Processo Administrativo Tributário e Segurança Jurídica e Eficiência: implicações das alterações na LINDB pela Lei nº /2018

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Transcrição:

Processo Administrativo Tributário e Segurança Jurídica e Eficiência: implicações das alterações na LINDB pela Lei nº 13.655/2018 MARCO ANTÔNIO MAZZONI Julgador Administrativo Tributário do Estado de Pernambuco.

RODRIGO DE MACEDO E BURGOS, Procurador da Fazenda Nacional. Integrante do Núcleo de Acompanhamento Especial da Coordenação do Contencioso Administrativo Tributário da PGFN. A Lei 13.655/2018 trouxe inovações à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), com vistas a garantir segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público. E, de fato, trouxe normas louváveis em prol do seu objetivo.

Conforme amplamente noticiado à época, as inovações foram elaboradas tendo como pano de fundo os processos de controle das contratações públicas, em especial aqueles das instâncias de controle dos gastos públicos, como os Tribunais de Contas e a Controladoria Geral da União. O Projeto de Lei foi, declaradamente, fruto de pesquisa publicada na Obra Contratações Públicas e Seu Controle, dedicada exclusivamente ao tema, e foi amplamente discutido na Academia e em audiências públicas, nunca se tendo revelado particular preocupação com eventuais reflexos no Direito Tributário.

Magistério do Professor Carlos Ary Sundfeld: O objetivo dos novos artigos da Lei de Introdução não foi alterar regras de quaisquer das leis setoriais, de modo que estas continuam em vigor, sem alteração. Mas (na linguagem, aliás, do conhecido 2º do art. 2º da velha Lei de Introdução) a nova lei 13.655 estabelece disposições gerais a par das já existentes nessas leis setoriais. Na Lei de Introdução não há disposições especiais para ramos específicos do direito público, mas disposições gerais sobre a aplicação do direito público. Assim, na interpretação das leis setoriais em matéria pública, e nas decisões das questões que as envolvam, as disposições gerais da Lei de Introdução reformada deverão ser consideradas, como é correto fazer com disposições de caráter geral.

Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo. Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I - a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade.

1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam -se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições do Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

Art. 111. Interpreta -se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta -se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I à capitulação legal do fato; II à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; IV à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

O Professor Carlos Ary Sundfeld, em debate na FGV Direito SP (disponível no youtube), defendeu que a lei e em especial o caput do Art. 24 um dos mais invocados para aplicação no Direito Tributário não teve esta intenção, sua dicção e intenção é dirigida a atos administrativos, contratos, licitação, etc., e não para atos de contribuinte, de particulares, quando muito poder-se-ia extrair deles elementos para interpretar/integrar os Arts. 100 e 146 CTN e reforçar outros preceitos já previstos em diversos outros dispositivos legais e no próprio CTN.

Magistério do Professor Carlos Ary Sundfeld: O objetivo dos novos artigos da Lei de Introdução não foi alterar regras de quaisquer das leis setoriais, de modo que estas continuam em vigor, sem alteração. Mas (na linguagem, aliás, do conhecido 2º do art. 2º da velha Lei de Introdução) a nova lei 13.655 estabelece disposições gerais a par das já existentes nessas leis setoriais. Na Lei de Introdução não há disposições especiais para ramos específicos do direito público, mas disposições gerais sobre a aplicação do direito público. Assim, na interpretação das leis setoriais em matéria pública, e nas decisões das questões que as envolvam, as disposições gerais da Lei de Introdução reformada deverão ser consideradas, como é correto fazer com disposições de caráter geral.

Magistérios do Professor Carlos Ary Sundfeld: A quantificação de sanções impostas por autoridade administrativa em qualquer campo sanções tributárias, previdenciárias, ambientais, consumeristas, concorrenciais, disciplinares, etc. se não estiver diretamente nas normas setoriais (as multas de trânsito são exemplo de quantificação no próprio Código Brasileiro de Trânsito, o qual não deixou margem para a quantificação pelo aplicador) levará em conta os fatores da Lei de Introdução: 2º do art. 22 (natureza, gravidade e danos da infração, bem como agravantes e atenuantes) e 3º (dever de considerar as demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato já aplicadas ao sujeito punido).

Magistérios do Professor Carlos Ary Sundfeld: A quantificação de sanções impostas por autoridade administrativa em qualquer campo sanções tributárias, previdenciárias, ambientais, consumeristas, concorrenciais, disciplinares, etc. se não estiver diretamente nas normas setoriais (as multas de trânsito são exemplo de quantificação no próprio Código Brasileiro de Trânsito, o qual não deixou margem para a quantificação pelo aplicador) levará em conta os fatores da Lei de Introdução: 2º do art. 22 (natureza, gravidade e danos da infração, bem como agravantes e atenuantes) e 3º (dever de considerar as demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato já aplicadas ao sujeito punido).

Magistérios do Professor Carlos Ary Sundfeld: A interpretação tributária feita pelo juiz tem de estar sujeita às mesmas diretrizes que vinculam o administrador tributário. Por identidade de razão, autoridades administrativas judicantes (como o CARF) não podem, para decidir casos, usar conjunto próprio e autônomo de referências jurídicas, diversas das que estão a vincular o administrador tributário ativo e o Poder Judiciário. Convém não esquecer que, ao menos nesse sentido, o Direito é uno, e que a autoridade judicante administrativa em matéria tributária nada mais faz do que aplicar o Direito, e não outra coisa qualquer.

OBRIGADO! mazzoni@justice.com marco.mazzoni@sefaz.pe.gov.br