companhia reiterou que pretende investir R$ 2,0 bilhões no Brasil, e R$ 300 milhões em manutenção das operações no exterior. Para os próximos anos projetados, acreditamos que a empresa só investirá o suficiente para manter o operacional. Para a alíquota do Imposto de Renda e Contribuição Social o percentual considerado foi de 26%, já que a empresa tem operações em outros países com a incidência dos impostos bem menor que a brasileira. Desta forma, recomendamos a COMPRA de suas ações, pois a empresa deve continuar tendo uma boa rentabilidade como vem mostrando nos últimos anos sem grandes riscos, devido a sua liderança absoluta no mercado doméstico de cerveja, e a baixa elasticidade que o setor na qual está inserida possui em ambiente de desaceleração econômica. Página 6

Análise Gráfica Projeção Gráfica para 31/12/2010 R$ 212,75 Cotação em 01/04/2010 R$ 162,50 Potencial de Valorização 30,92% Suporte (SU) R$ 150,00 Resistência (RE) R$ 185,25 Objetivo de Alta (OA) R$ 200,00 Objetivo de Baixa (OB) R$ 134,00 Tendência de Curto Prazo Baixa Tendência de Médio Prazo Alta Tendência de Longo Prazo Alta A ação entrou em forte tendência de alta, após romper sua Linha Tendência de Baixa e realizar seu pivot de alta na última semana de Março de 2009. Após forte impulsão altista, onde a ação respeitou grande canal de alta em todo o ano de 2009, a ação perdeu sua Linha Tendência de Alta e apresenta, atualmente, realização de lucro em forma de Canal de Baixa. (GRÁFICO SEMANAL) Página 7

O Preço Alvo Elaboramos as projeções de resultados anuais da empresa até o exercício de 2019 e, utilizando o método do fluxo de caixa descontado, obtivemos o preço alvo de R$ 207,12 por ação da Companhia (AMBV4), representando um potencial de valorização de 27,46% em relação ao preço de fechamento do dia 01/04/2010, de R$ 162,50. Valores em R$ mil Período Valor Presente-Fluxos Taxa de Desconto 8,31% 2010 7.666.052 Taxa livre de risco 2,60 2011 6.478.000 Risco de Mercado 5,50 2012 6.044.902 Risco Brasil 2,51 2013 5.652.363 Beta 0,60 2014 5.280.451 Inflação Americana 2,10 2015 4.940.366 2016 4.568.925 Custo do Capital Próprio 4,75% 2017 4.196.829 Custo do Capital de Terceiros 10,50% 2018 3.813.922 Custo Médio Capital Ponderado 7,34% (+) Soma dos Fluxos 48.641.810 (+) Perpetuidade 82.343.434 = Soma dos Fluxos+Perpetuidade 130.985.244 (+) Caixa Excedente 4.042.933 Valor de Mercado (mil) R$ 100.260.550 (+) Ativos não operacionais 24.278 Potencial de Valorização 27,46% (-) Dívidas (7.261.237) Preço Alvo R$ 207,12 (+/-) Ajustes 0 Valor da Empresa (mil) R$ 127.791.218 DISCLAIMER Este Relatório foi preparado pela Técnica Assessoria de Mercado de Capitais e Empresarial (Técnica) para uso exclusivo do destinatário contratante dos serviços de consultoria de investimentos, não podendo ser reproduzido ou distribuído por este a qualquer pessoa sem expressa autorização da Técnica. Este Relatório é distribuído somente com o objetivo de prover informações, e o retorno e o risco associado de quaisquer decisões de investimento ou desinvestimento tomadas a partir de suas informações, são exclusivamente do usuário do relatório As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data de sua publicação. Entretanto, as informações aqui contidas não representam por parte da Técnica garantia de exatidão das informações prestadas e projeções efetuadas. As opiniões contidas neste Relatório são baseadas em julgamentos e estimativas, estando, portanto, sujeitas a mudanças. Sem prejuízo do Disclaimer acima e em conformidade com as disposições da Instrução CVM n 388, o analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório declara que: (I) é certificado pelo CNPI e registrado na Comissão de Valores Mobiliários; (II) as análises e recomendações refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais, às quais foram realizadas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Técnica Assessoria de Mercado de Capitais e Empresarial; (III) não mantém vínculo direto com qualquer pessoa natural que exerça qualquer função de diretoria e/ou gerência na Companhia objeto da análise deste Relatório. (IV) não é titular, direta ou indiretamente, de ações e/ou outros valores mobiliários de emissão da Companhia objeto de análise deste Relatório, que representem 5% ou mais de seu patrimônio pessoal, e não está envolvido na aquisição, alienação e intermediação de tais valores mobiliários no mercado; (V) sua remuneração é fixa e não está, diretamente ou indiretamente, relacionada à recomendação específica ou atrelada á precificação de quaisquer dos valores mobiliários de emissão da companhia objeto de análise neste Relatório. (VI) a Técnica Assessoria de Mercado de Capitais e Empresarial não é titular, direta ou indiretamente, de ações e/ou outros valores mobiliários de emissão da Companhia objeto da análise neste relatório, que representem 5% ou mais de seu patrimônio, e não está envolvida na aquisição, alienação e intermediação de tais valores mobiliários no mercado. Página 8

As Projeções Fluxo de Caixa Projetado pela Legislação Societária (R$ mil) POR PERÍODO 2010 2011 2012 Lucro da atividade 9.385.836 9.829.557 10.321.034 (+)Depreciação e amortização 1.538.122 1.829.680 1.902.775 (+/-)Variação nas duplicatas a receber (198.575) (202.875) (213.018) (+/-)Variação nos estoques (53.201) (77.064) (80.917) (+/-)Variação nos fornecedores 131.695 173.944 182.641 (+/-)Variação nos impostos a pagar 72.067 68.401 71.821 (+/-)Variação nos salários e encargos 35.325 43.089 47.054 (=)Variação Necessidade Capital Giro (12.690) 5.495 7.581 (=)Fluxo de caixa da atividade 10.911.268 11.664.731 12.231.390 (-)Pagamento do imposto de renda e CS (1.374.914) (2.645.250) (3.137.376) (-)Investimentos operacionais (1.307.404) (1.555.228) (1.617.359) (=)Fluxo de caixa operacional 8.228.950 7.464.253 7.476.655 Demonstração de Resultados pela Legislação Societária (R$ mil) 2009 2010 2011 2012 Vendas Brutas 41.484.175 178,9% 43.558.384 178,9% 45.736.303 178,9% 48.023.118 178,9% (-) Impostos (18.290.127) -78,9% (19.204.891) -78,9% (20.165.136) -78,9% (21.173.393) -78,9% Vendas líquidas 23.194.048 100,0% 24.353.492 100,0% 25.571.167 100,0% 26.849.725 100,0% (-)Custo dos Produtos Vendidos (7.717.722) -33,3% (8.036.652) -33,0% (8.438.485) -33,0% (8.860.409) -33,0% (=)Lucro bruto 15.476.326 66,7% 16.316.840 67,0% 17.132.682 67,0% 17.989.316 67,0% (-)Despesas comerciais (5.511.129) -23,8% (5.867.540) -24,1% (6.079.767) -23,8% (6.383.755) -23,8% (-)Despesas administrativas (1.084.442) -4,7% (1.144.614) -4,7% (1.227.416) -4,8% (1.288.787) -4,8% (+/-) Outras desp./receitas operac. 736.485 3,2% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% (=)Lucro da atividade 9.617.240 41,5% 9.304.686 38,2% 9.825.499 38,4% 10.316.774 38,4% (+)Receitas financeiras 366.376 1,6% 1.501.081 6,2% 2.803.367 11,0% 4.251.940 15,8% (-)Despesas financeiras (1.348.469) -5,8% (631.728) -2,6% (562.035) -2,2% (562.035) -2,1% (=)Lucro operacional 8.635.147 37,2% 10.174.040 41,8% 12.066.831 47,2% 14.006.679 52,2% (+/-)Equivalência patrimonial 678 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% (=)Lucro líquido antes da CS e IR 8.635.825 37,2% 10.174.040 41,8% 12.066.831 47,2% 14.006.679 52,2% (-)Provisão para contribuição social (326.007) -1,4% (915.664) -3,8% (1.086.015) -4,2% (1.260.601) -4,7% (-)Provisão para imposto de renda (1.882.126) -8,1% (1.729.587) -7,1% (2.051.361) -8,0% (2.381.135) -8,9% (=)Lucro líquido do período 6.427.692 27,7% 7.528.789 30,9% 8.929.455 34,9% 10.364.943 38,6% (-)Participação acionistas minoritários (2.295) 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% (-)Participações estatutárias (439.347) -1,9% (263.508) -1,1% (312.531) -1,2% (362.773) -1,4% (=)Lucro dos acionistas controladores 5.986.050 25,8% 7.265.282 29,8% 8.616.924 33,7% 10.002.170 37,3% Balanço Patrimonial pela Legislação Societária (R$ mil) ATIVO 2009 2010 2011 2012 PASSIVO 2009 2010 2011 2012 Disponibilidades 4.042.933 11.332.185 19.027.333 26.534.953 Fornecedores 3.347.185 3.478.880 3.652.824 3.835.465 Clientes 3.858.918 3.976.343 4.175.161 4.383.919 Financiamentos 801.064 0 1.264.693 2.760.590 Estoques 1.488.075 1.541.276 1.618.340 1.699.257 Sal./Trib./Contrib. 1.728.855 1.836.246 1.947.736 2.066.611 Outros Ativos 913.296 949.828 992.570 1.037.236 Provisão p/ir 1.374.914 2.645.250 3.137.376 3.641.737 Ativo Circulante 10.303.222 17.799.632 25.813.403 33.655.363 Outros Passivos 1.239.697 3.299.124 3.740.926 4.194.817 Passivo Circulante 8.491.715 11.259.501 13.743.555 16.499.219 Acio./Soc./Coligadas 2.113.233 2.113.233 2.113.233 2.113.233 Financiamentos 6.460.173 6.460.173 5.195.480 2.434.890 Outros 1.605.124 1.669.329 1.744.449 1.822.949 Outros 2.853.018 2.967.139 3.100.660 3.240.190 Realizável a LP 3.718.357 3.782.562 3.857.682 3.936.182 Exigível a LP 9.313.191 9.427.312 8.296.140 5.675.080 Part Minoritários 278.661 278.661 278.661 278.661 Investimentos 24.278 25.249 26.385 27.573 Capital 6.832.078 6.832.078 6.832.078 6.832.078 Imobilizado 26.055.160 26.824.442 26.549.990 26.264.573 Reservas (1.365.576) (1.365.576) (1.365.576) (1.365.576) Diferido 0 0 0 0 Result. Acumulados 16.550.948 21.999.909 28.462.602 35.964.229 Permanente 26.079.438 26.849.691 26.576.375 26.292.146 Patrimônio Líquido 22.017.450 27.466.411 33.929.104 41.430.731 TOTAL 40.101.017 48.431.885 56.247.460 63.883.692 TOTAL 40.101.017 48.431.885 56.247.460 63.883.692 Página 9